O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, maio 07, 2024

Perdemos o referencial que a vida consagrou para cada um.




Incontestável Diferença entre Mulher e Homem!


"Nessa onda de “politicamente correto” e dos direitos iguais para todos, especialmente entre homens e mulheres, um fato está sendo esquecido. Esquecimento este de gravíssima repercussão na estabilidade da sociedade e na psique do indivíduo:
Não se pode contrariar a Natureza ou seja, ordem estabelecida pela Criação.
De fato, homens são diferentes das mulheres. Seja na sua essência; na sua biologia; no seu processo mental; seja na sua alma.
Negar esta condição natural, leva ao desenvolvimento de distorções comportamentais, cujo resultado negativo é visível e sentido atualmente.
A generalização é sempre perigosa, muito mais quando dirigida ao comportamento dos seres humanos.
Embora, com certeza, mereçam tratamento jurídico igual (como, aliás, previsto na Constituição Federal), é perigoso eliminar as diferenças naturais entre ambos.
A bem-vinda emancipação feminina, porquanto, foi ela muitíssimo e cruelmente reprimida na maior parte da história da humanidade, imposta pelo homem que, justamente por sua dependência emocional e instintiva, nutria um pavor em conceder poderes a ela mulher, para dela não ficar mais subjulgado, tomou rumos radicais e distorcidos.
Com efeito, após longa e desumana submissão da mulher pelo homem, no processo de libertação de seu jugo, decorrente principalmente da necessária participação dela no processo industrial, em razão dos homens estarem envolvidos em guerras e suas consequentes baixas, abriu-se o caminho para a sua emancipação no mercado de trabalho.
Primeiramente, de forma acanhada, mas logo ganhando mais espaço, uma vez que o homem motivado pela redução de seus custos com seus empregados lhe permitiu galgar posições cada vez mais elevadas.
Nesta esteira, a mulher foi tendo acesso a tudo que lhe era antes negado. Nessa ebulição das conquistas, a mulher se vendo ainda ameaçada pelo homem, obrigou-a a assumir características distantes de sua natureza feminina. Para se impor, tinha que ser mais agressiva, mais hostil, enfim, adquirir os padrões de comportamento masculinos. Este foi o grande equívoco, o crasso erro, apesar de perdoável em face da conjuntura.
Ao adotar os padrões de conduta masculinos, a mulher enfrentou, como ainda enfrenta, um conflito paradoxal entre a força de sua natureza e sua necessidade intelectual de se impor a um mundo dominado pelo homem.
Neste afã de se igualar ao homem, a mulher, numa inglória luta, acaba por reprimir sua essência, fazendo consigo o mesmo o que o homem lhe fez durante séculos. Eis o paradoxo! A mulher se tornou seu próprio algoz.
Esta condição infeliz vem trazendo graves consequências para todos, sejam homens, seja a própria mulher. Ela sofre pela negação de sua natureza, ele pela confusão do papel e comportamento que deve adotar.
O esteio da sociedade, o núcleo familiar, vem-se desmoronando. Não há mais a união salutar entre duas entidades que se deveriam complementar e não se tornarem antagónicas. Eivadas de suspeitas, de individualismo extremado, da competitividade, não resta espaço para a solidariedade, a compaixão, e a cumplicidade. Relacionamentos onde não existe a relação, mas seres dispostos a defenderem a qualquer custo suas posições individuais.
Quem mais sofre é a geração que cresce neste negro panorama. Crianças órfãs de pais vivos. Criadas pela temerária mídia, ou por terceiros alienados de seu tão importante papel.
Assim, não se pode estranhar a crescente violência, a procura pelas drogas, etc. A perda de essenciais princípios e valores para a sobrevivência de uma sociedade dita civilizada, @sejam, por @exemplo: a) ética; b) @responsabilidade; c) @solidariedade; d) compaixão; e) honestidade; f) altruísmo; g) tolerância e, principalmente, a integridade como ser humano.
Hoje, lamentavelmente, vemos principalmente as jovens mulheres alienadas daquilo que as dignificam. Perderam a noção do pudor, da educação, da pureza, da feminilidade, do respeito a si próprias. São, em termos comportamentais, homens transvestidos.
Sem o contraponto oriundo da força natural da mulher, o homem também acabou por perder sua identidade. Perdemos o referencial que a vida consagrou para cada um.
A humanidade precisa ser saneada, necessitando, pois, que a mulher patrocine uma nova revolução, isto é, perpetuar suas conquistas, porém fazer renascer o dom de sua natureza feminina, sem mais medo, mas com orgulho, de ser diferente do homem."

Arnaldo Fontes Santos, Advogado

QUAL O NOSSO PROPÓSITO AQUI?

“Dado que o mundo está tão cheio de morte e horror, tento, uma e outra vez, consolar o meu coração e colher as flores que crescem no meio do inferno.” 

Hermann Hesse

AS MULHERES PODEM FAZER A DIFERENÇA


"As pessoas recorrerão aos limites do inimaginável, apenas para não permitirem que suas ilusões sejam desfeitas."

As pessoas, nós em geral, estamos tão longe da realidade dos factos e do que está por detrás das filosofias e ideologias, a as ideias correntes que se tornam moda - alguns de cariz satânico e destrutivo, como a ideologia de género e o movimento Wok e ao satanismo expresso de cantoras como Madona - e que nestas ultimas décadas proliferam por ai das mais nocivas e dramáticas dentro do marxismo, o feminismo, e a new age - uma mistura religiosa moderna que valida todo o tipo de alienação a partir da inflacção do ego "espiritual", com xamãs e médiuns e canalizadores e instrutores e deusas e sacerdotisas, gente de todo o tipo a darem-se ares de mestres e guias e a repercutir apenas a sua miseria cognitiva, expressão terrivel ao nivel de uma mediocridade e insanidade mental sem par, que verdadeiramente penso VAI SER MUITO DIFICIL SAIR DESTA SALGANHADA TODA nas próximas décadas. Assim, não creio de todo na boa intenção e optimismo de um autor citado aqui e até porque não nos serve de nada o que se vai passar daqui a 40 anos e ai começa o drama e a alienação, PORQUE O QUE INTERESSA VIVER É AGORA!
O que podemos fazer agora por nós mulheres, cada uma de nós? Justamente e ao contrário do que ele diz, que as pessoas "Preferem continuar aprisionadas em seus conflitos internos, sujeitas a todo tipo de patologias mentais e mergulhadas no AUTOENGANO, diante de uma realidade que está arrastando, aceleradamente, a humanidade em direção ao precipício.", eu vejo justamente o contrário: porque precisamente as pessoas não querem ver os seus conflitos internos profundos e a origem deles e o mal do mundo e se alienam em tudo o que é teoria, fantasia e no fundo sim, dessa maneira alimentam as patologias e complexos porque não os querem ver e se projectam em ficções e crenças de mundos que não existem...muitas armadas em gurus e em santos e almas realizadas ...
No caso das MULHERES, a unica coisa importante e que muda e que é real, é a nossa Consciência individual do quanto estamos prisioneiras deste mundo patriarcal e o quanto vivemos iludidas e o quanto é urgente fazer a limpeza desses registos a saber até que ponto nos conseguiremos libertar desses velhos paradigmas e não nos valermos de idealismos e crenças e utopias que nos projectam sempre para um futuro ou um ceu, deuses ou outros mundos, branqueando e recusando o que nos faz mal e nos aprisiona. É com esses idealismos que nos enganamos e deixamos de fazer o que precisamos fazer agora, olhar as nossas feridas e medos em vez de nos alienarmos disso e continuamos a alimentar ideias fantásticas e muito bonitas e a fugir da nossa realidade ou da nossa verdade de seres humanos sem saida face à crise social e a derrocada economica, a guerra e ao crime e a todas as violências que se repercutem ao nosso lado. E não é crendo rezando ou orando ou pedindo a deuses e deusas que vamos sair deste impasse mundial.

