O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, junho 30, 2015

Há tanta Solidão na Alma de uma Mulher



« Há tanta Solidão na Alma de uma Mulher. Há uma Injustiça que elas nem sabem. Jogo Puro nas mãos dos homens, que fazem o baloiço da Vida. Mestres do disfarce, Egocêntricos e Individualistas. Regem-se por Leis que destroem o núcleo da Vida selvagem da Mulher. Inventam uma mulher que não existe, desconstroem o que constroem pelo prazer de mortificar a carne das almas mulheres. Não são bons Pastores quando o assunto é Mulher... eles são a serpente do inferno, que rodeiam com av...idez e sede o colo de uma Mulher para lhes extrair a força para o alimento da sua vida. Apenas querem companhia. Nada dão, e tudo o que derem é apenas um contrato na cabeça deles, para possuírem melhor a mulher-presa. São o último reduto dos homens infantis que nunca cresceram para o Amor Real de uma Mulher. Eles inventam histórias, são mentirosos por natureza, são cúmplices da mentira em si mesmo... idolatram a mentira e são corrompidos... as suas almas são corruptas, sempre o foram só que dissimularam... quando destroem uma mulher, quando a tentam possuir!!! Os Homens são filhos do céu destruidor, basta olharmos a mitologia e perceber a grande rudeza e avidez do seu império psicológico... eles nasceram para fazer enegrecer as flores. Raros são os grandes de Alma; raros são os que mantém-se elevados e com dignidade e responsabilidade no trato correcto com uma Mulher quando os seus interesses são postos em causa, ou, encontram o seu interesse, ou seja, o baú (sempre desprezam e maltratam quem lhes indicou o caminho)... raros são os que respeitam a Liberdade de uma Mulher. Mais raros, são os que realmente Amam com o Coração e fazem uma Mulher crescer como pessoa e Alma, porque na maioria das vezes, eles destroem para eles ganharem Poder que só por si mesmos não teriam ou conseguiriam. Isto acaba por revelar que um Homem não se faz sozinho!! A Ilusão é crer que ele se faz... ele é um parasita que deixa a mulher de lado e pouco se importa... ele apenas se abastece. A Mulher não lhe interessa genuinamente. Raros são os que de facto escolhem em Plena Lucidez aquela que amam. Quando um Homem parir mesmo um ser humano, ele vai saber. Uma Mulher não precisa de parir, ela já sabe, basta ser Mulher!!!... »

Crónicas do Desconcerto.
NãoSouEuéaOutra

segunda-feira, junho 29, 2015

MEMÓRIA CELULAR


A MEMÓRIA DO DNA

- Como se formam as crenças no corpo físico por Gloriana Batassa -


No nosso corpo físico existe mais de uma memória.
Nós estamos acostumados a pensar que temos somente uma memória, e que está no nosso cérebro, mais especificamente no nosso subconsciente.
No entanto, nós temos quatro memórias que são chamadas “memórias celulares”, pois cada uma delas tem uma localização exata no corpo físico e conseqüentemente são constituídas por células.
A partir do momento no qual um novo ser está se formando dentro do útero de uma mulher, as células usam as informações que já têm dentro de si em suas quatro memórias, para formar uma nova estrutura celular.
Estas memórias são: a memória do subconsciente - a que nós sabemos ter, a memória morfogenética, a memória histórica e a memória da alma.
A memória morfogenética é a que interessa o nosso DNA.
É considerada a primeira das nossas memórias pois já estava presente na criação do homem, pois o DNA é o invólucro de uma memória de que somos Um e Divinos e é por isso que foi criado no ser humano.
Todos nós temos nas nossas células um código numérico Sagrado e cada parte do nosso corpo, cada um dos nossos órgãos e cada um dos sistemas do corpo humano, sabe qual é a sua seqüência numérica de perfeição e execução e “constrói” um órgão para a sua expressão perfeita no corpo físico.
Na subdivisão celular que ocorre quando estamos em gestação, as memórias das células têm registros do que já foram, a qual órgão pertencem, como devem crescer e se multiplicar e também como devem se expressar.
Através do DNA espiritual, as células se “lembram” do que foram segundo as emoções e sentimentos criados e vividos anteriormente, sabem exatamente o que devem fazer no atual corpo físico e principalmente o que devem viver para um aprendizado e um aprimoramento.
Os sentimentos também são muito importantes.

 Os nossos verdadeiros sentimentos também são uma informação ancestral e são cinco: o amor, a alegria, a raiva, a tristeza e o medo.
Estes cinco sentimentos-chave produzem em nós emoções que provocam uma ilusão que acreditamos ser a enorme gama de sentimentos que vivemos na nossa vida.

As emoções podem ser alteradas pelas toxinas e por reações químicas do organismo e causar doenças, de um simples resfriado à depressão, cancer, entre outras.
E toda vez que através de um sentimento negativo e principalmente o medo, vivemos uma emoção que altera ou modifica um sentimento, criamos uma crença ou convicção.
Essas crenças/convicções ficam registradas nas nossas células e, se não são modificadas e resolvidas se transformam numa das nossas memórias celulares, a memória morfogenética, a nível de DNA e em todas as vidas sucessivas, faz parte do patrimônio genético de uma pessoa.
É óbvio que as crenças podem ser tanto positivas quanto negativas.
Se uma pessoa, por conta de uma emoção que gerou um sentimento de alegria, de felicidade e com uma experiência vivenciada, entendeu que é Una com Deus e que Deus é abundância e que portanto só pode ser rica na vida, esse sentimento também fica registrado, gravado nas células e essa crença também faz parte do patrimonio genético em todas as vidas sucessivas.
Será muito difícil que essa pessoa apresente numa vida futura problemas com dinheiro ou como obtê-lo.
Muitas dessas crenças, nós nem sabemos que temos, pois normalmente são exatamente o contrário do que pensamos conscientemente, uma vez que são memórias celulares.
E eis a causa de não sabermos porque algumas coisas acontecem nas nossas vidas.
Nós não temos o controle das memórias celulares acumuladas até aqui.
Hoje, podemos atingir essa memória morfogenética do DNA até sete gerações anteriores a esta e desse modo ter acesso à essas crenças e modificá-las, para que o nosso aprendizado evolutivo seja menos doloroso, mais rápido e consciente.
Saber trabalhar com as memórias celulares é uma das ferramentas que o Plano Espiritual colocou à nossa disposição nos últimos anos para que consigamos nos livrar do que não precisamos mais carregar no nosso DNA de uma vida à outra porque agora somos responsáveis do que queremos conscientemente aprender, escolhendo como e quando.
Isso significa Co-Criar a nossa realidade com Deus, limpando memórias celulares do corpo físico, atingindo o DNA, aumentamos a freqüência de vibração e escolhemos o que viver e as experiências a serem feitas no futuro.
Os sentimentos, as emoções, as toxinas, as crenças do subconsciente, as crenças morfogenéticas, as crenças históricas e as crenças da alma: é preciso limpar e alterar todas essas coisas juntas, também num processo de cura e transformação.
Não basta só a intenção ou querer intensamente que algo ocorra na própria vida .
É preciso saber o que significa e como Co-Criar com Deus a própria realidade e depois saber como manifestá-la fisicamente.
Se alguma coisa não acontece é porque alguma coisa não foi feita corretamente ou foi esquecida.
É preciso saber onde e como mexer nas memórias para podermos alterar a realidade física e provocar mudanças.
Como já dizia Mestre Kryon: “as nossas crenças são o mais importante fator que constrói a nossa realidade”.
Portanto, cada um de nós é o sistema de crenças que foi registrado dentro das suas memórias e perpetuado pelo próprio DNA ao longo das existências, até hoje.
Nós somos aquilo que acreditamos, somos as crenças que temos.

As feministas e não feministas...


E o que é essa mulher essência, perguntarão…

É por medo de parecerem religiosas e místicas ou fora do contexto social e político, medo dos seus lideres e patrões, que lhes prometem dar a promoção ou emancipação que elas sonham dentro da sua ideologia materialista histórica, que a mulher feminista não quer olhar para a sua essência, para a sua mística.

Mas a sociedade patrista não só não lhes dá nada de si, como é incapaz naturalmente de as elevar à dimensão do verdadeiro feminino, afastando-as cada vez mais e mais dessa mulher essência, pois vivem à custa dessa cisão da mulher…eles dividiram a mulher em dois tipos de mulher, "a santa e a pecadora" para poderem reinar…

E o que é essa mulher essência, perguntarão…
A mulher essência é aquela que tomou de novo contacto com a essência do seu ser, do seu feminino vital, essa parte sagrada de si mesma, sim, instintiva, intuitiva, energética, e que se consciencializa da sua divisão interna e histórica e não aceita mais culpar a "outra".
A mulher essência é aquela mulher que se tornou consciente da sua cisão interna e que integrou o lado de si que lhe tinha sido negado ou escondido, essa "outra" censurada pela sistema e que procura unir essas duas partes do seu ser que foram secularmente antagonizadas e não se conforma com a diferença entre as mulheres - as putas e as sérias - como se ela só continuasse a ser a pura (a boa) e a outra a pecadora (a má), etc.

Ora, isto de feminista não tem nada...

