O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, outubro 18, 2011

“Num mundo de monstruosas tiranias.”


A MAIOR PARTE DAS MULHERES ODEIAM-SE SUBTILMENTE… ASSIM COMO À "MÍSTICA DA MULHER"...

...Acho curioso verificar como há tantas mulheres que rejeitam o que eu escrevo, nem suportam a minha abordagem ao aspecto evidente da sua divisão interior! Há muitas mulheres que não gostam nada deste meu "ponto de vista" nem das ideias de Mulheres & Deusas…
E Porquê? Porque elas sentem-se confrontadas com a dimensão do “feminino sagrado”, COM ASPECTOS DE SI QUE PURA E SIMPLESMENTE IGNORAM; não sabem nem querem saber do que se trata… acham-se muito espertas e "emancipadas" - demasiado inteligentes para perder tempo com “mitologias ou metafísicas”…elas são as filhas do pai…”as meninas do papá”, as Atenas saídas da cabeça de Zeus…e fazem tudo para ignorar a Mãe…o que significam as deusas e as bruxas na história HUMANA e o seu reflexo psicológico no quotidiano de hoje…

Eu sei que também há mulheres que por suposto estão na senda da Deusa, mas nem todas aprofundam o seu sentido a nível interior nem integram os seus valores ou atributos, como parte integrante do ser mulher. Contentam-se com o passado e histórias ou com rituais estéreis…enquanto as mulheres em geral essas, contentam-se com os saltos altos, as malas e os cosméticos…nem de longe nem de perto querem ser confrontadas com a sua natureza profunda atávica. Ainda acreditam no mito de Adão e Eva...embora para elas a ciência seja tudo…e agradecem a deus as pílulas do dia seguinte e até que as libertem da menstruação…

Eu falo sempre na generalidade embora saiba que há sempre excepções a regra...mas na verdade as mulheres  não gostam de si nem das outras mulheres. Não gostam das mães nem das irmãs…são inimigas ou  rivais umas das outras. Quase sempre se odeiam, na luta pelo filho ou pelo amante. Não serão movidas pela "inveja do pénis", como dizia Freud, mas elas admiram e invejam dos homens na sua liberdade de predador, no seu poder económico ao qual se vendem sem grande resistência. Elas querem exercer poder e não seguir a via do coração…elas riem-se das sentimentais...das intuitivas, das possessas, das histéricas…
Mesmo quando defendem as supostas causas de mulheres ou em nome das mulheres, falta-lhes a verdadeira empatia com o feminino pois não têm esse contacto como o seu verdadeiro feminino, a sua essência, nem têm a noção do que seja uma consciência ontológica, e nem sequer querem admitir que sem a vivência interior da Deusa, esse feminino profundo e atávico, não são mulheres…e é precisamente com esta parte do meu discurso que as mulheres feministas embirram comigo e estou mesmo em crer que me detestam…
Sinto quase o seu ódio… a sua raiva, o seu desprezo...por estas questões.

Não me perdoam esta insistência num trabalho que não querem fazer e olham-me como a uma mística alienada ou uma desfasada da realidade, uma fanática ou no mínimo uma chata! Justamente porque não se relacionam com a ideia mística da deusa em si nem da sua natureza intrínseca, e muito menos com a ideia do sagrado, associado ao preconceito religioso…elas são todas ou positivistas ou marxistas! Elas só querem ser livres e iguais aos homens. Continuar a competir entre si e a rivalizar por um lugar na empresa ou na TV!

Elas não entendem que a verdadeira Consciência do feminino passa pela essência da mulher, que a sua mística está no seu útero, que o seu poder está nos seus ovários, no seu sangue, na sua intuição e não no seu intelecto apenas…
Elas estão tão longe da sua natureza íntima, que não entendem que esta corresponda às qualidades inatas do ser mulher. Não sabem que existe uma natureza intrínseca própria do ser mulher, como alias do ser homem…e que essa diferença se prende com o seu corpo e com os dois hemisférios cerebrais, e a sua polarização, o esquerdo, masculino e o direito, feminino. E como a sua mentalidade e forma(ta)ção é masculina, pelo exercício exclusivo do seu cérebro esquerdo, razão e lógica, pragmatismo, mesmo que defendam questões femininas, referem-se meramente à misoginia ou ao sexismo dentro das concepções filosóficas e psicológicas masculinas, sem se aventurarem a ir às causas profundas que são no fundo a razão da misoginia e da violência sobre a mulher.

Elas tratam as questões da mulher no contexto patrista, no plano meramente psíquico ou intelectual, em termos políticos e económicos; tratam dos problemas da mulher face ao mundo moderno e intelectual, no plano filosófico materialista, ou no psicológico freudiano sem ir à origem e essência do arquétipo, sem ir à fonte última do seu ser, porque o desconhecem …
Pretendem desse modo que uma mulher que alcançou posições de destaque e domínio ou importância social e intelectual na nossa sociedade seja uma mulher representativa do feminino quando não é o caso. Por exemplo, Margueret Tacher, a “Dama de Ferro”, grande figura da política inglesa, é apontada pelo psicólogo e escritor alemão Arno Gruen no seu livro “Falsos Deuses”, como uma mulher sem sentimentos, apaixonada pelo poder e por si própria, egóica, sem qualquer sentido de empatia com o sofrimento humano, sem pinga de amor ou compaixão, segundo ainda o mesmo livro, que aconselho a ler.

Como este exemplo existem variadíssimos casos de mulheres de sucesso no mundo dos homens e mesmo dentro dos Governos e Partidos, mas nenhuma dessas mulheres representa ou dá um verdadeiro retrato da sensibilidade feminina… e que longe estão as mulheres modernas dessa mulher essência, dessa Mulher Eterna!
Todas essas mulheres que vivem nas ribaltas e palcos sociais do mundo patriarcal querem esquecer que vivemos...”num mundo de monstruosas tiranias.” Que existem governos e até os seus que, por controlo ou por negligência, permitem que pessoas passem fome, deixando que se destruía as suas vidas, que se dissolvam laços, que máfias trafiquem seres humanos mais especificamente mulheres e crianças. Elas querem esquecer a todo o transe ou simplesmente ignorar que por toda parte existe opressão à mulher, a outras raças, a modos de vida, e que morrem crianças à fome e que doença e desnutrição proliferam no mundo sem controlo…   

RLP
REPUBLICANDO…
PATRIA CRUXIFICADA - quadro de Vitor Belém 

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