quinta-feira, maio 30, 2002


A UM POETA

Tu que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno,


Acorda! é tempo! O sol, já alto e pleno,
Afuguentou as larvas temulares...
Para surgir do seio desses mares,
Um mundo novo espera só um aceno...


Escuta! é a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! são canções...
Mas de guerra... e são vozes de rebate!


Ergue-te, pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faz espada de combate!


ANTERO DE QUENTAL

Sem comentários:

Enviar um comentário

quem vier por bem seja bem vindo...