O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, setembro 30, 2021

FALTA AO MUNDO AMAR A TERRA E A MÃE...


O Homem que desventra a Terra para lhe sugar a sua seiva, o seu “sangue” e destrói o seu Pulmão, é um bárbaro sem alma…

O Homem que explora a mulher como mãe dos seus filhos para produzir e matar e a prostitui ou a viola como despojo de guerra ou a mata em nome das suas leis…não é O Homem, é A BESTA do Apocalipse!

rlp



A MANIPULAÇÃO DAS MASSAS

Não há como não ficar perplexa ao ver como as pessoas embalam em qualquer onda de fanatismo verbal com uma falta de discernimento e de pensamento próprio. É assustador. Pessoas por suposto conscientes… ou "informadas" a reagir violentamente por tudo e por nada. Mas é aí que começa o drama. Como informadas e por quem, se por detrás de tudo está a mentira e a manipulação, se a pessoa não PARAR PARA PENSAR? Se ela não reflectir ela vai atrás do seu sentimentalismo e do pânico, fica contaminada...estas ondas são manipuladas a algum nível inacreditável...

Nada como provocar o medo e o pânico e criar alarmismos de qualquer espécie para o ser humano como individuo entrar em falência. Ele esquece que o medo é fundamentado no medo de morrer. Por isso o terror para alimentar o medo. Mas morrer vamos todos a qualquer hora, não precisa ser o fim do mundo nem o fogo nem a avalanche climática. Não, o Planeta não precisa que o salvemos. Ele vai-se salvar a ele próprio porque a inteligência da Natureza é superior à do ser humano! O humano tem de cuidar de si e ser apenas humano, pois é isso que falta. Amar-se e respeitar-se a si mesmo, só assim fará algo pela Terra!
Esta Onda Verde é exacerbada para tirar as pessoas de si, para as assustar, para as manipular e as pessoas caem na armadilha do capitalismo, porque é sempre o dinheiro que está por detrás de tudo o que os Midea e as redes sociais divulgam.
Estamos na era das noticias falsas e tudo se perverte e inverte de forma assustadora. Quando as pessoas se movem sem clareza, sem objectividade não podemos esperar nada de bom porque vertiginoso e cego é o movimento das massas... eles são engolidos na sua cegueira, os escravos. E os que dominam e controlam ficam mais ricos, sim eles "comem tudo e não deixam nada"...
rlp

Eis como começou a propaganda do fim do mundo e da crise climática...

Cronologia:

- 1960's - Petróleo acaba em 10 anos
- 1970's - Nova era glaciar em 10 anos
- 1980's - Chuva ácida destruirá todas as plantações em 10 anos
- 1990's - A camada do Ozono destruída em 10 anos
- 2000's - O degelo em 10 anos
- 2000 - Y2k (ano 2000) o mundo será destruído
- 2001 - Anthrax vai matar todos
- 2002 - Virus do Nilo vai matar todos
- 2003 - SARS vai matar todos
- 2005 - Gripe das Aves vai matar todos
- 2006 - Ecoli vai matar todos
- 2008 - Crise económica vai matar todos
- 2009 - Gripe Suína vai matar todos
- 2012 - Calendário Maia acaba, vamos morrer todos.
- 2013 - Coreia do Norte vai começar a WW3, vamos morrer
- 2014 - Ebola vai nos matar
- 2015 - ISIS vai nos matar
- 2016 - Zika vai nos matar
- 2018 - Aquecimento global vai nos matar
- 2019 - CO2 vai nos matar
- 2020 - Corona vai nos matar


(lista por Gonçalo Forjaz)

Pode-se salvar o Planeta sem AMAR A TERRA?



“No patriarcalismo ocidental, os homens tentam submeter o campo feminino e o mundo material às suas capacidades e hegemonia.(…)", “Eles tratam a Terra como a sociedade trata a mulher. Na minha opinião, a crise ambiental do Ocidente baseia-se em modelos de relacionamento."

"Quando a relação homem-mulher se desequilibra, então a relação humana com a natureza também se desequilibra de maneira perigosa. "  
*Robert Lawlor

Pode-se salvar o Planeta sem AMAR A TERRA?

