O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, agosto 05, 2017

A Suprema magia



O SABER DO CORAÇÃO

“O coração não tem necessidade de diplomas para entender o que é o coração. Ele não precisa de recorrer a práticas mágicas porque ele é a Magia Suprema.” M.Givaudan

Hoje eu posso ver, mas antes não via e cometi os mesmo erros...achar que sabia...e que o que eu dizia vinha de uma fonte fidedigna, única, a minha...mas acabei por compreender que a vida é quem nos ensina e nós só sabemos e aprendemos aquilo que vivenciamos e nos passou pela pele. Até ao fim da vida estamos a aprender e não há nada fixo...nem definitivo. Não adianta pregar nem catequizar ninguém antes que cada uma passe pela experiência que é só sua...podemos sempre transmitir a nossa experiência, mas sem convencimento de uma verdade qualquer que não a nossa e que serve apenas quem está em sintonia connosco no momento…

A verdade para cada pessoa só pode ser uma coisa dinâmica e que muda constantemente, de acordo com a percepção e a consciência de cada um à medida que evolui de consciência.  Por isso não podemos estar convencidas que sabemos tudo logo a partida...e que podemos ministrar algum conhecimentos seguro aos outros porque isso é tão grave como o seguidismo cego e patético de quem se submete a essas pessoas ou o fazer a apologia de supostas/os facilitadores que se julgam superiores fazendo-se humildes - e que na prática são pessoas bem egoístas e quase maléficas diria - homens que espancam mulheres e as desprezam (isso eu não perdoou) e depois fazem cursos de tantra ou do "feminino sagrado" e as mulheres não são excepção, também as há e não são poucas as oportunistas que se evidenciam e que se servem da fraqueza e ingenuidade - ou da ignorância - de outras mulheres para se vangloriarem e dominarem os palcos em que se julgam rainhas ou sacerdotisas....

"A inteligência do coração, é o nosso coração oculto, centrado entre o coração físico e o plexo solar, mas toda a região cardíaca é uma esfera de expansão radiosa."*

Só há uma bitola para sermos humanas e verdadeiras - O CORAÇÃO...a vibração que vem do coração, pois só o coração sabe realmente quem é verdadeiro/a e quem é que tem ressonância connosco no momento. E o coração sabe sem saber e não afirma nem convence ninguém. Porque quando o coração é accionado não há rivalidade, nem antagonismo, nem confronto PORQUE SABEMOS QUE SOMOS TODAS O MESMO na essência, e que entre nós só diferem as ideias e os conceitos que temos da realidade, as experiências variadas, as culturas e os complexos etc. Podemos falar da nossa experiência exclusivamente mas não de teorias nem de informações vindas do cosmos e do além ou de crenças...desculpem as que são crentes, mas o que valida a nossa experiência na terra é o que AQUI VIVEMOS e não o que decoramos ou nos é revelado das esferas...e outras dimensões...
O que nos muda é aquilo que nos mostra quem somos a cada momento dentro da nossa verdade intrínseca, a nossa experiência, não a verdade ou a experiência do outro. 

No fim, tudo o que julgamos saber intelectualmente e toda a informação que temos, cada vez mais e mais superficial, passa-se toda é processada ao nível da mente e o que nos faz fazer  é repetir até à exaustão as mesmas palavras trocadas e decoradas de sempre por todas aquelas e aqueles que quiseram deixar teorias e teses, ou filosofias, para a posteridade, mas não passa de um jogo. O que dizemos são como que palavras cruzadas de um jogo viciado pela mente que se aproveita destes movimentos para criar novos servos e servas...da mente predadora!
Mas tão pouco podemos ficar só na intuição e na experiência mística...a sonhar com coisas que se não aplicam na nossa vida real. Não, não é fácil ficamos sozinhas e ter discernimento - agir por conta própria e sermos fieis a nós mesmas...sempre nos ensinaram a ir buscar no outro/a a informação e a dar o nosso poder ao homem e ao que tem mais força.

O que eu quero dizer, às mulheres sobretudo, é que apenas devemos ouvir e seguir o nosso coração e é no silêncio muitas vezes que ele fala e nos mostra o nosso caminho. Abrir o coração à vibração das palavras e não aos conceitos...

Perguntam-me se eu tenho esperança no mundo ou na raça humana, e por consequência nas mulheres? Nem sempre tenho, mas sei que ela acorda na mais profunda e sincera verdade que brota de dentro de cada ser, na impecabilidade com que nos vemos e encaramos sem medo a nossa sombra e na implacabilidade com que não nos consentimos nenhuma mentira ou engano ou simulacro...só assim o meu mundo e a partir de mim mesma, do fundo das minhas células, será melhor, porque transformado a partir de dentro! Não antes!

"Nós não aprendemos senão aquilo que sofremos na nossa própria pele e que provamos interiormente. (...) A experiência de um ser não pode transformar outro ser. Quem quiser realizar a sua unidade sobre humana tem de sair do grupo, e enfrentar sozinho a exploração de si mesmo, e através de si, do Universo"*

rlp
*L' ouverture du Chemin - Isha S. de Lubicz

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