O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, setembro 09, 2013

A MULHER ABANDONADA

UMA HISTÓRIA DE COMO OS HOMENS SÃO MAL ILUMINADOS...e deixam as mulheres de fora...

Yashodhara - A MULHER ABANDONADA

Ela vai ao encontro de Tashi (seu esposo) que a abandonara, na calada da noite, pois Tashi estava decidido a seguir o caminho monástico, espiritual! Acompanhem o desabafo dessa mulher desolada: "Yashodhara... Conhece esse nome? Príncipe Sidhartha, Gautama, Sakyamuni, Buda... Todos conhecem esses nomes! Mas Yashodhara?... Yashodhara foi casada com Sidhartha. Ela o amava apaixonadamente. Um dia, Sidhartha a deixou e ao filho deles, Rahul, enquanto eles estavam dormindo, para ir a procura da iluminação, para se tornar um Buda... Ele nem lhe dirigiu a palavra quando saiu... do a seguir o caminho monástico, espiritual! Acompanhem o desabafo dessa mulher desolada: "Yashodhara... Conhece esse nome? Príncipe Sidhartha, Gautama, Sakyamuni, Buda... Todos conhecem esses nomes! Mas Yashodhara?... Yashodhara foi casada com Sidhartha. Ela o amava apaixonadamente. Um dia, Sidhartha a deixou e ao filho deles, Rahul, enquanto eles estavam dormindo, para ir a procura da iluminação, para se tornar um Buda... Ele nem lhe dirigiu a palavra quando saiu... Yashodhara já havia demonstrado compaixão pelos doentes e oprimidos, antes de Sidhartha o fazer, muito antes de Sidhartha conhecer o sofrimento! Quem pode garantir se ele não adquiriu isso dela? ... Como poderá saber se Yashodhara não acabou vítima da raiva, da solidão ou da amargura depois que Sidhartha a deixou? ... Quem pensou nela? ... O que ela terá dito quando Rahul, seu filho, fez a pergunta inevitável: "Onde está meu pai?" O que ela pode lhe ter dito? ... Talvez Yashodhara quisesse deixar Sidhartha e Rahul... Pode uma mãe abandonar um filho no meio da noite? Isso só é possível ao homem. Só para o homem, Tashi! ... 
Depois disso, Yashodhara não teve escolha. Teve de levar uma vida de renúncia. Ela cortou o cabelo e viveu como uma aceta. Oh Tashi... Se seus pensamentos para o Dharma (a busca da realização espiritual) tivessem a mesma intensidade do amor e da paixão que demonstrou por mim (durante a convivência conjugal), você se tornaria um Buda neste mesmo corpo e nesta mesma vida..." 

Trecho do filme Samsara Índia/França 2001

Postado por Anna Geralda Vervloet PaimUMA HISTÓRIA DE COMO OS HOMENS SÃO MAL ILUMINADOS...e deixando as mulheres de fora...as sacrificam.

Yashodhara - A MULHER ABANDONADA

"Ela vai ao encontro de Tashi (seu esposo) que a abandonara, na calada da noite, pois Tashi estava decidido a seguir o caminho monástico, espiritual! Acompanhem o desabafo dessa mulher desolada: "Yashodhara... Conhece esse nome?
Príncipe Sidhartha, Gautama, Sakyamuni, Buda... Todos conhecem esses nomes! Mas Yashodhara?... Yashodhara foi casada com Sidhartha. Ela o amava apaixonadamente. Um dia, Sidhartha a deixou e ao filho deles, Rahul, enquanto eles estavam dormindo, para ir a procura da iluminação, para se tornar um Buda... Ele nem lhe dirigiu a palavra quando saiu... do a seguir o caminho monástico, espiritual! Acompanhem o desabafo dessa mulher desolada:
 
"Yashodhara......
Conhece esse nome? Príncipe Sidhartha, Gautama, Sakyamuni, Buda... Todos conhecem esses nomes! Mas Yashodhara?... Yashodhara foi casada com Sidhartha. Ela o amava apaixonadamente. Um dia, Sidhartha a deixou e ao filho deles, Rahul, enquanto eles estavam dormindo, para ir a procura da iluminação, para se tornar um Buda... Ele nem lhe dirigiu a palavra quando saiu... Yashodhara já havia demonstrado compaixão pelos doentes e oprimidos, antes de Sidhartha o fazer, muito antes de Sidhartha conhecer o sofrimento! Quem pode garantir se ele não adquiriu isso dela? ... Como poderá saber se Yashodhara não acabou vítima da raiva, da solidão ou da amargura depois que Sidhartha a deixou? ... Quem pensou nela? ... O que ela terá dito quando Rahul, seu filho, fez a pergunta inevitável: "Onde está meu pai?" O que ela pode lhe ter dito? ... Talvez Yashodhara quisesse deixar Sidhartha e Rahul... Pode uma mãe abandonar um filho no meio da noite? Isso só é possível ao homem. Só para o homem, Tashi! ...
Depois disso, Yashodhara não teve escolha. Teve de levar uma vida de renúncia. Ela cortou o cabelo e viveu como uma aceta. Oh Tashi... Se seus pensamentos para o Dharma (a busca da realização espiritual) tivessem a mesma intensidade do amor e da paixão que demonstrou por mim (durante a convivência conjugal), você se tornaria um Buda neste mesmo corpo e nesta mesma vida..."

Trecho do filme Samsara Índia/França 2001

(Postado por Anna Geralda Vervloet Paim)

3 comentários:

www.pedradosertao.blogspot.com disse...

Pois é, a pergunta que não cala: o homem sai em busca de si e larga a mulher, encontra a paz, mas pode olhar para traz e não se sentir culpado ou cheio de dor? Ninguém fala muito sobre isso...isso dá uma dor tremenda...e é algo para refletirmos...

Abraço do Pedra

www.pedradosertao.blogspot.com.br

Soror E.T disse...

Que o homem nunca é julgado ao abandonar o lar, isto é verdade. Aqui é contado somente o lado "apaixonado" de Yasodhara, o que acontece com nós simples mortais, é as vezes a falta de recurso, a impossibilidade de se manter-se e o preconceito da sociedade.
Porém do jeito que foi contada a história do Buda Histórico, é tendenciosa, pois foi omitido muitas partes, distorcendo os fatos: Yasodhara e seu sogro impediram o Príncipe de abandonar a casa por duas vezes, pois sabiam de sua intenção. Aliás, a intenção dele era sim encontrar um caminho que TODOS pudessem se beneficiar e não BUSCAR A SI, como foi citado por alguém.
Aliás, após encontrar este caminho, ele voltou ao palácio e Yasodhara tornou-se uma discípula assim como Rahula, seu filho.
Infelizmente muitas partes importantes foram omitidas, além de todo o contexto da cultura hindu, momento histórico, etc. é uma pena, pois se as pessoas já têm um preconceito contra outras religiôes, isto faz com que as pessoas criem mais ainda.

rosaleonor disse...

Importante perceber isso...

abraço

rlp