quarta-feira, abril 02, 2008

O ECO-FEMINISMO COMO UM NOVO FEMINISMO


Num livro sobre Eco feminismo de que me fala uma amiga brasileira, fica claro e é muito evidente, diz ela, “que o problema da mulher é um problema de diálogo com as outras mulheres... e também na vida em geral, tanto que um capítulo do livro é inteiramente dedicado a destacar as diferenças entre todas as Ecofeministas mais activas, e da sua luta umas contras as outras, ao invés de unificar a luta, que no fim é a mesma”...


É nesta crucial evidência que as lutas das mulheres e do feminismo em geral, nas suas pretensas múltiplas facetas, morrem mais cedo ou mais tarde ou simplesmente abortam logo no começo… Enquanto a mulher não superar este antagonismo-inconsciência de si mesma (e não dualidade) que acaba invariavelmente por se reflectir na hostilidade às outras mulheres e em formas de rivalidade variadas nas relações afectivas, competição no trabalho, na criatividade e até paradoxalmente, numa admiração sem limites e por isso redutora de si, de uma líder, não chegaremos a nenhum lado. Enquanto a mulher olhar para outra mulher como rival, não pode haver a defesa de uma verdadeira causa comum…e muito menos uma defesa da Mulher e da Natureza como o seria idealmente a causa do Ecofeminismo…como esperança da união final e fraterna da mulher consigo mesma e com todas as mulheres e com a Terra-Mãe, Gaia.
(...)
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(o texto é um bocado longo, mas espero que tenham a coragem de chegar ao fim...)

8 comentários:

  1. tudo está semânticamente controlado. daí é melhor estar calado.

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  2. Justamente...a ordem semântica tem já tudo sob controlo, mas o ontológico não e se a natureza instintiva da mulher acordar nela?

    Gostava que falasse contra a ordem estabelecida. Pode ajudar-me...
    rosa leonor

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  3. não sei se posso ajudar...
    a única forma é tentar ser sincero
    e sinceramente quando cheguei em Portugal em 1983 fui me apercebendo que no teu país vigora o matriarcado.

    Em relação à família particularmente que eu mais conheço no Brasil, o patriarcado degenerou a espécie.

    O povo (não burguês) no Brasil é muito mais evoluído que em Portugal.

    A burguesia do Brasil é geralmente ridícula, preconceituosa e medíocre. Não posso dizer o mesmo da portuguesa, pelo contrário.

    Talvez um português que frequente uma prostituta brasileira também abra a sua cabeça (dele).

    A ordem estabelecida no Brasil é a desordem estabelecida.

    Lula nos anos 80 , quando foi apresentado à Elis Regina, pegou no braço dela e disse "deixa eu pegar em você, pra mim você só existia na televisão". E assim ele foi conquistando muitas pessoas.

    A semântica do sexo em Portugal ainda é muito grosseira e pesada. No Brasil não. No Brasil não se conversa a partir de uma cassete aprendida no liceu, porque no liceu vigorava também a desordem estabelecida.

    A semântica do sentimento é mais profunda em Portugal.

    Tudo isto são apenas divagações pois constatei que você tem muitas leitoras brasileiras.

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  4. Desordem estabelecida...
    adorei essa expressão...

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Moloi: espero que não se importe que tenha publicado o seu comentário e respondido, mas achei muito lúcida a sua visão de Portugal.
    Obrigada

    rosa leonor

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  7. A sua resposta deixa-me profundamente tocada. Porque sei o que quer dizer e que isso é da alma...
    É como amar o princípio e o fim do mundo...o céu e o inferno... Amar Portugal só pode ser iniciação ou castigo, como dizia algo parecido F.Pessoa?

    rosaleonor

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