Através das épocas e das décadas a programação da espécie e nomeadamente da Mulher é feita sistemática e deliberadamente a fim de que esta não tenha acesso ao seu poder interior que não realiza quem verdadeiramente é, não se questione do seu conflito ou se consciencialize dele e como está ou continua completamente submetida aos valores do patriarcado, escrava dos seus designios, tais como o imperativo do sexo e a ideia do par partindo de principio que ela é incompleta e precisa de um outro ser metade para se completar...
A mulher marcada e submetida a ideia obsessiva de ter como unico propósito ser mãe e ser um sexo ao serviço do prazer do macho, sem nunca se questionar sobre a sua sexualidade nem sobre o sentido da sua vida enquanto individuo ela mesma - deixando que o homem se questione ele ao nivel da existência da filosofia e absorvendo os seus conceitos/noções/ideias, sem que elas sejam capazes de pensar por si mesma e escolher uma via independente ou a sua vida independentemente desse destino marcado e imposto a todas as mulheres como se elas não tivessem qualquer sentido nem razão de viver em si mesmas.
AS mulheres podem já fazer a diferença, cada uma de nós na medida em que não alinharmos mais com as versões bondosas e optimistas do patriarcado, nem das religiões e começar a fazer esse trabalho de desconstrução desse mundo velho disfarçado com a New Age e o pensamento positivo, que nos aprisiona a um mundo em que esse patriarca dentro da cada mulher ainda é dominante e que está sempre a querer dar bitaites dentro ou fora dela sobre o que é o caminho da mulher e tudo isso continua a ser uma forma de nos iludir e continuar a ver as coisas como eles (demiurgos) programaram em obediência a deuses e a deusas.
A mulher tem de limpar todo o lixo que acumula de ideias feitas e bonitas sobre a vida da qual não sabe nada ao certo e deixar de alinhar com essas construções sociais e teoricas de uma realidade e de uma história que ninguém, MAS NINGUÉM SABE o que é verdade à partida - porque tudo o que vemos é o resultado de uma mentira com que alimentamos há seculos e uma realidade falsa - sendo que apenas podemos ver e mudar o que de dentro de nós sentimos e vemos, mas para isso precisamos de olhar com honestidade para nós mesmas e ver o que nos impede de ver com olhos de ver aquilo que somos e que por medo e fraqueza de olhar a doença a morte e a podridão, sim, a podridão e a morte, recusamos e rejeitamos ou branqueamos a nossa escravidão/prisão interior a esta Matrix e a nossa ignorância face ao sentido da vida em si, da existência e do que estamos cá a fazer...
QUAL O NOSSO PROPÓSITO AQUI? Ter a coragem de nos olharmos e não nos distrairmos com tantas pseudo verdades...seam as de um mundo melhor - sempre adiado sempre ideal - sempre noutro mundo...enquanto aqui vivemos o inferno e as pessoas se odeiam e matam entre si e destroem a natureza e o planeta.

rlp


Todas as re


um espectáculo Woke Satânico




“Nudez, sexo implícito, cenas de masturbação simulada, beijos gay, bailarinas com seios à mostra, apropriação de símbolos cristãos e palavreado chocante. Estes foram alguns dos ingredientes do maior espetáculo da carreira de Madonna, este sábado, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.”, noticia um site tablóide (Vidas CM)...
E eu acrescento: um espectáculo Woke Satânico preparado ao detalhe e, de facto, com todos os ingredientes necessários à manipulação das massas e à destruição do ser humano como tal... A decadência avança. Passo a passo, mas firmemente, a Agenda vai doutrinando e tentando eliminar os traços de humanidade que ainda restam, transformando as populações em meras criaturas desalmadas e devassas, adoradoras de Baal...

Isabel Conde



A DEGENERAÇÃO DO MUNDO 


Mais uma vez e cada vez mais eu vejo e penso no absurdo deste mundo, que para além da guerra absurda e descarada perpetrada sem fim na terra, como os seres humanos são cada vez tudo menos humanos e como estamos a caminhar para o abismo... 
Enquanto milhares de pessoas morrem a fome no mundo e outros tantos são mortos por bombas, vemos como um espectáculo macabro domina a cena mundial enquanto uma cidade no Brasil se afunda nas águas e morrem centenas ou milhares de pessoas, e outras centenas estão desaparecidas, tendo perdido todos os seus bens, no mesmo momento, o Governo desse pais promove e financia um espectáculo satânico Wok a que um milhão ou mais de pessoas alienadas assistem, completamente estéreis, cantam e gritam perante uma encenação de destruição de todos os valores humanos que suportam essa humanidade. Isto sem considerar se esses valores - ditos cristãos - deus e o demônio - estão certos ou errados... - sendo apenas claro como o satanismo se alastra, na destruição e a violência animal está a infiltrar-se de forma gritante nas populações de todo o mundo... 
Reina a maior confusão mental  e uma imensa  ignorância em que já ninguém consegue discernir "o bem do mal" e as pessoas reagem como animais irracionais completamente perdidos e sem alma...

Este é o tempo dos sem alma que vagueiam como Zombies pelo mundo e o dominam com a sua "arte", musica e encenações diabolizantes.

RLP


A DEGENERAÇÃO DA FRANÇA E DA EUROPA...

O HOMEM VIROU TRAVESTI 

A CHAMA OLIMPICA SERÁ TRANSPORTADA POR UM DRAG QUEEN...ASSIM VAI A FRANÇA E O MUNDO...

sábado, abril 27, 2024

O 25 de abril e os 50 anos de liberdade ?


A NOVA IMAGEM DA REPUBLICA PORTUGUESA...



PORTUGAL - O QUE SE FEZ DOS HOMENS...


HERÓIS DO MAR, NOBRE POVO VALENTE E IMORTAL...

Levantai hoje de novo o esplendor de Portugal...

"...CONTRA OS CANHÕES, MARCHAR MARCHAR..."

 
Eu sei que tudo isto começou com uma suposta emancipação das mulheres e o feminismo radical e as ideologias de género numa batalha mediática e materilista, de propagação de um ideal liberal e globalista a fim de escravisar as pessoas ao dinheiro e a sobrevivência e torná-las robots e sem alma... 
Um velho cisma milenar que sempre quis decretar o fim da mulher e da humanidade ... e que vivemos um tempo em que a ficção se mistura com os mitos e tudo perde sentido porque já não há Mãe nem respeito nem dignidade alguma neste mundo pervertido e sem valores, poluido pelo globalismo e o consumismo e as ideias OCAS de um movimento WOKE que se alastra e contamina tudo no mundo numa alienação total do sentido da existência e da alma assim como de uma verdadeira Humanidade. 

Mas vamos lá desmistificar estas pseudo liberdades...que fizeram da mulher um ente vazio e sem identidade, medida pelas suas medidas e pela "paridade" e que hoje homens e rapazes querem ser.

Primeiro, havia os homens machistas e eles controlavam as mulheres. Depois as mulheres tornaram-se feministas e deixaram de ser as donas do lar e quiserem ser profissionais e agradar desesperadamente aos homens pelo sexo e de todas as maneiras, e que quiseram ser como eles de todas as formas e feitios e a qualquer preço...
Cada dia que passava, a mulher era menos Mulher em si...e aos poucos transformou-se numa coisa, uma máscara e cada dia mais igual ao homem, pensamentos e ideias e chegou ao poder; ela própria militar e ministra e só mantinha uma aparência "feminina" - digo, de travesti - de acordo com a moda em vigor e depois tomada pelos estilistas gay, os velhos e os novos...e foi assim que tudo se foi desenrolando  - primeiro a rapariga sem forma ou esquelética e vazia, tipo  maria-rapaz...sem seios nem barriga ou quadris, ou então dos esteticistas...e ainda um outro género, em que a representam cheia de silicone e botox...e bum-bum enxertado, etc. para os machos estereis e sem nobreza aguma...até chegarmos ao travesti barbudo e a este tipo de rapaz comum vestido de mulher e gestos de mulher a imitar a tiazinha ou a mãe silicone e botox que vê as telenovelas e sonha ser uma atriz e o filhinho consegue realizar os seus sonhos de mulher frustrada e ignorante.
A tudo isto ainda escapam algumas mulheres corajosas, conscientes que se aventuram no resgate da sua essência e feminitude...e se afirmam Mulher que nascem Mulheres, porque, o feminismo em geral...é só sobre como a mulher ser homem e os "direitos e igualdades", nada de essências...nem alma, nem nada de interioridade, respeito e dignidade...Sim, algumas mulheres, não muitas, escaparam a isto porque a grande maioria alinhou na farsa e sente-se representada por estes homens que se dizem sentir mulheres e que em nada se diferenciam dessas mulheres porque elas são efectivamente vazias de feminino e de entranhas...são mulheres masculinizadas, politizadas e sem alma... que também se mascaram de mulheres... 
Mas essas mulheres são totalemnte alienadas de si e não tocam a sua  alma nem a sua psique e menos ainda o seu espírito!
A mulher comum no geral, não passsa de um mero corpo tido como objecto de prazer visual ou sexual - ou então objecto de reprodução ou barriga de aluguer...e são estas são as mulheres que os trans imitam e querem ser. NÃO MULHERES DE VERDADE porque nem eles nem elas  sabem o que seja SER MULHER...
Se isto é ser reacionária sou-o sem duvida e cada dia mais anti-ideologias de género, marxistas ou  quaisquer ismos que estão na moda. E sou igualmente contra a Direita retrógada e machista que é contra o aborto e quer de novo as mulheres em casa a servir o amo. Mulheres de volta as coisas de mulheres que só elas sabem fazer...servir e anularem-se. Nesse campo também há muitas mulheres mais papistas do que o Papa. Em ambos os casos, as mulheres são destruidas como entidades singulares e alienadas da sua verdadeira essência e liberdade de serem BIOLOGICAMENTE MULHERES.

rosa leonor pedro

Como as mulheres reagem a isto, de facto, em concreto?



UM BRILHANTE, LUCIDO E ESCLARECIDO TEXTO DE UMA AMIGA BRASILEIRA
Por Juliana Xavier


Há cem anos as mulheres criaram um escândalo ao usar calças, antes masculinas.
A mulher montava a cavalo de lado, quando eu era criança era comum ver ainda as mulheres andando de lado mas garupas de motos e bicicletas, pq "abrir as pernas" era um tabu. Agora os homens querem usar saias e vestidos, mas não existe uma utilidade prática, como no caso da calça. E a diferença realmente é que as mulheres nunca quiseram ser homens, nunca reivindicaram ocupar o lugar do homem, elas criaram o espaço delas, seja no vestir, seja em novas categorias de esportes, que não eram bem aceitas, no início, teve muita resistência masculina. Por causa disso, a mídia tentou criar campanhas pras mulheres voltarem pra cozinha nos anos 50, sem sucesso. As mulheres continuaram ocupando espaços que antes eram exclusivo dos homens. E incomodaram muito. Agora surge várias frentes liberais e pseudo conservadoras, que tentam novamente empurrar as mulheres de volta pra cozinha, agora colocando homens no gênero feminino. Embora seja um grupo pequeno (no Brasil o total de autodeclarados gays são 4% e trans seriam menos de 1%), é um grupo que vem com grande aparato político e econômico, interferindo em leis, de forma coordenada e organizada, em todo o ocidente. É um extremismo político, tanto que o Putin proibiu tanto igrejas dos EUA como ongs lgbts, considerando-os infiltrados políticos e terroristas. Junto com esse movimento, surgem outros, conservadores, que pregam o retorno da submissão da mulher e sua reclusão para afazeres domésticos. Esse tipo de comportamento histriônico em homens não é comum e gera estranheza, chacota, mas sempre existiu um ou outro que já mostrava um exagero gay, mas respeitavam as mulheres e até as admiravam.
O real problema é que agora é um movimento misógino, que exige e obriga por lei, os espaços femininos, vocabulários e até ginecologistas, como se isso fosse resolver problemas psiquiátricos e com essa desculpa estão na verdade querendo ocupar os espaços e direitos das mulheres, travestidos de anedotas. Como as mulheres reagem a isto, de facto, em concreto? Rir ou rezar, não vai resolver, penso eu. Por magia?
Problemas políticos exigem respostas políticas, não se vai fazer omelete sem quebrar os ovos. Ninguém gosta de política, e o preço de não gostar e nada fazer é ser governado pelos homens, no legislativo e no judiciário, ser comandados por eles, pois eles gostam do poder.
Desta vez não são fogueiras, mas continuam sendo homens. Até que sejam confrontados, ou morreremos tentando...

ADENDA:
 
... este é o terraplanismo da chamada esquerda liberal. Liberal pq a esquerda clássica, comunista, sempre foi extremamente homofóbica, tratando gays como criminosos, presos e fora do convívio em liberdade.
Em verdade amo gays, no trabalho, por exemplo, os héteros são muito cansativos e chatos, os gays alegram o ambiente.
O problema é de facto serem misóginos, pq aí são invejosos e não respeitam as mulheres...


terça-feira, abril 16, 2024

Toda a vida humana no nosso planeta nasce de mulher




" Nascido de mulher. O que significa para os homens terem nascido de um corpo de mulher "
de Adrienne Rich.

" Toda a vida humana no nosso planeta nasce de mulher. A única experiência unificadora, incontestável, partilhada por todos, homens e mulheres, é o período de meses passado a formar-nos no colo de uma mulher. Uma vez que os pequenos do homem necessitam de cuidados muito mais tempo do que os outros mamíferos, e uma vez que a divisão do trabalho desde há muito estabilidade nas sociedades do homem atribui às mulheres a quase total responsabilidade pela criação dos filhos para além de os criar e amamentar, Nós temos as primeiras experiências de amor e de decepção, de poder e ternura, através de uma mulher.
Toda a vida e até na morte, guardamos a impressão digital desta experiência. No entanto, estranhamente, há pouco material que nos ajude a compreendê-la e a utilizá-lo. Sabemos muito mais sobre os mares que navegamos do que da maternidade... há muitos elementos a indicar que a mente masculina sempre foi obcecada pela ideia do dever a vida a uma mulher, o esforço constante do filho para assimilar, compensar ou negar o Feito de ter nascido de mulher.

As mulheres também nascem das mulheres. Mas sabemos pouco sobre os efeitos culturais deste facto, porque as mulheres não foram as protagonistas e as portadoras da cultura patriarcal... expressões como ' Estéril ' ou ' sem filhos ' foram utilizadas para lhe negar qualquer identidade adicional. O termo "não pai" Não existe em nenhuma categoria social.

O fato físico da maternidade é tão visível e dramático que o homem demorou algum tempo a perceber que ele também tinha uma parte na geração. O significado de "paternidade" continua a ser tangencial, exclusivo. Ser Pai sugere fornecer espermatozóides que fertilizam o ovo. Ser mãe implica uma presença contínua, pelo menos nove meses, e geralmente durante anos. A maternidade chega-se primeiro através de um ritual de passagem de grande intensidade física e psíquica - gravidez e parto - e depois com a aprendizagem dos cuidados necessários à criança, que não se conhecem por instinto. Um homem pode gerar um filho em um momento de paixão ou de violência, e depois repartir; também pode não rever mais a mãe, não se interessar pelo filho. Nestas circunstâncias, a mãe encontra-se confrontada com uma série de escolhas dolorosas, tornadas opressivas pela sociedade: aborto, suicídio, abandono da criança, infantil, criar um filho com a marca de "Ilegítimo", geralmente na pobreza e sempre no Fora da lei. Em algumas culturas, espera-lhe a morte pelas mãos da sua família. Algum que seja a sua escolha, a sua mente nunca mais será a mesma, o seu futuro como mulher está marcado por este evento... quase todas as mulheres, mesmo que como irmãs e tias, amas, professores, mães adoptivas, madrastas , foram mães porque dedicaram seus cuidados às crianças... para a maior parte de nós foi uma mulher que nos deu continuidade e estabilidade - mas também as repulsas e negações - dos nossos primeiros anos, e nossas primeiras Sensações, as nossas primeiras experiências sociais estão associadas às mãos, aos olhos, ao corpo, à voz de uma mulher... neste livro eu tentei distinguir entre os dois significados de maternidade, geralmente sobrepostos: A relação potencial da mulher com As suas capacidades reprodutivas e com os filhos; e o instituto de maternidade que visa garantir que esse potencial - e, consequentemente, as mulheres - permaneça sob controlo masculino ".


um ensurdecedor e penetrante alerta vermelha

A extrema direita, agora no poder, caminha a passos largos para anular os direitos das mulheres 



ALERTA VERMELHO PARA AS MULHERES


The Handmaid’s Tale de Margaret Atwood é aterradora. Desde o primeiro episódio ao último. Força-nos a olhar um Mundo ao virar da esquina do nosso. A um passo mínimos de desespero de nos tornarmos naquilo. Peões sem identidade. O olhar oferecido pela exímia e acutilante Ofred de Elizabeth Moss é horrífico e castrante. Da vontade própria. Do Ser. Bruce Miller, criador da série, dá palco ao feminino e muitos dos episódios são realizados por mulheres. E nelas vivemos imiscuídos. Na letargia profunda do quotidiano das Servas cuja única função é o serviço à Casa. Tudo culmina num ritual mensal de violação por parte do Dono assistido pela Esposa. Qualquer sinal de rebelião é punido fortemente, cujo castigo máximo é o do enforcamento público, para que todos possam assistir às consequências dos seus crimes: Herege, Lesbica, Puta. Ou então de justiça levada a cabo pelas próprias Servas, um rito primitivo de erradicação de qualquer humanidade nelas presente.

Muitas vezes somos confrontadas e confrontados pela razão pela qual ainda lutamos. Porque ainda saímos às ruas. Pelos direitos das mulheres. Das pessoas LGBT. Das minorias. Porque gritamos. Porque marchamos. Muitas vezes com orgulho. Muitas vezes com raiva. É porque esta distopia está a um pestanejar de distância. Basta baixarmos os braços. Por um segundo. Com alarmes destes… não podemos fazê-lo. O cansaço não nos pode derrotar. A falta de esperança não nos pode petrificar. Ou estaremos, mais cedo que tarde, também nós numa sala de convento qualquer, a ter o nosso futuro escravizado. The Handmaid’s Tale é mais que ficção. É um ensurdecedor e penetrante alerta vermelho.

