O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, junho 30, 2017

BARRIGAS DE ALUGUER .- um crime contra natura...



AS MULHERES SÃO LIVRES?

As mulheres modernas podem ter consciência politica e social da condição da mulher no mundo, e isso é só um principio, ou foi essa a luta das feministas, mas se ela não tiver consciência de si enquanto mulher dividida e viver como intelectual ela pensa-se como igual aos homens e não vê essa diferença essencial que é a forma como o Sistema Patriarcal dividiu as mulheres em duas espécies para PODER fundar o Sistema: O casamento é a assinatura do contrat...o da mulher (e do filho) como propriedade do homem enquanto que a outra que não casa passa a ser a prostituta que é outro suporte do sistema...O  bode expiatório de todas as desgraças...mãe de todos os filhos da put...

Uma é a mulher que dá filhos ao homem e a outra a mulher que lhes dá prazer aleatório e assim a mulher é dividida em duas espécies sem dar por isso.
Penso que este pormenor da divisão das mulheres em duas espécies foi a maior tactica de destruição da integridade da mulher como Ente ou como individuo e da sua liberdade como mulher integral.
Mas pior, penso que que agora que as mulheres tiveram a sua pseudo-emancipação e que quase todas desprezam a maternidade e tornam uma coisa meramente funcional os homens agora condenam as mulheres a ser todas uma terceira espécie; "barrigas de aluguer" - já não precisam de casar nem de pagar a prostitutas para ter prazer porque TODAS AS MULHERES SÃO "LIVRES" sexual e economicamente ou vendem-se todas pelo dinheiro...MAS falta-lhes a dimensão da alma e do espirito, a Dimensão do sagrado da Vida e de dar vida...
E é esta abominação que está em curso e as mulheres comuns dão aval a isto...a grande barbaridade "cientifica" do sec. XXI
Por tudo isto é importante que se tome consciência desta grande alienação da mulher e de todos os seres humanos perante o que estamos a viver hoje com o fenómeno das "barrigas de aluguer" em que homens com dinheiro, futebolistas e cantores gays e outros estejam a fazer das crianças mera mercadoria e a destituir as mães de todo o significado.

A MÃE É O  ELEMENTO DETERMINANTE DA SOCIEDADE- SEM MÃE ESTA SOCIEDADE ESTÁ CONDENADA A FALÊNCIA DA SUA BASE E ESTRUTURA ESSENCIA: O COLO DA MÃE...é a salvação da Humanidade!
rlp

“Recuperar a mãe verdadeira pressupõe então recuperar o coletivo de mulheres e a sua função coletiva dentro dum determinado grupo social. A recuperação da mãe não é uma recuperação individual (embora tenha uma dimensão individual e corporal), mas a recuperação do feminino coletivo, de todas nós.” cacilda rodriguez

SIMONE VEIL - politica francesa



MORREU HOJE COM 89 ANOS -  2017
Simone Veil, nasceu em Nice, França, no ano de 1927.

É uma política e jurista francesa, que dedicou a vida às causas das mulheres, dos idosos, dos imigrantes e das crianças adoptadas. Foi a responsável pela lei francesa de despenalização do aborto, em 1975, enquanto Ministra da Saúde.
Simone Veil é uma sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, onde viu morrer todos os seus familiares....
Em 1979, foi eleita como a primeira mulher a Presidir ao Parlamento Europeu, cargo que ocupou até 1982.
É membro da Academia Francesa desde 18 de Março de 2010 e Presidente da Fundação para a Memória da Shoah.
Aos 80 anos, decidiu escrever o seu livro de memórias: “Uma vida”.

FALECEU HOJE AOS 89 ANOS DE IDADE.

ATENÇÃO:

NÃO CONFUNDIR:

SIMONE WEIL
- ESCRITORA E MISTICA - Simone Adolphine Weil (nascida em Paris, 3 de fevereiro de 1909 – falecendo em Ashford, a 24 de agosto de 1943) que foi uma escritora, mística e filósofa francesa, que se tornou operária da Renault para escrever sobre o cotidiano dentro das fábricas.

SIMONE VEIL - POLITICA - NASCEU em Nice, 13 de julho de 1927 e faleceu hoje em 2017 com 89 anos: era uma política francesa conhecida pelo fato de enquanto Ministra da Saúde ter defendido em 1974 um projeto de lei que despenalizou a interrupção voluntária da gravidez em França. Foi também a primeira mulher a presidir ao Parlamento Europeu (1979-1982). É desde 1998 membro do Conselho Constitucional de França.

EXERCICIOS...


A Amizade Exercita-se

É um erro desejar ser compreendido antes de se ser elucidado por si mesmo a seus próprios olhos. É procurar prazeres na amizade, e não méritos. É qualquer coisa de mais corruptor ainda do que o amor. Venderias a tua alma por amor.
Aprende a repelir a amizade, ou melhor, o sonho da amizade. Desejar a amizade é um grande erro. A amizade deve ser uma alegria gratuita como as que a arte ou a vida oferecem. É preciso recusá-la para se ser digno de a receber: ela é da categoria da graça («Meu Deus, afastai-vos de mim...»). É dessas coisas que são dadas por acréscimo. Toda a ilusão de amizade merece ser destruída. Não é por acaso que nunca foste amado... Desejar escapar à solidão é uma cobardia. A amizade não se procura, não se imagina, não se deseja; exercita-se (é uma virtude). Abolir toda esta margem de sentimento, impura e enevoada. Schluss!
Ou melhor (pois não é necessário desbastar-se a si mesmo rigorosamente), tudo o que, na amizade, não passe por alterações efectivas deve passar por pensamentos ponderados. É absolutamente inútil privar-se da virtude inspiradora da amizade. O que deve ser severamente proibido, é sonhar com os prazeres do sentimento. É corrupção. E é tão estúpido como sonhar com a música ou com a pintura. A amizade não se deixa afastar da realidade, tal como o belo. E o milagre existe, simplesmente, no facto de que ela existe. Aos vinte e cinco anos é mais que tempo de acabar radicalmente com a adolescência...

