O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, março 30, 2016

O que será que não estou a sentir?

 
 
SERES CONSCIENTES  SÃO HUMILDES...


...Mas na realidade todos sabemos pouco, professores, psicanalistas, terapeutas, cientistas e artistas. O mundo é complexo e nós estamos continuamente a aprender profundamente. Hoje em dia tenho esse sentimento. Gosto muito da minha vida profissional e pessoal porque estou sempre a descobrir coisas com as pessoas. Não digo isto com uma "boutade"*. É verdade.


- É bom que assim seja. Revela compreensão.


- Revela a realidade, sem estarmos a escamotear ...e a escondermo-nos atrás dela. Porque a nossa tendência, quando nos dizem aquilo de que não gostamos, é defendermo-nos. Mas por aí não vamos a lado nenhum. Devemos perguntarmo-nos: “o que se passa comigo?” “Que será que não estou a perceber?”. E sobretudo:” O que será que não estou a sentir?” E depois reparamos que as pessoas nos dizem coisas que fazem sentido. Que nos exigem ajustamentos.


EXCERTO DE UMA ENTREVISTA a António Francisco Mendes Pedro
IN INCALCULÁVEL IMPERFEIÇÃO

* Boutade - palavra francesa para dito engraçado...

Sem comentários: