terça-feira, junho 04, 2024

QUAL É O LADO VENCEDOR DA MULHER?




"Ser uma mulher requer uma grande quantidade de força. O seu sistema glandular, a sua inteligência e a sua consciência têm que ser extraordinariamente fortes para que possam estar do lado vencedor."

NÓS MULHERES NÃO QUEREMOS PERTENCER AO LADO VENCEDOR!

POR ISSO Nenhum Mestre, nem nenhum homem, tem autoridade e conhecimento do que é ser Mulher - não tendo ele nascido mulher - para poder transmitir qualquer conhecimento à mulher sobre si mesma; isto é um absurdo independentemente da mulher ser um ser humano e como tal poder fazer um caminho espiritual paralelo ou não com o homem, ela é essencialmente diferente do Homem porque tem uma ligação directa ao Utero e do utero ao coração e a garganta... Sendo assim a mulher tem de reencontrar essa voz do Utero e encarnar de novo as forças que dão vida e nos ligam a Terra Mãe, Gaia. Sabemos que por isso a mulher tem um caminho interior próprio, diferente do homem, porque ela é Iniciada por Natureza e a ela ligada e só tem que entrar em contacto com a sua essência primeira. Essa Essência feminina que lhe foi roubada.
A inversão dos princípios, feminino e masculino, colocou a Humanidade em estado de desequilíbrio e portanto não se trata de lutar por adquirir "igualdades" e direitos nem estar do lado do "vencedor" homem, mas de a mulher readquirir o seu poder inato que é a sua ligação a Utero a Terra e à Mãe. E isso será feito por e entre Mulheres e não por ou com homens. Nenhum homem tem uma palavra a dizer sobre o que é ser mulher a não ser amá-la e respeitá-la como mãe e amante. São as mulheres as grandes iniciadoras dos homens tal como são elas as mães que lhes dão a vida.
Na verdade toda esta propaganda acerca do masculino sagrado e o desvio do tema central que é o Feminino Sagrado, sem que a mulher faça esse mergulho no utero e nas forças primordiais do feminino ontológico, tudo isto não é mais do que cosmética patriarcal para vender o produto "espiritual" e continuar a manter as mulheres dependentes dos homens e do seu romantismo serôdio e também continuarem fiéis do senhor seu deus misógino.
A titulo de exemplo podemos  destacar aqui a afirmação de uma mulher que se move dentro da espiritualidade new age  a seguinte frase durante uma entrevista:

"O SAGRADO FEMININO COMEÇA NOS HOMENS E O SAGRADO MASCULINO NAS MULHERES"...

Que enormidade e disparidade há  nesta afirmação, enganosa e desviante de um propósito feminino mais urgente do que nunca e que NÃO desvie as mulheres do seu centro animico e ontologico?
Que falta de senso e de genes femininos, que falta de consciência do que é a ESSÊNCIA da Mulher e da sua constituição genética e morfológica. É o Utero e os ovários que definem a capacidade geradora e receptiva e amorosa da mulher e esta senhora  inverte os aspectos psiquicos de cada um dos sexos, tal como de algum modo Jung fez ao dizer (grosso modo) que o homem é a anima e a mulher o animus...
E porque falar em SAGRADO aqui? O sagrado exige consciência de si e realização profunda do Ser Humano, exige transcendência. Mas exige principalmente que a Mulher seja A Mulher e que o Homem seja o Homem coisa que nem um nem outro ainda são...

Por outro lado, COMO PODE UMA MULHER FALAR DO HOMEM? é o que sempre pergunto...será da mesma maneira que o homem tem falado da mulher ao longo dos séculos, inventando-a...?
Que a mulher fale do seu sentir mulher e desejo (porque se trata do seu desejo-projecção) e não do sentir dos homens - que sabe a mulher ao certo do sentir masculino sendo ela uma mulher? Tal como sabe o homem do sentir da mulher - é por isso que diz que ela é estranha esquisita e histérica? 
Que pode uma mulher falar de homens que não o que inventa e projecta de si? Afinal as mulheres quando falam dos homens, falam do que seria o seu  ideal amoroso do casal, pois que falam e pensam  apenas em termos de par e de metades... E assim elas obedecem a todas as hierarquias patriarcais que obedecem a formatação da sujeição submissão da mulher? 
AS mulheres sem entenderem que dentro do Sistema patriarcal, no actual paradigma e sem sairem  dele existem apenas relações de dominação de um sobre os outros, ou antes do homem sobre a mulher, e assim não conseguem sair do circulo vicio da sua formatação romântica.  
 

rlp

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