O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, abril 03, 2015

CÓPIA OU PLÁGIO?



Subjectivissimamente....

"Quero um manto tecido com fios de ouro solar. O sol é uma tensão mágica do silêncio. Na minha viagem aos mistérios ouço a planta carnívora que lamenta tempos imemoriais: e tenho pesadelos obscenos sob ventos doentios." -  C. Lispector

A vida é vida... e a vida também é morte...e a vida é vida e amor mas também dor e espanto e desesperar e ter esperança e acreditar e descrer...a vida é tanto e não cabe nas palavras...não cabe na garganta, não cabe no coração...e ...no peito crava-se ...um punhal na noite...
(e tu és... de ontem e de hoje, de nunca...)
 
É meia noite e o coração bate...o coração bate e o sangue arde, percorre as artérias como um notívago boémio que bebe do seu próprio sangue, e infame segura ébrio o cálice amargo do fado que tece à margem o destino...
ah o nosso vampiro noturno... o vampiro do nosso desejo informe...esquecido e a corrente que atravessa a ponte e passa e transvasa e nada se compara ao vinho, ao néctar do teu corpo memória e dizer esta ansia, esta mentira e a ilusão dos sentidos...esse Império de maldição...a que o choro quente das lagrimas de ouro e a OBRA e fazem ao rubro e um coro ...uma torrente fresca catalítica como um veneno, que busca o eco e atravessa os ossos, o espanto...ah não tu não és, tu não vens, tu nunca foste mais do que a fantasia de um sonho, corpo liquido e efémero ...e há a noite e o dia e tudo o que existe e tu e eu longe perto amando e odiando...ah o abismo do ciúme matando devagar a esperança ...tu nunca virás...nunca virás como eu te sonho, nem eu sei quem és tu...
ah...a Musa e a musica das esferas e as estrelas e o firmamento ...o infinito o ser e onde te escondes e finges não ser de carne e osso como eu...

ah....meu amor...que desencontro ...onde tu vês alegria eu vejo ainda tristeza...onde tu vês prazer eu vejo também dor...vejo como somos o contrário e o reverso...o avesso da mesma Face de que tu só queres ver um lado...dizes: "vida é amor",  e recusas-te a ver que Ela tanto é amor-dor como vida-morte...e tudo é a mesma coisa...para quem já passou o Cabo do Bojador...
rlp
 
 
NOTA A MARGEM:
 
Hoje encontrei quase por acaso um excerto deste meu texto retirado deste blog noutro blog, "Do  Berço até ao Tumulo" de  Susana Fidalgo, certamente leitora deste blog e que não se designou em fazer qualquer referência à fonte nem colocar o meu nome no texto...
Lamento que assim seja e espero que caso alguma vez eu faça uma omissão involuntária me chamem a atenção porque prezo imenso o trabalho das outras pessoas.

Depois de umas horas desde incidente a questão foi cordialmente resolvida entre nós; os textos de minha autoria foram assinados e reconhecidos como tal, e estou grata a autora do blog em foco ter sido impecável a retratar-se e ao pedir desculpa.

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