"Não sou feminista, sou antropologicamente lúcida" 
- Ana Hatherly

Quando eu digo que não sou feminista, quero dizer que contraponho à ideia de "igualdade" e "direitos iguais", um feminino ecológico e ontológico, um feminino integral, uma mulher total...e também não considero que a mulher deva voltar atrás nos seus processos de evolução social e ficar agora em casa a cuidar das crianças, nem ao contrário, como hoje se defende, como um direito válido adquirido e expressão de uma "igualdade", a mulher ir pegar em armas e ir a guerra... o que é uma calamidade, do ponto de vista do Princípio Feminino!

O que eu penso é que A Mulher está por redefinir, e por se encontrar a ela mesma dentro de si...e não fora...e essa é a minha ideia e posição: trabalhar por uma consciência de SER MULHER muito para além deste jogo social, económico e político, ou guerra de sexos em que se tornou a luta das mulheres nas sociedades ditas "livres" (uma ova!)!


"É bastante evidente, que no caso do feminismo em geral, a tónica está sempre toda nos aspectos sociais - direitos iguais - por certo, não nego,  uma conquista válida mas que prendeu a mulher aos valores do masculino, tendo invertido a feminilidade inicial do restrito que era o lar e lavores domésticos, educação das crianças, ensino e catequese, etc. acabando por se ressentir agora mais do que nunca, da falta de uma dimensão do verdadeiro feminino, de todo o seu lado instintivo e profundo digo incluindo o feminino sagrado, desprovido da noção dogmática ou carga religiosa...

Precisamente porque ao recusar a religião opressora dentro da ideologia marxista – as lutas feministas estão quase todas associadas ao marxismo e ao materialismo dialético - a mulher intelectual e política desprezou a sua Natureza subjectiva, dita instintiva, desligando-se da própria Natureza Terra-Mãe e por isso perdeu a sua dimensão ontológica, perdeu a Chave dos Mistérios perdeu o seu mistério de Mulher iniciadora do amor e da Vida...
A mulher perdeu há muito uma metade de si  e nestas lutas por se afirmar na sociedade não a recuperou ainda...ela tem andado assim repartida ao longo dos séculos...ora sendo uma, ora sendo "a outra" e esse é e tem sido o jogo do jugo patriarcal...dá-lhe uma coisa, promete-lhe que ela será a santa e a fada do lar...mas e tira-lhe sempre a outra, a sedutora e a sexual...ou então diz-lhe que ela é livre de fazer o que quer e dá-lhe a liberdade sexual e a maior carga de sensualidade, mas  despojando-a da outra parte e sempre de autonomia verdadeira e dignidade, anulando-lhe no seu valor intrínseco e poder  pessoal...que é a Mulher Integral...

Unir as duas mulheres em si, psíquica e animicamente, é um trabalho actual e urgente que compete a cada mulher fazê-lo sem que para isso precise de mais nada que não seja consciencializar-se dessa cisão...e procurar juntar os pedaços fragmentados de si mesma!"


Rosa Leonor Pedro

republicando

JÁ NÃO HÁ DOM JUANS...





"Centrando-se numa das figuras românticas mais famosas da literatura e da ópera, o impetuoso sedutor Don Juan, a análise sociopsicológica de Winter baseia-se largamente no estudo da frequência de certos temas em documentos literários. Winter observa que, apesar da obrigatória condenação das acções de Don Juan como “perversas” e “malditas”, ele é de facto idealizado como “o maior sedutor de Espanha”. Assinala também que os motivos subjacentes de Don Juan são a agressão, o ódio e o desejo de humilhar e punir as mulheres – não os impulsos sexuais. Nota ainda algo de profunda importância psicológica e histórica: as atitudes extremamente hostis para com as mulheres são características de épocas em que as mulheres sofrem a máxima repressão por parte dos homens. O caso clássico relevante que cita é o da Espanha onde emergiu a lenda de Don Juan, quando os espanhóis das classes superiores haviam adoptado o “costume mourisco de manter as mulheres em isolamento”. A razão psicológica por detrás desta hostilidade acrescida, explica Winter, é o relacionamento mãe-filho tornar-se particularmente tenso em períodos assim – a par da generalidade das relações feminino-masculino.

Contextualmente, torna-se evidente que a “motivação de poder” de Winter é, na nossa terminologia, a pulsão androcrática para conquistar e dominar outros seres humanos. Tendo estabelecido ser o rebaixamento das mulheres por parte de Don Juan uma manifestação desta “motivação de poder”, Winter tabula então a frequência das histórias sobre Don Juan na literatura de uma nação relativamente aos períodos de expansão imperial e de guerra. O que documentam as suas descobertas é aquilo que nós prediríamos socorrendo-nos do modelo de alternância gilânico-androcrático: historicamente, as histórias do mais famoso arquétipo de dominação masculina sobre as mulheres aumentam de frequência antes e durante os períodos de militarismo e imperialismo exacerbados.”

in, O Cálice e a Espada
Riane Eisler
Nota breve:

Já não há hoje em dia Dom Juans...a grande maioria deles se transformou mais ou menos em gays...ou gigolos...ou ainda chulos; os homens que antes se queriam vingar das mulheres seduzindo-as  hoje preferem seduzir os homens e casar entre si...uma vez que o romantismo acabou e a fidelidade no casamento já não é também o que era...portanto não há  já qualquer interesse em seduzir uma mulher...ou dominar uma mulher, pois as mulheres estão quase todas convertidas ao machismo...e não oferecem a menor resistência aos avanços do macho...que afinal nem o era assim tanto...
Poderíamos se calhar dizer, sem o rigor do pesquisador acima, mas com uma mera intuição da bruxa que habita cada mulher ...que deixou de haver culturalmente esse tipo de homens atraídos por mulheres casadas e o agressor - predador passou a ser bem mais contundente nas sociedades modernas não como o amante em muitos casos e sedutor barato, mas como o marido através da violência doméstica...

rlp

domingo, junho 28, 2015

DECLARAÇÃO DE DIREITO


SOU PAGÃ E ANTI-CLERICAL...


Fui e sou profundamente adversa ao “cristianismo” ao qual a minha rejeição foi sempre inconsciente, digo profunda e visceral… E mesmo tendo em conta que o Cristianismo tem alguma dimensão superior de entendimento e um valor absoluto de princípio dentro das várias cosmogonias do mundo e a “pessoa” do Mestre tenha hoje para mim um valor representativo, nunca me senti ligada ao seu universo conceptual nem teológico. Sou com toda a consciência e pleno uso das minhas faculdades humanas alheia a qualquer religião ou dogma e não tenho qualquer orientação religiosa.
Creio no Absoluto da Vida como Sagrada desde a sua Origem e numa Consciência Omnisciente…numa Ordem Universal superior, mas não me rege mais nada ao nível pessoal que não a minha intuição e percepção individual do que seja a realidade possível abrangida pelos meus sentidos alargados (o meu Ka os meus chakras e corpos subtis…) e a Inteligência do Coração.
O que seja A Grande Verdade que se nomeia por Deus/Deusa deixo para um futuro em que essa relação com Ele/Ela seja directa e não me restem dúvidas...
Na Terra creio na Deusa Mãe, Gaia, e na Inteligência VIVA que a rege…
Pode ser a Mãe divina, a Matriz de toda a vida, Mãe dos homens e de deuses, a grande iniciadora, a Mulher como mediadora das forças cósmico ou telúricas, a que dá à Luz o filho/a e inicia o homem ao amor da Deusa, a Mulher primordial que tanto pode ser essa Deusa como a Mulher Musa.
E com isto eu sei, não podia ser mais controversa nem mais adversa a todas as ideias e religiões e pregações … mas hoje, mais do que nunca, congratulo-me por ser fiel apenas a mim mesma e não ter credos nem cultos a cumprir!
 

(republicando)
rosa leonor pedro

sábado, junho 27, 2015

A ONDA GAY



A SABER...
COMO NASCE O CASAMENTO...


- “Na medida em que o Pátrio Poder se desenvolve e a lei do mais forte se instala, o uso da agressão se impõe nas relações humanas gerando competitividade, poder, conquista, luta pela posse de um território, guerras. Surge a questão da herança, institui-se o casamento. E a posse sobre a mulher, sua sexualidade, prazer e direito à própria vida se concretiza. Ao dominar a função biológica reprodutora o homem passa a controlar a sexualidade feminina. O poder cultural passa a desenvolver-se em oposição ao poder biológico nato na mulher. A vulnerabilidade permeia a função de parir, a mulher se inferioriza, torna-se dependente e o homem trabalha e domina a natureza.” (autor desconhecido)


"O casamento homossexual"...

Anda tudo muito entusiasmado como se fosse uma grande liberdade e conquista o "casamento gay" mas eu não deixo de ver que isso é apenas querer algo que os heterossexuais em geral já não querem ou fazem...e que as mulheres não deviam querer de maneira nenhuma, se estivessem minimamente conscientes ou soubessem o significado que foi para elas "o casamento"! Embora não dê razão aos padres da igreja, nem aos machistas tradicionalistas, nem aos fascistas, nem me considere conservadora, não embandeiro com esta ideia do "casamento homossexual", porque é uma falsa bandeira...Porque o casamento é uma instituição falida e aprisionou a mulher durante séculos...à família, ao marido e à propriedade privada...tirando-lhes a liberdade e a autonomia e pondo-a aos serviço do estado.
Os políticos e os intelectuais de esquerda, marxistas, estão programados: só veem o mundo exterior e o mundo material à sua frente; para eles só contam os seus 5 sentidos os seus direitos o sexo e o dinheiro... E é preciso ser-se muito faccioso e ignorante para não ver o erro...ou cometer o mesmo erro que amarrou as mulheres ao domínio dos homens!