Sem amar as árvores e as plantas e o chão que pisamos?
Qual é a relação que os jovens e adultos que querem salvar o planeta tem com a Natureza e a Terra e os animais, os pássaros e as abelhas e os tigres? Qual a vivência directa que temos nós com a Vida Natural e quantos de nós respeita a mais ínfima manifestação de vida na terra e a sua própria vida, quando tudo o que se faz neste mundo é poluente e material e consumista, tudo excessivo e desligado da realidade e os jovens sobretudo que vivem presos ao mundo virtual e tecnológico, a filmes e jogos de guerra de extrema violência e competição ?
Qual a percentagem de pessoas, homens e mulheres, nas cidades que tem uma relação saudável com os elementos e vive em contacto directo com a natureza Mãe?
O ambiente afinal é o quê? O ar que respiramos, a água que bebemos? O Sol a Lua e o Mar?
Mas como salvar o planeta se tudo o que fazemos é poluir e destruir…tudo é químico e falseado. Não há respeito por nada nem por ninguém...tudo se vende e tudo se compra.
Como dar crédito a jovens que estão desligados de tudo o que é mais profundo na vida, sem valores e sem qualquer respeito pelos outros e pela vida humana e tudo o que os cerca?
Ah, mas será que são esses mesmo jovens que marcham pelo ambiente? Onde e quantos? Quando?
Sinceramente digam-me se acreditam nisto… se é possivel fazer alguma coisa por algo sem amor e sem respeito pelo próximo? Sem respeito pela terra Mãe?
rlp

"A Terra sente os vossos desejos e sentimentos. Ela conhece os seres humanos porque é uma entidade viva, biológica....A vitalidade da Terra está à espera de ser descoberta por vocês. Ela pode dar-vos a maior abundância se compreenderam quem Ela é. Pode pensar-se nela como a DEUSA-MÃE - como um aspecto a existência, que os nutre alimenta e embala. Ela é o vosso lar e a vossa mãe, a fonte de onde vieram.”
 
TERRA - CHAVES PEIADIANAS PARA A BIBLIOTECA VIVA
Barbara Marciniak

segunda-feira, setembro 27, 2021

COMPETIÇÃO E A RIVALIDADE

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e escultura

"A ideia de criar a união das mulheres em todo mundo é mais do que oportuna."
 
"Coloquemos na base da União da Mulher a aspiração ao conhecimento verdadeiro, aquela que não conhece demarcações nem limitações humanas. Porém, podem nos perguntar como se pode alcançar o verdadeiro conhecimento. Responderemos: «Este conhecimento existe no seu espírito, no seu coração. Seja capaz de acordá-lo». Helena Roerich

Estas palavras foram foram escritas em 1929 e eu publiquei-as aqui em 2005... 
Na altura tinha muito fé nas mulheres e no meu trabalho inicial, mas ao fim de todos estes anos - mais de 20 - infelizmente vejo que pouco resultou e o que eu vivo hoje é a grande decepção de ver como as mulheres sempre foram enganadas e continuam a ser enganadas por guias e mestres espirituais que sempre s invalidaram e alguns que hoje estão na berra e que se servem delas e as usam e é assim que elas gostam. Tudo na mesma. Entre si continua a ser o ego, a competição e a inveja e o confronto e a desconfiança. Por isso não houve nenhuma união das mulheres e em nome de nada nem em lugar algum na Terra e como é patente em pequenos ou grandes grupos de mulheres , onde podemos ver que nada  as une de verdade e  que continua a existir a mesma falsidade camuflada de interesses e vaidades. 
 
Na verdade continuam a ser os homens as referências das mulheres. Elas continuam a seguir os lideres e os guias e mestres seja do passado seja do presente. NÃO, as mulheres não foram capazes de acordar  esse conhecimento que existe no seu espírito, no seu coração... 
E fiquemos por aqui. Nada mais a acrescentar!

rlp

AS MULHERES, CADA VEZ MAIS COPIAS DE NADA...



"Lilith foi recalcada para dar lugar a Eva. Eva representa portanto a mulher vista, educada, modelada pelo homem. Eva está incompleta, falta-lhe alguma coisa: trata-se do aspecto Lilith que ela por vezes toma quando se revolta; o aspecto que Eva tomou, quando comeu a maçã; o aspecto que tomará a Virgem Maria ao dar à luz um filho que se revoltará contra o pai e imporá uma nova lei, o Evangelho (a boa nova) do Filho (e da Mãe). Assim se processa a passagem do Judaísmo (Paternalismo) ao Cristianismo primitivo (Maternalista), que será imediatamente recuperado pelas autoridades Patriarcais e desviado dos seus verdadeiros objectivos.”
 