Simone Weil, in 'A Gravidade e a Graça"

quinta-feira, junho 29, 2017

carmina amatória


"carmina amatória"

A POESIA...e as mulheres...

“Esta função sagrada feminina numa comunidade de povos atlânticos, europeus, através dos milénios e que através de todas as etnias e estimativas diferentes, continuaria a ser primacial.”

“Documentos antigos de origem eclesiástica, provam-nos que havia na Romania uma poesia popular detestada pela Igreja, carmina amatória, (…) cujo principal agente era a mulher. Tal poesia chegava a invadir a própria Igreja e escandalizar a seriedade do culto (…) essa... arte feminina deveria ter florescido intensamente na Galiza (…) Temos notícia de que as mulheres desempenhavam papel importante nas grandes cerimónias religiosas de Santiago de Compostela.”



Da Serpente à iImaculada - dalila pereira da costa
Imagem de olivia descamp

Todos nós nascemos da Mãe e a Mãe vive dentro de nós


Por Guru Rattana


"O arquétipo do Caranguejo representa a Grande Mãe, a doadora da vida. Todos nós nascemos da Mãe e a Mãe vive dentro de nós, sustentando cada um de nós ao longo das nossas vidas.
Para imaginar o mundo em que desejamos viver e criar, devemos mergulhar profundamente nos nossos sentimentos e no nosso mundo interior, onde a criação começa. Para mudar o que e como nos manifestamos nas nossas vidas, temos que começar com o nosso subconsciente e a programação que rege a nossa realidade interior. O nosso subconsciente é programado pelas nossas primeiras experiências com a nossa mãe e como fomos criados. A medida em que nos sentimos nutridas/os e incondicionalmente amadas/os determina a forma como as impressões da nossa mãe se traduzem numa sensação de proteção, segurança e confiança no ser, na vida e em poderes superiores, ou não.


Quase todos carregam feridas relacionadas com as suas impressões de maternidade precoce. Nós experimentamos essas feridas como pessoais, mas de facto são geracionais e culturais. A nossa mãe passou para nós o que foi passado para ela, e assim por diante por um longo, longo tempo. Essas impressões dizem respeito à programação cultural em relação ao valor e ao poder de ser mulher. A nossa cura, neste momento, não é a culpa das nossas mães ou de nós mesmos, mas percebermos que temos a oportunidade de libertar a programação baseada no medo que suprimiu o feminino, as mulheres, as emoções e, de facto, toda a humanidade por muito tempo.

Vivemos um momento que nos pode despertar para a cura, a possibilidade de despertar para a realidade universal, onde transcendemos a nossa dor e sofrimento humanos e encontramos a nossa máxima segurança na consciência cósmica. Somente quando a nossa realidade interior está imbuída de amor transcendental universal, temos um lugar dentro de nós, onde nos podemos sentir protegidas/os, seguras/os e incondicionalmente aceites e amadas/os. Quando sentimos que a Grande Mãe nutre o nosso mundo interior, podemos libertar o velho condicionamento de não nos sentirmos dignas/os e de não podermos atender as nossas necessidades, não importando o que fazemos ou o quão difícil seja. Parte da nossa cura é perceber que não precisamos nos defender ou usar a manipulação emocional para tentar obter o que queremos ou provar o nosso valor. A necessidade de nos afirmarmos e o medo de fazê-lo é substituída pela nossa vontade de sermos vulneráveis ​​dentro de nós mesmos e de encontrar refúgio e consolo invocando a Mãe Divina para nos apoiar nos nossos esforços terrenos."

domingo, junho 25, 2017

O recente despertar da mulher....



NA MULHER O CONFLITO ENTRE O EXTERIOR E O INTERIOR PODE SER DEMOLIDOR, SE ESTA NÃO ESTIVER CONSCIENTE DA SUA VERDADEIRA NATUREZA INTRÍNSECA, SE ELA NÃO ESTÁ CONSCIENTE DA SUA EXISTÊNCIA...

"Cada indivíduo tem uma natureza que busca amor e relacionamento, mas também há incrustada em todos a necessidade de lutar pela verdade impessoal. Essas tendências opostas são expressões da dualidade da natureza humana, que é tanto objectiva quanto subjectiva. Em todos os seres humanos tal oposição está activa e leva inevitavelmente ao conflito. No actual mundo ocidental esse conflito é bastante grave e cai mais duramente sobre as mulheres, porque a civilização ocidental dá ênfase ao valor exterior, e isso se ajusta mais propriamente à natureza do homem do que à da mulher. o espírito feminino é mais subjectivo, mais relacionado com sentimentos do que com as leis e princípios do mundo exterior. e resulta que o conflito entre o exterior e o interior é usualmente mais devastador para as mulheres do que para os homens.

Existe outra razão pela qual esse problema é particularmente urgente para as mulheres de hoje. Referimo-nos ao recente desenvolvimento do lado masculino da natureza da mulher, que tem sido uma característica tão marcante nos últimos anos. Esse desenvolvimento masculino está definitivamente ligado à sua vida no mundo dos negócios e, na maioria dos casos, é até exigido como pré-requisito para ganhar a vida no mundo, praticando uma profissão ou seguindo uma ocupação. A mudança de carácter, que tem acompanhado essa evolução, não existe só na parte profissional da vida de uma mulher, mas afecta a sua personalidade inteira, e tem causado mudanças profundas na sua relação consigo mesma e com os outros..."*

"... O recente despertar da mulher de sua longa apatia trouxe à tona poderes latentes que, muito naturalmente, ela está ansiosa por desenvolver e aplicar na vida, tanto para sua própria satisfação e vantagem, como para aumentar sua contribuição à vida do grupo. Esse passo adiante no desenvolvimento consciente não acontece sem dificuldades e obstáculos. Ela afastou-se da velha e bem estabelecida maneira de conduta e adaptação psicológica da mulher, e se acha hoje atacada por problemas que nem ela mesma e nem as mulheres pioneiras que iniciaram o movimento pela emancipação da mulher previram. Essas mudanças têm produzido para a mulher um inevitável conflito interno entre a necessidade de expressar-se através do trabalho, como um homem faz, e a necessidade interior de viver de acordo com a sua própria natureza feminina..."*

In OS MISTÉRIOS DA MULHER
de M. Esther Harding

sábado, junho 24, 2017

A VIOLÊNCIA DA MULHER CONTRA SI MESMA



A MULHER NADA GANHA EM EXPOR-SE...


