O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, agosto 27, 2018

Só vemos o que queremos ver...



SERVIMO-NOS UNS DOS OUTROS...

"A fragilidade dos laços humanos em certas relações íntimas, sociais ou até de amizade, ou a precariedade relacional – servirmo-nos de outros porque julgamos que não temos coisas boas em quantidade suficiente para nos sentirmos inteiros.

Por vezes representa um contrato subentendido, de ambas as partes, porque estas ganham com isso. Em outras situações, a vítima descobre que na realidade, o vínculo não era o que julgava - a pessoa dela não foi sequer reconhecida - sendo a relação, “cada um por si”. Nestes casos, fica o sentimento amargo de ter sido usada.
Porém, só quando se rompe o vínculo, a vítima chega ao entendimento integral da situação. Se é verdade que vemos o que queremos ver, só agora compreende que o outro a observou atentamente e fê-la acreditar que tinham afinidades. Desta observação, foi possível ao "fingidor" transmitir-lhe uma imagem falsa de si mesmo, ao criar este falso espelho no qual a vitima se refletia, que seduzida, gratificava o amor próprio (do "fingidor"). Trata-se assim, de um falso espelho para ambas as partes, mas uma delas poderá não estar interessada na autenticidade da ligação, ou também poderá não ter competência para a criar, com honestidade.
Em muitos casos, estas situações só vêm ao de cima na fase inicial da relação, porque a intenção era seduzir a vítima. A partir daí, já não se disfarça e revela-se o verdadeiro eu."

cristina simões - psicóloga



Sem comentários: