O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, agosto 24, 2016

AS DUAS (ESPÉCIES) MULHERES...


A MULHER MODERNA

Como é que vamos sair deste impasse?

O que acontece de facto, é que enquanto não entendermos que o homem e a mulher são diferentes e opostos e ainda que complementares, enquanto se pretender uma pretensa igualdade de sexos não se pode ver que a mulher vive uma cisão em si que a reduz e mutila de uma totalidade, não se vê também que esta mulher apontada como par complementar do homem, está cindida em duas, não é a Mulher total, não é uma Mulher, mas um...a metade; então nem o homem nem a mulher poderão efectivamente ser um Par ou o casal alquímico...a partir de uma metade?
Daí que a enfase do que escrevo esteja posta quase exclusivamente na necessidade da mulher ter uma consciência de si e do seu feminino profundo, ao mesmo tempo que se consciencializa da sua ferida no amago de si mesma, para assim poder fazer a ligação à mulher original que desconhece.
O drama da mulher moderna é que ela está tão convencida e inflacionada pela ideia de liberdade e emancipação ou mesmo da Deusa que nem sequer enxerga a sua divisão interior em duas mulheres antagónicas dentro de si e sempre em luta - e parte para a relação a dois sempre em desvantagem e presa dessa dicotomia (a quente e a fria, a boa e a má, ou seja a sensual e a frigida, a devassa e a casta) sem perceber que não fazendo esse trabalho consigo mesma, sobre si mesma, nunca o par almejado é alquímico e complementar, mas manco...pois só uma metade mulher se apresenta ao homem...que nunca sabe de que lado dela está, se da boa se da má...e é imprevisível, pois essa mulheres se revela a curto ou longo prazo na relação como histérica e maníaca ou a doente, bipolar, com uma neurose grave...disfunção da personalidade etc. ao forçar e querer ser apenas essa metade idealizado pelo homem. Talvez um cancro na mama ou do útero a acorde para sua cisão e para o outro lado de si do qual ela esteve toda a vida separada ao fim e ao cabo. Mas nem sempre a Mulher acorda...
rlp

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