O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, julho 23, 2012

OS MESTRES ASCENÇOS...?


CORAÇÃO ARDENTE



AQUI NA TERRA COMO NO CÉU…


A mim, como ser humano neste planeta, e neste plano terráqueo, não me foi dado aceder NATURALMENTE a nenhum outro plano ou dimensão fora do tempo e do espaço linear; e creio que eu me recuso a isso...tudo o que a minha compreensão humana alargada não possa abranger e descodificar de forma inteligível e eu não digo de forma razoável, mas sensível ou até extra-sensorial,   sinto que de pouco ou nada me serve tudo isso; enquanto o meu ser não esteja preparado para abarcar outras formas de linguagens, de vida e planos de existência, de forma natural e equilibrada e sem o risco de ruptura com este plano, eu não quero nenhuma visão especial. E não é por não aceder a esses mundos que eu os nego. Primeiro nem os nego, mas sou eu que não quero o que sei que não posso abranger dentro dos limites da minha compreensão humana.  Claro, ninguém sabe bem o que é a INTELIGÊNCIA ou sabemos que apenas usamos uma percentagem mínima do nosso potencial…Mas eu recuso-me a simulacros…a andar a cantar as glórias de outros mundos e eu estar a a braços com os piores sentimentos, a falar de Amor universal e a odiar os seres humanos que estão mais perto.
Eu creio no potencial divino das mulheres e dos homens, na sacralidade da Vida, mas que ele se perdeu através das crenças e dessas fantasias e alegorias e tabus com que as religiões aprisionaram os seres humanos. E que em vez de estarmos a dedicar o nosso tempo a desvendar e a acordar esse potencial em nós, a PARTIR DA BASE,  buscamos novas formas de alienação do que é humano. Ignoramos as questões fundamentais para o a nossa evolução e branqueamos as soluções possíveis a curto prazo.

De facto, admito e sei até um certo ponto, sim, posso percepcionar outros mundos e outras dimensões, e nessa expansão de consciência há grandes probabilidades de alargar o nosso conhecimento através da alteração do nosso ADN etc., mas note-se, por exemplo, esse não é  o caso  da maioria das canalizações  ou outras formas exteriores a nós de aceder a informações, digamos, de aceder a outros planos, pois quem o faz em si mesmo não denota nenhuma consciência nem grandeza de alma. Bem pelo contrário: em quase todos estes processos, por exemplo, as mulheres continuam alheias ao seu ser enquanto indivíduos, sem identidade, alheadas das suas capacidades inatas e natureza profunda. Nesse campo como em outros seguem cegamente os homens e tentam ser "iguais"...

A questão principal deste texto é que eu não quero nem preciso de informações transcendentes  que eu não possa processar eu própria, que eu não possa integrar neste plano ao nível da minha psique e tornar real na minha vida, consequentemente. De que me servem informações e conhecimentos se eu os não puder equilibradamente validar e expressar? E fazer delas uma realidade aqui? Para que viveria eu, como tanta gente que conheço, totalmente desfasadas deste mundo real (Maya, pois) e desses universos paralelos de que falam – luz amor e plenitude - em completa contradição com eles e em completa alienação de si como seres humanos?  

Para mim É uma questão de “bom senso” sem o qual se perde a noção dos limites e das fronteiras: a mim nada me garante a certeza dessas informações nem  de tudo o que tenho lido e ouvido, pois elas são tão contraditórias por vezes como as fontes e tão absolutamente antagónicas que não me é possível acreditar nelas como plausíveis...

Não. Ninguém tem garantias desses universos paralelos, ninguém...e eu não estou a duvidar de quem diz que sim, mas dos processos para lá chegar sem ser pela evolução da própria consciência a nível individual...e porque mais simplesmente e na prática de vida aqui não sei para que servem, sinceramente. Essas mesmas pessoas que se dizem "inspiradas e iluminadas" por fontes superiores, estão tão desestruturadas humanamente, tão sem saber do mais básico de si mesmas, tão perdidas sexual e emocionalmente, sem nenhuma consciência psicológica individual, que não podem ter qualquer crédito, no entanto lelas querem chegar a mundos perfeitos e inatingíveis...no cosmos!

Quase todas elas em risco de alienação e de loucura…mais não seja de insanidade...

O meu ponto de partida é este, de que me serve ter acesso a esses mundos e até fazer contactos com seres de luz ou extraterrestres, mestres ascenços ou naves espaciais …se eu continuo um ser humano limitado em si mesmo, sem capacidade de me elevar ao mais alto da minha condição apenas como ser humano, coerente, coeso e amoroso…

A minha estada na terra é para cumprir uma elevação da matéria, respeitar a vida humana e espiritualizar o meu corpo; o meu objectivo em vida é  elevar-me na minha condição humana e ser fiel à minha verdadeira dimensão, de ser humano e de Mulher e a dimensão do meu coração é a única a que tenho acesso e se não for por ela eu aqui na terra não vou a nenhum lado! Sim, de que servem todos esses dons, visões e revelações …se as pessoas continuam a rejeitar este mundo ou odiar a Terra? Odeiam-se umas às outras, invejam-se tão visceralmente, são predadoras, vampiros de energia, exploram e mentem-se umas às outras totalmente desequilibradas e sem “suporte vibratório” para as energias que dizem receber e o óbvio é sem dúvida o risco de loucura...E nada acrescentam de “melhor” ao mundo senão ao seu próprio ego espiritual INSUFLADO que é o de se convencerem de que são seres excepcionais, os “escolhidos”, e dão-se nomes pomposos...Tudo “lhes é dito” vem de cima ou “revelado” – pensar por si não pensam…e elas convencem-se de tudo o que a sua mente macabra lhes diz enquanto se alienam da terra…e do propósito de estarem vivos, aqui e agora.

Sim…o meu ponto de honra  é que de nada me serve os dons e as visões e os contactos e as revelações, se não me tornar mais humana…mais amorosa…mais verdadeira, mais eu mesma AQUI NA TERRA!
De resto, aconteça o que acontecer Eu tenho tempo quando partir de chegar onde é suposto eu chegar, desde que o meu CORAÇÃO esteja em Paz comigo mesma porque é só ele  que é meu mestre e me guia.

rosaleonorpedro

1 comentário:

Maruska disse...

Concordo com muitas coisas do que aqui diz!
Volto depois.

Um Abraço