sexta-feira, setembro 16, 2005

O AMOR É SEMPRE...
"A CATÁSTROFE DE UM FANTASMA"


“Quando o eleito do meu coração me desconcerta também sobre as razões da minha escolha, quando é precária, revogável, fluida a imagem da qual a minha alienação amorosa extrai a necessidade, tenho acesso à lucidez do não poder: o Outro é enigma sem palavras. Ele é menos o significante de uma instância ausente que a enigmática ausência de um significado estável e seguro.

Na intriga amorosa, a lucidez não é portanto, em última análise, senão a actualização de uma dupla fraqueza: fraqueza do sujeito, posto a nu pelo código do inconsciente da responsabilidade da sua escolha; mas fraqueza também pela falência do código, impotente para reduzir o ser exterior ao papel que ele lhe impõe.
Dir-se-á, pois, que o amor fluido é a memória que troça, a dissonância na repetição, a catástrofe do fantasma.”


AINDA "a nova desordem amorosa"

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