O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, abril 02, 2020

PODEMOS AINDA SONHAR



Ainda sonho afinal, com uma Casa na Floresta… onde juntar as mulheres numa grande comunidade - e há dias ainda que sonho que essa casa há-de aparecer por tanto que a visualizei...
Há-de aparecer o lugar na Terra e dentro de mim algures e apesar de mim, começo a acreditar, quero acreditar…
Depois disto tudo o que está a acontecer e de tão inacreditável que está mesmo a acontecer diante dos nossos olhos incrédulos, e então podemos ver como tudo é possível e quem sabe um dia possamos realizar esse sonho de sororidade, de mães e filhas e filhos e irmãs e quem sabe homens pacíficos e benignos,  mas tudo isso não poderá ser construído sem um grande esforço e trabalho e muita luta e desapego, entrega e renúncia a este mundo materialista e consumista que nos consome e onde o dinheiro é quem comanda a vida e nos deixa escrav...as dele!!

Sim, no dizer das "profecias" teremos de abandonar as cidades... que ficarão desertas e só a terra nos dará abrigo e comida... se a semearmos com as nossas mãos longe do conflito urbano... Não, não haverá empregados e senhores... nem ricos nem pobres…


O SONHO DE UM SONHO DE UM SONHO…


Falei-vos do meu sonho entranhado de uma Casa na Floresta...e sim esse sonho perdura no meu espirito desde sempre e sempre me senti deslocada no meio das cidades e nunca gostei de todos esses sinais falsos de uma civilização mecânica de asfalto e lata de ferro e fios e antenas de electricidade a volta da terra, aprisionando-a para que possamos falar "rapidamente" para todo o mundo o vazio dos nossos corações, esses aparelhinhos diabólicos... que consomem o Planeta e nos destroem por dentro, esgazeados e electrocutados a breve prazo com o G5…
E o que eu odeio  os carros e as corridas de carros … mesmo que recorresse a eles como coisa natural neste mundo e por comodismo, até para fugir do mundo que me rodeava. Mas nunca tive ímpeto de tirar a carta ou ter um… Sempre imaginei que um dia iria viver nalgum sitio que tivesse a ver com a minha alma e onde pudesse respirar o ar livre. Mas os anos passam e tudo isso são coisas que as gente esquece... é obrigada a ambientar-se e esquecer os sonhos …
Como todos os seres humanos habituamo-nos a vida de escravos dentro de um quotidiano desprezível e miserável ou rico, pouco importa, em que nos matamos a nós e aos nossos anseios a servir objectivos falsos e a trabalhar para ganhar o vil metal...sim claro ele é necessário, dizem-me, e sem ele viveríamos na miséria passariamos fome...no meio deste inferno de gente aglomerada e sem alma entregues ao desvario do consumo e da máquina que empesta a atmosfera e mata as Natureza que viola e destrói o reino vegetal e animal… Sempre odiei viagens e aviões… mas não podia dizê-lo...O turismo é uma peste que anuncia outra...como se viu no mundo inteiro...carregamos os nossos vírus intra-continentes... Tantas vez odiei viver neste mundo e chorei de raiva e pena e dor de não conhecer esse lugar que ecoa na minha memória de uma Terra maravilhosa e da harmonia da vida em consonância com os ritmos da natureza Mãe que ninguém mais respeitava e de facto sem saber como inventar uma maneira, como iria isto acabar, ACONTECEU o inesperado.
Chegamos ao fim de um mal que eu creio que não se pode voltar a repetir…
Como criminosos, culpados ou não,  fomos todos presos… as pessoas do mundo inteiro ficaram reclusas e confinadas em casa com medo de por em perigo a sua vidinha quando já tinham destruído o planeta quase todo, esgotado os seus recursos ...e todos fomos castigados porque todos fizemos parte desse grande crime contra a vida do Planeta e dos próprios seres humanos.
Não paramos para pensar.
Não paramos para fazer diferente.

Não confiamos nem entregamos a Mãe as rédeas da nossa vida quando achavamos que era tudo um crime a nossa volta… nuns casos compactuamos e noutros baixamos a guarde e que podíamos noa fazer a arraia miúda? Quando os tubarões destruíam tudo e nos davam migalhas? Não, nós todos e todas continuámos a usufruir do mal que fazíamos e sabíamos como os animais eram mortos e as arvores abatidas e a terra queimada e toda ela esventrada e brutalizada pela ganância dos homens e a sua insanidade… Nós sofríamos em vão, todos e todas aquelas que víamos… mas que fazer meu Deus minha Mãe?

Todos os dias eu sentia isso e me ia abaixo... não me apetecia viver assim nesta terra… mas lutei como pude e com palavras…Fui escrevendo e dizendo - há mais de 20 anos - e cheguei aqui, mas o que vos queria dizer hoje é que talvez, sim talvez, talvez a Terra e o Céu não se deixem mais serem violados na sua integridade…
Talvez haja um Portal a abrir-se… e como no sonho novos mundo se aproximem de nós, não idealmente não teoricamente, mas dentro desta ou outras realidades… sim, não sabemos o que estamos a viver nem a passar...mas talvez portais se abram e da noite escura da alma talvez surjam todos os sonhos possíveis e cada uma de nós fará a sua escolha…não falo de meros sonhos os que conhecemos, mas de outros planos e vibrações... ou dimensões... nada sabemos!

Hoje deixei-me ir por aqui… talvez amanhã caia e fique mesmo em baixo...por ter tido esta visão que afinal será só mais uma ilusão no meio do caos que vivemos sem saber o que vai acontecer. Mas sintam...sintam o vosso sonho e deixem que ele possa ser realidade para vocês…
 
Sim, este Era o sonho? 
Mas não sabemos nada do que vai acontecer, mas para continuar a ser o dinheiro a minha devisa e a razão de viver...sinceramente prefiro morrer…
 
rosa leonor pedro
 

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