In La Femme Celte, Jena Markale, Petite Bibliothèque Payot


UM COMENTÁRIO SOLTO
 

QUEM É LILITH?- fala-se de dela como se Lilith fosse apenas a sexualidade reprimida ou um pretenso e oculto erotismo da mulher, aquilo que as mulheres em geral  não ousaram ser (excepto, no patraircado, as raras mulheres cortesãs e concubinas na antiguidade) e nesse sentido, incapazes de se assumir  durante estas ultimas décadas porque demasiado masculinizadas ou há séculos reprimidas sempre sujeitas à  repressão cultural económica, social e sexual masculina.

Por detrás desta nova abordagem do feminino, em nome do feminino sagrado e de uma nova espiritualidade, SINTO que estamos cada dia mais a resvalar perigosamente para uma copia de todas estas coisas antes anunciadas como uma libertação da mulher profunda indo ao encontro dela mesmas e da sua Sombra, mas que sem conhecimento profundo, navegamos agora em plena maionese. Assim a  mulher aparece agora sob a capa do feminino sagrado quer em nome dessa espiritualidade muito generalista, que abrange todas as formas de culto e fé ou crenças do passado, tudo bem miscigenado, e é então que essa cópia da Mulher verdadeira aparece, aliás, que  surge  em nome dessa Mulher verdadeira, mas agindo ou falando sem nada sentir e por isso fiel ao patriarcado que as modela e ao homem. Digo-o, porque poucas mulheres tem feito esse trabalho em profundidade consigo mesmas e por isso não terem na verdade NENHUMA  dessas experiências integradas no plano emocional e psiquico. Contudo elas falam e escrevem divulgando meramente ideias e conceitos que veiculam por todo o universo virtual, sem qualquer consciência de si, como mulheres integradas, e muito menos no caso de Lilith em que apenas exaltam ou ressaltam a sua sexualidade.
E assim, sob esta nova capa, elas oferecem-se ao seu novo heroi, como Liliths audazes e sedutoras, como sacerdotisas eróticas e desregradas, com promessas que lhes fazem de prazer eterno... E é vê-las por ai...a escrever poemas, a dançar, a cantar e a rezar em oferenda ao seu deus cornudo e ao masculino sagrado cheias de amor e paixão acesa! 

E é ai que para mim surge a velha mentalidade camuflada dessa nova imagem da mulher mas que no fundo continua a ser a velha mulher incompleta e submissa, a pobre Eva, que precisa do seu complemento masculino - do Pai e do Filho -  para se cumprir e servir, e essa mulher nada tem ou terá jamais a ver com Lilith. 

TUDO CONTINUA IGUAL - “ ...ela explicou que as mulheres, mais do que os homens, são os verdadeiros sustentáculos da ordem social, e que, para cumprir este papel, elas foram educadas, uniformemente em todo o mundo, para estarem a serviço do homem.

- Não faz diferença se elas são criadas como escravas ou se são mimadas e amadas, observou ela.
- A finalidade e o destino fundamental das mulheres continuam sendo os mesmos: nutrir, proteger e servir os homens." taicha abelar

Não, não fazem a diferença porque ficaram presas pelo catolicismo serôdio e às crenças mais atávicas ou ainda  socialmente presas ao "politicamente correcto"- o social politico e economico - que camufla o seu medo e inferioridade em se afirmarem pelo que sentem e são e então para se valorizarem recitam os mestres e os guias ou os instrutores - sei lá...os canalizadores...e esses heróis que elas elegem e acham  ter uma sensibilidade especial, muito feminina... e se calhar bem mais feminina do que a delas...pois estamos a falar de mulheres Evas!

