UMA MULHER QUE ESCREVE BEM...
“Considerando-me uma muito sensitiva e liberta mulher na intimidade, repugna-me a ideia das manifestações de desejo em público. Por que terá tudo de ser tão banalizado, tão coisa pública, tão minimizador dos heróis por 10 minutos? Arraiais, feiras baratas, as manifestações públicas, tanto mais que sei de muitos pares em que um dos elementos só mostra calor humano em público, vivendo o outro à míngua de afecto, de toque, de noites de atenção exclusiva, de um sorriso cúmplice... Aprendi que quanto maior é a exibição, mais pobre será o desenrolar de qualquer acto mais íntimo... Não há fantasia, não há sensualidade, não há dádiva real. Fachadas, para impressionar a tribo urbana, diria, talvez, Desmond Morris.”
LIDO HÁ DIAS EMAZIMUTES
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