O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, janeiro 02, 2014

Ó curadora de almas


 

"Vem, ó noite anunciadora de todas as mortes, mão de todas as feridas e de todas dores, apaziguadora e benigna. Tu, encoberta com os véus de todas as tristezas da terra; tu, que a todas curas da febre com o imenso lenço de estrelas com que ...cobres os rostos mais velados e o teu, que de estrelas aparece coberto de raízes que são veias e dedos de uma transparente, solene e pacífica multiplicação de rosas de água sobre as feridas da alma. Fica, pela noite adentro, a velar-me o sono, e derrama sobre o rosto da terra, a bênção da tua face límpida, viajante nocturna que alivias de asas a barca pesada."
 
 
Maria Sarmento 
 

1 comentário:

Ná M. disse...

"Vem, ó noite anunciadora de todas as mortes, mão de todas as feridas e de todas dores, apaziguadora e benigna. Tu, encoberta com os véus de todas as tristezas da terra; tu, que a todas curas da febre com o imenso lenço de estrelas com que ...cobres os rostos mais velados e o teu, que de estrelas aparece coberto de raízes que são veias e dedos de uma transparente, solene e pacífica multiplicação de rosas de água sobre as feridas da alma. Fica, pela noite adentro, a velar-me o sono, e derrama sobre o rosto da terra, a bênção da tua face límpida, viajante nocturna que alivias de asas a barca pesada."
Maria Sarmento