E assim vejo as mulheres sempre com medo de se dizerem e confrontarem a si mesmas e com medo das outras a vender os seus produtos - os mais verdadeiros e qual delas a mais bela!-  e quanto mais idealistas e bonitos e positivos os pensamentos melhor -  e por isso que não ousam partilhar nada a não ser essas fantasias muito bonitas para se enganarem e enganar as outras mulheres. Nunca falam da sua dor e emoções verdadeiras...dos seus complexos e medos, nunca se dizem vulneráveis ou susceptiveis... mentem para si e para as outras. Vivem para uma imagem de si que seja a mais cotada no mercado das aparências... andam distraidas por mais valias que não interessam a ninguém que seja realmente consciente de si enquanto ser individual. Andam por ai em luta com os seus egos e cheias de fantasias na cabeça à espera do novo "Príncipe encantado" a vender o seu Mito do amor e agora vestido de xamã e de guerreiros de cabelos compridos e ar angélico ou do intelectual ou artista de vanguarda muito feminino. E só vendem a mercadoria que apregoam, claro se tiverem um parceiro a altura - ah que inveja e que delirio, o das outras mulheres e clientes!
No fim restam poucas mulheres autenticas, reais ou feias até, as gordas são suprimidas e as velhas espezinhadas, como se todas fossem muito bonitas e sedutoras... Restam poucas mulheres capazes de serem fieis a si mesmas e de se QUESTIONAREM FACE A ISTO TUDO, porque gostam do modelito... queriam ser assim, magras e belas e terem amantes lindos... Assim, elas são  incapazes de se insurgirem contra esta farsa porque afinal não se sentem inteiras e são incapazes de se valerem a si mesmas na sua verdade e com sinceridade, sem que busquem uma imagem de si ou um parceiro que as complete... 
Vejo-as  em risco de perder toda a sua lucidez e a sua verdade interior em favor do Mito e do sonho que as marca há séculos. Afinal nada mudou - as mulheres preferem continuar cativas do dono e do senhor do que serem livres e sós - como se realmente em si mesmas NÃO VALESSEM NADA! 
Sim, como velha que sou não me posso calar e sei que passo por radical e bruxa má... não é? Por isso não sou aclamada nem recitada e as carochichas e as fadinhas fogem da velha bruxa como medo de serem envenenadas... 
 
ahhaahha a Carochinha 
(cantando) repetir três vezes:

Quem quer, quem quer…

Casar com a Carochinha.

É muito rica, bondosa e bonitinha?

Não, eu não vos conto historias da carochinha que é bonita nem da deusa que "é formosa e está farta de estar sozinha..."

rlp
PS 
Estou pronta para levar com as pedradas das fadinhas de serviço...

LILITH?




O MEU PECADO ENTRE AS MULHERES

 
O meu lado místico não agrada às feministas e às ateias....
O meu lado esotérico não agrada às intelectuais, cientistas ou marxistas...
O meu lado pagão não agrada às cristãs, budistas e new ages...
O meu lado subversivo não agrada às escritoras, conservadoras e artista da ribalta
O meu lado elitista não agrada às comunistas e às revolucionárias...
O meu lado devocional, definitivamente não agrada as eróticas, góticas, vampiras e as deusas do caos...


rlp

(escrito há muitos muitos anos...)

sexta-feira, setembro 24, 2021

excertos...




Estava a reler o livro de um escritor que amou a mulher tanto e mais do que ele podia e quando a mulher morreu subitamente ele também se deixou morrer aos poucos...e tudo o que escreveu depois era o vazio, o desespero, assombro e o luto da sua alma só...o que me faz perguntar como se pode morrer de saudade de um amor ...que morre...
E pensei: em que grandeza me posso refugiar para que a saudade de um amor impossível - vivo ou morto - não me acosse e torne tão miserável a mim também? Não o amor de alguém que eu tenha amado…mas de alguém que nunca soube se existia, nem que alma era e que nunca amei…
  

