O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, setembro 18, 2015

"DEVIR MULHER"

ou não..."DEVIR MULHER.."?

As aberrações do pensamento filosófico analítico e psicanalítico ou científico modernos...

"Quantos dramas imbecis são alimentados em torno disso!"

IMBECIL É ELE...o Félix Guattari!

“(...) o devir corpo feminino não deve ser assimilado à categoria ‘mulher’ tal como ela é considerada no casal, na família, etc. Tal categoria, aliás, só existe num campo social particular que a define! Não há mulher em si! Não há pólo materno, nem eterno feminino... A oposição homem/mulher serve para fundar a ordem social, antes das oposições de classe, de casta, etc. Inversamente, tudo o que quebra as normas, tudo o que rompe com a ordem estabelecida, tem algo a ver com o homossexualismo ou com um devir animal, um devir mulher, etc. Toda semiotização em ruptura implica numa sexualização em ruptura. (...)
Parece-me importante explodir noções generalizantes e grosseiras como as de mulher, homossexual... As coisas nunca são tão simples assim. Quando as reduzimos a categorias branco/preto ou macho/fêmea, é porque estamos com uma ideia de antemão, é porque estamos realizando uma operação redutora-binarizante e para nos assegurar-mos de um poder sobre elas. Não podemos qualificar um amor, por exemplo, de modo unívoco. Um amor em Proust nunca é especificamente homossexual. Ele comporta sempre um componente esquizo, paranoico, um devir planta, um devir mulher, um devir música. Uma outra noção maciça cujos danos são incalculáveis, é a de orgasmo. A moral sexual dominante exige da mulher uma identificação quase histórica de seu gozo com o do homem, expressão de uma simetria, de uma submissão a seu poder fálico. A mulher ‘deve’ seu orgasmo ao homem. Se ela o ‘recusa’, se torna culpada. Quantos dramas imbecis são alimentados em torno disso! E a atitude acusadora dos psicanalistas e dos sexólogos sobre esta questão não serve para resolver a situação. De fato, é comum que mulheres bloqueadas, com parceiros masculinos, cheguem facilmente ao orgasmo masturbando-se ou fazendo amor com outra mulher. Mas aí o escândalo é muito maior se as coisas chegam a ser descobertas!”

FÉLIX GUATTARI –
Texto: ‘Devir Mulher’ – in: “Revolução Molecular: Pulsações Políticas do Desejo”

 
Primeiro  não percebi se o Felix Guattari é uma mulher ou um homem ou homossexual...
... mas a ser um homem...e um filósofo...nada feito,  ele não pode falar da Mulher, dizer sentir pensar a MULHER. Porque a mulher É em si como o homem é em si.

Esta dramática mentalização-formatação-concepção mental verborreica, toda esta classificação/desclassificação psicanalítica filosófica esquizoide moderna de uma série de filósofos famosos e na berra na nossa estupida cultura de bolso ou académica,  NÃO TEM NADA A VER COM O ONTOLOGICO E O ESPIRITUAL.

Esta gente egoica e  mentalóide e psicopática - todos estes psicanalíticos-filosófico modernos -  que vivem do cérebro e através dos 5 sentidos (a chamada ciência dos 5 sentidos por Etienne Guillé) - são gente que não tem nada a ver com o SER HUMANO em essência e não passam de especuladores mentais ao serviço do Sistema patriarcal. Eles  só têm cabeça e pensamentos baseados no conhecimento redutor mental cartesiano - completamente fora de si e de si como entes transcendentes...vivem no pensar e no sexo e só no pensar...logo sou...

A Vida na sua manifestação como uma tríade, corpo alma e espírito, é reduzida a uma função biológica física e sexual e cerebral e a uma série de conceitos e ideias positivistas baseadas numa Sociedade e cultura que deforma e anula a dimensão transcendental do Ser através da dialética marxista e do pensamento cartesiano.
Para mim é cada dia mais claro que há seres SEM ALMA e este é um deles.

Mas o maior escândalo disto é um homem seja ele filósofo psicanalista ou sexólogos julgarem e atreverem-se a pensar e a dizer sobre a Mulher...
Antes os cristãos diziam que a mulher não tinha alma - é isto que estacabecinhapensadora e inútil está a dizer...ou então é homossexual e os princípios e as polaridades macho fêmea forçosamente lhes escapam ...? E da Alquimia...não sabe nada...
Tudo isto minhas amigas só é possível pensar-se porque a mulher está longe da sua essência; a mulher não se representa nem se diz; assim, tal como o homem que pensa a pensa, elas se pensam e estas filosofias emprenharam todas pela cabeça do Pai e todos estes pensadores, incapazes de SENTIR NO SEU AMAGO queriam ser mulheres, conhecer o seu Mistério - o Eterno feminino -,  e por isso a anulam na sua ontologia, e a negam na sua feminilidade essencial.
rlp

"A visão material da vida que temos de nos servir unicamente dos cinco sentidos é frustrante. Ela nos mostra apenas uma faceta limitada da realidade, e sua própria estrutura nega a existência eventual de um diamante em bruto a descobrir nos espaço-tempos transcendentes que sempre lhe serão estranhos."
(...)
in O HOMEM ENTRE O CÉU E A TERRA -de  Etienne Guillé (professore e biólogo)

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