...Quando eu digo que a mulher não tem identidade, que foi amestrada pela sociedade para servir e cumprir apenas um papel, muita gente me acha radical, mas quando eu olho a Mulher e vejo que ela não é mesmo nada em si a não ser como mulher objecto ao serviço da espécie, eu não me sinto como tal…O que eu sinto é que isto é uma atrocidade enorme a que as mulhers todas no mudo estão sujeitas e que dada a esta circunstancia dramática e escravizante da condição feminina as mulheres tinham de acordar deste sono milenar, desta anestesia geral que as torna sonâmbulas e obedientes ao colonizador do seu corpo…
E no meio disto tudo o que mais me custa é ver que quando as mulheres se revoltam com a sua repressão e querem reivindicar a sua liberdades elas se despem…sem ver que foi isso mesmo que as tornou mulheres objectos de consumo a todos os níveis e o que fazem no fundo é continuar  a exporem-se aos predadores que se riem delas, as aviltam e prendem e maltratam e continuam a ser vítimas dos seus assédios e instrumentos de propaganda contra a mulher, tal como acontece e é o caso das marchas das vadias ou das putas…
Não, não é expondo a sua nudez em nome da sua liberdade, nem do seu corpo escrito com palavras de ordem, tais como: "o corpo é meu" que elas vão ser senhoras de si mesmas e recuperar alguma idoneidade…mas sim saindo dessa escravidão interior e exposição exterior que só alimenta a mente machista contra as mulheres. Afinal elas afirmam a sua nudez contra quê? Como é que a nudez pode estar associada à sua liberdade se é pela nudez e exposição comercial do corpo da mulher que ela é marcada e inferioriza e prostituída a todos os níveis pela sociedade machista?  E como é que a mulher vai sair desse plano de inferioridade marcada como corpo objecto e resgatar a sua dignidade quando estão a reagir ao mesmo nível e com as mesmas armas que os homens usaram numa guerra em que sempre perdem…
rlp

quarta-feira, junho 21, 2017

"HOSTES DE FOGO"



PODEROSO ESTRONDO...

«Graves são as vozes! Há cães a ladrar nos Montes. Os Sóis desceram dos Céus e a Terra ardeu num Fogo feroz. Foi como um clarão que veio e ninguém viu. Ouviram-se gritos por todos os lados. Eram as Vozes dos Sufocados, dos Mortos da Vida.
O Amor tinha morrido entre os Homens! As Mulheres choravam nos Rios e nas Ribeiras; nas Veredas, nas Estradas de Alcatrão e entre os seus Seios estavam apartadas da sua mais Pura Identidade.
...
Diabo e Deus
A Cruz
O Céu e o Inferno
O Grito
Nada

Veio o Fogo e era Vermelho, Laranja e Amarelo. Não se sabia de onde vinha, se das profundezas da Terra, se dos Abismos do Céu. Era uma Tela nunca vista e sonhada. Era Imaginal e outorgara uma força única que se estendia por todos os planos da Existência. Era o Sétimo Mundo. A Sétima Vida. A Sétima Morte. Era o Sétimo Homem desprovido de Divindade.
O Estrondo foi colossal e a energia carregava todas as Pragas que os Homens tinham guardado nas profundezas do Coração. Eles tinham um coração pequeno. Eram como Wotan que vendeu Freya aos
Gigantes.

Brame o Mar
Brame o Céu
Brame Brame Brame
Brame a Mulher
Brame a Criança
Brame Brame Brame
Poderoso o som que desceu e subiu. Chispas voaram por todos os lados. Um Sono profundo e Dantesco levou a Humanidade ao Desespero!! Atlântida, voltara a fundar-se nos corações de todos.»

NãoSouEuéaOutra in « Hostes De Fogo»

sábado, junho 17, 2017

UMA VIOLAÇÃO CRIMINAL DOS DIREITOS HUMANOS


TRANSGÉNEROS:

"CONSIDERO ESTA PRATICA COMO UMA VIOLAÇÃO CRIMINAL DOS DIREITOS HUMANOS"

Numa entrevista com “The Weekly Standard” a escritora Camille Paglia, que nunca teve medo de confrontos (identificando-se publicamente como lésbica na década de 1960) fez alguns fortes comentários sobre o transgenderismo, dizendo: "A fria verdade biológica é que as mudanças de sexo são impossíveis "
Jonathan Last perguntou-lhe porque não houve um confronto aberto entre o feminismo e o trans...genderismo, Paglia respondeu que esse confronto já aconteceu no Reino Unido, mencionando os ataques da comunidade “transgender” à icónica feminista Germaine Greer e á feminista australiana radical Sheila Jeffreys, a autora de “Gender Hurts”.
Paglia observou: "Jeffreys identifica o transexualismo com a misoginia e descreve isso como uma forma de"mutilação ". Ela e as suas aliadas feministas encontraram prolongadas dificuldades em obter um local seguro para falar em Londres, devido às ameaças e agitação por parte dos activistas transgêneros".
Ela continuou:
Sou altamente céptica sobre a actual onda transgênero, que eu creio ter sido produzida por factores psicológicos e sociológicos muito mais complicados do que o actual discurso do género permite. Além disso, condeno a crescente prescrição de bloqueadores da puberdade (cujos efeitos a longo prazo são desconhecidos) para crianças. Considero esta prática como uma violação criminal dos direitos humanos. É certamente irónico como os liberais que se colocam como defensores da ciência quando se trata de aquecimento global (um mito sentimental não apoiado por evidências) fogem de toda referência à biologia quando se trata de género.
Então, o tiro certeiro:

"A verdade fria biológica é que as mudanças de sexo são impossíveis. Cada célula do corpo humano permanece codificada com o género de nascimento para a vida. Podem ocorrer ambiguidades intersexuais, mas são anomalias de desenvolvimento que representam uma pequena proporção de todos os nascimentos humanos ".

Paglia acrescentou: "Como Germaine Greer e Sheila Jeffreys, rejeito a coerção patrocinada pelo Estado para chamar alguém de" mulher "ou de" homem "simplesmente com base no seu sentimento subjectivo sobre isso.”

quinta-feira, junho 15, 2017

O embate das civilizações?



França: os factores extremistas - os extremos tocam-se nesta imagem - a imagem da degeneração humana que também aqui está bem a vista - só os cegos e extremistas não querem ver...
Ao lado de um homem travesti - o simulacro grotesco da mulher que o homem inventou - e a mulher coberta do Islão...que bem pode esconder um homem e pior um terrorista...vemos onde esses extremos chegaram e como a humanidade está em decadência absoluta, a caminho de um choque final...
E a questão é: ambos estes mundos de alienação extrema desconhecem a Mulher real, ausente da sociedade...A Mulher verdadeira deixou de existir para dar lugar cada dia mais a estas aberrações...
rlp

quarta-feira, junho 14, 2017

Acabou a minha oração ...


In ADORAÇÃO



Acabou a minha oração de palavras. Elas só valem para preparação do silêncio que as continue.
Vou calar-me e no silêncio que vai fazer-se é que melhor sentiremos a profundidade do abismo de Alegria em que me afundaste. (…)
E como uma rosa é o meu coração, abrindo as asas na penedia do meu peito…(…)
É tarde, meu amor, demais falamos.
Faça-se o Silêncio e que a tua alma escute como nesse silêncio nasce e cresce o infinito mar deste amor eterno…

Leonardo Coimbra



..escrever para alguém



UM SENTIDO


"Esse esforço que farei agora por deixar subir à tona um sentido, qualquer que seja, esse esforço seria facilitado se eu fingisse escrever para alguém. Mas receio começar a compor para poder ser entendida pelo alguém imaginário, receio começar a "fazer" um sentido, com a mesma mansa loucura que até ontem era o meu modo sadio de caber no sistema. Terei de ter a coragem de usar um coração desprotegido e de ir falando para o nada e para o ninguém? - assim como uma criança pensa para o nada - e correr o risco de ser esmagada pelo acaso."

clarice lispector

UM GÉNERO OU UMA MODA?

E quem é que  inventou o cor-de-rosa menina e o azul do céu menino? 


OS "TRANSGENEROS" e a moda...

Creio que nos afastamos tanto do ser natural e original - não digo "normal" que é apenas um conceito, mas de um ser NATURAL que é nascer-se com um corpo "fêmea ou macho" à partida e SER SÓ HUMANO.
O SER Humano não tem de se definir pela sua sexualidade, como um animal sexual - e esse "animal sexual" tanto é o homo como hétero como o trans...

Um SER HUMANO PLENO é apenas livre de amar...sem ter de se mascarar de mulher ou de homem. Há em toda esta questão e de pessoas e até crianças se sentirem estar no corpo errado uma enorme perversão que é a cultura moderna dos estereótipos e a moda totalmente alienadas  de um sentido ontológico e transcendente do que é a Vida e o SER  humano...
Querer definir género pelo aspecto de uma pessoa, pelos suas tendências sexuais (gostar de seres do mesmo sexo?) ou por se ter uma sensibilidade dita feminina (como se a sensibilidade não fosse de ambos os sexos) ou por gostos aleatórios (como a maquilhagem ou outros utensílios ou acessórios, como carteias brincos e saltos altos hoje atribuídos  ao feminino, quando em seculos passados também os homens calçavam sapatos de tacão alto, folhos e rendas) ou ainda pelos trajes interiores ou exteriores) uma mera identificação inicial do menino com  a mãe...ou de uma  menina com o pai...? que não tem de ser reprimido nem censurado - tudo isto é como digo uma falsa questão que parte de uma  cultura de plástico ou de uma  aculturação diria e da ignorância e estupidez natural de tudo o que é informação nos nossos dias - tudo isto não passa de uma alienação do Ser em si...
Tudo isso não determina ou obriga que os seres humanos mudem de sexo ou se tenham de submeter a intervenções cirúrgicas ou hormonais para serem "normais" ou estar de acordo com o que sentem?
Toda esta aberração tem a ver com um mundo que vive de estereótipos grotescos da moda, da musica pop e do cinema de ficção e uma cultura superficial sem qualquer profundidade. É de resto não ter em conta que todos os seres humanos são de si tão variados como as flores...mas as flores não tem que se transformar noutras flores para serem belas e livres de ser o que são...
(Uma rosa é uma rosa uma rosa...assim o cravo e o malmequer...)
rlp

O marxismo carece de metafísica


O marxismo carece de metafísica - e o feminismo também...

"A civilização é definida pelo direito e pela arte. As leis governam o nosso comportamento exterior, ao passo que a arte exprime nossa alma. Às vezes, a arte glorifica o direito, como no Egito; às vezes, desafia a lei, como no Romantismo.
O problema com abordagens marxistas que hoje permeiam o mundo acadêmico (via pós-estruturalismo e Escola de Frankfurt) é que o marxismo nada enxerga além da sociedade. O marxismo carece de metafísica – isto é, de uma investigação da relação do homem com o universo, inclusive a natureza. O marxismo também carece de psicologia: crê que os seres humanos são motivados apenas por necessidades e desejos materiais. O marxismo não consegue dar conta das infinitas refrações da consciência, das aspirações e das conquistas humanas.
Por não perceber a dimensão espiritual da vida, ele reduz reflexivamente a arte à ideologia, como se o objeto artístico não tivesse outro propósito ou significado além do econômico ou do político."

Camile Paglia

segunda-feira, junho 12, 2017

A ESSÊNCIA DA MULHER 


NÃO SERÁ NUNCA REPRESENTADA
NEM CONTIDA NUMA IMAGEM...