Não sou nem nunca serei politicamente correcta...nem estou contra os homossexuais, apenas não acredito na instituição do casamento e nos seus objectivos "nobres" e válidos...que não sejam os interesses materiais e do dinheiro -  a manutenção da propriedade privada a que todos se vendem - e não de fidelidade ao amor ou a qualquer principio ético ou de liberdade ...

Eu diria como o escritor brasileiro Caio Fernandes Abreu

"Só que homossexualidade não existe, nunca existiu. Existe sexualidade - voltada para um objeto qualquer de desejo. Que pode ou não ter genitália igual, e isso é detalhe. Mas não determina maior ou menor grau de moral ou integridade."

rosaleonorpedro

NADA MUDA...na paz nem na guerra


OS FOGOS DE ARTIFICIO...
e a anunciada "nova ordem mundial"...

 
 
Mudar a lei sem mudar a psicologia das massas  e permitir o casamento entre gays e lésbicas não vai alterar as mentalidade nem fazer com que as pessoas os respeitam e possam enfim "beijar-se em público" andar de mãos dadas...é estúpido porque a lei não mudou nada na realidade das mulheres com as pseudo-revoluções e estas continuam a servir os interesses dos homens ou unicamente a serem exploradas pelos medias ou violentadas em casa, como o são na rua e no trabalho!

Os homossexuais têm todo o direito de viver com quem quiserem, ninguém duvida disso, mas casar segundo os padrões reaccionários e atávicos, servir o sistema que os despreza á partida, que despreza os homens homo porque se assemelham as mulheres e despreza as mulheres lésbicas porque os não servem a eles… isto é dar um tiro nos pés…é voltar atrás na escala do progresso social e da evolução da humanidade…é atrasar os processos que pediam deles uma libertação consciente de todos os Sistemas de controlo e não ficarem estigmatizados como o foram as mulheres durante centenas de anos…
A questão essencial para mim não devia ser casar, nem afirmar uma sexualidade diferente, mas sim lutar para que o Ser Humano, todos os seres humanos e em todos os casos e individualmente mereçam o respeito por si mesmos, independentemente do seu sexo da sua cor ou da sua religião... o que implicaria uma mudança não só de costumes, de mentalidades, mas essencialmente de paradigma.

Neste caso o "casamento gay" vem apenas distrair os "artistas e intelectuais"(a grande maioria homossexual) ...para o facto de os americanos voltarem atrás no direito de voto entre brancos e negros e dar uma aparente liberdade a um grupo que não oferece já nenhum perigo para o Sistema...É com  propagandas  destas, disfarçadas de liberdade e democracia, que se enganam e desviam as pessoas dos problemas verdadeiros que atingem a Humanidade por inteiro...e assim afastá-las... do que de mais grave e iminentemente perigoso se passe no mundo, a anunciada "nova ordem mundial"!
Face a crise global do mundo e a todas as manifestações de corrupção, mentira e manobras politicas e económicas para levar os povos á escravidão, as pessoas continuam a acreditar nos ilusionistas de serviço das grandes potências que controlam o mundo. 


O amor entre seres humanos...entre homens e mulheres de raças e países diferentes NUNCA promoveu a Paz no Mundo nem a Harmonia entre os seres humanos. O amor humano, a paixão de outro ser, o desejo, a posse...foi quase sempre razão, à posterior, ou quase sempre de crimes passionais, ódios, mortes, suicídios e de rancores...e agora querem-me convencer que o amor gay traz a paz ao mundo e à humanidade?
Ou isto é só mais uma manobra do falocracismo e do patriarcado a querer eliminar as mulheres do seu mundo...e a ficarem só machos, uma vez que estão a criar um Útero artificial e reduzem as mulheres a "barrigas de aluguer"? 

rosa Leonor pedro

sexta-feira, junho 26, 2015

A IMPORTÂNCIA DO SOPRO...



..."Diz-se que tudo está ligado, que não se pode separar os sinais humanos dos que vêm da terra e do céu.
Dentro deste todo orgânico, o traço de união não é nenhuma corrente nem nenhuma corda, mas sim o sopro que é ao mesmo tempo unidade e garante de transformação.
Sim, a importância do sopro.
Porque, na origem, foi o Sopro primordial que, da combinação dos sopros vitais que são o Yin e o Yang, e o vazio intermédio, gerou o céu, a Terra e os Dez mil seres.
Uma vez constituído o universo vivo, os sopros vitais continuam evidentemente a funcionar, pois de contrário o universo desintegrava-se.
Mas há um problema.
Por força do caos e da desordem, nem todos os sopros têm uma validade constante; alguns podem revelar-se deficientes, perniciosos, malignos.
Daí a ideia do Shen, “sopro-espírito, espírito divino”, que é o critério do que é verdadeiro e justo.
O shen é a forma superior dos sopros vitais.
Ao garantir permanentemente a grande cadência do Tau, garante ao mesmo tempo o infalível princípio segundo o qual “a vida gera a vida”, frase-chave do Yi-Ching, o Livro das Mutações.
O shen não é, portanto uma ordem fatal.
No entanto, só os sinais emanados pelo Shen e por eles regidos são válidos.

O verdadeiro dever de um adivinho, ou de um médico, consiste justamente em captar o Shen que está no universo como no interior de cada corpo, pois que no corpo, mais do que a carne e o sangue, é acima de tudo a condensação de sopros.
É na medida em que o adivinho, bem como o médico, capta o Shen no coração duma entidade viva que pode restituir esta ao caminho da vida."

In, A eternidade não é demais
François Cheng

O CAMINHO QUE EU ESCOLHI...


“Você é a mesma de sempre.
Só que desabrochou em rosa vermelho-sangue.”


clarice Lispector


“O caminho que eu escolhi é o do amor.
Não importam as dores, as angústias, nem as deceções que eu vou ter que encarar.
Escolhi ser verdadeira.
No meu caminho, o abraço é apertado, o aperto de mão é sincero.
É só assim que eu vejo a vida, e é só assim que eu acredito que valha a pena viver."


clarice lispector

quarta-feira, junho 24, 2015

UM ENCONTRO EM LYS...

A ACEITAÇÃO:

"A idade é uma bênção, não uma maldição"...




NO “Caminho da Deusa”, ou "Caminho da Bruxa" -  nós não cremos na deusa, nós nos religamos a ela através da Lua, das estrelas, do oceano, da terra, através das árvores, dos animais, dos outros seres humanos, através de nós mesmas.
Ela está aqui, ela está no coração de todos e de tudo.
A deusa existe antes de toda a Terra, ela é o obscuro, a mãe que nutre e que produz toda a vida.
Ela é o poder fecundante da vida, o útero, mas também a tumba que nos recebe, o ...poder da morte. Tudo dela provem, tudo a ela retorna…
Ela é o corpo, e o corpo é sagrado.
Útero, seios ventre, boca, vagina, pénis, ossos, sangue; nenhuma parte do corpo é impura, nenhum aspecto do processo de vida é manchado pelo pecado.

O nascimento, a morte e a dissolução são três partes sagradas do ciclo.
Quer comamos, façamos amor ou eliminemos os dejectos de nosso corpo, sempre manifestamos a deusa.
Seu culto pode assumir qualquer forma, em qualquer lugar; ele não requer liturgia, nem catedral nem confissão. (…)
Para a mulher, a deusa simboliza o seu ser mais profundo, o poder libertador, nutritivo e benéfico.
O cosmos é modelado como um corpo de mulher, que é sagrado.
Todas as fases da vida são sagradas.
 
A idade é uma bênção, não uma maldição.
 

A deusa não limita a mulher a ser um mero corpo, ela desperta o espírito, a mente e as emoções. Através dela a mulher pode conhecer o poder da sua cólera, assim como a força do seu amor.”
 
Star Hawk

UM CÍRCULO




"Devido às mágoas serem inevitáveis na vida humana, todos os caminhos espirituais oferecem cerimônias de cura para ajudar a consertar o que estiver quebrado no nosso interior. Aquelas que seguem o caminho da Deusa criam suas próprias cerimônias de cura, que podem ser simples ou complexas; podem ocupar poucos minutos ou uma hora; podem ser feitas sozinhas ou com outras pessoas. Quando tomar consciência de sua própria energia de cura, você será capaz de criar rituais para quaisquer propósito que necessite."


Patricia Monagham

terça-feira, junho 23, 2015

O CONFLITO ENTRE INTERIOR E EXTERIOR NA MULHER



NA MULHER O CONFLITO ENTRE O EXTERIOR E O INTERIOR PODE SER DEMOLIDOR, SE ESTA NÃO ESTIVER CONSCIENTE DA SUA VERDADEIRA NATUREZA INTRÍNSECA, PORQUE NÃO ESTÁ CONSCIENTE DA SUA EXISTÊNCIA.


"Cada indivíduo tem uma natureza que busca amor e relacionamento, mas também há incrustada em todos a necessidade de lutar pela verdade impessoal. Essas tendências opostas são expressões da dualidade da natureza humana, que é tanto objectiva quanto subjectiva. Em todos os seres humanos tal oposição está activa e leva inevitavelmente ao conflito.

