O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, maio 13, 2014

E o desafio do feminino hoje é o resgate.



O feminino sagrado está ligado à devoção
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Muitas catástrofes, atrocidades humanas, atos destrutivos e desumanos têm a ver com a ausência do feminino sagrado. A mulher perde o contato com a dimensão instintiva, com o aspecto emocional da vida. E, com os desafios e exigências dos novos tempos, se masculiniza gradativamente.
O feminino sagrado está ligado à devoção. Devoção à Grande Mãe, à Deusa Mãe, hoje excluída do seio da Família Divina, pois existe apenas um Deus, que é o pai.
Resgatar o feminino sagrado tem a ver com a reinserção desta Deusa Mãe no Sagrado Coração. A Grande Deusa é a própria criatividade, a fertilidade, a sensualidade.

E o desafio do feminino hoje é o resgate. É ouvir a voz interior, a amorosidade, o cuidado, o autocuidado, a misericórdia, a sensibilidade.

  Para entrar em contato com o feminino sagrado, vale a pena um exercício de imaginação: Antes, o silêncio interno deve chegar devagar, tomando todo o corpo de quem se propõe a realizar o exercício. Neste momento, imaginar que começam a chegar ao seu lado, atrás de você, sua mãe, suas avós; as bisavós, as trisavós e muitas outras avós, além das tias que se sente, são importantes na sua vida, vivas ou mortas, conhecidas ou desconhecidas. Estas são as suas antepassadas. É possível acessá-las, pedindo com amor que elas possam trazer as qualidades positivas para que se dê conta da vida, para que se possa ser feliz, ser uma mulher inteira, plenamente viva.
E se houver muitas dores relacionadas ao feminino, lembrar que “embora a película externa da alma seja magoada, arranhada ou chamuscada, ela se regenera de qualquer modo. Repetidas vezes, a pele da alma retorna a seu estado primitivo e intacto”, como afirma Clarissa Pinkola Estés.

Por Ana Lucia Braga
(Terapeuta Corporal Neo-Reichiana)
Foto Luiza frazão

1 comentário:

Vânia disse...

A Deusa deve estar presente em cada acto gesto pensamento, deixo me ir amorosamente embalada e encontro a Paz dentro de mim, é algo de Divino sucede em tudo o que faço, restaura se me a confiança em mim mesma. Ainda há pouco perdida nos meus pensamentos pensei que se tiver em Paz comigo estou em Paz com o exterior, oxalá fosse tão fácil e contagiasse o Mundo. pelo menos nos q toco diariamente existe harmonia. é já alguma coisa, um dia de cada vez. eu tenho muita fé no trabalho árduo do resgate do Feminino. é o desafio diário. beijinho.