As vezes fico parva: ainda há mulheres que acham que ser feminina é pintar-se, vestir saias e saltos altos...? Serem magras, ou musculadas, fazer plásticas e usar batom, rímel, botox ou silicone?

Nenhuma mulher será mulher sem ser só por si aquilo que é...

Porque a essência da mulher ou o feminino essencial é magnetismo puro, é sensualidade e mistério: é algo interior e intrínseco que exala de dentro, que é intemporal tal como a beleza original e seja de calças nua ou descalça esse magnetismo da mulher essencial prende e fascina inequivocamente homens e mulheres...

rlp

sexta-feira, junho 09, 2017

A MULHER CONSCIENTE DE SI



A Mulher Consciente de si é a Mulher consciente da sua cisão interna primeiro e quando inicia o seu processo de integração consciente das duas mulheres divididas em si pelo patriarcado - a luta entre a boa e má, a santa e a pecadora - e à medida que vai percebendo como essa cisão se deu dentro dela e também antes dela na mãe na irmã e na avó etc. e como essa divisão se instalou e foi transmitida  através da educação patriarcal e religiosa e de como ela é passada de geração em geração...

Sim, à medida que a mulher vai caminhando para dentro dela unindo essas duas mulheres, não sendo nem uma nem a "outra" e perdendo o medo de ser julgada e deixando de se sentir culpada, ela vai entendendo como a mulher se perdeu dela mesma. Se a mulher aos poucos for integrando a noção e o sentimento de que ela é as duas em si mesma, e não vivem separadas nem são antagónicas - isso as torna então mais fortes e naturalmente conscientes de que são uma só mulher. E ai serão bem mais hábeis em perceber o ataque secular à parte de si julgada como pecadora e essa ideia ou sentimento arraigado deixa de fazer sentido e a partir daí torna-se indiferente que o homem a ache ousada, provocante e sensual, que  isso já não a afecta, nem ao seu comportamento nem a sua liberdade...Quando ela entende que tem o direito a ser uma mulher total, sexual sensual e ousada e ao mesmo tempo ela pode ser terna e doce e recatada...e até pura e nela já não há conflito interno então sim, a mulher é inteira e liberta de milenares conceitos baseados na culpa de Eva e do pecado.

É ai que ela pode dizer e ser o que quiser ser de todo o direito e o que sentir deve expressar a sua totalidade, essa natureza instintiva e sensual e a sua natureza maternal e afectiva sem separação. Sim, a mulher não cindida é as duas em simultâneo e deve responder com todo o seu ser a cada desejo de ser mulher, seja como mulher de desejo, seja mulher de ternura de afectos e emoções, seja como mulher recatada e mãe dedicada ou profissional de carreira médica ou feiticeira!

Sabemos no entanto que a mentalidade machista dos homens não vai mudar assim tão facilmente e que eles podem não entender essa mulher porque eles mesmos sempre a dividiram para reinar e a transformaram na esposa casta (fechada em casa) e a mulher fácil... a mulher da vida, que viola e de quem abusa...e portanto temos de estar preparadas para neste ver como eles vão continuar a rejeitar essa sua liberdade de ser total, acusando-o de vadia ou perdida se ela não for apenas a mulher submissa e casta...e do lar ou da rua a que ele está habituado.

Falar desta integração parece fácil mas sei que esse trabalho de dentro é árduo e vasto e complexo e exige muita vigilância e conhecimento psicológico da mulher. Sem esse aprofundar da sua psique poucas mulheres percebem isto e falam apenas da boca para fora...o discurso até se pode tornar viral.  Desse modo  se ela decidir lutar com todas as suas forças contra o Sistema que a aprisiona e diminui e divide como ser, ela vai perder-se e continuar alienada de si se antes não conseguir encontrar uma estrutura psíquica forte, esse SABER INATO e intuitivo que a salva e lhe dá a dimensão ontológica - pois o Sistema sabe bem como a continuar a dividir ou simplesmente abater...Ele sabe que a dividiu para a afastar da sua Essência há centenas de anos...e foi assim dividindo-a em dois tipos de mulher que os homens contruíram a sua supremacia, anulando  a Deusa Mãe e destruiundo a própria Natureza....


UNIR AS MULHERES PELO SEU POTENCIAL INTERIOR...

Por isso é preciso que ao tomarmos consciência do nosso imenso potencial como mulheres e do imenso Amor que há em cada uma de nós, não nos fiquemos pelas palavras bonitas nem pelos belos discursos ou pelos rituais nem pela mera teoria, nem pelos cursos de cura e de meditação…Ser Mulher em si é que é a Cura válida e definitiva...

É preciso pois que nos juntemos de facto e sejamos unas em Consciência, em espírito de verdade e numa autêntica irmandade Unidas na alma e na essência, não ligadas por ideias ou crenças, nem a força de idealizações, porque a nossa Força interior, o nosso Poder interno podem fazer a diferença e irmanados em sentimentos, pensamento e acção, quando juntas poderemos então mudar radicalmente a face da Terra e trazer a Paz que o Mundo precisa.

Rosa Leonor Pedro
rlp

A MANIPULAÇÃO DA MULHER



 AS 15 acusações feitas por uma mulher ao Sistema patriarcal

1. Acuso a indústria farmacêutica de ter transformado todos os processos naturais da mulher em doenças extremamente rentáveis: Menstruação, an...ticoncepcionais, gravidez, parto, amamentação, criação e menopausa.


2. Acuso a pílula contraceptiva (e todos os produtos hormonais em geral em mulheres saudáveis) de ter mudado totalmente o nosso equilíbrio delicado endócrino e de roubar as mensagens intuitivas que chegam do inconsciente com as diferentes fases do ciclo menstrual feminino, pela relação Entre os ovários, determinadas hormonas e atividades de hemisférios cerebrais. Este é um dos problemas de base surpreendentemente escondido. As mulheres não se desligarem no parto de si mesmas, pela primeira vez, mas que levam anos dissociadas da sabedoria feminina ancestral e mais unidas a um laboratório que a seu próprio corpo.

