O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, agosto 30, 2012

Mulheres & Deusas: OS GOLLUM..."VIVEM"!

Mulheres & Deusas: OS GOLLUM..."VIVEM"!: (… ) “A vida poderia ser tão maravilhosamente simples e bela…verdadeiramente, o homem tornou-a imbecil.”
(9.4.68) Mère
“Se a Terra c...

quarta-feira, agosto 29, 2012

O QUE É SER MULHER





... Mas não basta que a mulher seja igual ao homem: ela deve voltar a ser a verdadeira mulher, que desapareceu. Como e porquê? Louis Pauwels - gostem ou não gostem - disse-nos, em sua "Conferência imaginária" intitulada:

A MULHER É RARA

"O problema é que quase não há mais mulheres. Sustento que as mulheres desapareceram, que houve uma catástrofe, que a raça das mulheres foi dispersada, aniquilada sobe os nossos próprios olhos, que não puderam ver.
Senhores, a mulher, a descendente do paleolítico e do neolítico, a nossa fêmea e nossa deusa, o ser que chamaria de mulher do homem, e que já não sabemos o que é, foi perseguida, atingida em seu corpo físico e em seu corpo mental, e devolvida ao nada!"
"Senhores, o ser que chamamos de mulher não é A mulher. É uma degenerescência, uma cópia. A essência não está aí, nossa alegria e nossa salvação não estão aí"...Chamamos mulheres a seres que dela não têm senão a aparência, tomamos em nossos braços imitações de uma espécie inteiramente ou quase destruída.
(…)
Mas examinemos esse crime. Extermínio físico em fogueiras: evocarei as centenas de milhares de mulheres, chamadas de bruxas e queimadas como tais, e os outros milhões de mulheres vencidas e transformadas pelo medo.
(...)
Extermínio pela propaganda, arma mais certeira que todas as outras...Guerra revolucionária empreendida pela Cavalaria contra a mulher verdadeira a favor de um novo ídolo. E enfim num plano mais amplo, mais misterioso e concomitante, mutação decadente da espécie. De tal forma que o ser fêmeo autêntico foi substituído por um ser diferente. "


in TANTRA - O CULTO DA FEMINILIDADE
de André Van Lysebeth

A ESSÊNCIA DA MULHER



SER MULHER?

Há muitas práticas alternativas, rituais, meditações, livros,  assim como muitos processos em curso e até "cursos de milagres" que as mulheres podem seguir...mas nenhum que não seja o da sua ConSciência individual enquanto ser autónomo e a partir da percepção da sua divisão interior, a sua ferida maior, como mulher filha, mãe e amante, dependente para ser ela ter de ter por condição qualquer uma dessas funções, ela nunca chegará ao âmago do seu SER nem da sua essência, nem à solução da sua existência como Ente e ser independente...


rlp

sábado, agosto 25, 2012

O SACRIFÍCIO DA MULHER E DA NATUREZA...



SOCIALMENTE...
I

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E PSICOLÓGICA NAS FAMÍLIAS - consentida e desenvolvida pelo sistema patriarcal: É uma espécie de programação que funciona na base da culpabilidade ancestral da mulher (a Eva é a culpada da queda) e...a mulher/mãe (sem nenhuma consciência de si enquanto individuo) vive em função da espécie, isto é do Homem...Assim, levar pancada, ser abusada, servir sexualmente em casa "cumprir com o seu dever" e no bordel ser objecto de prazer do homem, faz parte do programa arraigado na "cultura" geral e da educação secular...e como todos dizem - a sabedoria popular - se ela mulher é a culpada, se leva pancada é porque merece...
E neste sistema o homem é sempre ilibado pela cumplicidade dos outros homens! Polícias juízes e governantes...e as próprias mulheres mães ou amigas e até irmãs...defendem sempre o pai ou  o filho, o marido, o varão...o herdeiro legítimo, o fidalgo, o padre, etc.

O Sistema Patriarcal fomenta essa programação na família e nas escolas…e vive dela; o esclavagismo do homem acabou em certa medida, mas o da mulher nunca, portanto  este  Sistema nunca poderá defender pelas suas leis e instituições, as mulheres. Em todo o mundo os “Direitos humanos” não são das mulheres porque humanidade é sempre Homem.

 
A RELIGIÃO E AFINS...

II

O patriarcalismo está a chegar ao extremo de usar as mulheres, como aliás sempre o fez, e nós sabemos, pondo-se aparentemente do lado delas...e usando-as para difundir uma nova espécie de abuso...que é o "abuso espiritual"...os padres de antigamente era só sexual, não as permitiam nos seus púlpitos, mas os líderes de agora, fazem-lhe uma bela de uma lavagem ao cérebro (nem precisam de ter muito trabalho) e depois põem-nas a falar por si em defesa do Velho Sistema camuflado de "novas oportunidades"...Que a mulher trate do que concerne só o lar e a família, agora psiquiatra, educadora ou mestra...mas sempre ao serviço da espécie e do homem, garantindo que ela não se encontra a si própria nem à sua identidade. O perigo era o matriarcado...e justiça social...

RLP

quarta-feira, agosto 22, 2012

É URGENTE E PRECISO




É URGENTE E PRECISO QUE A MULHER ACORDE!

A mulher vejo-a de novo a caminhar pés nus sobre a terra sagrada...se Ela quiser salvar a Terra...não tem outra hipótese...É tempo de a mulher amar-se a si mesma eamar  a vida na terra e não o deus no céu e o homem como sua escrava ou esposa, serva, mãe dos seus filhos...com a promessa de vida eterna, durante séculos e agora de uma viagem em nave espacial...

A mulher tem de retornar à sua origem Ma, Matriz,  e assumir a sua ligação visceral com a terra e as suas raízes e as forças telúricas. A mulher não pode continuar a servir o Homem nem os seus Mestres...A mulher tem de encontrar o seu próprio caminho dentro dela. É urgente e preciso. A terra não pode contiuar a arder por incúria e ambiçãos homens...a guerra não pode ser furjada em nome dos mercados e dos Bancos...Os homens não podem continuar a matar os filhos da Mulher...em nome do seu deus o dinheiro!

Por causa dos homens e dos seus deuses as mulheres foram alienadas da sua essência e da sua Natureza profunda. Elas foram alienadas e escravizadas pelas forças do patriarcado e dos seus profetas, banidas dos seus púlpitos e condenadas a serem apenas mulheres objectos, mulheres abjectas na sua linguagem e nas suas leis, nas suas sociedades onde as exploram violam e matam sem sequer se questionarem, bestas amestradas ensinadas a matar  nas suas guerras...esvaziados também de toda a humanidade.
Nenhum deus do céu, nenhum patriarca e  nenhum homem célebre deu à mulher em tempo algum, tanto em séculos precedentes como actualmente, nenhum homem de poder líderes ou mestres, deram  à mulher o seu lugar, o respeito e a dignidade.
Toda a Humnaidade se formatou na aceitação  de uma condição de pecadora e do predador homem, pai/marido/filho com direitos sobre a mulher. E desta condenação/inferiorização a humanidade desviou ao longo dos tempos a sua atenção da natureza Mãe e esqueceu a Deusa...


Todos/as desviámos demasiado a nossa atenção da Terra e dos animais, da natureza e dos elementos. A intelectualidade e a Razão, pelo domínio da força, destruiram a flora e a fauna em busca da ciência e do conhecimento a fim de se libertarem da doença e da morte...A fé cega disse-nos que a terra e a Mulher eram pecado e o Paraíso no céu...e Todos nos virámos para o céu e as estrelas e agora pagamos o preço: acabamos todos na loucura e insanidade em que vivemos hoje...Essa é a diferença entre o DEUS dos Homens em nome de quem se matam e a Deusa Mãe Terra...Gaia que nos continua a dar em abundância tudo o que precisamos e que eles destróem em nome da sua economia de mercados...deixando milhares de pessoas morrerem de fome...
rlp

segunda-feira, agosto 20, 2012

SENHORA DE SI...




A mulher não vai resolver nada no mundo antes de ser senhora de si mesma…capaz de ficar firme EM SI, sem se querer afirmar perante os patriarcas do deserto e sem medo do julgamento alheio; sem medo do que vale ou não vale perante uma sociedade misógina e todos os seus valores que a desacreditaram e anularam na sua esssência ao longo de milénios e que a transformaram nos dias de hoje numa boneca de trapos ou de silicone...ou num travesti sob o jugo do imaginário do macho, seja do ponto de vista do corpo-objecto, seja do intelecto.
rlp

quarta-feira, agosto 15, 2012

O QUE É SER MULHER ...

"Segredos que nos guiam pelo forte instinto que ladra aos que nos ofendem, rasga com caninos decididos todo empecilho que encontra a sua natureza inteira, e segue suas próprias patas para um lugar que não sabemos onde é, mas que temos certeza que é onde pertencemos..."

 Maria Eduarda

MULHERES:


VIVEMOS TODA A VIDA RODEADA DE "PENSADORES" E PROFESSORES, ESCRITORES E PADRES e donos da nossa vontade...da nossa vida...primeira era o pai e o irmão depois o marido e o filho e senhor padre...o vizinho e depois o patrão...e por aí fora.

Vivemos debaixo da pressão de termos de ser assim e assado...e uma menina não faz isto e uma menina não mostra as pernas (no meu tempo) etc. Agora poderá até parecer diferente...mas acontece na mesma por outros termos. A mulher quer-se com rédeas curta, dizem os que mantêm as rédeas...e se nós julgamos que já não temos ninguém que nos segure...o marido, vem o filho...ou sogro...etc. Há ainda e sobretudo na moral que tem mudado bastante com os tempos, parecendo liberalizada, mas quando chega a altura de um diferendo a mulher é sempre a culpada...Não vale a pena escamotear o assunto e dizer que já nada é assim porque é...o assédio no trabalho, a violência doméstica, as violações, a prostituição…tudo isso continua…e prolifera por aí…

Por isso não vale a pena a mulher continuar a querer agradar a ninguém ou a ser de acordo com qualquer parâmetro ou seguir qualquer via de afirmação social dentro do sistema; será sempre a primeira a ser culpada...Há séculos que os homens vivem da nossa culpa e ela foi bem disseminada e está lá no fundo sempre a moer mesmo que nem sequer saibamos o que temos...e dai a uma depressão ou um cancro vai um passo. É assim a angústia a neurose e as doenças das mulheres...a mais famosa ou a mais comum agora: ser bipolar...e é onde essa imensa contradição da mulher vem ao de cima em extremos convulsivos ou em apatia total...ela quer romper o ciclo vicioso e não sabe, ela quer rebentar as correntes e não sabe como...e digo-vos: É por dentro, sub-repticiamente que a mulher vai minar o sistema...quando começar a ser ela mesma a ter consciência de si e da sua prisão mental, emocional, a perder o medo do que esses "PENSADORES" dominadores pensam ou dizem de si...Começa aí o processo. A mulher não ter que agradar a ninguém... mas para isso ela tem de se isolar um pouco ou ter a coragem de lhe ser indiferente o que a sociedade pensa dela...e então começar o seu processo de auto-libertação dos conceitos e das ideias que despejaram sobre ela uma vida inteira e com as quais ela foi formatada...

Quando começamos a perceber quem somos e a nossa luta normalmente exigimos coerência de nós e começamos a querer afirmarmo-nos antes de tempo expondo as nossas novas ideias e sentimentos, a desafiar o patriarcado…asneira minhas amigas, asneira de grossa…Eles apanham-nos e até se põem do nosso lado…são os homens feministas…muito bondosos…ou gays, os transexuais, que aproveitam a boleia das novas travestis, que se fazem passar por deusas elas próprias, “deusas” que se mostram muito Afrodite e especialistas em artes do sexo e de seduzir e no fundo tudo o que querem é casar com o sistema estando do lado, claro, dizem das minorias…

Querem contudo é ganhar dinheiro ou promoverem-se como modelos falhados na passerelle e agora vêm  com a “dança no ventre” ou os workshops…elas são apenas “umas e as outras” – umas contra as outras - sempre divididas e rivalizando pelo par ou pelo preço do trabalho…ou pela fama de deusas no Olimpo de Zeus, seja qul for o seu deus, cornudo ou outro…

 Por isso é importante que pensemos que a coerência não é uma ideia linear...nem fazer ou dizer o que achamos certo de acordo com algo que pensamos...mas sermos apenas coerentes com o que sabemos e somos e sentimos agora, não mais do que isso, e isso é que é importante para começar o nosso processo de auto-conciencialização. Para o conseguirmos  temos de ser bem espertas…astutas como a nossa Mãe a Grande Serpente…e não perder o controlo e dizer tudo o que pensamos e que é “descontrolado” e irracional…Devemos é calar e manter a lucidez interior diante de quem nos julga ou quem nos faz mal…Sim, não pensemos que temos força para lutar contra o inimigo, o predador em igualdade…mas apenas nos podemos valer da astúcia e inteligência que eles não têm…é isso que temos a nosso favor. Mas antes temos de perceber que ser coerente não é despejar tudo o que sentirmos e expor-nos em vão; temos de perceber que não podemos ser coerentes de acordo com um qualquer princípio exterior que nos diz isto está certo e aquilo está errado. Temos de sair desse ciclo vicioso e para tal temos de seguir o nosso sentir profundo e não deixarmos que os conceitos e ideias do mundo e as suas estruturas nos impressionem e continuem a condicionar! Nem vale a pena contra argumentar. Nós sabemos que foram essas mesmas estruturas que nos dominaram e torturaram, que nos exploraram e nos mantêm ainda sob controlo. Através de conceitos e preconceitos aparentemente insignificantes.  O que nos mantém nessa prisão é o sentimento de culpa atávico em nós. Cessemos de nos sentirmos culpadas pelo mal do mundo…

Basta de cedermos a nossa vida e a noss vontade e sermos o “bode expiatório” do mundo, o cordeiro do sacrifício…A mulher crucificada na cruz e não o filho do homem…

Não vamos mais entregar o “ouro ao bandido”. Não é por aí que vamos...

Não, nada disso...a mulher à partida é de natureza incoerente e paradoxal e isso para mim, essa é a sua coerência; a coerência da mulher é precisamente ser fiel à sua aparente incoerência…é ser fiel a sua intuição e não só a razão do outro. E ser fiel a si mesma é não ter medo de SER ELA! SER MULHER É ser igual a si mesma, e não ao modelo que dela criaram os homens…e com os quais isso sim estamos em contradição e por isso sofremos tanto!