Uma das personagens mais aterradoras, em particular para a comunidade LGBT, é a de Ofglen, protagonizada pela extraordinária Alexis Bledel. Uma Traidora de Género como Moira. Tenta não se conformar às vidas fantasmagóricas e desumanas que lhes são impostas e cedo vêmo-la amordaçada como um animal, de gritos abafados. Apenas os olhos deixam transparecer o puro terror que vive. De querer resistir mas não conseguir mais que a subjugação total e incontornável. De querer lutar apenas para ser subsequentemente humilhada e mutilada. De tentar Ser e ver todas as suas fugazes e voláteis aspirações erradicadas à sua frente."

UMA SÁTIRA A EDUCAÇÃO PARA DONAS DE CASA...




Clara Não

Ilustradora, ativista, autora



Bem-vindas, meninas, à vossa introdução à prática de Dona de Casa. Como sabem, sendo nós mulheres, nascemos com o gene de aptidão biológica para cuidarmos da casa. Estas aulas servirão como um guia de boas práticas, para usufruírem da melhor forma do vosso dom biológico

INÍCIO DE AULA

Bem-vindas, meninas, à vossa disciplina de introdução à prática de Dona de Casa.

Como sabem, sendo nós mulheres, nascemos com o gene de aptidão biológica para cuidarmos da casa. Estas aulas servirão como um guia de boas práticas, para usufruírem do vosso dom biológico.

Por outro lado, os homens — e não se arrisquem a dizer que há mais géneros, que toda a gente sabe que não há diversidade — nasceram para serem servidos e, portanto, são incapazes de fazer a lide da casa ou de serem pais que partilham tarefas de família e domésticas.

Isto esclarecido, ficam aqui os 10 mandamentos sagrados para a biologicamente determinada dona de casa.
1. Fazer um pequeno almoço digno de hotel para a família

Qualquer dona de casa que se preze, acorda duas horas antes de toda a gente para fazer um pequeno-almoço digno de hotel para o esposo, e crianças, sendo o caso, com o que ele mais gosta: ovos mexidos, salada de fruta, panquecas, churros e sumo de laranja espremido natural. Deverá sentir uma alegria imensa em viver para servir.

Se os vossos maridos gostarem da refeição que lhes confecionaram, deverão acender uma velinha a Paulo Otero. Se não gostarem, pode haver algum problema com o vosso gene biológico de dona de casa e convém ir ao médico. Podem estar a sofrer de histeria ou a precisar de serem sangradas para sair o mal do vosso corpo.
2. Criar lanches para os miúdos sempre criativos e diferentes

Atenção, não se pretende apenas meras sandes recortadas em forma de urso, mas sim baixos relevos nutricionais das personagens da Disney favoritas das crianças. O desafio aqui pode ser grande, como por exemplo, encontrar corantes naturais para o azul de Frozen.

Se as vossas crianças tiverem de comprar snacks das máquinas, vocês falharam redondamente como mães. Têm de seguir, nas vossas redes sociais, pelo menos cinco contas de especialistas católicas sobre maternidade.
3. Estar sempre disposta a mais um filho se o marido (e Deus) assim quiser

As mulheres, como sabem, são naturalmente parideiras, da família, do Estado, de Deus. Uma mulher só é uma mulher completa se for mãe. Se não desejarem mais filhos, mesmo tendo capacidade económica para mais, deverão ter duas sessões semanais com um padre, escolhido pelo vosso marido, pois estão com um desequilíbrio emocional: o desejo pela maternidade faz parte do que é ser mulher. Abracem a vossa feminilidade.

Se tiverem desejo de abortar, ou seja, um sentimento de necessidade, aí será preciso internamento estatal, em que serão obrigadas a ver um discurso pré-gravado de Paulo Otero quase a gritar sobre o crime da autonomia corporal da mulher, duas vezes ao dia, com intervalos para rezar o Rosário. Não podem arriscar uma excomunhão da Igreja, como família de bem que têm de ser.
4. Renegar decotes e roupa curta

A esposa vive para o seu marido. Mesmo quando vos parece que ele não vos liga, só quer saber de futebol e lê o jornal sem olhar para vocês, lembrem-se que ele está atento ao mundo para vos proteger melhor. (Toda a gente sabe da política e violência que o futebol acarreta, temos de ter atenção).

O respeito ao marido inclui que nunca, mas nunca, seja incentivada a atenção de outros homens através da roupa usada. É conhecimento comum que o assédio é culpa da mulher, que com a sua roupa alicia a atenção. A mulher é sempre culpada, desde Eva até agora. Ao homem tudo é perdoado, porque, coitadinho, não se consegue aguentar. Os homens são seres incríveis, já que a nível sexual não têm controlo sobre as suas vontades, mas a nível profissional são os mais aptos para cargos profissionais de topo com alto poder de decisão, que exigem um alto nível de controlo.
5. Realizar passatempos úteis à vida do lar

É importante ter cuidado com o tipo de passatempos que se realizam, para manter a dignidade da mulher. Alguns dos passatempos mais bem vistos são tricô, renda, pintura, estudo de manuais de decoro, e a leitura de análises de passagens da Bíblia sobre ter bom espírito. Não se deve ler filosofia contracorrente, como a marxista, que só nos tolda a mente com opiniões corrosivas da vida que conhecemos. Concertos de rock e discotecas não devem ser frequentados.
6. Não cobiçar o envolvimento em decisões políticas

Quanto envolvimento pode uma mulher digna ter em decisões políticas? Nenhum, a não ser promover uma boa educação da mulher. É a única resposta válida.

Por muito que possam votar (ainda), o mais sensato será votarem no mesmo partido que o vosso marido vota. Ele, sim, é um ser feito para ter pensamento crítico. Ele nunca poderia ser dono de casa naturalmente, porque tem demasiadas capacidades intelectuais para tal. (Não vale a pena contestar, é biológico.)

Assim, devem ir com o vosso marido votar e não comentar com ninguém as vossas opiniões políticas sobre nada, porque podem danificar o gene lindo de donas de casa que vos foi dado por Deus.
7. Não conversar com amigas sobre intimidade ou política

Podem falar sobre meteorologia, receitas de culinária, ou mesmo sobre a melhor forma de fazer o calcanhar das meias. No entanto, não devem falar da intimidade, nem de política ou de ideias revolucionárias.

Se alguma amiga começar com essas conversas indevidas, mudem logo de assunto ou comentem como o cabelo dela está bonito. Com certeza tirará tempo para dizer a que cabeleireiro foi e a conversa muda de rumo.
8. Não desejar outras aspirações profissionais

Se a dada altura do vosso tempo como donas de casa sentirem que querem ter um emprego diferente, mas o vosso marido não concorda com a mudança, esses pensamentos tratam-se de delírios do GDDC (Gene Dona de Casa), uma perturbação comum do GDDC.

A exposição a bons cortinados de linho deverá ser suficiente para tratar estes delírios. Se isso não resolver, o segundo passo é o vosso marido oferecer-vos um colar de jóias vindas de antigas colónias subjugadas por Portugal.
9. Não ter pensamentos fugitivos em relação à vida de dona de casa

Se no processo deste estudo acharem que ser dona de casa não é para vocês, pensem outra vez, porque estão com certeza enganadas. Se a dúvida persistir, deverão consultar um dos consultores oficiais que Paulo Otero tão gentilmente disponibilizou, com o apoio da Família do Coração Imaculado de Maria. Poderão estar com algum problema psicológico grave, mas não se apoquentem, pois a Familia do Coração Imaculado de Maria cura gays, por isso certamente também curará donas de casa com desejo de emancipação.

Além disso, não há registo de mulheres que tenham sobrevivido como mulheres ao contrariar estes mandamentos. As pessoas que resultam daí vivem em comunidades com realidades fora do nosso mundo perfeito. Confusas, com ideias livres, sem rumo, a fazerem festas sem decoro e só têm filhos se lhes apetece. Fujam desta libertinagem. Nas regras está a segurança!

Devote-se a Nossa Senhora, reze um terço e pense: fosse Maria casada com o pai do filho, a viver como dona de casa, não teria sido obrigada a dar à luz Nosso Senhor num estábulo no meio dos animais!
10. Se se sentir infeliz, sorria, porque a sorrir é mais bonita.

Termino aqui a aula. Se tiverem questões é normal, já que estão a iniciar o curso. No entanto, não há espaço para as fazerem, pois as mulheres não nasceram para ter questões, mas para seguir ordens e para cuidar da casa e da família.

