O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, agosto 17, 2017

Todas as estruturas são frágeis


Todas as estruturas são frágeis

O ego deseja sempre obter alguma coisa das outras pessoas ou das situações.
Há sempre um interesse dissimulado, uma sensação de que «ainda não chega», de insuficiência e de carência que tem de ser preenchida. O ego usa as pessoas e as situações para alcançar aquilo que deseja e, mesmo quando o consegue, nunca permanece satisfeito durante muito tempo. Muitos dos seus objetivos são frustrados e, para a maior parte das pessoas, o abismo entre «o q...ue eu quero» e «o que acontece» é uma fonte constante de preocupação e angústia. A famosa e já clássica canção pop «(I Can't Get No) Satisfaction» é a canção do ego.
A emoção dominante em todas as ações do ego é o medo. O medo de não sermos ninguém, o medo da não-existência, o medo da morte. Todas as ações do ego têm como derradeiro objetivo eliminar este medo, mas o máximo que ele consegue fazer é dissimulá-lo temporariamente através de um relacionamento íntimo, de uma nova aquisição ou ganhando isto ou aquilo. A ilusão nunca nos satisfará. Apenas a verdade de quem somos, quando sentida, nos pode libertar.

Porquê o medo? Porque o ego nasce da identificação com a forma e, no fundo, ele sabe que nenhuma forma é permanente, que todas são efémeras. Por isso, existe sempre uma sensação de insegurança em torno do ego, mesmo que, exteriormente, ele pareça confiante." ...

Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 71)

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