Esse é o caminho para nós. O que SENTIMOS é que É o importante...mas mesmo aí havendo “sentimentos contraditórios”, se nos continuarmos a deixar levar pelo sistema – a lógica e a razão – como imperativo, caímos de novo na armadilha…por isso não podemos preocuparmo-nos com essas “contradições”…tudo o que temos a fazer é começar a sentirmo-nos bem na nossa pele, não nos preocuparmos com o que os outros pensam repito, não nos preocuparmos. Temos que nos sentir bem na nossa pele, aceitarmo-nos com somos; por isso sintam-se bem como são, por favor, porque nós não somos o que os homens quiseram que nós fossemos, nós não somos esses modelos de virtudes nem de prazer, não somos mães e esposas ou putas...Nós somos UMA SÓ MULHER. Ter essa consciência, é o segredo e a base da nossa fronteira. Não temos que provar nada a ninguém nem ser fiel a nenhum modelo. Só temos que ser fiéis a nós mesmas, ao que sentimos bem no fundo, confiar na nossa plena intuição. Acreditar e confiar nessa foça indomável que nos sustenta e apelar para ela…Não vos falo da Deusa, porque já há simulacros de deusas por todo o lado…Mas Ela está dentro de cada uma de nós e acorda no momento em que nós unirmos as duas mulheres cindidas pelo patriarcado em nós. Essa é a Chave e sem ela não vamos a nenhum lado!

A mulher não vai resolver nada no mundo antes de ser senhora de si mesma…capaz de ficar firme sem medo do julgamento e do que vale ou não vale por si mesma, perante os outros e o mundo que a desacreditou e anulou ao longo de milénios e que a transformou numa boneca de trapos ou de silicone....

Espero que me compreendam...porque muitas "deusas" não gostam do meu estilo...preferem rituais e dogmas do passado, preferem viver fórmulas e ritos,  a TOMAR CONSCIÊNCIA de si mesmas no presente e dentro da nossa realidade...

Por hora e neste presente tempo que é o nosso não há uma base sólida para nos agarrarmos a nada e estarmos categoricamente certas...mas há um trabalho interior que implica à partida que a mulher procure sentir-se e viva, o mais que poder, fora de contexto social, no bom sentido...e basear a sua vida a partir de dentro dela, sendo ela a sua prórpia força, baseada na sua consciência. Se continuar a apoiar-se no mundo, na religião, qualquer que seja, na sociedade e na família e toda a sua história familiar e social poucas hipóteses terá. A luta social em prol dos outros/as poderá acontecer quando a mulher estiver estruturada em si, confiante em si, e esse é que é o trabalho que eu proponho. Trabalhar as nossas bases de ser mulher, unir as duas mulheres em nós, em interioridade, ou até no silêncio, para vencer essa velha rivalidade entre mulheres...pois é nessa divisão das mulheres que os homens baseiam a sua supremacia e nos dominam, nos impedem de ser nós mesmas. Curar essa ferida em nós, mãe e filhas, irmãs…e só em nós, e depois logo se verá...mas, por experiência própria, eu sei que  á medida que fizermos esse trabalho connosco e nos distanciarmos da velha e atormentada mulher confinada a vontade alheia, directa ou indirectamente, também mudaremos face aos outros e ao mundo...Mas sem nos mudarmos a nós…sem essa Consciência não haverá Força para vencer…Continuaremos esmagadas e forçadas a ceder a pressão dos outros e do mundo e continuaremos a viver em nome de muitas coisas mas nunca de nós próprias.

O caminho é sempre interior e virado para dentro. É no nosso coração que temos de manter as reservas de força e amor para darmos a quem como nós, mulheres e homens porventura, façam o mesmo caminho para sair da luta deste Sistema que nos aprisiona a uns e outros há milénios. Este é o tempo Mulheres!

rosaleonorpedro

terça-feira, agosto 14, 2012

DE QUE É FEITA UMA MULHER?


“ Ela é feita de ferro!”

(NÃO)

Ela é, simplesmente, “feita de mulher,” e isso é suficiente.

Solidão…liberdade…o meu agradável e árduo trabalho como pantomima e bailarina …os meus músculos felizes e cansados, a nova preocupação (que me liberta da velha preocupação) de ganhar para pagar a minha própria comida, roupa e renda de casa…tudo isto, imediatamente, se tornou o meu destino de vida mas eu também adquiri uma desconfiança selvagem, uma antipatia pelo meio onde eu vivera e sofrera, um estúpido medo do homem, dos homens, e das mulheres, também…Uma mórbida necessidade de permanecer ignorante em relação ao que se passa a minha volta, de ter apenas pessoas muito simples perto de mim, pessoas que, dificilmente, teriam ideias originais…

E outra peculiaridade tomou posse de mim muito rapidamente: Eu sinto-me isolada e protegida em relação aos meus companheiros seres humanos apenas quando estou no palco – a barreira das luzes da ribalta mantendo-me a são e salvo de todos.”


Colette, em “A Vagabunda”



Sidonie-Gabrielle Claudine, Mademoiselle Colette

(Romancista francesa- 1873 - 1954)


Romancista francesa nascida no povoado de Saint-Sauveur-en-Puisaye, o maior nome feminino das letras francesas na primeira metade do século XX. Da infância, guardou sempre uma memória encantada, influenciada principalmente pela figura da mãe, Adèle-Eugénie-Sidonie, a quem ela adorava e chamava de Sido. O pai, Jules Colette, um incurável sonhador, fora capitão dos zuavos e perdera uma perna em batalha. Casou-se (1893) com o escritor Henry Gauthier-Villars, o Willy, catorze anos mais velho, e começou a escrever. Seu marido assinou como autor a série Claudine (1900-1903), uma obra da autora sobre sua infância. Essa sua personagem, foi a primeira teenager típica do século, a aparecer em literatura. Estas figuras de adolescentes chocaram as cabeças bem pensantes da época e seus livros eram guardados à chave, para que as meninas de boas famílias não pudessem ter-lhes acesso, inclusive colocados no Índex, do Vaticano. Divorciada (1906) tornou-se atriz do teatro de variedades, experiência que rendeu livros como La Vagabonde (1910) e L'Envers du music-hall (1913). Durante a primeira guerra mundial, tornou-se jornalista; depois dedicou-se à literatura. Na década seguinte tornou-se célebre como escritora, abordando as inquietações da juventude do pós-guerra, sob o pseudônimo literário de Colette. Foi eleita (1945) para a Academia Goncourt e recebeu a Legião de Honra, e morreu em Paris. Em sua obra fala das dores e dos prazeres do amor e são notáveis pela evocação sensorial de sons, sabores, cheiros, texturas e cores. Foram sucesso livros como Chéri (1920), Le Blé en herbe (1923), La Maison de Claudine (1922), La Chatte (1933), Duo (1934), Gigi (1944), L'Étoile Vesper (1947) e Le Fanal bleu (1949). Um das glórias da França e da Literatura, escreveu livros, aparentemente destinados a meninas bem comportadas que, afinal, eram tão escandalosos como a vida da autora. Foi a primeira mulher francesa a ter direito a um funeral de Estado, apesar de o arcebispo de Paris ter recusado oficiar a cerimônia religiosa, o que suscitou críticas de católicos devotos como Graham Greene, e até hoje causa admiração e suscita controvérsias.*

* in Biografias net

sexta-feira, agosto 10, 2012

Vamos lá então perceber as mulheres...(mas muito pouco mesmo)


Nota: este texto não é uma crítica à peça nem a autora, que tem todo o mérito em desmascarar todo um status quo e é imensamente divertida e válida…
Tenho pena é que não tenha minimamente noção da mulher para lá destes estereótipos, alguns muito bem caricaturados…e aqui eu vou apenas relevar isso...


