domingo, junho 10, 2007

Ó PORTUGAL, HOJE ÉS NEVOEIRO




Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...


Sempre, sempre, sempre,
Este defeito da circulação na própria alma …


Fernando Pessoa

2 comentários:

  1. Cá quanto a mim, o que está dito continua actual.
    Cumprimentos.

    ResponderEliminar
  2. está curioso, mas ainda assim oaltooforteeomoyle.blogspot.com leva toda a problemática a um nível superior.

    ResponderEliminar

quem vier por bem seja bem vindo...