O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, julho 26, 2015

Aqui. Agora.

Somos todas pretas
timorenses
ciganas
sírias
e portuguesas.
...
Somos todas
excisadas,
violadas,
afogadas
e mortas a tiro.

Somos uma mulher,
várias mulheres
e todas as mulheres.

Somos uma célula,
um corpo,
uma unidade,
um grupo,
uma árvore,
uma floresta,
um muro,
uma muralha,
uma legião.

Somos uma mulher
que carrega o mundo no ventre.



AKLdd
 

1 comentário:

Ná M. disse...

Liiiindoo ! Sim somos! ❀❀❀❀