NO ACTUAL MUNDO OCIDENTAL ESSE CONFLITO É BASTANTE GRAVE E CAI MAIS DURAMENTE SOBRE AS MULHERES, PORQUE A CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL DÁ ÊNFASE AO VALOR EXTERIOR, E ISSO SE AJUSTA MAIS PROPRIAMENTE À NATUREZA DO HOMEM DO QUE À DA MULHER. O ESPÍRITO FEMININO É MAIS SUBJECTIVO, MAIS RELACIONADO COM SENTIMENTOS DO QUE COM AS LEIS E PRINCÍPIOS DO MUNDO EXTERIOR. E RESULTA QUE O CONFLITO ENTRE O EXTERIOR E O INTERIOR É USUALMENTE MAIS DEVASTADOR PARA AS MULHERES DO QUE PARA OS HOMENS.

Existe outra razão pela qual esse problema é particularmente urgente para as mulheres de hoje. Referimo-nos ao recente desenvolvimento do lado masculino da natureza da mulher, que tem sido uma característica tão marcante nos últimos anos. Esse desenvolvimento masculino está definitivamente ligado à sua vida no mundo dos negócios e, na maioria dos casos, é até exigido como pré-requisito para ganhar a vida no mundo, praticando uma profissão ou seguindo uma ocupação.

A MUDANÇA DE CARÁCTER, QUE TEM ACOMPANHADO ESSA EVOLUÇÃO, NÃO EXISTE SÓ NA PARTE PROFISSIONAL DA VIDA DE UMA MULHER, MAS AFECTA A SUA PERSONALIDADE INTEIRA, E TEM CAUSADO MUDANÇAS PROFUNDAS NA SUA RELAÇÃO CONSIGO MESMA E COM OS OUTROS..."*
 

 E acrescento, por achar de extrema importância para o grupo, no seguimento da minha leitura do livro, que, se me permitem, aconselho vivamente:

"... O recente despertar da mulher de sua longa apatia trouxe à tona poderes latentes que, muito naturalmente, ela está ansiosa por desenvolver e aplicar na vida, tanto para sua própria satisfação e vantagem, como para aumentar sua contribuição à vida do grupo. Esse passo adiante no desenvolvimento consciente não acontece sem dificuldades e obstáculos. Ela afastou-se da velha e bem estabelecida maneira de conduta e adaptação psicológica da mulher, e se acha hoje atacada por problemas que nem ela mesma e nem as mulheres pioneiras que iniciaram o movimento pela emancipação da mulher previram. Essas mudanças têm produzido para a mulher um inevitável conflito interno entre a necessidade de expressar-se através do trabalho, como um homem faz, e a necessidade interior de viver de acordo com a sua própria natureza feminina..."*


Copiado por Maria de Lourdes Pinto
* In OS MISTÉRIOS DA MULHER
de M. Esther Harding

UM ALERTA...


A MULHER E A ESPIRITUALIDADE


"O mundo físico é um resultado de polaridades. Masculino e Feminino, Yin e Yang, Ida e Pingala, Shiva e Shakti, hemisfério direito e esquerdo do cérebro ou o que tu lhe quiseres chamar. O desejo de encontrar a união através de polaridades é encontrar expressão através da ambição, conquista, amor, sexo, Yoga. " - Sadhguru


ANTES DE ENCARAR AS POLARIDADES masculino e feminino...o trabalho da mulher integral - a mulher consciente da sua cisão - é encontrar a sua totalidade em si mesma. Passar para a dualidade feminino/masculino (anima - animus, ou yin yang) sem considerar que a mulher está cindida em duas e que vive uma crucificação em si mesma, fragmentada entre vários estereótipos (várias faces de "deusas") todos eles baseados na divisão secular da mulher entre a "santa e a prostituta"...faz com que a mulher comum, que julga ter entrado na espiritualidade, caia nessa armadilha de realização "espiritual" sem integrar a totalidade da sua Psique (a sua totalidade como mulher) e sofre desestruturações sucessivas graves (bipolaridade, fibromialgia, depressões, histeria, pesorieuse, e todo o tipo de doenças autoimunes e psicossomáticas) ao nível da sua interioridade, ou seja,  na sua natureza fulcral de mulher essencial ligada ao instintivo e ao sensual-sexual-mediúnico que passa pelo crivo inibitório da moral judaico cristã ou do pecado do sexo - tanto no ocidente como no oriente - que a condena e assim arrisca a nunca mais se encontrar no seu todo, continuando a anular parte do seu ser, o lado ontológico e ctónico, a Mulher original...ligada a Terra Mãe e ao culto da Deusa o que é deveras grave para a evolução do Planeta.


rosa leonor pedro

segunda-feira, junho 22, 2015

A UNIÃO DOS PRINCIPIOS...



O YIN E O YANG 
NÃO SIGNIFICAM SÓ POR SI A RECONCILIAÇÃO DO FEMININO E DO MASCULINO. 

Não, não é porque  falta qualquer coisa de fundamental para que cheguemos a uma verdadeira reconciliação...e essa "coisa" é o que a espiritualidade patriarcal em geral branqueia...

Terão de me dizer qual a mulher é que vão querer reconciliar com o masculino, a "santa ou a pecadora"? A esposa ou a prostituta? A mulher demónio ou a mulher angélica?


Ou vão me dizer que tal divisão, a das e nas mulheres, em santas e putas...já não existe?
Portanto, se querem reconciliar o feminino e o masculino isso não é tarefa fácil enquanto houver uma divisão intrínseca nas mulheres, na sua psique e no seu corpo, pois essa é a grande ferida da Mulher-Mãe desta Humanidade!
Os homens querem branquear e fingem que isso não existe e para eles a mulher é um "mistério..." e que enfim, umas são boas e outras são más...umas são puras e imaculadas e outras são perversas e demoníacas...mas sem a curar primeiro NÃO HÁ RECONCILIAÇÃO POSSÍVEL....Não há espiritualidade porque não há equilíbrio entre os princípios Yin e Yang quando um domina o outro, o que é o caso da humanidade AGORA!

Não há regeneração da Humanidade sem curar a Mulher-Mãe...
Então por onde começar, senão pela união das duas mulheres?

Já pensaste nisso, consegues perceber esta questão fulcral, que na mulher há uma divisão intrínseca?
Não claro.

Toda a gente gosta de fazer de conta que há igualdade entre os sexos e que as mulheres são  respeitadas, que são emancipadas, e a New Age gosta de...acreditar, que a mulher e o homem estão ao mesmo nível, tal como acreditam  em Fadas e fadinhas...e escondem e negam a Bruxa, a má da fita…
Ah como os homens adoram a mulher angélica e perfeita...mas depois...vão buscar à "outra" à que eles perverteram e  prostituíram e a quem forçaram vender-se ao seu vicio..
Sim, essas mulheres do Sagrado Feminino (dizem-se) são todas beijinhos e abracinhos, mãos dadas...mas essa divisão entre elas existe dentro delas e é fatal, é doentia, uma ferida invisível,  e para ser sincera, acho que demorará alguns anos, talvez décadas ainda a resolver; sim essa tal  ferida é como uma chaga para a humanidade e é crucial antes de tudo curá-la, mas vejo pessoas tão iluminadas que dizem ter a tal ferida resolvida, ou quase resolvida, mas a fazer as mesmas merdas que a maioria das mulheres faz, com lutas e competição permanente que leva à desunião entre si e divisões dos grupos tal como os homens fazem entre si ou pior ainda...etc...

Este trabalho de unir as duas mulheres dentro da mulher é um trabalho intensivo em cada uma de nós... vai durar muito tempo até que ele seja encarado como uma prioridade! Por isso é urgente criar uma nova sociedade baseada nos dois princípios, elevando o Principio Feminino, elevar a Mulher através da Ecologia, da Empatia do Amor e a Cooperação, que estão associados ao feminino sagrado, ao verdadeiro e não a este simulacro que se expande nas redes socias.  
E temos de perceber que vivermos   numa sociedade baseada apenas no princípio masculino, baseada na violência e na dominação de metade da humanidade mulher, na agressão  a todas as formas de vida e que  estamos todas/os ainda sujeit@s a viver neste  paradigma o de uma sociedade patriarcal e falocrática, onde não há emoção verdadeira.

O Amor é a emoção mais pura, e a emoção nasce  do corpo da MÃE  e da Mulher.

Essa Magia foi esquecida pelos homens da mesma forma que  fizeram a mulher também esquecer, humilhando-a...Desse modo as mulheres tronaram-se escravas e concubinas esposas e servas do homem perdendo assim a sua sabedoria inata que e inerente a todas as mulheres e passa de mulher para mulher através das mães…

O choro é a primeira emoção da vida, o útero é o principio de tudo...quando choramos temos saudades de voltar a casa, ao colo e ao abrigo dessa Mãe...

Sem emoção, não há criação possível…



Rosa Leonor Pedro

O CAMINHO DA MULHER É DO FUTURO E NÃO DO PASSADO



O NOSSO TRABALHO É TODO NOVO...


