O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, agosto 08, 2019

A OPRESSÃO DAS MULHERES



"A opressão das mulheres pelos homens é um sistema dinâmico no qual as desigualdades vividas pelas mulheres são os efeitos das vantagens dadas aos homens." - Daniel Welzer-Lang


AS CAUSAS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


Não, não é a droga nem o álcool o factor “catalisador” nem a causa principal da violência doméstica! O álcool e a droga é apenas o desinibidor da violência e frustração masculina de que as entidades oficiais se servem para justificar a sua agressividade sempre latente contra as mulheres.

O álcool é o que remete para público e de forma visível a violência inata do masculino desde há seculos e que hoje o indivíduo sem rédeas sociais e morais mostra o que sente realmente e reflecte sobre a mulher uma “autoridade intemporal” que lhe deram as igrejas e as leis patriarcais - sendo a mulher sua posse enquanto filha e enquanto esposa, ele usa e abusa de sua livre vontade. É sobre a mulher e o feminino que a prepotência inerente à sua condição de macho assume proporções mais drásticas, como é o feminicídio, baseado mais ou menos inconscientemente, no que o homem pensa ser o seu direito e posse da mulher, sua legítima propriedade, tal como lhe foi legado pelo Sistema patriarcal.
Como a sociedade civil começa hoje em dia a ter alguma noção do flagelo que é a morte de mulheres por companheiros e maridos e das suas proporções drásticas em toda a Europa, já não são as prostitutas da rua que são assassinadas e apagadas do mapa, mas as mães de família, isso torna demasiado claro como o homem comum se tornou o predador da mulher.
Perante tantas evidências é possível que ao nível das aparências o Sistema queira camuflar essa violência e estes crimes com eufemismos e a negar que esta realidade possa atingir proporções dramáticas. Por isso não creio que as mulheres possam contar com o apoio dos homens...mesmo ao nível das instituições mais idódeas...
Só as mulheres poderão mudar as suas vidas, cada uma por si, consciencializando-se da sua escravatura e submissão.
rlp

1 comentário:

Anónimo disse...

Excelente