Ser mulher é ter na sua biologia o gene de dona de casa. Nunca se esqueçam desta barbaridade. Se daqui a três dias as vossas dúvidas persistirem, observem com atenção os catálogos da Silampos e da Celar. Com certeza o vosso maior desejo passará a ser adquirir a melhor panela antiaderente portuguesa.

Obrigada. Podem prosseguir para o autocarro que vos leva a casa, já que, como mulheres que são, os vossos maridos não vos deixam conduzir.

FIM DE AULA

Logo que a aula acabou, a professora vomitou de repúdio. Despediu-se da escola e decidiu viver livre de convenções de género e limitações de papéis de sociedade pré-concebidos para ela. Muitas mulheres fizeram o mesmo, vivendo unidas, em irmandades ou em famílias tradicionais e não tradicionais, sempre livres e com amor.

A biologia dita a existência de vida e não regras sociais para se viver a vida. As regras foram criadas pelas pessoas, podem ser mudadas ou anuladas por elas também.

A única coisa que não deve ser nunca anulada é o direito à liberdade de escolha e à autonomia corporal. Porque não, nem tudo é reversível. A liberdade das mulheres não pode ser reversível.



terça-feira, abril 09, 2024

O CONHECIMENTO DE SI

 

A CONSCIÊNCIA ORDINÁRIA E O CONHECIMENTO DE SI


"PARA A MAIOR PARTE DOS HOMENS (E MULHERES), aquilo que eles classificam de consciência é o registo de noções, de impressões e de convicções compostas pela reflexão cerebral e pela educação. Essas formações são tão fugitivas como o reflexo das nuvens num espelho. Elas não nos pertencem de si, porque podem ser modificadas pelas mais diversas influências. Nada, neste conjunto de ideias e conceitos, sobrevive à dissolução do ser físico, emocional e mental. É uma consciência que não se inscreve no nosso ser imortal.
Quantos homens e mulheres na Terra acordarão em si a Consciência real, aquela que os tornará "conscientes e responsáveis"? É portanto necessário, para falar "conscientemente", entendermo-nos quanto às palavras, depois considerar os meios de acordar essa consciência".
(...)
In L' OUVERTURE DU CHEMIN ISH SCWALLER DE LUBCZ

EIS A VERDADEIRA HISTÓRIA ... Os Mitos para lá da mentira religiosa...



QUEM ERAM AS DEUSAS?
 
O SURGIMENTO DA DEUSA E A VERDADEIRA HISTORIA DOS HOMENS

A origem dos deuses e deusas está bem clara nas tabuinhas da Suméra e no que nos resta de imagens e artefactos e ruinas  encontradas pelos antropólogos e ainda nos monumentos dos vários continentes nomeadamente no Egipto onde tudo está a vista de todos mas os homens continuam cegos e obedientes aos deuses...

QUEM ERA ESSA "DEUSA" que deu origem a todas as outras deusas que hoje evocamos como sagradas? 

Ah INNANA  a mais sedutora e fatal Rainha Anunaki que seduzia deuses e homens e nunca hesitou na luxuria e uso do seu poder sem qualquer limites ou vergonha... Nesse tempo não havia tabus...e assim outras deusas que ficaram na história dos homens e que hoje surgem como deusas a quem prestamos honras e devoção canina ...foram elas Ninmah, Isthar e Isis e Hathor, Shekemit e Bastit e tantas outras extraterrestres que coloniazaram o planeta e viveram no tempo das Piramides e em Templos imensos que podemos ver por todo o Planeta, sem querer ver como o Homem foi colonizado pelos deuses e deusas gigantes que desceram dos céus, há milhares de anos... e hoje não sabemos ainda
distinguir a ficção da realidade...nem da ciência que eles tinham...

AS DEUSAS QUE EVOCAMOS

Foram elas supostas deusas do Olimpo, seres sem sexo, não biologicas e subditas de Zeus, o iracundo Jeová que ainda domina o mundo...e  ainda nos submetemos hoje a  seres demos e nada humanos que nos deram as suas caracterísiticas e o seu ADN...o seu pior e o seu melhor como Pandora, Lilith e Eva que foram pioneiras da rebelião contra os deuses da parte do feminino e construiram uma humanidade  livre que se revoltou contra o poder dos desuses...os do Olimpo e os da Terra...e assim, podemos recordar o que diz a história para lá da grande mentira das religiões, nomeadamente a católica...

" Venha, Gilgamesh, seja meu amante!" Dificilmente haveria outras palavras, como estas ditas por Inanna, que resumam as consequências indesejadas da relação pós-diluviana entre deuses e terráqueos. Na verdade, após os anunnaki perceberem que poderiam ter todo o ouro que necessitavam apenas o coletando nos Andes, não havia razão para permanecerem nas Regiões Antigas. Enlil, de acordo com Ziusudra, mudou de idéia em relação ao imperativo de varrer o Homem da face da Terra após sentir o aroma de carne assada, o sacrifício de um carneiro oferecido em agradecimento a Ziusudra; mas, de fato, a mudança de idéia entre a liderança dos anunnaki começou assim que o tamanho da calamidade se tornou claro. Enquanto lá embaixo a avalanche de águas arrebatava tudo, os deuses orbitavam a Terra em suas naves e aeronaves. Comprimidos lá dentro, os "deuses se acovardavam como cães, agachados contra as paredes (...) os anunnaki sentavam com sede, com fome (...) Isthar gritava como uma mulher com dores de parto; os deuses anunnaki choravam com ela: "Ai, os velhos tempos tornaram-se barro". A mais perturbada foi Ninmah: A GRANDE DEUSA VIU E CHOROU... SEUS LÁBIOS ESTAVAM COBERTOS DE FEBRE. "MINHAS CRIATURAS TORNARAM-SE COMO MOSCAS, ELAS POVOAM OS RIOS COMO LIBELULAS, SUA PATERNIDADE FOI LEVADA PELO MAR BRAVIO". Quando o maremoto recuou, os dois picos do Monte Ararat emergiram do mar infinito e os anunnaki começaram a baixar sua nave. Enlil ficou chocado ao descobrir a sobrevivência de "Noé". Longos versos detalham as acusações proferidas contra Enki, quando sua duplicidade veio à tona e sua justificativa para o que fizera. Mas, da mesma forma, longos versos registram a repreensão veemente que Ninmah dirigiu a Enlil por sua política de "Vamos varrê-los". Nós os criamos, agora somos responsáveis por eles! Em suma, foi o que ela disse. Isso, somado à realidade da situação, convenceu Enlil a mudar de ideia. Ninmah, uma mulher de dimensões " shekespearianas", caso este tivesse vivido em sua época, tivera papéis importantes nos assuntos dis deuses e dos homens, antes do Dilúvio; e também os tivera, de formas diferentes, depois. Filha de Anu, ela foi apanhada em um triângulo amoroso com seus dois meio-irmãos, tendo uma criança fora do matrimônio ( Ninurta) com Enlil, após ser impedida de casar com Enki, que ela amava. Considerada importante o suficiente para que lhe fosse concedida uma das cinco primeiras cidades pré-diluvianas ( Shuruppak), ela veio à Terra como Médica Chefe dos anunnaki, mas acabou criando os Ameluti, operários, para eles ( recebendo os epítetos Ninti, Mammi, Nintur e muitos outros). Agora, ela via suas criaturas transformadas em barro, e levantou a voz contra Enlil. Daí em diante, ela se tornou o árbitro entre os rivais meios-irmãos e seus clãs. Respeitada por ambos os lados, negociou os termos de paz que terminaram com a Guerra das Pirâmides e foi-lhe concedida a Quarta região ( a Península do Sinai), com seu porto espacial, como território neutro". 

 ZECHARIA SITCHIN/ HAVIA GIGANTES NA TERRA

terça-feira, abril 02, 2024

A DIFERENÇA ENTRE SER MULHER E SER GAJA...



SER UMA MULHER OU SER UMA GAJA!

