O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, junho 03, 2014

SOBREVIVER A TRAVESSIA...




A ENTREGA...

"O homem* que não atravessa o inferno das suas paixões não as supera. Elas se mudam para a casa vizinha e poderão atear o fogo que atingirá sua casa sem que ele perceba. Se abandonarmos, deixarmos de lado, e de algum modo esquecermo-nos excessivamente de algo, corremos o risco de vê-lo reaparecer com uma violência redobrada."
Carl G. Jung, Memórias, Sonhos e Reflexões

"Na rotina de todos os dias nem damos conta que há ideias que vagueiam pela nossa mente, indefinidas, que persistem num vaivém até adquirirem uma forma, um desejo. Podem dizer respeito a uma pessoa ou a uma ocupação. Hesitamos. Antevemos a necessidade de mudança, mas se esta coloca em causa o que julgamos seguro, tememos a queda. Cientes do que sentimos e queremos, e se chegada a esta fronteira, não fizermos o que poderíamos fazer, amputamos uma parte de nós.
A convicção dos que respeitaram a sua vontade interior, dará lugar à serenidade. A dor é superada.
Numa paixão que não conferiu à existência, um amor, nem damos conta que sobrevivemos à travessia, até que surge de imprevisto uma súbita alegria e uma saudade por quem éramos e por quem nos esquecemos."

in incalculável imperfeição

1 comentário:

Anónimo disse...

A linguagem não é neutra. O homem implantou o patriarcado e personificou toda a criação até o seu deus em sua figura. O certo é usar o feminino e o masculino, por ex, a mulher e o homem ou o ser humano.