O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, janeiro 11, 2018

ME TOO




MULHERES - 100 CONTRA MIL...

Em geral as mulheres acham que não devem elogiar nem gostar das outras mulheres. Isto está tão entranhado que raramente elas conseguem juntar-se. AS mulheres no mundo ocidental estão de forma mais ou menos agressiva, sempre umas contra as outras. Vê-se neste momento diante do Movimento do ME TOO - mulheres poderosas do cinema de Hollywood - e as mulheres poderosas do Cinema e da Cultura francesas...de forma contundente elas defendem o assédio como "liberdade sexual" - a sedução masculina - mas não a violação e claro não possível comparação destas mulheres de alta classe social e milionárias com as milhares de mulheres empregadas e subalternas que andam de Metro em todo o mundo...
Nesse sentido os argumentos destas 100 mulheres, intelectuais e artistas francesas, contra as 1000 americanas, tem algum sentido, mas os argumentos usados foram infelizes da parte de algumas - como uma delas dizer que tinha pena de não ter sido violada etc. para provar que se podia viver com isso.


Mas a minha nota vem no sentido de constatar mais uma vez e de forma actualissima e mediática como é sempre o mesmo e velho antagonismo entre as mulheres, graças a deus...parece, dizem umas, que as feministas se viram contra os homens, que não gostam deles - os agressores -...e as outras, as liberais, ah as francesas ...defendem que a liberdade sexual passa pelo galanteio...mas como dizem as feministas, estas não trabalham nas fabricas...não andam de metro, nem na rua, salvo seja...etc. elas andam nas passadeiras vermelhas em busca de Óscares e ídolos onde os homens não são galantes ou são carroceiros...mas em França...ele há cavalheiros galantes, homens sedutores e educados e ele há...por todo o lado porcos e carniceiros...reles humanoides, predadores infectos em todo o lado...
Enfim é a mesma luta de sempre das mulheres, a mesma luta umas contra as outras em defesa dos homens - dos seus machos man, mentores e mestres...

O que estas senhoras francesas reclamam no fundo tem alguma razão de ser para as que gostam de ser seduzidas à moda antiga, a maneira das cortesãs...e vem de uma cultura bastante sado-maso....América e França? Histórias, Culturas e naturezas distintas...?
As francesas gostam do velho assedio-sedução ou do galanteio - a saber quais são os limites... ?
As americanas lutam pela igualdade sem pensar no charme francês...?
A verdade é que umas dizem-se feministas e defendem as mulheres e as outras acabam por ser machistas e gritam em defesa dos homens e cá estão as mulheres divididas dentro de si e fora a favor ou contra os homens. E depois todas se dividem a defender ou a atacar as 110 ou as mil...

O que gera esta confusão e luta...é a falta de Consciência de si das mulheres em geral no mundo. Isto prova-nos que o caminho da Mulher Consciente NÃO É POR AI...e como dizia algures é que tanto faz andarem na passadeira vermelha como se vestirem de preto ou de vermelho...elas estão sempre em oposição umas às outras e sem duvida sabemos bem que nem umas nem outras tem a razão toda, o facto é que não sabem que elas estão divididas dentro de si logo a partida ...
A velha história: umas de vermelho e as outras de preto; as brancas senhoras e as pretas servas, as boas e as más, as senhoras ricas e as criadas (ah já não há, só mestiças?) mais as santas e putas as feministas e as putas sérias e as sexys donas de casa?...e é em suma esta a esquizofrenia completa, uma confusão total, e portanto o melhor foco da Mulher que se preza é em si mesma...ser uma Mulher integrada - mas sabem as mulheres o que é isso?
Não...nem sonham como conciliar as duas faces de si mesmas e por isso se dividem e não vão a nenhum lado...umas de preto e as outras de vermelho...
A mais velha rivalidade do mundo...


rlp


A CARTA DAS 100 MULHERES FRANCESAS

Com o título Defendemos a Liberdade de Importunar, Indispensável à Liberdade Sexual, a carta aberta agora criticada foi assinada por cerca de 100 mulheres, entre escritoras, artistas e académicas. No seguimento do escândalo de assédio sexual de Hollywood – que despoletou a denúncia de inúmeros casos, como o de Kevin Spacey –, estas defendem que "aquilo que começou como algo que dá liberdade às mulheres para falar alto se tornou o oposto" e que agora "intimidamos pessoas a falar correctamente" e "gritamos com aqueles que não se metem na linha". Falavam inclusivamente de uma "caça às bruxas".

Deneuve e 100 escritoras, artistas e académicas defendem que os homens devem ter “a liberdade de importunar”

Outras personalidades, como a actriz Asia Argento – que acusou Harvey Weinstein de a ter assediado sexualmente, na década de 1990 – expressaram também a sua opinião relativamente à carta aberta. "Catherine Deneuve e outras mulheres francesas contam ao mundo como a sua misoginia interiorizada as lobotomizou de forma irreversível", escreve no Twitter. A ex-ministra francesa da Igualdade, Laurence Rossignol, usou a mesma plataforma para condenar a carta, falando da "estranha angústia de já não existir sem o olhar e o desejo dos homens que leva as mulheres inteligentes a escrever grandes disparates".

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