O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, novembro 09, 2018

Onde a verdadeira mulher?


O MUNDO DA MULHER…

"A consciência da mulher é diferente; ela já percebeu as coisas quando o homem ainda tateia na escuridão. A mulher percebe as circunstâncias que a cercam e as possibilidades a elas ligadas, algo que um homem costuma ser incapaz. Por isso, o mundo da mulher parece-lhe pertencer ao infinito, para fora do tempo e para o transcendente, pode fornecer as indicações e os impulsos mais válidos. Essa transcendência é a sabedoria, e esta supera o saber intelectual...A mulher e tudo a ela associado parecem bem estranhos ao macho e, no entanto, isso faz parte de seu universo mais íntimo, à espera de se realizar por ele"

(p.172 J. Guendher, em yuganaddha, The Tantric View of live)


ESSA MULHER 

Acho que as  mulheres precisam de uma nova literatura cuja abordagem do feminino não esteja eivado dos mesmos conceitos, premissas  e pressupostos que foram e continuam a ser os da velha visão-cisão estreita e preconceituosa do homem sobre a mulher, a mulher dividida em duas…
A esposa santa e a amante perigosa, a mulher sem escrúpulos e a mulher pura do lar, a mãe dos seus filhos? a quem retratam com a mesma ignorância e arrogância, uma imagem diminuída de valor e cingida  aos estereótipos já gastos, da puta e da santa e as suas variantes "modernas"; mulheres sempre olhadas como sexys, mulheres objectos e abjectas ou objectos de culto ou de misoginia encapotada, por muitos homens que se dizem feministas e até por  alguns  homossexuais mal resolvidos e invejosos, não assumidos...como o são  homens ditos muito machos,  homofóbicos, e que não fazem mais do que esconder a sua "fragilidade."

A mulher e a sua sexualidade continua ainda hoje e apesar de todo o avanço social cultural e cientifico e tecnológico a ser manipulada e explorada até ao tutano por homens mentecaptos, frustrados, que nem sonham o que seja SER uma MULHER. Assim como grande parte das mulheres não sabem quem são em essência e vemos isso na maior parte de mulheres escritoras onde encontramos o mesmo discurso machista de  submissão aos valores patriarcais e que fazem retratos fieis desses estereótipos masculinos que as definem…. e que se veem assim a si mesmas afinal de contas e se definem nos seus romances como ...apenas "mulheres, filhas e amantes",  mulheres de sucesso, mas sempre divididas  entre vampes e vadias e senhoras sérias!
E afinal de contas onde está a MULHER-mulher, a mulher em si? Essa Mulher magnética e inteira  que enfeitiça e seduz e que foi Rainha e Deusa e Musa?

Onde a  verdadeira mulher? 


rlp

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