3. Acuso o negócio da fecundação artificial de se aproveitar das mulheres desesperadas para engravidar e submetê-las a dolorosos, caros e longos processos, em vez de analisar as causas verdadeiras (e corrigíveis) do fracasso na gravidez, e que nos faria Repensar o ritmo e o estilo de vida que levamos a todos os níveis.

4. Acuso a indústria da alimentação de seu macabra e eficaz estratégia para convencer a meio século de mulheres e fazer com que o leite de um animal (cujo cérebro é muito menor do que o humano) quimicamente tratada fornecida em plástico e, por Mãos frias, muitas vezes, tenha substituído ao calor, amor e o milagre de uma teta meloso. Este triunfo económico significou uma condenação à morte de milhões de crianças em países menos desenvolvidos, e alto risco de doenças, menos nível cognitivo e desapego nos países ricos. Ausência de amamentação significa ausência de ocitocina e menos paixão entre mãe e filho, e a partir daí uma longa cadeia de comportamentos artificiais.

5. Acuso o sistema obstétrico de ter transformado a normalidade do parto em patologia, de tê-lo medicalizada até ao delírio de 50 % de cesarianas em alguns países, de não ter respeitado a extrema fragilidade do recém-nascido e de ter transformado o sagrado Ato do nascimento em uma simples extração e manipulação de bebés.

6. Acuso os pediatras de ter confundido as suas crenças e preconceitos com a verdadeira ciência, de ter frustrado milhões de potenciais de amamentação bem sucedidas com falsas normas, de ter transformado em doença um padrão de sono mamífera e de colocar os seus critérios para as recomendações de A OMS.

7. Acuso os neurologistas e psiquiatras de sobre-diagnosticar a hiperatividade e de drogar e anular a uma geração de crianças (apesar dos constatados e relatados efeitos secundários) com ritaline / Rubifren: a cocaína pediátrica

8. Acuso os psicólogos que se progride à custa de todos os erros do sistema em educação, de não fazer jus ao seu nome (psiqué=alma), de criar teorias que justificaram a contínua domesticação das crianças anulando o ligeiro instinto materno que restava (Superproteção, falta de limites, permissividade por mimar demais, mimos, etc. ), e de ter inventado uma falsa socialização precoce que não existe até muito mais tarde (6-7 anos de idade quando é estabelecida a lateralidade cerebral).

9. Acuso os falsos gurus de criação: Spock / Ferber / Valman / estivill e capangas comportamentais de fazer apologia de métodos de sócio-tortura e vender insensibilidade, crueldade e falta de respeito para com as crianças. Se houvesse um tribunal de haia emocional, todos esses personagens seriam condenados por sofrimento à humanidade.

10. Acuso as feministas clássicas de ter podado as mulheres humilhando a nossa feminilidade e maternidade, e de ter vendido aos nossos filhos por uma falsa libertação que foi simplesmente uma mudança de lugar de opressão, e que perpétuo e potenciou o sistema e os Valores dominantes: Masculinidade, competência, predação, hierarquia. Nunca houve nenhuma revolução social, mas sim um continuismo com outra cara. Sim é compatível com o trabalho e a educação, mas para isso temos que transformar o sistema e não abducirnos a nós e abandonar as criaturas.

11. Acuso as revistas femininas da promoção de modelos de mulheres descerebradas, consumistas, siliconadas hipersexuais que quando tiverem filhos tornam-se mães virtuais que atendem por controle remoto às suas criaturas a golpe de visa e continuam com seu difícil vida sem pestanejar nem Um salto.

12. Acuso o sistema educacional de precocidade, de ter planos obsoletos que não correspondem às verdadeiras necessidades de aprendizagem através do jogo e da liberdade de expressão, de promover a submissão e obediência e impedir os processos de pensamento independente e criativos que permitem Encontrar o próprio caminho na vida.

13. Acuso a toda a sociedade de ser adultocentrista e ter excluído os bebés e crianças da vida diária, de subestimar a maternidade e paternidade como uma perda do talento da mulher mas sim valorizar a esta como produtora dentro do sistema econômico ( Nem como reprodutora ou como cuidadora).

14. Acuso o estado de bem-estar de ter sequestrado a vida dos bebês prendê-los em creches precoces que tornam-se assim uma espécie de "Orfanatos de dia" bem decorados, enquanto obriga os seus dois pais a trabalhar longe de casa para subsistir em Um modelo de vida sufocante, de ter passado do conceito de "é preciso uma aldeia para educar uma criança" a solidão e o desamparo de 8 bebés por cuidadora, de ter políticas de conciliação familiar-Laboral miseráveis, de ausência de Apoio às famílias decentes, e obviamente de ter criado uma sociedade do desconforto em que segundo a OMS, em 2020 a depressão será a segunda doença.

15. E, claro, acuso as mulheres para não ouvir o seu coração, nem o seu instinto, de ter sacrificado a seus filhos para que o sistema os devore (porque elas já estavam), de aceder à maternidade e parto com muito pouca Informação e, consequentemente, com uma atitude de meninas dóceis que delegam o seu papel em todos os outros, de não lutar ou se exilar deste injusto modelo económico nem dentro do lar, mas sim de gerir a raiva e a frustração (consciente ou não) contra seus filhos, Tornar-se insensível o seu choro e chamadas noturnas, de ficar obcecado pelo treino e as regras (que, no fundo, ajudam-nos a elas para ter uma estrutura e ordem e desculpabilizarse do seu abandono real), e de concentrar todas as suas forças em aspectos externos ao Lar.

Texto: Maria Del Mar Jimenez Redal

terça-feira, junho 06, 2017

AS RELAÇÕES HUMANAS

O MODO COM REAGIMOS...

" ...as relações proporcionam-nos as maiores oportunidades de crescimento e de aprendizagem e o maior potencial de sofrimento psicológico e , portanto, de actuação defensiva ou de retaliação, ferindo os outros e lesando-nos a nível da alma. O modo como reagimos é importante. Não podemos tratar a outra pessoa com mesquinhez sem que esse sentimento não se cole a nós; não podemos reagir generosamente sem expandir o coração e enriquecer a alma.
É um risco ser autêntico e abdicar da persona, da armadura e das defesas, mas é uma perda não assumir esse risco, sem o qual a intimidade se torna impossível.
Se nos escondemos por trás dos portões a nível emocional , pensando que isso nos porá a salvo, a única certeza é que a decisão nos manterá isolados , numa caixa por nós fabricada. "



Jean Shinoda Bolen

A VIDA É SOBRENATURAL

"Essa coisa sobrenatural que é viver" *


"Ser assombrada pelos meus fantasmas, pelo que é mítico e fantástico – a vida é sobrenatural. E eu caminho em corda bamba até o limite de meu sonho." *

*Clarice Lispector

segunda-feira, junho 05, 2017

MOMENTOS DE CLAREZA



Vivemos entre a Terra e o Céu…no meio de tudo o que existe o Ser Humano vive permanentemente em dualidade…sempre dividido entre o belo e o feio entre o bom e o mau…entre a saúde e a doença…o branco e o negro... a Luz e as trevas...

Muitas vezes olhamos o Céu, as estrelas e a Lua, ou o esplendor do Sol que apontam para o imenso e vasto Universo que nos rodeia e ficamos paralisados pela beleza de tudo e o quanto desconhecemos desse universo e da vida que pulsa e nos faz vibrar com tanta coisa bela e que está dentro de nós mesmos, embora olhemos mais para a nossa miséria e desgraças sem ver que a grandeza que está em cima também está em baixo e principalmente dentro de nós…  assim como as árvores e os campos, as flores e os rios e os pássaros…

Quantas vezes não fico extasiada com a beleza de qualquer coisa simples e frágil, como sou tocada no mais profundo de mim mesma por um poema sublime, por um sorriso inesperado ou um olhar verdadeiro, humano, e depois, de repente, vem uma revolta pela dor do mundo, um inconformismo enorme perante as coisas feias, os horrores que se passam à nossa volta, a mentira dos homens, a morte e violação das mulheres e crianças, todas as formas de abuso sobre o ser humano, tudo o que grassa ao cimo da terra e nego-me a acreditar que existe A verdade e A Justiça…e menos ainda um Deus ou uma Mãe…
E esquecemo-nos de como tudo pode depender do nosso olhar…como tudo depende do que realmente queremos ver…
Mas depois compreendo…o mundo é feito desta estranha mistura, sempre foi feito dessa enorme beleza e desses horrores todos que são as guerras e o ódio da raça; e vejo que são os homens a peste e a disseminam e percebo que a saída, talvez a única é individual e que a utopia é e sempre foi querer e lutar por um mundo igual…

Tantas ideias sobre o amor mas tão pouco amor…
tantas ideias sobre cura e tanta doença…doenças do ego que se serve inclusive da ideia da cura e de deus para manipular ou sobrevalorizar-se impondo-se aos outros como médiuns, canais ou terapeutas, como curadores…gente que vive à custa das doenças dos outros…

Não, enquanto esse Amor não for uma realidade dentro de nós, uma constante vibratória, sensível aos olhos e ao coração, uma consciência do nosso Ser para lá dessa dualidade, nós estamos todos doentes e não podemos curar ninguém…
Só alguém que esteja acima dessa dualidade, que não oscile e mantenha o seu centro, que tenha percorrido o Caminho e saiba para onde vai nos pode conduzir e curar. Porque só o Amor verdadeiro cura todas as feridas. Falo de um Mestre vivo que nos revele o nosso mestre interior… (talvez aquele que nos revele o nosso Anjo...) aquele que nunca nos abandona…nem na vida nem na morte…
 …
(Seria difícil enxergar isto tudo se eu não tivesse alguém que me ajudasse a olhar para dentro de mim mesma e ver que a beleza que está dentro de mim, que começa aí...e está dentro de cada ser e que eu também a posso ver em tudo à minha volta à Luz de uma Visão singular e deixar de olhara só um lado das coisas ou o outro, nesta eterna confusão que é a nossa realidade dual…
Sim alguém que me ajuda a centrar…alguém que me fala do óbvio e não do complexo e absurdo que tudo parece às vezes e sobretudo inacessível e invisível…e fá-lo de Graça!)

Rosa Leonor Pedro 2015 (republicando)

sábado, junho 03, 2017

O DESTINO FATAL DAS MULHERES...


O DESTINO FATAL DAS MULHERES e os romances...

Ontem comecei a ler por curiosidade o livro de uma mulher  - escritora - sendo uma história de famílias e nomes passada entre os seculos XIX e XX e o enredo todo entre a aristocracia e as casas fidalgas e os casamentos arranjados de acordo com os interesses das famílias nobres etc. isto em França e Portugal durante a 1ª grande guerra e narra a história de uma mulher lusa-francesa, aristocrata, que vive em Portugal mas vai para um Hospital francês como enfermeira ajudar os feridos de guerra, sendo casada com um oficial português que também estava na guerra e onde despoleta uma história de amor assolapada entre ela e um ferido terminal etc.
Li por inteiro as primeiras vinte páginas mas eram tantos os nomes, as descendências e as famílias - passando-se os enredos familiares entre os primeiros anos da Republica em Portugal e a guerra de 14/17 na Europa e toda essa carnificina humana em nome não sabemos de quê, ou sabemos e até pode ser que estejamos à beira de uma 3ª guerra mundial - tendo eu nascido (1946) no fim da 2ª grande guerra, vivi as reminiscências desse inferno...

Enfim acabei por dar um vista de olhos no livro todo e sei que não o vou conseguir por inteiro porque além de já nõa conseguir ler romances nem histórias, neste caso, toda esta saga de famílias e Nomes os seus descendentes e o enredo típico da época, não me dizem já absolutamente nada. Comecei a ler por curiosidade histórica, mas o que me impediu de continuar a ler o livro com mais atenção e interesse foi a reacção visceral à forma como a mulher era dominada, controlada e transacionada sem qualquer voto na matéria que não fosse aceitar a vontade do pai e servir os homens ao ponto da absoluta anulação e por ultimo ao amor de forma absolutamente cega e desvairada.

