O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, fevereiro 22, 2014

AS ARMADILHAS DO EGO...



O retorno da Deusa não vai alimentar ou satisfazer o nosso ego...

"Há muita conversa sobre o despertar e empoderamento do feminino nos dias de hoje, e uma das armadilhas que eu vejo a serem jogadas para o colectivo, agora, é que o velho paradigma da competição
e ganância, de "mais por mim" aprendeu a imitar o feminino profundo. Com isto quero dizer que existe o perigo de usarmos a linguagem e as imagens do feminino para alimentar os velhos padrões de ambição e melhoria interminável. Agora, não nos dizem apenas que devemos ser melhores, mais inteligentes e mais ricas, como também nos dizem que devemos "encontrar a nossa Deusa interior", obter os nossos "tantra" sermos mais radiantes e que devemos "fazer" o feminino perfeitamente.

O retorno da Deusa não vai alimentar ou satisfazer o ego. A essência do Seu ensinamento vem para que lentamente - ou abruptamente - de forma a restaurar a humildade para a totalidade da Sua manifestação. Aprendemos a abraçar o paradoxo da vida em que tanto a luz e a escuridão são totalmente bem-vindos como dimensão  intrínseca da vida , de quem somos .

As práticas de manifestação feminina oferecem-nos a possibilidade de sermos instrumentos do insondável poder de cura do feminino. Podemos restaurar um equilíbrio e plenitude no nosso mundo. Para que isso aconteça é necessário quebrar o transe que temos vivido há muito tempo, e estarmos dispostas a ouvir uma voz mais profunda a partir do interior.

Esta voz não fala alto e nem em inteligentes conceitos de correcção rápida, fala numa linguagem que podemos ter esquecido, mas quando a ouvimos nós a reconhecemos tão intimamente como a nossa própria respiração.

É um profundo sentimento de regresso a casa e chegando a esta casa podemos ter uma casa para os outros: podemos ser uma casa para o mundo."

~ Chameli Ardagh

(traduzido por Isabel Angélica)

2 comentários:

Anónimo disse...

Tão Bonito. Beijos, Leonor.

rosaleonor disse...

beijinhos A.!

rl