O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, julho 18, 2018

A CULTURA DO ABUSO



OS LIMITES DO SEXO?
OU OS LIMITES DA INSANIDADE?


Estava a refletir sobre a falsa imagem da mulher sobrevalorizada pelo sexo num excesso e demência dos sentidos, exacerbados por uma especulação cultural e libertina de fim (princípio) de século que dá a imagem da mulher super sex. Um mulher  capaz de engolir trinta machos por dia e como a própria mulher se expõe e dispõe a esse papel degradante na sua pele, quer nos filmes pornográficos onde a mecanização e a aviltação e a pura violência se misturam no mais gratuito dos intuitos ou na mais abjecta das prostituições do corpo, corrompendo as leis do desejo natural e a beleza da intimidade gerada no amor, quer nos filmes ditos de qualidade em que a promiscuidade visual apesar de mais cuidada é igualmente abjecta. E chamar amor a essa adição ou alienação do ser, homem ou mulher, em função de um acto primário e básico que só o amor transforma, é pura violência física psíquica e emocional para quem porventura se sujeita a ler ou ver a expressão da maior aviltação do ser humano na moda no ecrã ou na "arte" e "literatura"...

Chamar arte ou poesia à pornografia, chamar liberdade à insanidade e à promiscuidade, ou "amor" a um mecanismo igual ao dos animais, (estes bastante mais naturais!) expandi-los para os outros de forma ostensiva não passa de aberração e falta de dimensão verdadeiramente humana, ou falta de consciência (ou experiência) do verdadeiro sentir e do verdadeiro prazer…

Que o homem use a mulher como sempre o fez e a faça fazer os papéis que ele quer ou sonha, quer seja seu agente ou gigolô eu estou habituada, mas que seja a própria mulher a por na sua boca e fazer a defesa do imaginário masculino, isso a mim custa-me os olhos da cara. Sim custa-me que a Mulher se reveja em imagens deformadas da sua feminilidade tão adulterada e degradada e seja ela própria a contribuir muitas vezes para essa aberração do seu ser. 

Custa-me que a mulher aceite essa degradação de si mesma, que desconheça a sua essência e ache normal haver prostituição de mulheres ou travestis e transsexuais que copiam essa imagem sem perceber como tudo isso deriva da sua falta de identidade e de Integridade como Mulher!

rosa leonor pedro

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