O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, março 15, 2014

NATÁLIA, A HONROSA EXCEPÇÃO...

 
AS MULHERES PORTUGUESAS...
MAIS PATRISTAS QUE O PATER...

 Eu acho sempre muito curioso e sintomático - para não dizer uma desgraça - como as mulheres em geral, em Portugal pelo menos, nomeadamente as políticas e intelectuais, ou mesmo as vanguardistas da cultura de mentira, têm um desprezo impercebív
el pelas outras mulheres, as mulheres comuns, ou as mulheres que buscam uma verdadeira identidade e saem dos padrões das feministas que continuam a ser patristas (às vezes mais patristas que o pater), como diria a Natália Correia, uma das poucas e raras escritoras portuguesas que teve consciência de si como mulher e o seu discurso fazia toda a diferença.
Haverá porventura algumas outras mulheres que abordaram as questões feministas e do interesse geral das mulheres, na literatura e na arte, ou houve...mas que se desviaram da rota das mulheres em beneficio dos seus estatutos e interesses pessoais...
Mas voltando às mulheres que podiam até ser cúmplices e participantes de uma Nova Consciência da Mulher, uma consciência do mundo, serem fiéis ao Princípio Feminino e à sua essência,  a uma Ecologia da Natureza e da Terra, agindo no sentido de o modificar para "dar um novo rumo às sociedades" e as revitalizar, parafraseando ainda a autora citada, e que em vez disso se dedicam à politica do vício e do tráfico de influências, a política do medo, aos partidos corruptos, ou escrevem memórias de mulheres frustradas, filhas do papá...mas, elas apenas vivem obcecadas com o sucesso, os traumas e o sexo, a sua afirmação social e sexual, em suma, as histéricas dos estudos de Freud e Lacan...e com os quais tanto se identificam...e defendem! 
rosaleonorpedro

1 comentário:

Anónimo disse...

SENSACIONAL!