E quando se diz, "O amor é o presente de sentir que existe o laço com outro ser, quando na verdade vivemos o abismo do abandono diante do mistério da vida e da morte. Diante do milagre do amor, o outro é o altar onde eu celebro o mistério. Devo tocá-lo com o cuidado que o sagrado exige. Nossa união deve ter a delicadeza de um laço.",* esta é uma verdade sublime mas muito pouco real...Ninguém mais do que eu, acreditem, sonhei toda a vida com esse encontro sagrado de laços eternos, mas ainda que existam esses laços eternos entre as almas, quase sempre, neste estádio da Humanidade, e portanto na prática e nesta realidade esses encontros são frequentemente interrompidas por circunstâncias adversas... e aparentemente os laços desfazem-se muitas vezes com dores profundas e irreparáveis. Não é por acaso que o desencontros das almas " gémeas e irmãs... nesta vida, é das coisas mais dolorosas e das feridas mais graves ou mais pungentes, por que cada uma de nós porventura passamos...pelo menos é isto que me diz a minha experiência. Eu como toda a gente também busquei esse amor e laços sagrados…
Por outro lado é verdade que no caminho da nossa evolução individual, sabemos que "Só amamos quando aceitamos a absoluta solidão do ser, quando reconhecemos que o outro não vai acabar com a falta que origina o nosso desejo. Amar exige aceitar a precariedade dos laços, reconhecer-se separado para ver-se ligado, conhecer seus limites para contemplar o outro.”* – mas este nível de amor já se trata de uma outra consciência e outro estado de ser que não é comum aos seres comuns…que vivem de apegos e paixões cegas…Não há dúvida que aqui o autor fala de um amor sublime que é aquele, como ele diz, ser um “…presente de sentir que existe o laço com outro ser, quando na verdade vivemos o abismo do abandono diante do mistério da vida e da morte. Diante do milagre do amor, o outro é o altar onde eu celebro o mistério.”* E sim, essa celebração do amor sagrado entre dois seres, por suposto homem e mulher, é já do domínio do divino…É a revelação suprema do amor de Deus/Deusa na união perfeita entre dois seres complementares em profunda comunhão e elevação de almas, só assim ele será possível a esta humanidade.
Sim, esse Amor hoje, só pode ser um Milagre…
rlp

quarta-feira, setembro 22, 2021

A NOVA IDADE DAS TREVAS


Texto de Isabel Conde 

A Nova Idade das Trevas
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Mais sofisticada, tecnologicamente assistida e amparada por uma poderosa pseudo-ciência, a nova Idade das Trevas está aqui. Aqui e agora.
A obscuridade sub-reptícia que a caracteriza entrosou-se paulatinamente na mente de homens e mulheres do séc. XXI.
Tal como outrora, o poder da minoria “nobre”, a palavra hipócrita do clero e o medo e ignorância da plebe são o cadinho perfeito para justificar perseguições, inquisições, fogueiras crepitantes de carne humana. Asperge-se a humanidade com os vapores bafientos do mal.
Sob o véu opaco da falsidade, coberta com o manto pseudo-protector da iniquidade da minoria poderosa, a plebe grita “Bruxa! Queimem-na!” a todos aqueles que nobreza e clero querem silenciar.
Na praça pública, lenha empilhada e cadafalso montado, a populaça, vítima de um enorme retrocesso cultural e espiritual e de uma letargia social e económica, dominada pela insegurança, pela ignorância, pela teocracia do dinheiro e pelo medo, ouve mesmerizada os discursos dos “nobres”, vazios de conteúdo, mas empolados de arrogância. E aplaude. Dá vivas às condenações. Vai ao rubro com as execuções.
Na nova Idade das Trevas o pensamento individual foi aniquilado pelo pensamento direcionado. A narrativa conveniente matou a razão. A expressão individual foi abafada por um coro de idiotas. O discernimento foi aprisionado pela cartilha do regime. A liberdade foi agrilhoada por uma ditadura sanitária. A integridade, a seriedade e a honestidade foram envenenadas com a cicuta de Sócrates, queimadas na fogueira de Giordano Bruno, companheiras de cela de Galileu.
Mas na nova Idade das Trevas também há, aliás como houve em qualquer outra época, dissidência, resistência, insubmissão e coragem. São estas tochas, poucas e pequenas quiçá, mas bem acesas, que iluminam, aqui e acolá, a densa obscuridade das Trevas.


terça-feira, setembro 21, 2021

UM MUNDO PARTIDO EM DOIS...


UM PEDIDO PARTICULAR

Gostaria de pedir especialmente as leitoras deste blog que possam ser ainda assiduas - se é que existe alguma - se poderão deixar-me um sinal da sua presença nos comentários. Estou a fazer uma sondagem para saber quantas leitoras e leitores ainda aqui vem para saber se de há vinte anos atrás ainda existe alguma leitora e se são ainda visitantes desta página e do Blog. 

O fenómeno Facebook e o Instagram destruíram a profundidade e seriedade de algumas partilhas de pessoas que apostavam neste meio para comunicar e interagir. O que foi também o meu caso, mas sem nunca deixar este espaço...

