quinta-feira, junho 19, 2008

A lucidez que fere…


Devemos rezar ou escrever orações? Existir ou exprimirmo-nos? O que é certo é o princípio de expansão, imanente à nossa natureza, nos faz olhar os méritos de outrem como uma violação dos nossos, como uma provocação contínua.

Não há dinamismo que não seja sinal de miséria fisiológica ou devastação interior.

O orgulho emana da tensão e da sobrecarga da consciência, da impossibilidade da existência ingénua.

A capacidade de desistência constitui o único critério do progresso espiritual: é só quando as coisas nos deixam, é só quando as deixamos que acedemos à nossa nudez interior...

In História e Utopia
E.M. Cioran - O filósofo da lucidez que fere...

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