Não sei, o livro impregnou-me de uma dor e de uma revolta, de uma raiva incontida que acordei de manhã e só me apetecia chorar...e pensei como é que uma mulher escreve e perde tempo a contar uma história tão complexa e rebuscada, estudada e baseada em factos históricos e quiçá rigorosa, não tem  noção nenhuma  da mulher e da sua situação penosa e absurda imposta pelos patriarcado e nem sequer há um rasgo de um sentido profundo (intuição e percepção) do ser mulher e apenas tem em conta o velho enredo social e familiar...Sim, fatal como o destino e a família e deus e o Pai. Como se a mulher fosse esse produto consumado ao serviço do patriarcado sem nenhuma hipótese que não fosse seguir um destino traçado e condenada a ser esposa e mãe abnegada e fiel ao marido ou no caso das mulheres pobres e solteiras condenadas  a prostitutas ...etc.
Eu sei que há muitos livros assim...quase todos foram escritos por homens, e outros até por mulheres, mas neste caso o que me fez ficar irritada é que o livro é  escrito por uma mulher culta e não transparece em nada esse grito da mulher agrilhoada, mas apenas a paixão desesperada e sublimada que a mulher casada por conveniência, ainda buscava no amante ideal, o par romântico (o tuberculoso ou o canceroso?) fatalmentente condenada ao amor do Homem e do Filho ou de Deus, nunca dela própria...
Realmente isso irritou-me mesmo...porque na verdade tive esperança que houvesse mais essa consciência da Mulher em si...

rlp

A MORTE DA MÃE


Os Seres Humanos

"Eram então necessárias novas leis para impedir o que se poderia chamar uma demasiada integração dos machos. Porque estes, assim agarrados a suas mães, suas irmãs, fragmentavam o grupo. Por outro lado, concentrada a vida nesses ternos e prazenteiros subgrupos, o trabalho produtivo das mulheres, numa humanidade de crescente consciência, torna-se invisível, diluído em mitos: a produção daquelas parecia continua e sem direito a descanso. A deusa inicial criadora talvez fosse omnipotente, mas as mulheres não. "*


O Segundo Mito da Mãe

Na segunda noite a Mãe concebeu o filho.

Risos e lágrimas tinham-se passado, até ai, sempre entre mães e filhas.

- Criarei um ser diferente - disse a Mãe.

Mas para criar um ser diferente a Mãe precisava de renovar suas magias.

Na escura noite segunda, a Mãe inventou o seu enigma. Ocultara sua face, para que suas filhas não desvendassem seu segredo, não roubassem seu poder antes de este ter sido exercido.

A sua força estendeu-se, como um braço escuro na noite escura.

Á terra, ao pó, aos subterraneos insondados, seu braço desceu, como uma serpente.

Debruçadas na borda do poço suas filhas gritaram:

- Esse ser que inventas sentir-se-á eternamente carente por não ser igual a ti.

A Mãe, que continuava descendo, sorriu: ela sabia quanto a igualdade absoluta pode enjoar, sabia como as lágrimas de suas filhas nasciam do sentimento se terem suas vidas tão predestinadas como a de sua Mãe.

Sua mão tocou no fundo do abismo, seus dedos, suas garras cravaram-se nessa primeira, nessa ultima parede, de vida já criada, na fronteira com o exterior espaço morto, vazio.

A Mãe ppuxou o fundo do abismo e virou-o do avesso:

Assim se deveria erguer a forma do filho.

No ultimo instante, sua mão ficou presa.

No ultimo instante, faltaram-lhe as forças para cortar com os dentes, o cordão umbilical.

No ultimo instante, o filho ficou preso por um pé e não conseguia soltar-se daquela vagina imensa.

A Mãe gritou.

De todos os pontos da noite escura as filhas responderam: fácil lhes era localizar a dor da Mãe pelo som da sua voz. Ofereceram sua ajuda.

- Desviem vossos olhos, fechem vossos ouvidos. Que momentaneamente a minha dor fica sem história. Não precio da vossa ajuda.

As filhas retiraram-se para, entre si, conjurarem.

A Mãe reuniu todas as suas imensas forças e soergueu-se.

Aparentemente, retomou o lugar entre suas filhas, sua face imutável.

Mas o braço escuro que se alongara na noite escura, oculto, levantando a forma do filho, preso: o psrto ficou inacabado, e a Mãe perdia seu sangue.

A Mãe levava consigo uma ferida, oculta nas suas várias volutas, quando, voltanto á superficie, apresentou o filho a todas as filhas.

As filhas sorriram enigmaticamente: tinham descoberto o segredo da Mãe.

No ultimo instante, a Mãe ficou presa nas suas próprias magias.

Foram as filhas que a prenderam: com lamentos, com ciumes.

A Mãe reuniu todas as suas imensas forças e soergueu-se.

Aparentemente, retomou o lugar entre suas filhas, levantando a forma do filho.

- Ninguém lhe tocará - disse a Mãe.

E Jocasta concebeu seu amor por Édipo, recusando-se a matá-lo quando assim lhe foi ordenado; apenas o abandonou, por intermédio de um velho criado.

- voltarás mais tarde, filho amado, eu sei - disse ela.

As filhas sorriram enigmaticamente: tinham descoberto o segredo da Mãe.

- Mas o tempo voltar-se-á contra ti - disseram elas.

A Mae gritou. Reuniu todas as suas imensas forças, e soergue-se, mas levava consigo uma ferida.

- Que amante esperas, assim tão enfeitada? - riem as filhas.

O filho ficou preso até hoje.

O peito da Mãe tornou-se magro. Em vão ela esperou: viu sua velhice, sua morte chegar antes que o filho atingisse a maturidade, o esplendor esperado.

As filhas disseram:

- Pretendes amá-lo, mas apenas farás a sua destruição. Desesperada a Mãe lançou-se num fogo eterno.

Édipa riu: tomou seu irmão mais novo nos braços e levou-o consigo.

In "A Morte da Mãe", Maria Isabel Barreno
(*in A Morte da Mãe, de Maria Isabel Barreno)