O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, janeiro 16, 2014

ESTE É O TEMPO DAS MULHERES



REVENDO A MATÉRIA DADA...

SER INTEIRA...


Por hora e neste presente tempo que é o nosso não há uma base sólida de "saber" para nos agarrarmos a nada e estarmos categoricamente certas...mas há um trabalho interior que implica à partida que a mulher procure sentir-se e que viva, o mais que poder, fora de um contexto social, no bom sentido...e basear a sua vida a partir de dentro dela, sendo ela a sua própria força, baseada na sua consciência. Se continuar a apoiar-se no mundo, na religião, qualquer que ela seja, na sociedade ou na família e toda a sua história familiar e social que a aprisiona poucas hipóteses terá.
A luta social em prol dos outros/as poderá acontecer quando a mulher estiver estruturada em si, confiante em si, e não como sucedâneo da sua infelicidade ou frustrações acumuladas, como acontece em gera, e esse é que é o trabalho que eu proponho a fazer-se individualmente: tomar primeiro consciência de si e depois dar-se de forma livre. Para isso é preciso trabalhar as nossas bases de ser mulher, unir as duas mulheres cindidas em nós, em interioridade, ou até no silêncio, para vencer essa velha rivalidade entre mulheres...pois é nessa divisão dentro das mulheres - a luta entre as duas mulheres, a boa e a má -  que os homens baseiam a sua supremacia e nos dominam, e nos impedem de ser nós mesmas, inteiras.
Curar essa ferida em nós, mãe e filhas, irmãs…e só em nós, e depois logo se verá...mas, por experiência própria, eu sei que á medida que fizermos esse trabalho connosco e nos distanciarmos da velha e atormentada mulher confinada à vontade alheia, directa ou indirectamente, também mudaremos face aos outros e ao mundo...Mas sem nos mudarmos a nós primeiro …sem essa Consciência não haverá Força para vencer…Continuaremos esmagadas e forçadas a ceder a pressão dos outros e do mundo e continuaremos a viver em nome de muitas coisas mas nunca de nós próprias.

O caminho é sempre interior e virado para dentro. É no nosso coração que temos de manter as reservas de força e amor para darmos a quem como nós, mulheres e homens porventura, façam o mesmo caminho para sair da luta deste Sistema que nos aprisiona a uns e outros há milénios. Este é o tempo Mulheres!

rosaleonorpedro

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