O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, janeiro 04, 2017

o amor


O AMOR É ...amor, só...

Em qualquer época, quando os valores tradicionais em vigor, sejam eles quais forem, caiem por terra e isso tem acontecido de há varias décadas a esta parte, e em que ninguém mais sabe o que é amar alguém, ou sequer um qualquer outro sentimento profundo, não vinculado ao conceito ou ao preconceito - como é o caso da sexualidade em geral -, numa sociedade consumista e prostituída como a nossa, tudo é apenas sexo, digo genitalidade, e em que tudo se vende e tudo se compra, incluindo ideias; a especulação dos sentimentos e das relações é total...e aí começam a aparecer as variantes alternativas e os discursos "filosóficos" e teóricos (poli-amor e não sei que mais!) acerca das relações e práticas promiscuas...uma Babel crescente cada vez mais elaborada e estranha...alienada e desvinculada de emoções profundas respeito humano e sentimentos reais.
Para mim o Amor é só e será sempre o amor, seja por uma pessoa em particular, único e exclusivo, enquanto se manifestar como tal, seja a amizade baseada em afinidades electivas ou simplesmente na empatia gerada por emoções e razões que jamais poderão ser alvo de especulações filosóficas e menos ainda sexuais...como as que agora imperam no império aberrante dos cinco sentidos sem qualquer dimensão ontológica...nem sentido do sagrado!


rlp

Sem comentários: