O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, junho 18, 2013

CORPO E CULTURA...

 
"A nossa cultura centrada no corpo, coloca uma enorme ênfase no corpo físico e na sua aparência. Isto origina problemas e não só às mulheres gordas; as mulheres magras ou mesmo as mulheres que se consideram pouco atraentes também sofrem com isso. Estes problemas têm origem no facto de, na sociedade actual, se ‘adorar’ o corpo magro.
As culturas antigas honravam a mulher encorpada com os seus seios grandes e ancas voluptuosas porque se julgava que estas mulheres eram mais férte
is.
Parece que redefinimos a ideia de belo. Parte do que está errado com a nossa sexualidade hoje em dia reside no facto de tudo ser tão superficial. Olhamos para uma coisa e dizemos “Isto é o que devemos desejar”. E isto acontece porque não vamos ao fundo do nosso ser. Tudo acontece à superfície.
Muitas mulheres levam esta questão para a cama. Não querem ser despidas ou vistas e fazem sexo às escuras para se esconderem. E isto é a morte da paixão. Afecta a nossa autoconfiança, a forma como nos relacionamos com os outros e diminui-nos aos nossos olhos.
Há uma forma fácil de ultrapassar isto? Não, mas o que posso dizer que me ajudou a mim, foi mover-me para uma consciência mais profunda de como carrego a energia do sagrado feminino e da deusa dentro do meu corpo. Quando sinto que sou bela num conceito mais vasto do que a minha aparência, eu começo a valorizar-me. Caminho de forma audaciosa, com uns belos seios e ancas voluptuosas e vejo-me de forma diferente.
Os homens não ficam atraídos simplesmente pela minha aparência mas também pela forma como me apresento, como me sinto em relação a mim, pelo quão autoconfiante e sexy eu sou. Só lamento não me ter sentido assim aos trinta, altura em que era tão influenciável, com tão baixa auto estima e o meu casamento se desmoronou. Eu sentia-me inadequada. Alcancei esta consciência mais tarde e quero na verdade que as mulheres mais jovens percebam que a sua sensualidade vem da forma como se sentem em relação a elas próprias."


Kerry Ryan, uma sacerdotisa da Deusa

3 comentários:

Clube do Livro Elas disse...

O padrão de beleza mudou demais e sendo sincera? Prefiro a antiga!
Acho as mulheres mais cheias, bem mais bonitas, tanto é que eu queria ser gordinha e não consigo nem com macumba! Sou magra de ruim! :/

Abraços,
Adorei o blog!
Fanie.

Anónimo disse...

Um Slogan.
http://alice.ces.uc.pt/news/wp-content/uploads/2013/03/Machismo.png

Um bom dia para si.

Fernanda disse...

O conceito de beleza mudou porque assim interessa a determinados lobbies. O ideal de beleza que apresentam e divulgam não corresponde à realidade, mas a um modelo artificial e fabricado. E com isso destruiram a auto confiança das mulheres, que estão dispostas a injectar venenos no corpo, a colocar implantes, a corrigirem os "defeitos" com cirurgias desnecessárias e perigosas.
O padrão de beleza actual está à venda!
O que nos liberta de tudo isso? A consciência, como dz a autora.