segunda-feira, novembro 19, 2007

AS DUAS MULHERES DE ADÃO...


AS DUAS MULHERES QUE LUTAM EM NÓS -

LILITH A REBELDE E INSUBMISSA
E EVA A COSTELA AMORFA DO HOMEM...


“A guerra entre Eva e Lilith alastra-se e atinge outro nível. Eva pode ter suas necessidades satisfeitas numa relação. Lilith não pode. Ela tem de fugir. Ela não aceita a dependência nem a submissão. Ela não será acorrentada nem enjaulada. Ela precisa de ser livre, mover-se e mudar. Ela é o aspecto do ego feminino individualizado que só pode desenvolver-se no deserto, sem relacionamentos, sem eros e sem filhos.” (...)


- Ambos estes aspectos da Mulher cindida em duas PARTES pela sociedade patriarcal, lutam e tem ciúmes entre si nas situações opostas que ocupam na sociedade, mas também entre a mãe e a filha e irmãs, no seio da família, agravam essa separação ao criar antagonismos perniciosos para a própria mulher em si que se não concebe ou vê inteira, BIPARTIDA NA SUA NATUREZA ÍNTIMA, como se a mulher se PARTISSE em duas e cada uma para seu lado, eternas inimigas uma da outra, uma boa e outra má, uma pomba, outra serpente, uma imaculada e esposa e santa e a outra desgraçada, prostituta e marginalizada ...

Na realidade o inconcebível nos nossos dias, é haver ainda esses dois tipos de mulher e inimigas uma da outra...

Tudo ISTO porque Deus criou a Mulher e o homem criou a puta...

Acabar com essa cisão MILENAR pela integração dessas duas mulheres, NUMA mulher livre e consciente que sabe que ela é uma só natureza INDIVISÍVEL e reunindo tosdos os aspectos da sua feminilidade essencial, sem negar parte nenhuma do seu ser, é de suma importância. Ligar a sua intuição e a sua sensualidade, o seu lado instintivo e o seu dom de cura e amor, assim como todos os aspectos duais que a dividem e impedem de ser uma mulher completa.

Só essa mulher completa que integra os aspectos divididos do seu ser será livre e amante e capaz de assegurar um mundo diferente do que vivemos hoje.


MULHER RECORDA-TE...

“Houve um tempo em que não eras escrava, lembra-te disso. Caminhavas sozinha, alegre, e banhavas-te com o ventre nu. Dizes que perdeste toda e qualquer lembrança disso, recorda-te...Dizes que não há palavras para descrevê-lo, dizes que isso não existe. Mas lembra-te. Faz um esforço e recorda-te. Se não o conseguires, inventa.“ m.v

Excertos de “O Livro de Lilith” – Bárbara Black Koltuv (Cultrix)

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