O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, junho 07, 2012

COMO AS DEUSAS SÃO “TRANSFORMADAS” PELO PATRIARCADO








A DEUSA ATÉGINA E A DESINFORMAÇÃO



Uma Cabra é muito diferente dum Cordeirinho e mais algumas coisas que quanto a mim não servem a causa da Deusa… Este post tem a ver com determinada imagem da Deusa que circula na Internet, bem como com informação sobre o seu culto de Devotio, que é transmitida assim sem mais nada...

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UM CORDEIRINHO INOCENTE ESTÁ A LÉGUAS DE SER UMA CABRA


Ainda sem sentirmos bem a energia de Atégina, foi feita uma representação desta divindade em que a sua zoofania, a cabra, foi substituída por um cordeirinho ternurento… Por ironia, nem mais nem menos do que a imagem daquilo que nos aconteceu no confronto com o patriarcado: a Cabra em nós foi transformada num inocente Cordeirinho… E se não fosse eu sentir essa perversão, nem diria nada, juro… Quero entretanto deixar claro que isto nada tem a ver com o respeito e o carinho que a sua autora me merece...


Nessa imagem ainda, a Deusa aparece como uma menina insípida, “formosa e não segura”, como diria Camões… Sabemos que Atégina era uma poderosa deusa tripla, Donzela, Mãe e Anciã, e que é possível que na raiz do seu nome haja o sentido de “renascida”. Mas há outras hipóteses de interpretação para esse mesmo nome. O chato com a Internet é que às vezes até parece que há muita informação, mas se formos bem a comparar, sobre certos itens mais obscuros, alguém alguma vez disse alguma coisa e toda a gente repete, ponto final. É frustrante, no mínimo.

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LUIZA FRAZÃO

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