A Bruxa afinal não é mais do que a mulher em pleno poder da sua intuição e consciência, do seu poder interior ligada às forças da natureza e do cosmos.
Aquilo que a igreja, os padres e toda a cultura patriarcal difundiram, nomeadamente nos contos de fadas e outros mitos e lendas, que eles deturparam, retratam a bruxa e a feiticeira como uma mulher feia e má que comia criancinhas.
Era a figura com que se assustava os meninos que não queriam comer, e para os mais adultos, a mulher que copulava com o diabo, que cometia pecados tremendos e atrocidades tais que os inquisidores não tiveram outro remédio senão as mandar para as fogueiras…
Esta é a história católica, e quanto às bruxas e às videntes do nosso tempo, de que as vizinhas e as comadres ainda há pouco anos falavam, nas aldeias e mesmo nas cidades, eram pobres mulheres ignorantes, sempre ridicularizadas, que faziam mezinhas para os maridos das consulentes abandonarem as amantes ou voltarem para casa, e prediziam outras tantas separações e desgostos de amor, e liam o futuro nas cartas, e a ideia generalizada era de que tudo isso não passava de mentiras e superstições…praticadas por mulheres pobres para gente ignorante…e de quem os intelectuais, os burgueses ou as pessoas sérias se riam, mas que acabavam muitas vezes por consultar às escondidas…
Ou então, no seu oposto, temos na América o Halloween, dia em que toda a gente brinca com abóboras, e se veste de bruxa, até crianças, como se fosse uma espécie de Carnaval…

Precisamos restituir à Mulher Bruxa, ou à Mulher Feiticeira, a ideia da sua grandeza e da sua beleza: fazê-la sentir o orgulho de ser representante da deusa.
E não há curas por si só, nem terapias, nem mezinhas, senão for a própria Mulher a querer de novo caminhar descalça (sem ideias) sobre a Terra Mãe...

O Caminho da Deusa é o Caminho da Mulher dentro de si, é a voz do Útero, é o caminho da união das duas mulheres dentro de cada mulher, é o caminho de uma Consciência Maior, o caminho do Coração que bate e é inteligente e... não há outro Caminho...
O Caminho da Mulher não é de nenhum Mestre!
De nada nos serve andar a discutir ideias velhas e novas nem belos textos sagrados ou profanos, nem as faces da deusa...
Nada serve de nada se cada mulher não andar pelo seu próprio pé...
E a mulher que quiser encontrar-se consigo mesma, tem de esquecer os outros caminhos - os caminhos do passado e o caminho dos homens e mestres - e tudo o que aprendeu ao inverso e contra ela, para poder encher o copo, o vaso, o Graal da sua memória, do seu sangue vivificante, a sua voz interna e uterina ...e não vir com o copo cheio...de razões e de ideias em nome dos homens...da sociedade...
Basta de ideias e confusões...
Vamos parar com estas querelas...ou pareceres e divergências.
O caminho da MULHER não é só do intelecto nem apenas da razão...mas essencialmente do SENTIR, do SER, da SÍNTESE...
É o Caminho irreversível do Amor...e é o Amor que tudo ama, que tudo cura, e sem ele...tudo é vão e estéril...

 rosa leonor pedro

O QUE É QUE AS MULHERES QUEREM?

"O QUE EU QUERO É UM HOMEM"...

Um texto (excerto)de um livro  extremamente importante para compreender a mulher na sua psicologia actual em que predomina na mulher não o feminino ANIMA, mas o masculino ANIMUS...e aponta uma das causas dessa inversão na psicologia e na formação e actuação da mulher moderna - a mulher sem mãe...

"É precisamente na mulher que tem uma relação pobre com a mãe que o arquétipo de si mesmo primeiro se constela, naquela que tende a buscar a sua plenitude através do pai ou do homem amado. […]

 Uma mulher expressou isso quase como um manifesto no começo da análise:

 “Eu insisto em ter o carinho dum homem. Qualquer fonte feminina me enfurece. O homem é responsável pelo universo. As mulheres não passam dum segundo lugar. Odeio túneis, Kali, minha mãe e este corpo de mulher.

O que eu quero é um homem.”

O problema é que nós, mulheres muito feridas na relação com o feminino, quase sempre temos uma persona muito eficiente, uma boa imagem pública. Crescemos como filhas dóceis do patriarcado, frequentemente intelectuais e dotadas daquilo que denominarei “egos-animus”. Lutamos por defender as virtudes e ideais estéticos a nós apresentados pelo superego patriarcal. Mas enchemo-nos de autorrejeição e de uma sensação de profunda feiura e fracasso quando não conseguimos satisfazer nem aliviar as exigências de perfeição do superego.

Uma mulher com mais de dez anos de análise junguiana disse-me:

“Passei anos a tentar relativizar uma coisa que nunca tive: um ego verdadeiro”.

Realmente, ela tem apenas um ego-animus, e não um que seja verdadeiramente seu para se relacionar com o inconsciente e com o mundo exterior. A sua identidade baseia-se em adaptações da persona àquilo que o animus lhe diz que deve ser feito; assim, ela a um só tempo, adapta-se às projeções que lhe impingem e revolta-se contra elas.

Consequentemente, essa mulher quase não tem o sentido do seu núcleo pessoal de identidade, do valor e do ponto de vista femininos. Isto acontece por se terem valorizado, em relação às mulheres ocidentais, virtudes que frequentemente apenas se definem pela sua relação com o masculino: a mãe e esposa fecunda e bondosa; a filha agradável, dócil e delicada; a companheira diligente, discretamente encorajadora ou brilhante.
Como tantas escritoras feministas declararam pelos tempos afora, esse modelo colectivo e o comportamento daí resultante é inadequado para a vida; nós mutilamo-nos, enfraquecemo-nos, silenciamo-nos e enfurecemo-nos, tentando comprimir os nossos espíritos dentro dele, na certa exactamente como as nossas avós deformaram os seus corpos sensíveis dentro de espartilhos, por causa dum ideal.”

Sylvia Brinton Perera
in, Caminho para a Iniciação Feminina

domingo, junho 21, 2015

UMA PUTA NUNCA É MENINA



FAZER  A APOLOGIA  E A DEFESA DA PROSTITUIÇÃO,
já é ser doente, é de um Sistema podre!

"AS PUTAS SÃO SINCERAS..."

- Só a Vida é Verdadeira, ou só a Vida é sincera, para o caso serve.
Dizer que as putas são sinceras é apenas um cliché, é estar a abismos de distância da historia real de cada puta, que é sempre uma historia de dor, mas duma dor que nenhum homem conhece ou pode conhecer, mesmo os que se prostituem, porque a natureza deles é outra.

Dizer que as putas são sinceras é não saber, nem QUERER SABER, nada do que se passa com cada uma delas, apenas querer usá-las.
Nem que seja com os olhos.

Quando os homens se deitam com uma mulher e lhe chamam puta ou derivados, eles não estão com aquela mulher, não estão unindo-se com aquela mulher, estão a obrigá-la a identificar-se com uma imagem, uma personagem, que a sua histeria (dos homens) fabricou.
Nunca uma mulher consagrada ao eros divino, que as há, por aí, levaria a que um homem lhe chamasse isso.
Para se poder deitar com ela, e banhar-se noutro nível de prazer, ele teria largado há muito, essas toscas imagens, mecanicamente herdadas.
É que têm uma historia , ou muitas historias, tão tristes, por detrás.

UMA PUTA NUNCA É MENINA: 

Ela perdeu para sempre o contacto com essa menina que em si existiu, mesmo que às vezes tenha de fingir esse disfarce.
Para ser puta, a menina morreu.
Ela carrega uma criança morta dentro de si.
A "menina puta" ou as "putas que são sinceras" são imagens-recurso de um estado doente.
De quem, da mulher, nada toca e por nada , da mulher, verdadeiramente é tocado.

AS PUTAS SÃO SINCERAS?!

São escravas de um sistema.
Um terrível desrespeito a uma essência divina.
Um sacrilégio produzido por uma sociedade doente.


C. S.
in, Mulheres e Deusas

HOMO-EROTISMO VERSUS MACHISMO



"ESSE CULTO OCULTO DA MULHER AINDA ESTÁ VIVO: SEUS ÍDOLOS SÃO, POR EXEMPLO, OS CARTAZES DAS MODELOS, CARICATURAS MODERNAS DA MULHER VERDADEIRA, CRIADA POR MACHOS PARA USO DE OUTROS MACHOS."*
 
DO ANTIGO CULTO DA MULHER E DA DEUSA
Á AVILTAÇÃO DA MULHER OBJECTO:
 
Cada dia que passa vejo com espanto redobrado como se reproduzem e  aumentam, as imagens degradantes de mulheres na publicidade, como se dá  esta  proliferação em massa de imagens de mulheres cujo "rosto" é apenas uma bunda moldada a silicone e os homens (serão os homens?) cada vez mais fans dessa redução da mulher ao seu traseiro...
 
Um corpo cada vez mais sem rosto...
 
Cada dia que passa vejo aumentar mais a publicidade comercial de mulheres de bunda "ao léu"...e todo o tipo de anúncios a fomentar este género de imagens absolutamente redutoras da mulher - seja no facebook, nos jornais da bola, em que elas a-bunda-m, por exemplo, ou em revistas de pornografia e não só...pois até jornais ditos "sérios" recorrem a essas imagem para vender...- como se tratasse de uma espécie de um novo "erotismo" ou como se isso tivesse a ver alguma coisa com a verdadeira mulher...
Não, essa publicidade nada tem a ver coma Mulher Real...ou com a realidade da Mulher! E muito menos com o prazer da mulher  verdadeira...
 