Entretanto e aconteceu de forma quase inopinada derivado à "Pandemia", haver uma acentuada e cada vez maior censura em todo o lado, nos meios virtuais e jornais, nomeadamente no Facebook, onde este Blog está bloqueado e tem uma nota a avisar que é perigoso... Com tudo isto é natural que muitas pessoas se tenham afastado ou tenham perdido o acesso. Mas de tantas mulheres que ao longo dos anos aqui deixaram testemunhos incriveis gostaria de saber se ainda há alguma que reste...

Os tempos mudaram e a realidade humana face a tantos acontecimentos estranhos muda de forma assustadora e está cada dia mais dificil de se discernir o que é verdade assim como quem é quem...

Tentar manter-me fiel aquilo que para mim é verdade assim como aquilo em que eu acredito tem sido dificil e até doloroso, face a esta situação global em que andamos todos e todas mascarados e afectados pelo Medo. O grande virus que atacou esta humanidade em todo o lado. 

Rlp 

DEIXO-VOS UM TEXTO publicado por  Franco Sánchez

"NÃO É NENHUM VÍRUS QUE SE CONTAGIA, É O MEDO CONTAGIOSO...
 (...)
Alguns dias atrás, alguém me disse que não é possível contagiar o medo entre as pessoas, tal como eu e outros mais.
No sentido de que a ′′ Pandemia ′′ (segundo o que ele ′′ viu ′′) sim foi ocasionada por um vírus e que não pelo medo!! ′′ Que o vírus mata ", que também o medo pode matar , mas o medo não é contagioso.
A este respeito, esclareci-lhe que a comunicação mais exata entre as pessoas, não é a verbal, mas a vibracional, que fazemos por meio das ondas eletromagnéticas que todos nós emitimos sem perceber conscientemente. Adicional dei-lhe outros exemplos. Um, até mesmo em objetos, eu comentei que...
Todos os ANIMAIS, por casal ou por grupos, através de diversas vibrações se ′′ contagiam ′′ do mesmo sentir e, consequentemente, agem.
Lembremos também que todos os RELÓGIOS DE PÊNDULO em um mesmo lugar pouco a pouco vão sincronizando suas batidas.
Ao aproximar de 2 ou mais CÉLULAS CARDÍACAS de diferentes corações, aos poucos, todas vão se sincronizando até chegar ao mesmo ritmo e frequência.
Outro caso maravilhoso, é o das MULHERES da mesma família [seja real ou simbólica] que vão sincronizando seus períodos menstruais.
Então, eu insisto que sim se pode contagiar o MEDO entre as pessoas, da mesma forma; medo de vírus ou medo de qualquer coisa, seja real, imaginária, simbólica ou virtual.
As ′′ vivências epidêmicas de medo de um vírus ′′ são as que têm adoecido muitas pessoas, pelas ′′ informações ′′ que recebem e as sensações que percebem do seu ambiente. Para ser mais preciso, o que adoece é o estresse orgânico intenso e prolongado que isso gera!!!
A única coisa que pode diminuir a sensação e o pensamento de medo é o conhecimento ou o saber o que fazer, em relação ao que cada um dos seus medos lhes gera!!!
Atenciosamente.
Alejandro Mora
Consultor em Descodificação Biológica.

sábado, setembro 18, 2021

MULHERES QUE LEEM LILITH



Há um ano atrás fui à Feira do Livro assistir ao lançamento de "Lilith - A Mulher primordial", escrito pela querida Rosa Leonor Pedro , o qual contou com a excelente participação da minha querida Joana Saahirah !

