O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, outubro 30, 2016

A DOR



FUGIR DA DOR...

Quando fugimos de uma dor é de uma única dor que fugimos. Quando fugimos de uma nostalgia, é de uma única nostalgia.
E adentramos noutras dores para fugir de uma dor
E caímos na nostalgia para desertar de uma saudade antiga...
Era melhor que sofrêssemos de outras feridas de que olhar a ferida que nos doeu
E repetimos dores querendo vencer a saudade
Até que algum dai, ao pararmos de correr, lembramos as palavras do poeta:
A dor e a saudade são apenas criaturas que anseiam pelo nosso amor.

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