sexta-feira, abril 28, 2006

Ah! Os Anjos...
Fala-se deles há milénios...




No círculo branco ele surge de repente, agitando uma bandeira em cada mão. Sua face oculta pelo capacete negro. Só, naquela luz brilhante da manhã. Surge e logo desaparece. Do fundo do negrume. Mas num tal júbilo. Como uma resposta. Que diz - “é assim”.
E depois, de tarde, na cidade a música que sobe da rua até cá a cima ao quarto. Repetindo, em confirmação.
Mas o fundo dos fundos, que foi mostrado de relance.
Como um dom. A mão estende ao fundo do poço, vigilante. E piedosíssima. Naquela pungente alegria; sinal secreto da sua verdade. Que diz – oculto, mas no fim, está o amor, semente do mundo. O coração eterno. Do mundo. Dos mundos.
Crescendo, em espirais…espirais sem fim.

(20-X-1964)

In AFORÇA DO MUNDO
Dalila L. Pereira da Costa

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