“Vamos lá então perceber as mulheres...
mas só um bocadinho".  

de MARTA GAUTIER

(ISTO NÃO É UMA CRÍTICA )

Por mera curiosidade fui ver a peça a Cascais com o intuito de verificar se o que eu penso …é mesmo o que eu penso ou se havia alguma esperança de ouvir uma mulher falar de mulheres…mas não, a peça é só falar das mulheres para os homens…para os maridos, filhos, pais ou tios, talvez amantes…mas como eu não sou casada e sou bastante mais velha do que as meninas da peça, as do liceu ou do balneário e das da maioria da plateia e não sendo mãe nem avó...achei piada a todos aqueles clichés que concernem uma geração actual de mulheres mas também de uma certa classe social e isso era bem patente na plateia...e por isso a peça é ainda o olhar de e para uma certa classe, para os tiques de mulheres oriundas de outras famílias que não são como “a nossa” e com pergaminhos sociais ou tradições literárias etc. E aí temos a única tipologia (social, não feminina) da “porcalhota”, da, já não me lembro o quê, enfim da “isto” e a “daquilo”,  que nos marca na adolescência, sendo em suma o espelho/leitura da menina “filha de família” etc. que é muito livre e se liberta em parte das bitolas sociais e familiares e ousa expor todas as mazelas da mulher circunscrita a um determinado quadro, pelo menos tem essa ousadia na liberdade de dizer o que as mamãs e a vós não diriam…(enfim, não sendo este caso dado ser filha de uma escritora bastante “livre pensadora” também).

Mas isso, esses tiques e possidonismos eu entendo muito bem, o que eu não entendo é que afinal da mulher, da mulher ela mesma, não se diga nada...nem se saiba nada...Sim, da mulher que não seja a mulher (objecto, não a abjecta) em função do homem, do filho, do amante e do Pai ou do nome de família etc. É evidente que a peça não tem esse intuito e só quer divertir...

E assim o que está bem expresso nesta peça...é o que a mulher é (não sendo) nesta sociedade...uma coqueluche, a esposa, ou uma “porcalhota”, uma pobrezinha, com mau gosto, ou uma puta, “a outra” a que só aparece (tabu) no fim, com música de boite, e uma muito má encenação da mesma…Porque uma puta raramente é loura e magra…porque sendo loura e magra chega sempre depressa a qualquer lado sem precisar de o ser…

O que esta mulher jovem expressa e dá afinal  exemplo é só o de um condicionamento mental psíquico das mulheres que nesta sociedade sofrem  a influência secular/cultural/religiosa, de uma sociedade patriarcal que as esvazia de si e da sua natureza instintiva sensual e por mais cultas que sejam, recebem uma influência determinante ou marcante, religiosa social  e parental, que as divide sempre e as inibe de serem o que sentem e ainda dependendo da sua classe social, vivendo presas em conceitos e preconceitos tão entranhados que nem se dão conta que o são,  e que estes se reflectem depois em  comportamentos descompensados, estridentes, excessivos,  que são secularmente atribuídos como típicos da mulher, (toda a mulher é uma histérica)  sem se saber a origem profunda dessa fragmentação psíquica e emocional que vivem todas as mulheres - porque se trata de uma fragmentação da identidade feminina dividida em estereótipos há séculos…Como sabem...e eu repito...a esposa e a prostituta...

Sim, no meio disto tudo onde está a mulher? A mulher-Mulher, a mulher real, com M grande…Não, ela não está lá porque é do Homem que se trata sempre…

Ela explica-se…e sempre e só para o homem (a autoridade: o pai o avô o marido?), mas ela anseia liberta-se e afirma-se perante o homem que tem os seus direitos a ser…louca, e porque sabe que ele não a percebe, que ela é um poço sem fundo de incongruências e irracionalidades, sim isso ela expressa bem, acaba apenas por ser tudo o que a acusam, os homens. Mas ela pede: "deixem-me fazer o que eu quero", senão menina mimada e histérica, faz uma cena…e vai gritar para a janela - como todas as mulheres filhas do papá (o papá aqui não é forçosamente o próprio pai…que este pode ser ausente ou  "presente") - que ela é louca…

Sim, também vi como riam as mulheres e talvez os homens na plateia, que estava cheia e os espectáculos estão sempre esgotados, e vi e ouvi o “histerismo” (não é punitivo, nem julgamento!) das mulheres ao se verem (ouvirem) espelhadas nos seus humores e desamores, absurdos e desordens em voz alta pareciam extremaente nervosas...prenúncio de mulheres sem identidade, sem profundidade, sem existência própria...e que não têm vida para lá desses estereótipos.

Porque as mulheres não existem senão em função do homem-pai-filho etc.

Onde está pois aí (ou onde quer que seja) a verdadeira mulher, a substância do SER MULHER EM SI? 

Tem a mulher vida e significado sem ser mãe e esposa?

Só posso responder por mim, e como toda a vida vivi por mim e em busca de mim...vali-me de mim em mim...e eu sou EU MULHER sem mais, sem precisar de me nomear outra coisa qualquer, ou ser através do outro...sem que o olhar do outro (seja ele qual for o “outro/a) me validasse...porque por ser eu mesma aprendi que tenho conteúdo em mim, essência, valor, força e poder e que a minha vida vale por mim mesma, sem ter sido mulher de, nem filha de ninguém… e TANTOS NOMES ME QUISERAM DAR…depois, tantos…e eu não aceitei nenhum…nem agora aceito. Porque UMA MULHER NÃOS E DEFINE POR NOMES, UMA MULHER É…uma mulher é um Todo em si, uma mulher é Deusa...

E enfim eu fiquei realmente - não posso dizer perplexa porque já calculava que assim fosse - mas mesmo assim admirada por ter diante de mim a confirmação de tudo o que eu penso e tenho escrito, por ter diante de mim o quadro exacto, a expressão de todas essas insuficiências/amputações da Mulher e a aceitação passiva da sua “inexistência”. E sobretudo de ela não se perceber nada, mas absolutamente nada do que é A MULHER EM SI, uma Mulher inteira!
rlp

quinta-feira, agosto 09, 2012

Vale apena ler...


A mulher está se achando, e o homem, pensando que é homem...


 Vamos olhar para o Sol como a expressão máxima da energia masculina dentro do nosso sistema. Em torno dele gravitam, cada qual em sua órbita, os planetas, incluindo a Terra. Todos dependem do Sol para sua existência, não é correto? Todos dependem da fertilização do Grande Macho a fim de fazer brotar de suas entranhas, suas formas de vida.