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A Joana, depois, ainda organizou um fantástico webinar com.a Rosa sobre o tema do livro!
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Intelectualmente posso não ter concordado com tudo o que li, mas comprendi muito do que se passava na minha vida, nos relacionamentos com homens e mulheres, e senti um grande alívio por saber que não estava maluca!
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Mas só na meditação desta manhã integrei, no sentir da experiência da minha própria vida, esta divisão ancestral entre a santa virgem Maria e a prostituta, que os homens fizeram da mulher!
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Só hoje me percebi mesmo como mulher inteira e completa que sou e vi que, nos relacionamentos amorosos que tive na vida, sempre fui dividida pelo homem e isso desfez a minha auto-estima!
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Foi por isso que voltei da Holanda com o rabinho entre as pernas, porque o meu ex-futuro marido preferia a pornografia que via no telemóvel e a prostituição legal, a fazer amor comigo que era uma mulher com mais libido que ele!
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Sou só uma gota no oceano no meio de tantas mulheres divididas que se sentem ameaçadas umas pelas outras, como eu me sentia, a achar que há algo errado consigo próprias!
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Ontem vi um vídeo de uma mulher dividida, defensora do patriarcado, que apelava à modéstia das mulheres na forma de vestir porque o corpo era para mostrar ao marido! Estava tão cega quanto as que precisam de se afirmar pelo sexo e mostrar demais!
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Vim ao mundo à frente do meu tempo, completamente desajustada, mas agora vivo em paz com isso! Que essa consciência sirva para acordar outras mulheres e me conectar com as pioneiras antes de mim como a Rosa e a Joana!
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Leiam o livro!
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Yolanda Rebelo
YolandaDance - Espectáculos de Dança Oriental & Fusão para eventos de alto nível.
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*Academia YolandaDance*
Dança* Música* História* - Formação de Bailarinas e Professoras de Dança Oriental & Fusão com foco do Desenvolvimento Pessoal.
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yolanda@yolandadance.com

www.yolandadance.com

3 MULHERES E UM SECULO...


 
MULHERES INDEJÁVEIS 


"As vezes, chegava a pensar que ser mulher implicava ter uma espécie de mascara que se punha no rosto logo a nascença para que nunca tivessem de se revelar inteiramente aos outros. Uma máscara que lhes permitia passar pela vida camufladas."

Olga Tukarczuk Premio Nobel de 2018
in CASA DE DIA CASA DE NOITE


Maria Lacerda de Mour
 
ESCRITORA BRASILEIRA

[…] "Levará ainda tantos séculos a perceber que as religiões organizadas, política e economicamente, não são senão instrumentos de exploração dos ignorantes, dos desfibrados, dos ambiciosos, dos moluscos, dos que carecem de espinha dorsal… Ninguém cresce na sua individualidade através da consciência ou, talvez, da inconsciência de outrém. Não é demais repetir que a atual organização social baseia-se na ignorância de uns, no servilismo da maioria, na astúcia de outros, no comodismo de muitos, na exploração dos espertos, na felicidade dos “proxenetas” e “souteneur “, desse cafetismo, desse regime de concorrência, em que se compra e vende tudo, inclusive o Amor e a Consciência – as mais altas manifestações do que é nobre e belo e grande, do que tumultua na vibração interior da nossa vida profunda."

 "SOU INDEJÁVEL"

…] É a razão por que não posso aceitar nem o feminismo de votos e muito menos o feminismo de caridades. E enquanto isso a mulher se esquece de reivindicar o direito de ser dona de seu próprio corpo, o direito da posse de si mesma. Sou “indesejável”, estou com os individualistas livres, os que sonham mais alto, uma sociedade onde haja pão para todas as bocas, onde se aproveitem todas as energias humanas, onde se possa cantar um hino à alegria de viver na expansão de todas as forças interiores, num sentido mais alto – para uma limitação cada vez mais ampla da sociedade sobre o indivíduo. Que representa uma “creche”, um hospital ou o direito de voto ante a vastidão dos nossos sonhos de redenção humana pela própria humanidade? É subir mais alto o coração e o cérebro, ver horizontes mais dilatados -além do sectarismo religioso ou da superstição social governamental. Isso é feminismo? Dêem o nome que quiserem, pouco importa: o que esse feminismo (não me agrada a expressão tão estreita para ideal tão amplo) reivindica é o “Direito Humano”, o Direito Individual, acima de qualquer outro direito, além dos direitos limitados ao parlamentarismo, além dos direitos de classe.”
 

Maria Lacerda de Moura
Nascimento em 16 de Maio de 1887 Minas Gerais
Falecimento em Março de 1945 (57 anos) Rio de Janei
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NATÁLIA CORREIA - UMA MULHER VISIONÁRIA

"Os neoliberais vão tentar destruir os sistemas sociais existentes, sobretudo os dirigidos aos idosos. Só me espanta que perante esta realidade ainda haja pessoas a pôr gente neste desgraçado mundo e votos neste reaccionário centrão".

"Há a cultura, a fé, o amor, a solidariedade. Que será, porém, de Portugal quando deixar de ter dirigentes que acreditem nestes valores?"