Apesar de saber que hoje em dia até há mulheres que defendem as relações anais como coisa natural e fazem a sua apologia,  o que eu penso é que esta é só mais mias uma forma degradante de ver a mulher ou as relações sexuais entre heterossexuais (degeneradas e sem amor - comercializadas e mecânicas tomadas como "prazer"- como o sado-masoquismo) e representar a mulher desta maneira é uma forma banal de aviltação, não só do corpo como da essência do feminino e da sua matriz, sendo o resultado da sua degradação como ser humano nos dias de hoje na subcultura da moda e a redução do Ser aos mais baixos instintos, aos instintos do predador.
Esta forma de olhar a mulher pelos Mídias em geral reflecte a maneira como o homem (e a mulher) estão cada vez mais afastados da sua verdadeira natureza ontológica e da própria sentido da Natureza, e que ao deturpar os corpos desta maneira e o próprio prazer da mulher o fazem  negando cada vez mais e de forma acintosa, o Feminino, a Mulher e a Mãe...
Este  mundo patriarcal marcha cada dia mais para a negação absoluta da mulher natural, da mulher real e do Principio Feminino e este é só mais um ataque do machismo secular ao feminino ontológico e à Mulher essência que começa agora a ser resgatado por muitas mulheres conscientes do seu valor e do seu verdadeiro feminino.

No caso da publicidade em geral, tanto aqui como no Brasil e talvez no resto do mundo, creio que esta "moda" revela um homo-erotismo e a homossexualidade latente da maioria dos homens que se não atrevem a confessar ou assumir a sua homossexualidade, e também pelo facto de os publicitários e estilistas ou realizadores serem maioritariamente gays.

Nada contra os gays, mas tenham a coragem de fazer cartazes com homens de "bunda" para o ar, ou com a bunda torneada cheia de músculos ou de silicone e não usar as mulheres para a sua inversão e devaneios e para o seu belo prazer! Mas também sei que as mulheres deviam tomar consciência de si e de como estão a ser usadas e a ceder à propaganda gay aviltando-se e vendendo-se e que o fazem ainda muito jovens por fama ou para entrar em telenovelas e isso acontece cada vez mais!

TESTEMUNHO de UMA LEITORA BRASILEIRA 

Rosa, você colocou em palavras uma desconfiança que eu mesmo tenho em relação a essa tara dos brasileiros por bundas que em última análise é a tara por sexo anal. Em qualquer banca de jornal brasileira ou tv o que mais se vê são as mulheres exibindo suas nádegas para o deleite dos machistas brasileiros. Ficava pensando se isso não denotava, duas coisas: uma a verdadeira fantasia do homem, que era o seu desjo inconsciente por outro homem e outra a mulher de quatro, servindo ao homem como um gay, e sem o seu rosto ou seios para lhe mostrar que ali estava uma mulher.

Talvez essa seja mesma a preferência nacional, como ouvimos dizer o tempo todo aqui na imprensa brasileira: o sexo anal realizado pela mulher, mas no íntimo desejado ser praticado com homens. (Igaci)

 
*André Van Lysebeth - in Tantra O culto da Feminilidade
 

quinta-feira, junho 18, 2015

A PORTA DE ENTRADA


A FERIDA DA CONDIÇÃO HUMANA


"A porta de entrada para a terra silenciosa é uma ferida. O silêncio põe a nu esta ferida. Não viajamos longe no caminho espiritual antes de termos algum sentimento da ferida da condição humana e é precisamente por isto que não poucos abandonam uma prática contemplativa como a meditação assim que ela começa a expor esta ferida; eles passam, em vez disso, para algum entretenimento espiritual que irá manter a distracção. Talvez seja por isto que os fracos e feridos, que conhecem muito bem a vulnerabilidade da condição humana, possuem frequentemente uma aptidão para descobrir o silêncio e podem sentir a integridade e cura que estão no fundo desta ferida"


- Martin Laird, Into the Silent Land. The Practice of Contemplation, 2009, p.117.

A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Violencia estética


Tradicionalmente cuando se aborda la temática de la violencia contra la mujer, con frecuencia la atención es concedida de manera predominante a la violencia física, verbal y psicológica, fundamentalmente ejercida por el hombre contra su pareja mujer, así como, a la violencia sexual, laboral, institucional, entre otras.

No obstante, nuestras sociedades contemporáneas experimentan una sociopatía, es decir, una enfermedad social, pues la violencia se ha complejizado, diversificado, masificando e institucionalizado progresivamente.  Las mujeres son víctimas de una forma de violencia poco atendida y no tipificada en la normativa jurídica de los países pero que ha alcanzado grandes proporciones y ha cobrado la vida de una multiplicidad de mujeres. Esta violencia contra la mujer referida es la violencia estética.

Esta violencia estética se va a concretar con la consolidación de una belleza mercantilizada, seriada, reproducible, uniforme, estandarizada, masificable y descartable, en consonancia con el proceso de racionalización, mercantilización, industrialización y tecnificación de la sociedad.

A razón de lo anteriormente expuesto, es posible afirmar que, la nueva belleza se caracteriza por:

La subvaloración del cuerpo biológico, en correspondencia a la lógica de la modernidad, de control de la naturaleza. Desde esta perspectiva el cuerpo  ya no es concebido como un todo, ya no es para sentirlo, cuidarlo, respetarlo y valorarlo, por el contrario, es considerado como un objeto de exhibición; la modernidad ha presidido el proceso de fragmentación del cuerpo, ahora concebido como partes, modificables, intercambiables e intervenibles, estableciendo así el culto al cuerpo como fenómeno social.

La  ausencia de defectos, las características neonatales y la eterna juventud son aspectos considerados altamente atractivos. El mercado de la belleza está dirigido a las jóvenes y a promover la ilusión de la juventud en quienes ya no lo son. Este hecho se hace manifiesto en la exclusión de las mujeres adultas en la publicidad y en la industria de la belleza.

La exacerbación y profundización del  rechazo a la “fealdad”, la cual históricamente se ha definido como aquella propiedad de una persona o cosa que no es agradable a la vista, capaz de producir displacer, considerado poco estético, repulsivo, disonante, y que en la actualidad se constituyen como elementos para la construcción de estigmas.

La exclusión de toda belleza alternativa a la europea, lo diferente no es bello, lo cual se hace manifiesto mediante la exclusión o limitada presencia de diversidad racial, étnica y fenotípica en la industria de la moda y publicitaria.

Estos hechos en su conjunto crean las condiciones para la realización de modificaciones del cuerpo, principalmente a través de procedimientos quirúrgicos invasivos,entre ellos los más comunes: rinoplastia, implantes de glúteos, de senos, liposucción, así como, la inyección de sustancias prohibidas como los biopolímeros.

¿Pero nos hemos detenido a pensar cuales son los factores causales que intervienen en la decisión de modificación corporal? Entre ellas podemos considerar grosso modo:

1.- Patologías de orden psicológico individual
las modificaciones estéticas han sido utilizadas como vía de escape frente a las insatisfacciones de los/as individuos/as con respecto a la vida moderna, donde el consumo permite aparentemente superar las frustraciones, traumas, rechazos, preocupaciones, vergüenza, culpas, complejos, odio y obsesión con respecto al cuerpo.

2.- Los medios de comunicación y la industria cosmética
Los cuales construyen, reconstruyen, promueven, propagan,  perpetuán e imponen imaginarios, arquetipos, ilusiones, modelos y estándares de belleza inalcanzables a través de la cotidianización de la imagen y mensajes de estrellas, modelos y cantantes, que distorsiona la realidad, impidiendo -principalmente a las mujeres- encontrar patrones de referencia.

3.- La democratización de la cirugía estética y la consolidación del cirujano estético como dios de la modernidad
En el pasado las modificaciones estéticas fueron principalmente consumidas por grupos de mujeres de elevados recursos económicos y poder adquisitivo, fundamentalmente aquellas que hicieran vida en los medios de comunicación, información y difusión masiva. En la actualidad las mujeres para realizarse estos procedimientos e intervenciones en sus cuerpos son capaces de gastar los ahorros de toda una vida, solicitar préstamos a familiares, amigos, créditos bancarios y endeudarse por elevadas sumas de dinero, vender sus bienes e incluso prostituirse. Además de ello, la accesibilidad a estos tratamientos, se encuentra estrechamente ligada a una baja en los costos, la cual puede ser explicada por la realización de estos procedimientos en lugares no certificados, así como, la utilización de sustancias y materiales no aptos para el uso médico.

4.- El establecimiento del canon de belleza femenino como una nueva forma de misoginia
El patriarcado ha diseñado nuevas formas y mecanismos para el ejercicio de la tiranía sobre la mujer, ya no se manifiesta como en el pasado en la negativa de ejercicio del sufragio, inserción laboral y la aún  extendida violencia física, sexual y psicológica; en la actualidad el establecimiento del mito de la belleza contribuye a desviar la atención de las mujeres de asuntos relevantes sobre su situación social, así como, de los espacios de participación política.

