O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, fevereiro 07, 2019

Há uma Natureza feminina e há uma Mistica da Mulher!




NO QUE AS FEMINISTAS ACREDITARAM PIAMENTE…
no pensamento marxista-positivista de Simone de Beauvoir, ou seja, na negação de si mesmas como mulheres!

"Não acredito que existam qualidades, valores, modos de vida especificamente femininos: seria admitir a existência de uma natureza feminina, quer dizer, aderir a um mito inventado pelos homens para prender as mulheres na sua condição de oprimidas. Não se trata para a mulher de se afirmar como mulher, mas de tornarem-se seres humanos na sua integridade." - Simone de Beauvoir


ESTA É A TESE  E A  PREMISSA DE UMA ESCRITORA E FILÓSOFA EXISTENCIALISTA DO ANOS 60, que influenciou milhares de mulheres ocidentais, contraria em absoluto a Essência do Sagrado Feminino, nega em absoluto a Essência da Mulher - uma mulher nasce mulher, sim! - nega a mulher que buscamos hoje encontrar e integrar em nós, e anula o próprio Principio Feminino, um dos polos da manifestação da vida e da Deusa...
Há uma Natureza feminina e há uma Mistica da Mulher!
A questão dos existencialistas para quem a existência precede a essência e por isso serem ateus, e portanto anularem a ideia de deus também, impede a Mulher filósofa, tal como as feministas igualmente ateias e comunistas, de aceder a um plano de consciência mais elevado acerca da natureza ontológica da mulher. Elas sofreram de um intelectualismo exacerbado próprio de um período histórico em que as pessoas se debatiam entre o sentido de absurdo da vida – Sartre e Simone viveram todo o período da última guerra mundial em que França foi ocupada pelos nazis – dominados pela necessidade de o Homem tomar as rédeas do seu destino face a uma fé perdida (já que deus pai não fez nada), impôs-se-lhes o pensamento existencialista, no caso de Sartre autor de obras como “O Ser e o Nada” e a “Náusea”– com quem além de ser colaboradora Simone era casada. Ela disse: "O homem é definido como ser humano e a mulher é definida como fêmea. Quando ela de comporta como um ser humano ela é acusada de imitar o macho."* mas esqueceu que ser humano era só o Homem e a mulher não existia...como ela como mulher se negou em essência...
rlp
* Simone de Beauvoir em "O segundo sexo" (1949)



O FEMINISMO EM PROTUGAL

"É no paradigma da Grande Mãe que vejo a fonte cultural da mulher; por isso lhe chamo matrismo e não feminismo." Natália Correia

EM PORTUGAL AS FEMINISTAS NÃO TÊM QUALQUER CONSCIÊNCIA DO FEMININO ONTOLÓGICO...

Em Portugal nunca houve uma consciência efectiva da parte das feministas - nem o movimento feminista foi muito sério como tudo aqui aliás - elas sempre foram mais comunistas e partidaristas como é o casos das ecologistas e os verdes etc. - e tirando algumas autoras de gabarito. Poucas mulheres de antes do 25 de Abril se salientaram nos meios académicos e culturais tirando Maria Lamas e mais tarde Natália Correia. 
Natália Correia foi a única mulher dentro da politica foi capaz de dizer e ver questões que escaparam as feministas e contudo foi totalmente esquecida…

Não duvido porém que, para além de mulheres extraordinárias a nível espiritual,  houve sempre mulheres lutadoras, de têmpera, de que não reza a história, mas na realidade, ou porque se perderam em afirmações individuais e interesse particular ou porque foram aglutinadas aos partidos, tal como o foram pelas igrejas antes, as mulheres continuam obedientes ao Pai, ao Poder. E agora continuam fiéis ao líder comunista e a ideologia marxista, todas as mulheres de esquerda de onde provem as supostas feministas.
Em Portugal as feministas estiveram sempre ligadas aos partidos socialista e comunista e aprisionadas à cartilha do partido e nunca houve de facto, penso eu, mulheres livres e independentes com a força das escritoras feministas estrangeiras, americanas inglesas e francesas dos anos 70 e que nem sequer nunca foram traduzidas para português. Ainda andamos as voltas com uma existencialista, Simone de Beauvoir e as Três Marias cá de casa...
Infelizmente há sempre a cartilha do marialva que é o mestre o juiz ou o líder o que impera em Portugal ainda. E mesmo entre as intelectuais modernas e escritoras...quem decide sempre a sua vida é o amante...o editor ou chefe e o patrão. Em suma o Estado ou o Deus Pai.
Não vejo as mulheres CAPAZES de nada efectivo - além da conversa fiada - e que possa mudar as Consciências individualmente e a começar por si, como mulheres. É sempre a mesma submissão aos homens e aos mestres.
Talvez um dia haja mulheres capazes de fazer a mudança ou criar uma base de unidade de consciência efectiva e colectiva que se torne notável em Portugal, reunindo mulheres de verdade - unindo o espirito das feministas com as espiritualistas -, mas estamos hoje cada vez mais longe dessa possibilidade, com esta avalanche de "espiritualidades" NEW AGE que afastaram ainda mais as mulheres da sua realidade interior profunda...E cada vez mais as mulheres estão divididas cada uma para o seu lado...
rlp



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