Analisando desta forma seria correto dizer que o Sol é o Masculino e os demais planetas incorporam o papel feminino, cada qual com seu ventre, sua constituição e suas formas de vida.
Na terra, somos então todos femininos, corpos de machos biológicos e fêmeas biológicas, não superam a Verdade Maior de que todos somos fecundados pelo Grande Pai Sol.
Nãããooo!!! De Jeito nenhum! Grita o macho biológico que se auto proclamou O Grande Masculino. O homem daqui sou eu, quem manda aqui sou eu!
Em todas as culturas antigas e atuais o Sol sempre ocupa o lugar de Astro Rei, Grande Pai, Deus do Sistema Solar. Deus.
A terra, sempre foi adorada como deusa, A grande Mãe, O sagrado Feminino. E nós, filhos da terra, organizados em corpos ativos para fecundar óvulos de corpos passivos, pênis para penetração e fecundação de óvulos e vaginas, extrapolamos nosso entendimento sobre masculino e feminino.

 Hoje na terra aqueles que ocupam corpos fecundadores se auto proclamam homens e atribuem aos corpos a serem fecundados o papel de mulheres. Só que estes tais “machos” são machos no sentido absolutamente terrestre. Usam da força para oprimir os mais fracos, fazem da mulher alvo de conquistas para saciar desejos e exercer o poder dominante dos mais fortes, os homens em relação as mulheres, os homens fortes fisicamente ou ricos materialmente se utilizam desta força para tiranizar, explorar, e escravizar os mais pobres materialmente e os mais fracos fisicamente. É a Lei do Mais forte que ignora o sentimento “Do Sagrado Feminino” que está representado em sua força máxima, na natureza, no ar, na água, na terra, no fogo, na fauna e na flora. A mãe terra generosa, provedora e protetora, vê sobre sua superfície, este bando de seres que se intitulam “Os vencedores”, os que tem maior poder, que também Em Verdade, são aqueles que agridem, matam, destroem, fabricam bombas, utilizam-se do ‘Sagrado Feminino” A Terra, da forma mais torpe que se pode imaginar, e por não estarem possuídos deste “Feminino Sagrado”, não conhece o feminino que protege, que ama, delicado, respeitoso, naturalista, respirador de ar puro, eterna reverência a sua Mãe Terra que tanto lhe dá. Não! Ele é o Homem! Mais isto é o “Sagrado Masculino”? Não! No nosso caso, masculino e feminino nada tem de sagrado, somos apenas machos e fêmeas.

 O Sol é o Sagrado Masculino! E pelo que nos mostra todos os dias quando nasce e cruza nosso céu até seu poente, é Puro Brilho. Brilho Natural, Brilho do Sol, Brilho da Lua e Brilho Das Estrelas. Harmonia perfeita entre o céu e a terra, o Sol Ama A Terra, o homem não! Ele destrói a terra, ele estrupa a mãe para dela fazer seu poder pessoal crescer e dominar. Ele ignora a tristeza que remete a terra quando ela que a ele tudo dá é golpeada nas suas entranhas, é serrada e comercializada, é poluída, e disputada através de guerras entre os que são todos os filhos, matam e morrem pelas próprias mãos dos seus irmãos. Esta Terra Sagrada não encontra no seu masculino (homens) e nem no seu feminino (mulheres), nada próximo ao Brilho do Sol nem o Brilho da Terra.

O Brilho do Dinheiro, o brilho do Prazer, o brilho da Cocaina, O brilho do carro novo, o brilho das chuteiras dos jogadores estrelas do futebol, o brilho das estrela do cinema, são conquistados as custas de se retirar todo Brilho do Planeta. O Verdadeiro Brilho. o Brilho do Sagrado Masculino (Sol) que devemos alcança-lo, todos, homens e mulheres, é o ser divino. Não é brilho 95 de pureza e sim 100% Puro, Divino, correto, Deus.
Mas para chegar a isto, temos primeiro que passar pelo “Sagrado Feminino”, todos nós, os Filhos da Terra (Sagrado Feminino) no estagio feminino de ser (não importa os corpos serem homens ou mulheres) seremos carinhosos, conservadores e protetores, para sempre, de tudo que provém “Da Grande Mãe”, nossa Mãe. Nosso Feminino.
Só depois estaríamos preparados para como as Noivas de Deus, prometidas ao Avatar, galgando degrau por degrau a escadaria do altar, abençoados no feminino pela “Sagrada Mãe”, com a Natureza harmonizada em nossas veias, subimos ao altar para o “Casamento Alquímico” totalmente realizados no Nosso Sagrado Feminino, onde nosso histórico passa a narrar nossos atos de Amor, Cuidado e Respeito pela Terra.

Lá nos espera Deus. O Sol, O Sagrado Masculino. O momento que a Terra se entrega ao Sol e nele se transforma, o momento que a alma se entrega a Deus e por Ele passa a ser guiada.
Ai ela deixa de ser alma e passa a viver na eternidade como Espírito. A alma transcendendo seu corpo físico e reintegrando-se ao paraíso na sua condição primordial, quando se torna (não importa se macho ou fêmea terrestre) um Deus.
Após cumprir os compromisso verdadeiros com o Sagrado Feminino, ai sim, pode-se retornar ao paraíso tridimensional onde não é nem o 1 (o homem) nem o 2 (A mulher) e sim, o 3, o triângulo, 120º de Harmonia, a união entre elementos do céu e da terra. o fim da escravidão que ora culpa Adão, ora culpa Eva, que na verdade não leva a lugar nenhum que não a criação de uma oposição e separatividade, a desunião dos opostos.
Dessa forma estamos todos ferrados porque o que está guiando a vontade que primordialmente deveria ser a Vontade Divina, na verdade é a Lei do Mais forte, que nunca foi Sagrado Feminino, e muito menos chegou perto de nada que se pudesse parecer com “O Sagrado Masculino”.
Quer dizer então que todos na terra (homens e mulheres) não alcançaram ainda nem o feminino, nem o masculino, apenas são constituídos de corpos físicos de machos e fêmeas, e a eles reage seguindo o instinto da carne.
O Projeto Humanidade que significar alcançar a grandeza dos dois pólos: “O Masculino e o Feminino Sagrado”, nada tem de sagrado, mas muito mais de safado, de sacana, de bacana, daquele que suga na mama, e não cresce, pesa no colo. O Animal Homem que não tem ainda Humanidade. Humana-Idade.


 Somos a alma feminina, somos os filhos da terra, no corpo masculino ou feminino somos todos femininos, somos noivas do Avatar. Com ele nos casaremos no altar. Somos a alma, o feminino do Espírito. Na terra não existe o masculino. Este nós iremos alcançar quando vier a redenção. Na terra vivemos alimentados pelo ventre, nossos destinos são gerados pelo feminino, olhar a Lua cheia nos eleva o espírito saudoso do Masculino Divino, O Sol. A Ele não se pode dirigir o olhar quando está no seu ponto maior, o Sol de Meio dia, mas o feminino nos socorre, e nos traz a Lua cheia que reflete o mesmo tamanho. Quando reduzimos nosso entendimento ao nível material tudo se torna inconsciente. Entre quedas e fracassos prosseguimos tentando entender o que é necessário para a verdadeira transição do feminino para o masculino. O masculino sagrado protetor do universo.
Jesus era um ser “Masculino” porque era Deus no corpo de um homem. Na sua época era com certeza, o unico Masculino encarnado no planeta. Veio a terra e não encontrou o “Sagrado Feminino” entre os seres que aqui estavam.