5.- La expectativa patriarcal
En gran proporción cuando las mujeres acceden a la intervención e invasión de su cuerpo a través de estos procedimientos, generalmente están orientadas a responder y satisfacer las fantasías masculinas impuestas por la patriarcalidad, como lo son las grandes proporciones, la voluptuosidad, la exuberancia, la sexualidad, el exhibicionismo, gran proporción de mujeres acceden a estos procedimientos como acto de complacencia a su pareja.

6. La responsabilidad de la mujer
Finalmente, no podemos obviar la responsabilidad de la mujer como la principal causa en el proceso de modificación estética corporal y las consecuencias asociadas a estas, hacerlo supondría la reproducción del esquema interpretativo patriarcal, en el cual la mujer se considera y define como ser pasivo, desprovista de autonomía e independencia. Debemos reconocer la responsabilidad de aquellas mujeres que ejercen violencia contra sí mismas, al evaluarse y valorarse a partir de los criterios impuestos por un mercado capitalista que ha cosificado, mercantilizado y comercializado sus cuerpos; la responsabilidad  al no cuestionar, ejercer resistencia y obviar los patrones estéticos impuestos, así como, al acceder a someterse a cirugías invasivas, restricciones alimentarías, procedimientos agresores de su integridad, su naturaleza.

Aunado a ello, es importante rescatar que estos procedimientos en algunos casos tienen como consecuencia:

La alteración del estado emocional, depresión, ansiedad, culpa, vergüenza, aislamiento social.

El desarrollo natural del cuerpo se ve detenido por la realización de cirugías invasivas a temprana edad.

La preocupación excesiva por el cuerpo y la imagen crea conductas adictivas, como los trastornos alimenticios y los trastornos dismórficos corporales.

Procedimientos estéticos infructuosos que dan como resultados deformidades, asimetrías, perforaciones, desfiguración, mutilaciones, y en el peor de los casos la muerte.

Por esta razón se hace necesario profundizar los esfuerzos en lo que refiere la visibilización de este fenómeno, así como, la concientización e intervención social que permita prevenir y minimizar el impacto de esta problemática que afecta cada vez más a las mujeres, pero también a los hombres de nuestras sociedades contemporáneas.

Publicado en Wall Street International: http://wsimag.com/es/economia-y-politica/14107-violencia-estetica
--
Esther Pineda G.
Socióloga, Magister en Estudios de la Mujer

quarta-feira, junho 17, 2015

Ler um livro sério...

 
LER UM LIVRO

Quem lê um livro inteiro hoje?
 
Quantos de nós aqui lê um livro...Sim, ter um livro pesado (ou leve...) e consistente entre as mãos, ver as horas a passar e continuar...passear os dedos nas suas folhas...lê-lo devagar e mergulhar na sua leitura; sentir as nuances de uma realidade que nos toca até ao amago, ou sentir eclodir em nós um pensamento brilhante que nos ilumina, ou ver claro ...o que pensamos através de uma frase?
Sim, quantos de nós ainda lê um livro e sublinha as frases que mais gosta...e a digere e comenta...quantos de nós...faz uma transcrição com prazer e a publica no blog...como o fiz e faço há mais de 15 anos...?
Sim, creio que muito poucos/as de nós...lê um livro sério e à séria o integra, com empenho...mas TODA A GENTE COPIA sem ler nem digerir as mil frases e citações a granel de autores que nunca leram nem sabem quem são...eu vejo isso acontecer e vejo o meu trabalho de anos de citações e leituras feitas e publicadas serem meramente copiadas e transcritas por aí...CITAÇÕES de livros que nunca foram traduzidos para português e cujas traduções eu mesma fiz ou ver as citações de livros raros que nem estão no mercado a circular na net e nos Blogues como se toda a gente os tivesse lido e tido esse trabalho...fico triste com a fraude, mas enfim contente se quem os ler tirar algum proveito que não seja armar...em intelectual ou em sábio...coisa que eu não sou!


rosa leonor pedro
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A GRANDE TRAGÉDIA DO SER HUMANO



A DEPENDÊNCIA DO OLHAR DO OUTRO...

"Me parece que la gran tragedia del ser humano es que la mayor parte de las heridas que llevamos están hechas por otras personas.
Nacemos tan dependientes de la mirada que nos devuelven los padres sobre nosotros para generar nuestra identidad que, de aún siendo adultos, la opinión de los otros nos hiere con fuerza. Sin embargo, la persona que nos mira no siempre tiene una mirada limpia. Muchas veces ven en nosotros proyecciones de su propia cosecha.
Volverse fuert...e a las opiniones parciales y subjetivas de los que nos miran nos obliga a endurecernos frente a los otros, nos tenemos que defender a través de la desconfianza y la duda de la pureza y honestidad del otro, y envolvernos de una coraza antirreflejante, para que sus juicios, comentarios, insinuaciones nos reboten.
En el camino de la adquisición de la fuerza, perdemos la inocencia. A veces, la vida nos convierte en funambulistas, teniendo que conservar el equilibrio entre una actitud amorosa ante la vida y la des-ilusión sobre la amabilidad esperada de los demás.

Parece-me que a grande tragédia do ser humano é que a maior parte das feridas que temos foram feitas por outras pessoas."

Ana Cortiñas


Tradução

"Nascemos tão dependentes do olhar que nos devolvem os pais sobre nós para gerar a nossa identidade que, mesmo já adultos, a opinião dos outros nos fere com força. No entanto, a pessoa que nos olha nem sempre tem um olhar limpo. Muitas vezes o que vêm em nós são projecções da sua própria lavra.
Tornar-se forte perante as opiniões parciais e subjectivas dos que nos olham obriga-nos a endurecernos perante os outros, temos que nos defender através da desconfiança e da dúvida da pureza e honestidade do outro, e usar de uma couraça antirreflejante, para que os seus julgamentos, comentários, insinuações não nos firam.
No caminho da aquisição da força, perdemos a inocência. Às vezes, a vida nos transforma em funambulistas, tendo que manter o equilíbrio entre uma atitude amorosa perante a vida e a des-ilusão sobre a amabilidade esperada dos outros."

Ana Cortiñas

terça-feira, junho 16, 2015

AS RELAÇÕES DE VERDADE?

Encontrei (e revisitei-desenvolvi) este texto nos meus documentos...

O AMOR, A AMIZADE 
E AS RELAÇÕES DE VERDADE?

Podia dizer que hoje em dia que o que me suporta na vida são as relações de verdade...elas são raras e atrevo-me a dizer que as prefiro às amizades sejam elas recentes ou sejam elas de uma vida inteira... Porque eu não posso ser verdadeiramente amiga de alguém que se nega a Ser Verdadeiro comigo e que não faça esse esforço de transparência consigo mesmo, em abertura e sinceridade, expondo-se sem medo...
Eu sempre senti assim e por isso toda a minha vida eu pautei as minhas amizades por essa bitola: a necessidade premente de verdade e por mais que fosse fiel às minhas amizades só quando  havia o imperativo de querer crescer nessa verdade comum, eu me dava inteira, sabendo que isso  implicaria sempre um aprofundamento do ser; sei que só assim eu me posso sentir gratificada, embora  saiba cada vez melhor que para isso acontecer precisamos de nos focar talvez num Conhecimento específico,  numa consciência superior e vontade de evoluir e ter já se possível um trabalho feito ao nível da psique...e da nossa Sombra!
Sempre intui que esse era o PONTO FULCRAL das relações humanas: a verdade entre os seres, e que sem esse ponto comum  activo e presente, falo de e nas situações e circunstâncias da vida, muito dificilmente passaríamos da superficialidade e interesses pessoas e egoístas, que são as partilhas do par, seja no prazer-dor, ou na alegria-tristeza, presença-ausência, em que há quase sempre o desencontro dos seres, pois sem essa Conhecimento seria impossível passarmos para outro plano de consciência onde o único interesse é a própria Consciência e o Amor maior e não as nossas alegrias e dores as nossas subjectividades, ou os nossos objectivos pessoais, em suma teremos de ultrapassar o nosso ego e o nosso egoísmo em primeiro lugar...e isso não é fácil nem para os mais atentos...
Sim esse Conhecimento seria a ponte de passagem para outro plano do entendimento entre seres e claro, teria de haver esse interesse em comum pois só assim é que conseguiríamos passar os obstáculos e os conflitos naturais entre diferentes naturezas ou crenças, personalidades e egos ou idades...face a essa dinâmica e propósito de vida e a constante dualidade do ser humano neste plano.

