"NUNCA SE RENDIA AO AFECTO SEM QUE O FIZESSE ENTRAR NA SUA ESCALA DE ESPIRITUALIDADE"
A. B-L.
A MONJA DE LISBOA
(...) "Ela era moldada para o amor ideal, esse amor precipitado na imaginação dos homens, pela insegurança das relações humanas, avessas a qualquer integração de Eros. Um amor que prodigalize tranquilidade quanto ao parentesco com o laço conjungal tão fastidioso de segurança conquistadora; e que, sob protecção de um poder, não cobarde mas alegórico, possa autorizar a emoção sensual sem agir sobre a sensibilidade, descarnando-a até ao âmago que é a solitária faixa onde as pessoas não se encontram mais" (...)
"A verdade é que ela foi infectada dum amor que se traduz pela unidade do corpo com a alma, a sinceridade absoluta, que é a qualidade do que é santo.
Esta natureza deslumbra e causa singulares movimentos tanto de aproximação como de repulsa. Ou se ama ou se odeia um santo. Mas de qualquer modo, evita-se enfrentar a sua realidade, porque isso impõe uma disciplina que as pessoas encaramcom certo terroe. Assim o Santo é vulgarmente relacionado com o mundo psíquico, ou com o recurso, aparentemente simples das vantagens concretas. (...)
Agustina Bessa-Luis
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