terça-feira, maio 06, 2003



LADAÍNHAS PAGÃS


Não me apetece escrever mais nada senão uma reza, como uma promessa, uma peregrinação a caminho de Fátima como de Delfos há milhares de anos, ou de um qualquer outro lugar consagrado à Grande Deusa, à Grande Mãe da antiguidade, desde todos os tempos consagrada e a que todos apelamos, eu farta de mundanidade, de exposições e filmes e crueldade, mentiras lutas e guerras, peço á Deusa como o poeta:


Beija-nos suavemete na fronte,
Tão levemente na fronte que não saibamos que nos beijam
Senão por uma diferença na alma.

E um vago soluço partindo melodiosamente
Do antiquíssimo de nós


De uma oculta vontade de soluçar,
Talvez porque a alma é grande e a vida pequena,


Vem e embala-nos,
vem e afaga-nos,


Vem cuidadosa
Vem maternal,


(...) F.P.

PELA PAZ ENTRE AS MULHERES TAMBÉM...

Ó Mãe eterna
Tudo o que mais anseio neste mundo
é tornar-te presente, substancial, alimento.

Tudo o que mais queria era saber se sabes
dos meus passos e os segues...
Como o Anjo segue a criança de cada vez que se encontra à beira do abismo,
e não sabe que corre perigo de cair...


Tudo o que eu queria era ver-te aparecer de novo na Terra,
Luminosa e radiante, cheia de amor e doçura
Virgem e Senhora de ti como na aurora dos tempos,
durante os milénios em que reinaste sem culpa nem pecado!

Queria, converter o Mundo ao teu culto pagão, sem credos nem padres,
sem mais divisões e lutas entre nós... mulheres.

Amen


"ANTES DO VERBO ERA O ÚTERO"
Rosa Leonor Pedro - Lançamento dia 22/5/2003

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