O Homem grita que é homem, mas ainda nem compreende a mulher. Não cuida da arvore, ao contrário, derruba ela. Não agradece sua Mãe pela generosa abundancia de recursos para viver, Caim mata Abel para ficar com tudo só para ele, e a Mãe sangra, a mulher é a de Lot, olha para trás e acaba virando estatua de sal, enquanto Sodoma e Gomorra queimam nas chamas do inferno.
No sexo, o homem se distanciou do feminino, ficou machão, maior que Deus, inventou a bomba, e a mulher se submeteu se humilhou e se calou, seu feminino se corrompeu. A mulher finge que goza, e tudo anda sem graça e sem verdades soberanas.

Na questão do homem com a mulher, no plano da personalidade, temos o estudo do animus da mulher e da animas do homem. O conflito interno de cada um acerca do seu masculino e do seu feminino. Este estudo, que é muito importante para esclarecer mais sobre as formas com as quais você se relaciona, aparece no mapa astral nas posições de lua e venus no mapa dos homens e sol e marte nos mapas das mulheres.
Pau Brasil, flor mulher, da terra nada se leva, o corpo fica. Anjo não tem sexo, quer dizer, se você se eleva. Começa virando anjo para depois chegar até Deus, por que senão da terra você não sai, fica aqui até entender que ninguém é mais do que ninguém, um grande ritual sutil para quem é sutil, fútil para quem é fútil, inútil para quem é inútil. Tudo encerra um entendimento, de acordo para cada um com o seu momento, mas aprender de verdade são poucas as velas que navegam com este vento

Feminino penetrado, masculino que penetra, quando o corpo virar pó nada disso é real. Cuida bem do teu desejo e descubra a disciplina. Pense e sinta com seu coração antes de desejar.
Ama Teu Pai e Ama tua Mãe, ama ao próximo como ama a ti mesmo. Não matarás, não roubarás, não desejarás, aquilo que não é seu.
Tudo aqui vem da Mãe. E o que é dela é de todos. O Mistério existe no Grande Além que Vem de Dentro
Então é para todos os que se pensam Humanidade se precaverem, para quando descobrirem que nunca foram nem Verdadeiros Homens, nem Verdadeiras Mulheres, apenas animais predadores vivendo na guerra dos sexos.

E a Terra que se @exploda!
exploda@
flôda

André Leôncio, astrólogo e editor do Jornal Pôr do Sol.
 (texto enviado por uma amiga)

quarta-feira, agosto 08, 2012

SENTIMENTOS PROFUNDOS...


MEMÓRIAS?


Cuál será la razón de tener nostalgia de lo nunca vivido? Una música, una imagen, una atmósfera, cargan el alma de añoranzas de lugares deseados, como si formaran parte de recuerdos queridos, especialmente amados. De repente quisieras estar en otro lugar, otro clima, sentir otros aromas y abrazar a seres nunca conocidos en una especie de dejà vu, en un convencimiento de que echas de menos todo aquello que no se vivió.
¿Qué anhelos, deseos disfrazan? ¿qué otras vidas vivirías?
Quizá se añore aquello que da descanso al corazón, aquella copa de láudanos del alma que alivian los dolores, los cansancios. Quizá el alma te envíe los sueños en vigilia, para que la conciencia no pueda olvidar los anhelos profundos; quizá otras vidas pugnen por ser vividas.



Texto de Ana Cortiñas Payeras

terça-feira, agosto 07, 2012

AS NOVAS SOLIDÕES...

SOBRE AS MULHERES?

(A VELHA SOLIDÃO DE SEMPRE AGORA MASCARADAS DE NOVOS COSTUMES E UMA MAIOR LIBERDADE , SIM...)

EU NÃO LI O LIVRO, MAS LI ESTE APONTAMENTO DE CRISTINA SIMÕES:

"Li nas férias As Novas Solidões de Marie- France Hirigoyen, que analisa estados de solidão vividos com energia e inspiração por homens e mulheres na nossa sociedade, mas também o isolamento sofrido de muitos de nós. Voltarei a vos falar deste livro. Por agora, uma breve passagem:
"Depois da separação, é raro as mulheres procurarem de imediato voltar a viver a dois no sentido tradicional. Elas consideram que precisam de um certo período de recuperação, sozinhas, para se recompor, reconstruir. Para uma nova vida a dois, elas impõem condições, como explica Lara , 45 anos:
  
Não me importo de voltar a viver com alguém, mas é preciso que valha a pena. O outro tem de me dar algo mais, não apenas a sua presença, mas também segurança material, introdução a um ambiente social mais educado e, sobretudo, um estímulo intelectual, cultural ou uma abertura para um mundo desconhecido.
A maioria das mulheres já não quer as relações de força que uma relação amorosa implica muitas vezes; estão cansadas dos jogos de sedução, das tomadas de poder de um e de outro, do receio permanente de serem deixadas. Algumas mulheres tentam encontrar um novo companheiro, mas têm consciência de que, para isso é preciso preparar-se. Em primeiro lugar, têm de virar a página da vida passada; depois, organizar-se, mostrar-se feminina – pois os homens procuram mulheres sexy que estimularão a sua libido -, dar a ilusão de ligeireza – pois uma mulher atormentada não é atraente - , saber todavia gerir problemas de intendência – pois um homem não gosta de olhar para um futuro com problemas – e fingir felicidade – pois como seduzir quando se toma antidepressivos com o aperitivo?
Perante tantos esforços, algumas mulheres desistem. Para cada veza mais mulheres, independente do que digam e, sobretudo, do que dizem as revistas femininas, o amor não é prioridade. Primeiro, elas procuram realizar-se profissionalmente e obter uma certa segurança material para, de seguida, tratar da estabilidade amorosa. É o caso da Béatrice, 57 anos, enfermeira:
Não ponho em causa o amor dos homens, mas é um amor que implica que eu trate deles e estou farta disso. Criei meus filhos, tratei dos meus pais doentes enquanto trabalhava, agora gostava de encontrar alguém que tratasse de mim e, como sei que não vou conseguir, prefiro estar sozinha.

Atualmente, quanto mais uma mulher adquire autonomia, mais difícil será voltar a viver a dois depois de um divórcio. Ela já sabe gerir o tempo, o dinheiro, os passatempos, as amizades e não está disposta a aceitar qualquer tipo de controlo. Sente um verdadeiro prazer em dominar a situação. As mulheres que vivem bem nesta solidão são frequentemente perfeccionistas, irrepreensíveis; têm por vezes um ego supercontrolado, que procura atingir a perfeição."

Marie- France Hirigoyen As Novas Solidões - Na Era da Comunicação Estamos Todos Mais Sós Caledoscópio

QUASE UMA DESCULPA...


MULHERES & DEUSAS...