"Eu gosto de ser gaja. Gosto de usar brincos e pulseiras e sandalinhas, de vestir lingerie, de poder variar entre saia de todos os tamanhos, calças, vestidos, camisas, tops, camisolas (ui agora é que me vão chamar frívola), ser mais inteligente que os homens (ahahahah), de ter sexto sentido (no meu caso avariadíssimo), de usar maquilhagem, de chorar com filmes românticos (pronto eu choro em filmes de qualquer género), de fazer coisas de meninas e beicinhos, de receber flores, que eles nos abram a porta para passarmos ou nos puxem a cadeira para sentarmos, de saber que posso ter filhos, enfim... de todas as características da feminilidade...
...mas porque é que temos que ter o filho da p*** do período e todas as rabugices, dores e mudanças de temperamento a ele inerentes?!? “
pmv


Esta mulher (?)  chama feminilidade a todos esses chavões, a esses aspectos secundário da farsa social  feminina - a mera aparência adoptada pela moda e o cinema - e que não são senão "fragmentos de si", e da mulher dividida em estereótipos, no fundo, a menina que recebe toda essa herança do papá, com todos os caprichos da menina mimada, infantilizada pelo pai…Ela é uma mulher dos nossos dias, vazia de entranhas, julga-se inteligente…resolvida…empoderada/masculinizada, a fingir-se mulher e como ela se retrata - certamente muito jovem -  como são todas essas mulheres que convivem muito  à vontade com esta sociedade falocrática e machista… em que ela mostra estar e ser bem amestrada!
É esssa mulher que aceita que o homem pode ser mulher e que não há diferenças biologicas, é essa mulher que se calhar vai achar optimo fazer serviço militar e ir para a guerra...
No entanto, essa Mulher dita “moderna” e aparentemnte resolvida, mas que rejeita o periodo não sabe nem sonha quem é essa Mulher visceral e Inteira, essa mulher ancestral, que vive esmagada dentro de si, adormecida, como a princesa da lenda…Mas ela na verdade nem sonha o seu verdadeiro potencial, o que essa intuição emoção lhe revelaria se se abrisse a ela e ao seu utero - coração - alma…
Essa mulher inconsequente e superficiala ela não sabe nem sonha como é urgente e preciso resgatar em si essa Mulher verdadeira que menstrua e sabe que esse sangue é vida e lhe dá um poder unico - e a une a Natureza nem o que ela ganharia em vez de seguir nas trevas do patriarcado, ou das máfias médicas, todas as Máfias, as Farmacêuticas e os empórios da Moda e da Cosmética, das sociedades economicistas modernas…da igualdade e liberdade de escravas!
Até que esssa consciência desperte na mulher, sim, até que a ConSciência do feminino acorde em si o verdadeiro feminino, o Sagrado Feminino,  o  Princípio da Matriz que a rege, uma ética inata - elas serão prisioneiras de um passado de escravas e marionetas, tal como o são as mulheres na nossa sociedade patrista e falocrática, sejam elas de que classe forem, ricas ou pobres, intelectuais ou ignorantes, serão sempre uma pálida imagem de si mesmas: Elas vivem fragmentadas e divididas, carentes, histéricas, doentes e fragilizadas…à procura da sua metade, do príncipe encantado, do homem ideal, na triste figura do “cavalheiro” de há umas décadas, afinal o vampiro que lhes há-de sugar o sangue até a última gota…
Gótica eu?
Não, sou só antropologicamente lúcida…
rlp
in Mulheres e deusas - escrito em 2012


A mulher é fragil mas não é fraca...



AS MULHERES NÃO SÃO DA GUERRA...


"Faz sentido que "qualidades "femininas" tais como o cuidado, a compaixão e a não-violência fossem altamente valorizadas nestas sociedades. O que não faz sentido é concluir que as sociedades em que os homens não dominavam as mulheres eram sociedades em que as mulheres dominavam os homens."
[...]
Riane Aisler 


A ABOMINÁVEL REALIDADE EM QUE VIVEM AS MULHERES NO MUNDO...

Até aos nossos dias apesar da dominação e exploração da mulher a todos os niveis, a Mulher sempre foi respeitada no minimo como Mãe, facto que hoje esta a desaparecer da cultura em geral e da vida social e  publica,  mas que agora, face a ameaça de uma guerra, estamos mesmo em risco de a Mulher perder até esse valor e  poder ser convocada também para servir de "carne para canhão" como se dizia antigamente...
Tanto lutou pela igualdade que agora tem direito também a morrer nas guerras...e muitas mulheres alienadas de si e convencidas que a sua biologia é igual ao homem, ou vice-versa, são elas que se orgulham de ser policias e soldados... e se esqueceram da sua verdadeira natureza e identidade. 

Não podemos  ignorar esse perigo. 

Sabendo que continuamos a viver numa sociedade Androcentrica e Falocêntrica, bélica e onde a mulher apesar de tudo isso usufruia de algum respeito, ainda que através de ideias e conceitos falseados sofre a sua inferioridade ou fragilidade, assim como ainda abundam conceitos antigos e mesmo novas abordagens de cariz psicológica, sexual e até "espiritual" a corroborar essa inferioridade e sujeição e todos eles em detrimento da verdadeira natureza da mulher, da sua capacidade intrínseca e da sua própria verticalidade. A mulher é fragil mas não é fraca. A mulher  contudo não tem a mesma força nem a mesma capacidade fisica ou muscular que o homem, a mesma apetência que o homem para a luta, porque a sua natureza não é bélica - sendo os valores do feminino de cuidar e pacificar, como é citado em cima. 
Toda esta suposta evolução e emancipação da mulher tem tanto de mentira  como de falsa: não é verdade que a mulher tenha deixado de viver esssa "inferioridade" social pois não passa de uma mentalização e idealização de uma liberdade que não lhe trás dignidade nem respeito e basta olharmos bem como a grande maioria das mulheres vivem. Sim, ainda que uma minopria esteja convencida de uma liberdade/igualdade, na realidade ela nunca foi real.... 
 
Repudio vivamente e visceralemente a ideia de a Mulher ir a Guerra... 

rosa leonor pedro

 

COMENTÁRIOS...





ATENÇÃO

UMA NOTA A DESTACAR:


Queria deixar UMA MENSAGEM às amigas que comentam os textos que publico que neste momento tenho alguns problemas com o correio electrónico e com o email deste SERVIDOR e que ainda que receba os comentários e cartas eu não os posso publicar e até pode acontecer ficar sem poder publicar nada... Se isso acotnecer espero poder corrigir de alguma forma. 
Peço desculpa as amigas e se quiserem podem enviar-me emails para rosaleonorpedro@gmail.com

rlp

 

segunda-feira, março 25, 2024

PELA IGUALDADE DE DIREITOS DAS MULHERES ...

  


A MANIFESTAÇÃO DAS MULHERES EM LISBOA 


A propósito da manifestação promovida pelo partido comunista há dias, trouxe o excerto que publico abaixo. Pensando que o mais antigo e reaccionário partido politico dos nossos dias e que sem que as mulheres sonhem ou saibam o significado da sua luta de escravas do sistema, ele é e sempre foi contra as mulheres na sua essência, repleto de machistas, do mesmo modo que a extrema direita. Cada um a sua maneira anula a identidade da mulher e se de um lado temos a mulher conservadora - casa familia e sujeição da mulher ao lar -  do outro, temos a mulher revolucionária - que pensa e age como os homens e apenas pensa na vida material e no dinheiro, sem qualquer dimensão ontologica -, e nenhuma dessas mulheres É A MULHER...

ESSAS MULHERES SÃO DOMINADAS POR UM PATRIARCA INTERIOR 

ELAS NÃO SABEM NEM SONHAM que esse patriarcado interior - é o seu inimigo nº 1 e que as ideias e tradições masculinas que defendem em nome do Homem-escravo - e que domina as mulheres, mesmo as feministas, está implantado desde que nascem e elas não sabem pensar como mulheres nem sequer ver a diferença e acabam aculturadas e masculinizadas!
Não tenhamos ilusões de que as mulheres que se formaram numa sociedade patriarcal possam algum dia serem representantes de um verdadeiro feminino. Tudo o que fazem é adaptarem-se ao sistema e tentar alcançar os mesmos beneficios que os homens e dentro da mesma lei, a lei da força e da espada...
Temos de perceber que toda a explanação teórica e ideológica sobre as questões da mulher e do feminino feita pelas mulheres marxistas e intelectuais - que não tem qualquer consciência da sua cisão interior nem qualquer contacto com o seu feminino essencial - , tudo o que dizem e escrevem se baseia nessas ideologias e dentro do paradigma masculino e é também em nome desses valores que promovem as suas actividades e manifestações - como a manifestação comunistas pelos direitos das mulheres há dias em Lisboa - provem igualmente do dominio patraircal e é tirado da visão masculina da vida, tal como agora se constata como a dita IA que evidentemente se baseia em toda a informação mundial e Patriarcal e sempre em detrimento das mulheres; assim acontece com as próprias feministas que se formaram e contrapõem ao machismo e são a sua variante no feminino.

TEMOS DE PERCEBER de uma vez por todas que “Vivemos numa sociedade androcêntrica que vê o mundo desde o olho masculino. Basta ver como nos dias de hoje existem culturas que consideram as filhas inferiores aos filhos entre mil outros exemplos. O que a mãe diz... a linguagem da experiência... carece de importância é muito mais apreciada a linguagem de análise do pai. Nem sempre somos conscientes disto pois a nossa voz interior e instintiva foi dopada durante anos e anos. Quando nos impingem uma voz interior que faz o papel de crítico afastamo-nos da voz selvagem e instintiva inerente a mulher (esta voz nas mulheres surge como o Patriarcado Interno) concedendo espaço e realização as ideias e opiniões de orientação tradicionalmente masculinas e retira interesse e importância as tradicionalmente femininas. O Patriarcado interior é o reflexo da sociedade (mas também do teu processo pessoal). O melhor a fazer é identificar a voz desse crítico interior, dar-lhe nome e depois manda-lo de férias! E depois voltares a olhar-te ao espelho!”


