sábado, maio 11, 2002

LADAÍNHAS PAGÃS

Não me apetece escrever mais nada senão uma reza, como uma promessa, uma peregrinação a caminho de Fátima como de Delfos há milhares de anos, ou de um qualquer outro lugar consagrado à Grande Deusa, à Grande Mãe desde todos os tempos consagrada e a que todos apelamos, eu farta de mundanidade, de exposições e filmes e mentiras e guerras, peço-te como o poeta:

Beija-nos suavemete na fronte,
Tão levemente na fronte que não saibamos que nos beijam
Senão por uma diferença na alma.


E um vago soluço partindo melodiosamente
Do antiquíssimo de nós


De uma oculta vontade de soluçar,
Talvez porque a alma é grande e a vida pequena,


Vem e embala-nos,
vem e afaga-nos,


Vem cuidadosa
Vem maternal
,
(...)


Ó Mãe eterna Tudo o que mais anseio neste mundo é tornar-te presente, substancial, alimento.
Tudo o que mais queria era saber se sabes dos meus passos e os segues...
Como o Anjo segue a criança de cada vez que se encontra à beira do abismo, e não sabe que corre perigo de cair...

Tudo o que eu queria era ver-te aparecer de novo na Terra, Luminosa e radiante, cheia de amor,
livre e Senhora de ti como na aurora dos tempos, durante os milénios em que reinaste sem culpa nem pecado!
Queria, converter o Mundo ao teu culto pagão, sem credos nem padres, sem mais divisões e lutas entre nós... mulheres.

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