Ora minhas amigas, de facto sou obrigada a constatar que me falta alguma inspiração para continuar este Blog. Eu não digo de forma alguma que vá desistir. São muitos anos de trabalho e sei que há fases em que se está mais conectado com um certo espírito do que outras. No meu caso este Blog tem a ver com a minha escrita e com o meu trabalho. Não penso abdicar dele e com isto respondo a uma amiga que me escreveu e sempre que me escrevem aqui ou em particular é muito importante para mim saber o que sentem e pensam sobre o que escrevo e partilho aqui convosco.
Escrever aqui não tem nada a ver com o Facebook. É verdade que se acaba cedendo a um certo facilitismo, mas é uma enorme ilusão pensar que há comunicação. Como lia num outro Blog há pouco sobre o livro, As Novas Solidões: "na era das comunnicações estamos todos mais sós" e é verdade, nunca estivemos tão sós...e  porque toda esta ilusão de comunicação nos distrai de nós mesmas e como que impede uma aproximação mais real e  mais profunda de outros seres, sem sequer darmos por isso. Como se nos satisfizéssemos apenas com umas frases giras ou umas frases curtas e uma simpatia inesperada. Eu tenho verificado isso por mim mesma. É de facto tudo muito rápido e superficial na Internet e se não for a escrita como uma expressão do ser e em profundidade vamo-nos afastando cada vez mais uns dos outros  e viver apenas no virtual...todos corremos esse risco e eu sei isso.

Nunca como agora me senti tão frustrada com tudo o que deixo pela rama e sem eco...pessoalmente sinto que não há realmente verdade ou continuidade neste tipo de contacto virtual...as pessoas vão mudando e passando rapidamente e a páginas tantas são outros rostos e ninguém dos outros que já esquecemos...e é sempre a mesma coisa.  Enquanto que aqui eu sei que há pessoas - mulheres - que me lêem há anos...e que se mantêem fiéis a este espaço. Por isso destaco hoje este email enviado por uma leitora que muito agradeço.

"Gosto imenso do seu blog, tenho aprendido imenso consigo, não desista ensinar o seu conhecimento.
Não tenho facebook, e não estou a pensar aderir, não tenho paciência para conversas.... quando quero falar vou para a rua, gosto do contacto dos outros, ver a alma do outro através dos olhos, não quero julgar, mas até ao momento verifico que não preciso, gosto de alguns blogs, e este é um que, se possível vou todos os dias.
Gosto imenso das imagens que adiciona aos textos e claro das historias da mulher, da importância de ser mulher, também concordo consigo, a mulher de hoje banalizou-se, mas tem de existir mulheres como a Rosa para fazer a diferença, e é na diferença que evoluímos.
Continue a expressar-se e dar a sua opinião, se não gostam hoje à manhã vão gostar."
Cumprimentos,
V. S. R.
 
(Cara V. não ponho o seu nome por extenso porque se dirigiu a mim por email. Espere que não se importe de ter publicado as suas palavras que são além de um grande estímulo para mim, são muito válidas para todas nós...)

sexta-feira, agosto 03, 2012

QUADRO: MULHER INTEGRAL


 "Na minha pintura as mulheres são “poemas” cada forma feminina é um poema.
Elas são as mulheres da minha história de vida. A avô, mãe, filha neta, irmã, amiga.
Mulheres que olho e “vejo” no comboio, a do café , a vizinha, a mulher que chora, a que riu , a silenciada, oprimida, violentada, mulheres que se cruzam solidárias ou não .
Mulher e a outra que é ela mesma, mulher que sou e outras tantas dentro de mim .
Mulheres que são deusas, santas, pecadoras, representantes mais diretas do feminino na terra, o feminino em mim, em ti, no homem e na Humanidade .
Elas são Mulheres Poemas, Mulheres Terra Mãe"
 

Lena Gal
*****
Este quadro que a Lena Gal pintou em honra do meu trabalho, chama-se Mulher Integral e pretende ilustrar esta missão das mulheres que é UNIR AS DUAS MULHERES EM SI; unir as duas mulheres numa só...dentro de nós.
Ela pintou o meu olhar e por baixo faz a fusão das duas mulheres a partir do ventre...a que está de costas e a que está de frente são uma e a mesma mulher, são a mulher que busca ser consciente de si e a mulher que temos de integrar...a nossa sombra ou a "outra"...a mulher que procuramos ignorar ou com quem rivalizamos ou a mulher que invejamos...ou até que amamos/odiamos.
Se quiserem pronunciarem-se sobre o quadro seria interessante. Se sentem a ideia da autora, ou se o quadro sugere outras interpretações, porventura algumas mais dúbias mas também inevitáveis nos nossos dias em que o foco humano é meramente sexual e não essencial e quase nunca posto no coração ou principalmente na ConSciência do SER MULHER.

Os meus agradecimentos à Lena Gal pela captação do meu olhar, perfeitamente reconhecível e a defesa deste trabalho de amor à Mulher à Terra e à Mãe que nos une.

 rlp

o íntimo fogo da terra



"é preciso ser queimada por nomes de muitos séculos
ir dentro da delicadeza, do sangue, da ironia, do corpo
e das vozes que o atravessam sem qualquer outra herança - respiro contra o chão até sentir o íntimo fogo da terra"


maria andersen

AS FILHAS SEM MÃE...

"É aqui que começa uma nova visão do ser mulher...AMAR outra mulher a partir de si mesma não é ser lésbica...é ser Mulher...Uma Mulher que se aprenda a amar a si mesma e a SER ELA MESMA uma pessoa inteira, uma alma e não apenas um corpo de encher…um sexo de prazer…ela pode e deve amar as outras mulheres e isso não significa que as tenha de amar sexualmente!" rlp

Aprendi isso por mim mesma. Por conta dessa ideia patriarcal de que amor entre mulheres significa homossexualidade, foi bem difícil entender o que acontecia entre mim e uma amiga mais próxima... quando deixei de procurar respostas, percebi que tinha criado um monstro em cima de algo que não existia. Era apenas amor, amor por alguém que eu admirava, por quem nutro um carinho incondicional. Não é algo sexual, não é desejo físico, é conexão, sintonia, entendimento, compreensão, admiração, respeito... se tornou tão difícil construir essas coisas hoje em dia, onde todas, com essas mesmas ideias que me confundiram, vêem esse carinho como segundas e terceiras intenções, e já de primeira sentem a repulsa, o nojo... amor se constrói, e hoje parece que sente-se nojo de construí-lo.

Espero não ter sido inconveniente em meu relato, um pouco pessoal demais, talvez... (se for conveniente, remova-o, Rosa. Não me ofenderei)

Um abraço.

A.