Hal Stone


O SOFRIMENTO DAS MULHERES



"A feminilidade é uma dor colectiva de profundidade indescritível, e quando tentamos expressá-la, estamos sujeitas a ouvir: “Lá estão vocês outra vez a reclamar!”


"Enquanto isto acontecer, nada menos que toda a humanidade estará impedida de prosseguir na sua jornada até ao destino cósmico.”


Marianne Williamson, O Valor da Mulher



O DNA MITOCONDRIAL E A NOSSA MEMÓRIA CELULAR



COMO OS HOMENS PENSAVAM HÁ 2 MIL ANOS ?- Vejam como era inteligente este famoso filosofo Aristóteles...e como é espantoso que hajam hoje tantos misticos e padres que pensam ainda como ele...para não falar dos eruditos, dos intlectuais, claro...dos grandes pensadores desta humanidade espermatezóica...

Aristóteles (384-322 A.C.): "a razão da inferioridade das mulheres reside num defeito porque elas não são capazes de reproduzir o esperma que contém um ser humano completo. Além disso, quando um homem e uma mulher têm relações sexuais, o homem fornece a substância da alma da criança, enquanto a mulher produz apenas comida para aquele."


O QUE DIZ A CIÊNCIA...


O DNA MITOCONDRIAL E A NOSSA MEMÓRIA CELULAR

"A avó materna é chave para entender a transferência de informações e programas que carregamos inconscientemente durante toda vida.
Quando nossas avós estavam grávidas de nossas mães, o feto em formação já carregava os dois ovários que continham os óvulos com os quais ela iria se desenvolver. Um destes óvulos tem seu nome.
Este pequeno óvulo que está nos ovários de sua mãe, dentro do ventre de sua avó, recebe todos os impactos emocionais que esta senhora vivencia.
Nossas mães, como feto, e nós, como óvulos, estamos sujeitos a toda sorte de experiências traumáticas vividas por nossas avós maternas.
Esta é a essência do processo de transferência de informações.
Estes impactos emocionais estão relacionados à forma como foram vividas estas experiências, ex: se era o momento adequado de ter filhos, se a gravidez foi desejada, se sentia-se protegida por seu marido, se havia suspeita de traição, se havia ninho (território), se havia suficientes recursos financeiros, se as condições de saúde eram as adequadas, etc.
É importante ressaltar que as experiências em si mesmo são neutras apesar de sua carga de dramaticidade. O que é decisivo neste caso é a forma como cada um vê e experimenta cada circunstância. ⠀⠀
Ex: se eu acho que estou sendo traído, meu inconsciente não quer saber se é verdade ou não, vive como real e ponto. Se meu marido passa o dia todo trabalhando eu posso viver esta situação como desproteção ou mesmo abandono.
Que necessidades biológicas não estavam cobertas pela avó no sentido de sobrevivência, proteção, valorização pessoal e de relacionamentos interpessoais.
Todas estas informações e muitas outras ficam gravadas em forma de engramas em cada célula do feto, das quais uma é você. É conhecido como memória celular.
Algumas vezes escutamos falar que a genética salta uma geração, aí está a explicação.
E por que a avó e não o avô?
Porque os espermatozóides se renovam a cada dia, ao contrário dos óvulos que permanecem os mesmos durante toda a vida adulta. Além disso, os óvulos carregam u Oim tipo de informação que não está presente nos espermatozóides, o DNA mitocondrial."

A IMPORTÂNCIA DAS MÃES E SÓ DAS MÃES...
*
"Quando grávidas, as células do bebé migram para a corrente sanguínea da mãe e, em seguida, circulam de volta para o bebé, chama-se "microquimerismo fetal-maternal".

"Durante 41 semanas, as células circulam e fundem-se para trás e para a frente, e após o nascimento do bebé, muitas destas células permanecem no corpo da mãe, deixando uma impressão permanente nos tecidos, ossos, cérebro e pele da mãe, e muitas vezes permanecem lá durante décadas. Cada filho que uma mãe tem depois deixará uma marca semelhante no seu corpo também.
Mesmo que a gravidez não vá ao período total ou se fizer um aborto, estas células ainda migram para a sua corrente sanguínea.
Pesquisas mostraram que se o coração de uma mãe estiver ferido, as células fetais irão correr para o local da lesão e mudar para diferentes tipos de células especializadas em consertar o coração.
O bebê ajuda a reparar a mãe, enquanto a mãe constrói o bebê.
Não é lindo?
É muitas vezes por isso que certas doenças desaparecem enquanto estão grávidas.
É incrível como os corpos das mães protegem o bebé a qualquer custo, e o bebé protege e reconstrói a mãe de volta - para que o bebé possa desenvolver-se em segurança e sobreviver.
Pense em desejos loucos por um momento. Qual era a mãe deficiente em que o bebê os fez desejar?
Estudos também mostraram células de um feto no cérebro de uma mãe 18 anos após ela dar à luz. Não é incrível? ”
Se és mãe sabes como podes sentir intuitivamente o teu filho mesmo quando ele não está lá.... Bem, agora há provas científicas de que as mães os carregam durante anos e anos mesmo depois de terem dado à luz.
(...) ?⠀⠀




quarta-feira, março 13, 2024

COMO VIVEM AS MULHERES...

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A REALIDADE DAS MULHERES HOJE

-
Tenho pensado muito sobre a Mulher de hoje que se sente sem motivação e sem disponibilidade para si mesma enquanto mulher - o que é o caso da maioria das mulheres - e que nem sequer se pensa como mulher  não ser associando-se a ideia de mãe e esposa etc. e isso acontece mesmo com mulheres que a partida estariam interessadas em si e nos problemas das mulheres em geral, ou as que lutam por uma causa feminina, o que vejo é que afinal não conseguem assumir um verdadeiro “compromisso” de  consigo mesmas e pensar em si tal como nas outras mulheres enquanto pessoas que sofrem muitas coisas em comum, ou simplesmente pessoas com o mesmo propósito de vida, que seria conhecer-se a si mesmas enquanto individuos e não como funções.
E vejo claramente  as causas disso… o porquê desse desinteresse das mulheres por si e pelas outras mulheres: primeiro há sempre a casa e a familia, o marido e os filhos e os pais e depois o trabalho, e essa é a ordem de valores que se estabelecem desde logo e a partida para todas salvo raras excepções. 

AS mulheres não veem como estão sobrecarregadas de deveres e trabalhos e sem tempo para si...
Definitivamente tudo isso que nos prende ao nosso fado, diminui a capacidade de pensarmos ou sentir como MULHERES no sentido de uma realização não apenas como esposas e mães…mas como Mulheres conscientes que buscam a sua plenitude e capazes de serem elas mesmas sem todo esse rol de compromissos e deveres prioritários na vida - uma vida de escravas - e assim ou porque se sentem preenchidas ou cansadas do esforço, não há espaço para a criatividade ou para a dádiva a pessoas que não são do seu circulo familiar e ainda menos pensar nas outras mulheres com quem nunca estabelecem relações de amizade verdadeira – para resguardar os maridos ou porque existe e persiste essa velha rivalidade entre elas…
Quando eu escrevo para as mulheres e crio um pequeno grupo de leitoras e amigas… vejo com desgosto e pena que aos poucos todas abandonam o barco e se desinteressam pelo discurso feminino e pelos motivos que apontei. E não é porque não temos tempo…é porque não temos interesse que não somos motivadas. Nunca as mulheres se deixaram motivar que não fosse pelo que as interessa imediatamente, seja pelo amante/marido ou filhos… pela sua vida familiar e afectiva, as suas paixões e a luta pela sobrevivência…ou mesmo outra actividade, mas egoisticamente pelo seu ego, prazer e afirmação pessoal – e tudo isso está em primeiro plano e elas não veem que não é apenas a necessidade de viver a "sua vida", que nada tem de seu...mas porque estão debaixo do Controlo de um Sistema e do patriarcado que as oprime e usa e assim moldou as suas vidas e desejos e elas resignam-se ou aceitam sem se questionar ou sem pensar que poderiam ter uma vida própria…ou nem nisso estão interessadas porque o seu vazio e culpa e a obrigação é maior que tudo o resto. Sem essas obrigações sentir-se-iam vazias, porque não tem contacto com a sua essência feminina...
As mulheres continuam vitimas do sistema e estão completamente debaixo do controlo económico e cultural dele. Não vejo saída, sinceramente…
Portanto o que eu sinto e penso é que a minha utopia durante décadas alimentada aqui e noutros circulos está a chegar ao fim e esta tentativa inglória de fazer DESPERTAR AS MULHERES é perfeitamente distópica… a minha ideia não passa de uma realidade imaginária em que tudo afinal está organizado de uma forma opressiva, assustadora ou totalitária...e é esse mundo em que estamos inseridas e vivemos anestesiadas.
rlp

COMO É QUE ISSO ACONTECEU?