Para mim o mais importante numa "relação de verdade", seja ela qual for, é a afinidade entre os seres e isso não é possível sem a empatia que se gera pelo reconhecimento de um esforço comum e assim o nascimentos da com-paixão que necessitamos para aceitar essas diferenças e os sentimentos ou as fragilidades e fraquezas  uns dos outros  pois só desse modo podemos efectivamenete ir para além do ego, da susceptibilidade e das personalidades e as suas diferenças...(e eu sei que as verdades são as verdades de cada um/a e que às vezes são bem diferentes de nós, e até numa simples frase nos induz em erro ao nível dos conceitos, embora eu me refira a uma sinceridade e a uma transparência, como ponto de partida em busca de uma verdade interior comum a todos os seres!)
Creio sinceramente nisto, na RELAÇÃO DE VERDADE, mas sem negar as amizades paradoxais ou os amores de coração, que resistem a todas as diferenças e mudanças e intempéries, que resistem ao tempo, e estão para lá de tudo o que nos move...e das nossas razões...ou das mágoas e ofensas temporais que nos causamos...
Há amizades que não podemos explicar...como há amores e que nunca se explicam e outros que nunca se  realizam...
Creio que este texto veio a propósito do que é preciso acontecer entre dois seres amantes ou amigos/as para realizar essa suprema união de um  amor maior na fusão dos corpos, da alma e do espírito...coisa rara ou nunca acontecida entre humanos ainda na terra e tanto se fala disso...!
As vezes penso sim, o quão raro é o entendimento entre os seres humanos e talvez só nos reste mesmo o sonho de um Amor por reinventar ou o sonho de um  sonho... o tão velho sonho como o mundo, de uma HUMANIDADE amante e fraterna, justa e igualitária, etc?
Ah! Tantos mitos caíram já por terra...
Sinceramente não sei...Não, não sei mesmo nada...

Rosa Leonor Pedro

segunda-feira, junho 15, 2015

Bastet, era a irmã de Sekhemet



"A Deusa com cabeça de gata, Bastet, era a irmã de Sekhemet da qual ela representava o aspecto doce.
Ela bebe leite enquanto que Sekhemet bebe sangue...
(...)
Algumas vezes Bastet tem na sua mão a cabeça de Sekhemet, para mostrar que ela pode esconder esse outro lado...
O gato era o animal sagrado em Bubaste,onde Bastet tinha o seu Templo; os gatos eram intocáveis e quando morriam eram embalsemados.
O gato tem um aspecto lunar e um aspecto solar.
Ele é dotado de uma extraordinária flexibilidade da coluna vertebral e de um poder energético intenso."


In, HER-BAK “DISCIPLE”
Isha S. De Lubicz

Acredite em você, celebre sua força como mulher.


(...)
"Sou realmente contra religião, e contra a doutrinação, a ideologia e o inevitável integralismo que ela carrega.
Meu Deus, é a minha liberdade.
Meu Deus, sou eu mesma e as pessoas que amo.
Eu sou muito espiritual, mas muito anti-religiosa, especialmente desde que eu me convenci que as três grandes religiões monoteístas não têm feito nada além de dividir as pessoas, e também são muito patriarcais e condescendentes com as mulheres(...)...

Acredite em você, celebre sua força como mulher.
Nunca diga: "Esse mundo é meu também, entregue-me".
Em vez disso, "Esse mundo é meu, eu vou tomá-lo"(...)



JOUMANA HADDAD - uma mulher árabe

Quando as vitimas do patriarcado se tornam santas...


Maria Vieira uma menina da Ilha Terceira que no ano de 1940 foi abordada por um homem que a tentou violar, ela na luta que travou na tentativa de lhe fugir foi atacada na cabeça com um machado, tendo morrido. Parece que algumas pessoas ligadas à Igreja querem fazer desta menina vitima de tentativa de violação e de assassínio, uma santa não pela violência que viveu e que muitas outras crianças e mulheres têm vivenciado ao longo da história humana, mas sim pelo facto de ela ter dito algumas palavras antes de partir para outra dimensão, em que terá pedido para não fazerem mal ao seu assassino e que no fundo o desculpava pela violência a que foi sujeita.
Será este o exemplo que a igreja católica pretende passar da atitude que as meninas e mulheres devem ter em relação a tamanha atrocidade? Diz-se algures num jornal açoriano que a menina preferiu morrer a perder a sua virgindade e associam este crime ao culto mariano. Que sentimentos de culpa pretendem passar a todas as meninas e mulheres violadas fora e dentro de casa, a de culpadas por estarem vivas?!
Incredulidade é o que sinto pelos argumentos apresentados pelos que tentam que Maria Vieira passe de Mártir a Santa com este tipo de fundamentação.
Maria Vieira deveria ser santificada por simbolizar a inocência e a pureza de todas as meninas sujeitas a este tipo de atos violentos e desprovidos de espiritualidade. Maria Vieira simboliza toda a essência feminina que silenciosamente e invisivelmente têm sido sonegada à humanidade. O perdão de Maria Vieira ao seu agressor, deve ser visto à luz da sua inocência e credulidade, pois segundo pude ler, foi uma menina que frequentava a catequese, como todas as meninas da sua idade e o que aprendeu na vida foi a “perdoar, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido” e aprendeu o que lhe ensinaram a respeitar, os valores dominantes do poder patriarcal e por conseguinte da religião cristã pregada pelos padres.
O pedido da canonização desta menina com base no pressuposto do seu perdão ao agressor é um incentivo à perpetuação da violência física e psicológica do homem sobre a mulher, pior ainda sobre as meninas. É urgente esclarecer e chamar a tenção para o perigo que este tipo de argumento representa para a segurança da mulher. A igreja não pode compactuar com este modelo de santa que é quem prefere a morte à perda da virgindade, este não pode ser o modelo que as sociedades humanas defendem...
Maria segundo as escrituras concebeu o seu filho, Jesus sem a intervenção do homem, sem o espermatozoide fertilizador. A virgindade e a sacralidade de Maria está no facto de poder gerar um ser humano sem a participação de um homem, ela no seu útero gerou um ser sagrado sem a intervenção de um falo e de um espermatozoide. Sim, é nesta capacidade divina de gerar dentro de si o sagrado, a vida que reside a virgindade de Maria, não num hímen fechado ou aberto.
Maria Vieira é uma santa porque a divindade habita na mulher, porque como milhões de meninas e mulheres foram e são sujeitas à violência física que o poder dos homens tem tratado de desvalorizar, calar, esconder ou em última análise servir como exemplo que protege todos os violadores pois a menina, mulher séria é a que perdoa, silencia e escolhe a morte a ter que enfrentar o poder e o julgamento dos homens.
Por alguma coisa algumas partes do mundo muçulmano põe de parte considerando impuras as mulheres violadas, dizendo que a culpa é delas que provocam porque mostraram um pé, um dedo..., é este o caminho que a fé e a igreja católica quer percorrer?
A velha história da santa e da puta!... as mulheres santas não se deixam violar e se deixam são putas, escolhe!...

A todas as Marias Vieiras do Mundo, deixo aqui este texto. Deixo-o igualmente porque sinto que a mártir e espero que reconhecida santa Maria Vieira gostaria que alguém mais cedo ou mais tarde abordasse a sua história de uma outra perspetiva e com outro foco.


Ana Maria Ferreira Martins
13-06-2015

OS CRIMES DA IGREJA...



NÃO ESQUECER:

HIPÁCIA - A GRANDE FILÓSOFA DE ALEXANDRIA foi esquartejada e queimada viva pelos fanáticos cristãos devotos de Cirilo - canonizado mais tarde "santo" pela Igreja de Roma...

VER O FILME "AGORA"..
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"A chama da Sabedoria Interior é a quintessência de todos os ensinamentos, aquilo que os ilumina e lhes dá sentido de finalidade e transcendência. Somente assim as almas se harmonizam e libertam da prisão do mundo, convertendo-se aos poucos na caixa de ressonância da Alma Universal. Com isto, tornamo-nos menos ignorantes, mais justos e melhores, podendo estender a Luz própria, reflexo da Luz Maior ao universo a fim de o engrandecer. Se por outro lado o uso dessa sabedoria for utilizado para engrandecer o sentimento de importância pessoal, o ego animal dominador, além de profanar os mistérios atrai ao coração de quem o aplica assim, todo o poder das sombras, acabando por se transformar o indivíduo naquilo que reflecte e emite para o mundo."

Doutrina de Hipátia - Filósofa de Alexandria

Afinal AGORA somos todos seres humanos...




É uma coisa impressionante ver como os homens vêm dizer agora que somos humanas, que somos todos seres humanos...que não temos já que lutar por ser mulheres, nem pela liberdade, nem pela igualdade, nem por nós próprias e pelo nosso poder intrínseco, nem temos que nos esforçar por sermos donas do nosso utero e da nossa palavra e do nosso nome e do nosso corpo...
Já não se lembram desde quando submeteram e escravizaram e mataram as mulheres...e agora que as mulheres começam a tomar consciência de como foram aviltadas e roubadas do seu ser interior, expoliadas da sua energia sexual, escravisadas como mães e enfim começam a perceber  como foram as vitimas do Pai e do irmão e do marido, e como todo o mal que lhes foi imposto pelo seu deus (durante séculos) ...eles vem agora dizer que não, nada disso se passou e querem branquear tudo e dizem, somos seres humanos...homens e mulheres...

Ah afinal AGORA somos todos seres humanos - sim, pois e fiquem quietas mulheres ...não se mexam...continuem a confiar em deus e no amor do Pai e do Homem pois somos todos iguais, não há qualquer diferença...portanto entreguem-se ao amor do homem e de deus, libertem-se, deixem-se de fazer de vítimas...etc...Ah, não e sobretudo nada de Lilith que é infernal, não a ouçam...ela é um demónio - nada de Kali ou de Shekmet...elas são malvadas e estão ligadas à morte...vocês são puras, tal e qual a Nossa Senhora Imaculada que está no Céu, vocês são luz divina...como as boas mulheres da Biblia...(tirando Maria Madalena...a grande pecadora!, claro...)
 

rosa leonor pedro