- É assim como sente de facto A. .
O patriarcado afastou a mulher de toda a interioridade, de toda a afectividade que não fosse relacionada com o homem e o filho. O pai e o filho! A relação com as outras mulheres seria sempre um perigo para esse império do domínio do homem sobre a mulher. Assim, além da divisão da mulher em duas – a eterna divisão da santa e da prostituta que continua a pairar sobre a cabeça de todas as mulheres, mesmo dizendo que não – criou-se a divisão entre a Mãe e a filha. A filha raramente tem mãe…ou sente na mãe esse afecto, esse amor, essa união, essa cumplicidade de mulheres, porque é na educação das meninas que as mulheres se tornam rivais e antagónicas e começa quase sempre com as mães (luta pela atenção do pai) …aí começa a raiva, a inveja, a luta psicológica por vencer a “outra” entre mulheres…por isso qualquer entendimento amoroso entre mulheres pode ser pejorativamente classificado de “homossexual” ou de anormal…Mesmo entre irmãs a guerra é instalada ou pelo amor do pai ou mais tarde na luta por namorados, assim desde pequeninas…onde elas podem ver a negação da mulher no olhar do pai…o desprezo do pai pela mãe ou até a violência doméstica e por isso ela faz tudo para lhe agradar e ser diferente da mãe. Ela sente-se culpada pois da mãe herdou a ideia/sentimento (ou complexo) de que tudo o que é da mulher em si, é sujo, é inferior, é insignificante e o seu amor-próprio é ridículo. Com as mães as meninas aprendem a ter nojo do sangue e da menstruação, do seu corpo e do seu sexo claro…porque isso é o que quase sempre as mães passam para elas…Medo e nojo. Medo e raiva. Medo e frustração. E assim elas estão cada vez mais longe de si como mulheres e tornam-se “as meninas do papa” ou as eternas meninas, submetidas e feitas para agradar aos homens. São as Atenas, saidas da cabeça do Pai (Zeus, senhor do Olimpo onde as mulheres são engolidas como Métis)...as mulheres que negam a sua feminilidade essencial e se tornam ou mulheres fatais, lolitas ou executivas ou dominadoras ou bem sucedidas na vida...

Quanto às mães, é evidente que sempre houve e há grandes excepções…Há e houve grandes mulheres e Mães que conseguiram, apesar do peso da sua vida e das suas lutas, passar coragem e amor para as filhas, dar-lhes dignidade…ninguém põe em dúvida isso, mas a nós interessa-nos apontar os casos comuns e os mais dolorosos…

Assim, não é de estranhar que muitas mulheres sintam esse nojo ou repulsa pelas outras mulheres, mas esse é o nojo e a repulsa que tem de si mesmas pelo facto de serem mulheres e é em geral inconsciente. Passa por instintivo, mas é apenas uma defesa...

Como nunca foram amadas pelas mães, elas não suportam esse sentimento vindo de outra mulher e isso reflecte-se no espelho de outra mulher que lhe seja próxima, na amizade, por exemplo...e comummente ficam angustiadas pelo carinho dessa amiga, se ele for manifesto, independentemente de ser ou não um interesse sexual, mas é quase sempre interpretado como aberrante, a ternura entre mulheres. Repare como a amizade das mulheres em geral (e como se vê nos filmes) é tão exterior, tão fútil, tão brejeira, tão apenas a falar dos homens e nas experiências sexuais com eles e na competição e jogos em que apenas os homens são o foco e a intriga e a competição…Que outros assuntos tratam as mulheres senão de homens e maneiras de os seduzir, ou ter filhos, etc? Casas e decorações, cosméticos, roupas, modas?

Não, elas não sabem de si mesmas, nem de si como Mulheres verdadeiras porque as mulheres se perderam delas mesmas e da sua alma…As mulheres perderam a sua essência e não são cúmplices entre si nem da natureza Terra Mãe…

As mulheres de hoje são apenas um pálido reflexo das mulheres de outrora…Por tudo isso não há na sociedade actual neste mundo globalizado lugar para o verdadeiro amor e ele é cada vez mais raro. Ninguém sabe o que é o Amor Mágico. Porque as mulheres deixaram de ser mágicas…de ter magia e poder. Tudo é conectado sexualmente, mas mesmo a sexualidade está cada vez mais longe da sua essência também e temos cada vez mais pornografia em vez de erotismo. Mas o amor verdadeiro nunca é só sexual...é sempre outra coisa...mais além; o amor vem da alma, mas pode e deve expressar-se sexualmente se houver reciprocidade, seja em que situação for, e como dizia Fernando Pessoa, “no amor o sexo é um acidente”, não o factor determinante. Mas as mulheres vivem o sexo mesmo sem amor…quase sempre…hoje em dia ninguém deixa sequer o Amor acontecer, antecipam-se as experiências sexuais, só pelo “prazer” do sexo…ou dinheiro…

Agradeço imenso o seu comentário que nunca seria inconveniente por ser tão sincera e verdadeira e por se expor com tanta naturalidade. Gosto muito de verdades simples e é isso que temos de ter coragem de fazer, dizer o que nos vai na alma. Tomara eu que muitas leitoras tivessem a sua coragem para dizerem o que realmente sentem!

Muito obrigada por partilhar o que sente.

Um grande abraço

rleonorpedro

quarta-feira, agosto 01, 2012

ACABOU A ÉPOCA DOS BLOG'S?


A VISÃO CLARA DE DE UMA LEITORA...


Cara RLP,
Tenho vivido nestes dias uma situação semelhante, de me sentir isolada, sem eco, sem despertar ressonâncias em grande parte por minha iniciativa. No meu caso, senti-me culpada pelo isolamento, porque foi-me ensinado, e continua a ser, que devemos procurar os nossos, que devemos comunicar. Quando vem resposta do exterior, o isolamento fica esquecido; mas quando não vem - ou não o percebo - vem o sentimento de culpa, de inutilidade.
Mas será que estou alguma vez realmente isolada? Nunca estou fora do alcance da Deusa, mesmo sem perceber eco ou ressonância.
Diz quem estuda esses fenómenos, que a época dos blogs já terminou. O FB substituiu-os, mas é mais fugaz, mais virtual, mais ilusório. Esta comunicação virtual nunca é realmente comunicação porque não se está cara a cara. Portanto, nos blogs ou no FB estamos isolados, com a ilusão de estarmos a comunicar. Mas no FB há mais eco, e por isso as pessoas sentem-se menos sozinhas, sem deixarem de o estar, muitas vezes. Acho que há pessoas a ler o seu blog, mas o que tenho visto é que quem apresenta pontos de vista fortes e sem papas na língua é mal visto hoje em dia, o tempo da cultura 'light' e Facebook, em que tudo é bom, luminoso e Coca-cola.

ME


Minha amiga...

Achei muito interessante o que diz sentir e eu também me sinto o assim mesmo em relação ao Blog e ao meu trabalho:  tem fases então que não vejo nem sinto que haja grande eco nem sinto que haja uma ressonância particular  com ninguém; outras  vezes quase me apetece desistir, no entanto sei  que há muita pessoas - muitas mulheres - silenciosas que me seguem, e há anos, mas aqui e neste caso achei o seu ponto de vista muito exacto e o que diz em realção ao FB é o que se está a  passar de facto. Eu também sinto que  é mais fácil inter-agir no Facebook, mas é sem dúvida muito mais superficial e apesar de aparentemente ser mais dinâmico e interactivo... é portanto mais enganoso. No facebook como diz, "há mais eco, e por isso as pessoas sentem-se menos sozinhas", mas sem deixarem de o estar a maior parte das vezes. Essa é a ilusão. Sim, as pessoas têm a ilusão de que estão em comunicação por ser tudo mais imediato, mas na verdade há menos profundidamente e não se aprende nada...tudo é fugaz e aparente.
Grata por ter expresso os seus sentimentos.

RLP