A MORTE DA MÃE

-
A falta da Mãe…a Mãe inicial, a que ama, a que cuida, a mãe que ampara, a mãe que alimenta e resguarda a sua cria - acabou por criar filhos sem mãe o que gerou o ódio a violência e a guerra no mundo… Os Filhos sem mãe, criaturas que não recebem a nutrição maternal nos primeiros meses de vida, tornam-se violentos e incapazes de viver em sociedade e por isso muitos ou são criminosos e assassinos… tal como os mamíferos, notadamente como acontece com os macacos, segundo uma análise recente cientifica, quando abandonadas pelas mães ou estas morrem eles ainda bebés, adultos eles tornam-se agressivos e não sabem copular…
Parece que essa foi a nefasta forma como a Igreja usou para controlar a Mulher e a Mãe e dominar os homens. Separar a criança da mãe logo que ela nasce para a baptizar e livrar do pecado do sexo e do corpo da mulher...

Assim se destruiu e continua a destruir a importância da Mãe, na sua função soberana, sobretudo nas maternidades, em que as crianças ficam separadas das mães, assim como depois em casa dos pais  dormem  em quartos separados do casal; o pai tem a prioridade de posse sobre a mãe em detrimento do filho - os humanos são os unicos mamíferos que se separam das crias enquanto ainda são pequenas... Assim, a Mãe e a mulher vão perdendo o valor da relação criança mãe, o par inicial, em nome da ordem estabelecida e as normas do sistema de dominação. 

Lembremos o mito grego em que Zeus engole a deusa Metis para lhe roubar a gravidez da filha Atena que ameaçava tirar-lhe o seu trono quando crescesse; Atena acaba por nascer saindo da cabeça de Zeus ou da sua perna. Aí cultural e historicamente acabou o reino da Rainha Mãe para o reino do Deus Pai. Este Mito assemelha-se ao Mito de Edipo com diferentes contornos, mas sempre a culpa a condicionar o ser humano. Esta é a mensagem que passa num universo masculino de culto do pai e onde a mulher e a Mãe passa a ser desprezada/anulada. Portanto, ligando os mitos a  psicologia dita das “profundidades”, desde Freud a Jung, os famosos psicólogos que dominam pelo o intelecto masculino, geram igualemnte a culpa e o medo do incesto que domina nessas psicologias que são as das pessoas "cultas" de hoje, que com a sua arte e cultura, os seus filmes (realizado por artistas escritores e intelectuais actuais) não há dúvida que a Mulher não tem presença e a Anima passa para o homem segundo Jung e nem sequer existe uma referência maternal. A sua importância é sonegada. Ela é apenas a amante sexual potencial do pai e do amante, o futuro herói que irá preenche-la e tomar conta dela, dominando-a, e sem que ela tenha ou possa ter vida própria senão em função dele.
E é curioso notar que em filmes de guerra assim como nos filmes de aventuras e ficção, o padrão afectivo e familiar dominante é filha/pai e isso é actualmente uma constante subliminar…enquanto que o rapaz se torna no herói e tudo faz para agradar ao pai que o submete e diminue, também a rapariga, aparece sem mãe, e a defender o papá, marcados ambos com o abandono do pai (que os roubou à mãe) ou decepcionados por ele não ser como o projectam ou por não lhe dar a atenção que eles buscam, mas é sempre o Pai que acaba por ser o seu grande herói, amor ou fixação…Isto é deveras estranho, mas faz parte da nossa cultura patriarcal, em que o amor da Mãe é substituído pelo do Pai dominador e que nada tem a ver com o nasciturno senão uma breve e ocasional participação, pois é a Mãe que alimente e dá vida a criança... 
Muitas séries policiais modernas em quase todas aparecem pais bondosos (e traídos pelas mulheres) com filhas que eles cuidam sem mãe. É como se de facto a mãe não existisse e não tivesse qualquer importância social e económica (de facto não tem) e explora-se o amor da filha pelo pai (tal como do filho) ou fazendo o pai ser o bom da fita e a mãe uma bêbada, prostituta ou drogada… este é sempre o tema dos filmes americanos...


COMO É QUE ISSO ACONTECEU? Como é que fomos desviadas do par inicial que alimenta e forma o ser para a Vida... Como o direito A VIDA foi substituido pela lei e pelo  PODER

Talvez este excerto do livro REBELIÃO DE EDIPO de Cacilda Rodrigañez Bustus possa esclarecer

Como A Vida foi subjugada pelo Poder, por isso - quando acordamos de manhã e ao longo do dia- o SENTIR a VIDA correr dentro de nós é da ordem do milagre.

A nossa LUTA como mulheres não serve de nada se for virada para fora, ao nivel social, a não ser que seja mantida através de um trabalho de DES-CONSTRUÇÃO de forma perseverante e incansável dentro de nós mesmas contra o que foi estabelecido pelo Sistema de Dominação, para que possa surgir novamente a ordem da Vida…
 
DIZ ELA: 

“Para construir uma bagagem conceptual e simbólica que recria e propicia (o entendimento) do que é a autorregulação da vida, é preciso uma correlativa (e constante) des-construção da ordem simbólica patriarcal, que exerce uma pressão continua e tem tudo estruturado no plano social e no individual (para nos submeter); e há que exercer uma pressão analítica no sentido contrário. É muito mais que vencer uma inercia de um modo de pensar. Deve ser ultrapassado o dogma estabelecido dessa civilização para chegar à verdade da vida humana.

A Lei do Pai tem construido uma poderosa ordem simbólica, correlativa a sua ordem social, que faz com que acreditemos que a sua lei é a lei da vida, de tal maneira que a lei e a vida estão confundidas em nosso mundo; e esta ordem simbólica e a sua confusão operam diretamente sobre o nosso inconsciente, além de operar evidentemente sobre a nossa consciência. Por isso é preciso realizar um esforço especial para sair de tal ordem simbólica, para adotar o ponto de vista da autorregulação da vida (aquilo que é da natureza da relação par mãe-criança) para ir desfazendo a confusão entre o que é a Vida em si e o Poder estabelecido.

E já que temos uma perspetiva na qual vivemos tão assumidamente, o esforço analítico e crítico de des-patriarcalização deve ser sistemático, ou pelo menos semântico. Não é gratuito afirmar que o ponto de vista da autorregulação da vida (natural) é anti-patriarcal, da mesma forma que não é gratuito ter - em relação ao corporal - a perspetiva anti-eudípica da integridade primária: se não formos contra essa possessão, não poderemos expressar-nos livremente, se não desfazemos o mito da “cara metade”, não poderemos produzir e deixar fluir o desejo. Se o processo é inevitavelmente uma des-construção do estabelecido, e já que o estabelecido se encontra completamente fundido e confundido com o que é a vida, mantendo-a parasitada com fios invisíveis, a perspetiva anti-eudípica e anti-patriarcal é uma ferramenta imprescindível para não seguir na confusão e na parasitação da nossa vida pelo Poder patriarcal”

O Mito de Edipo.

Édipo nasceu príncipe da cidade de Tebas, filho do rei Laio e da rainha Jocasta. Ao nascer, foi levado ao oráculo de Delfos onde foi profetizado que Édipo se tornaria um herói, após matar o pai e desposar a mãe, desencadeando uma cadeia de desgraças, que causariam a ruína da casa real.
Eudipização-culpabilização do filho: No Mito o filho é à nascença entregue pela mãe (Jocasta) ao Pai (Lau) para o mandar matar por causa da profecia, porém, este, não tendo sido morto, cresce e acaba por regressar a Tebas e cumprir a profecia que o pai tanto temia – ele mataria o pai sem saber e casaria com a mãe desconhecendo que era sua mãe… assim, quando ele descobriu o que aconteceu cega-se e foge para longe por se sentir culpado. Ora segundo esta autora, e na sua perspectiva, Edipo devia ter reivindicado os seus direitos e não sentir-se culpado: o mito é apontado como o fim do domínio da Mãe na cultura grega passando para o Pai o Poder em detrimento da principio da Vida…O mito anuncia assim o reino do Pai e o patriarcado e o fim do reinado da Mãe.
rlp