"As primeiras décadas do próximo milénio serão terríveis. Miséria, fome, corrupção, desemprego, violência, abater-se-ão aqui por muito tempo. A Comunidade Europeia vai ser um logro. O Serviço Nacional de Saúde, a maior conquista do 25 de Abril, e Estado Social e a independência nacional sofrerão gravíssimas rupturas. Abandonados, os idosos vão definhar, morrer, por falta de assistência e de comida. Espoliada, a classe média declinará, só haverá muito ricos e muito pobres. A indiferença que se observa ante, por exemplo, o desmoronar das cidades e o incêndio das florestas é uma antecipação disso, de outras derrocadas a vir".

Natália Correia

Nascido(a): 13/09/1923 · Ponta Delgada, Portugal
Falecido(a): 16/03/1993 · Lisboa, Portugal


segunda-feira, setembro 13, 2021

A CURTO E A LONGO PRAZO...



OS MORTOS VIVOS...

Não é só o neo liberalismo que nos impede de pensar...também os neo-espirituais.. RLP

"Todos os dias desaparecem espécies animais e vegetais, idiomas, ofícios. Os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Cada dia há uma minoria que sabe mais e uma minoria que sabe menos. A ignorância expande-se de forma aterradora. Temos um gravíssimo problema na redistribuição da riqueza. A exploração chegou a requintes diabólicos. As multinacionais dominam o mundo. Não sei se são as sombras ou as imagens que nos ocultam a realidade. Podemos discutir sobre o tema infinitamente, o certo é que perdemos capacidade crítica para analisar o que se passa no mundo. Daí que pareça que estamos encerrados na caverna de Platão. Abandonamos a nossa responsabilidade de pensar, de actuar. Convertemo-nos em seres inertes sem a capacidade de indignação, de inconformismo e de protesto que nos caracterizou durante muitos anos. Estamos a chegar ao fim de uma civilização e não gosto da que se anuncia. O neo-liberalismo, em minha opinião, é um novo totalitarismo disfarçado de democracia, da qual não mantém mais que as aparências." - JOSÉ SARAMAGO


"Requiem pela Europa.

NÃO EXISTE, nunca existiu NENHUMA UNIÃO, tal como nunca existiu nenhuma “EUROPA” que não fosse um mero conceito geográfico.
Apenas existem colonos e colonizados dentro de um espaço que se pretendia de manipulação “globalizada”, e que hoje sofre da expansão da sua enfermidade.
Quando Passos Coelho disse aos portugueses que teríamos que empobrecer, estava absolutamente certo.
E estava absolutamente certo dentro do contexto de um país falido, economicamente primitivo, encravado à força num sistema monetário inadequado, em grande parte responsável por bárbaras e devastadoras políticas de governação associadas a uma liberalização criminosa do sistema bancário.
Um cocktail demoníaco que apenas encontrava match na corrupta Grécia.
Assim, e contrariamente ao exemplo da Polónia, Portugal amarrado ao Euro e cativo de uma dívida pública estratosférica, grande parte dela na posse de Bancos falidos, pouco mais podia fazer do que abraçar a guilhotina do imperialismo global do neoliberalismo.
O que equivale a dizer que teria que ocupar o seu lugar, segundo a "diferenciação social" imposta aos países não "capitalistas", os quais (tal qual acontecia na expansão colonialista do sec. XIX) servem de manancial de recursos e/ou mão de obra barata.
E era a isto que Passos Coelho se referia. O que nem sequer faz dele um visionário.
De facto, antes um conformado seguidor da normalização em curso.
Vejamos:
A dependência económica de uns países perante outros, existente desde há muito, estava, até recentemente, escondida pela dependência política colonial clássica e tradicional, que postula o seguinte:
Uma nação “NOMINALMENTE INDEPENDENTE” está DEPENDENTE economicamente quando as suas empresas mais importantes são controladas por um país estrangeiro.
Ou seja:
OFICIALMENTE, o o seu governo toma as decisões no interesse nacional.
PRATICAMENTE, contudo, se são grupos estrangeiros quem controla as maiores concentrações de poder económico, terão certamente uma influência poderosa nas decisões do governo.
A ISTO chama-se GLOBALIZAÇÃO ECONÓMICA.
A globalização económica está a realçar uma linha de fractura profunda entre Grupos que têm competências e mobilidade para progredirem em mercados globais e aqueles que as não possuem.
Vive-se uma época onde são evidentes a expansão e a prosperidade mas, ao mesmo tempo, também a pobreza, a destruição ecológica e a degenerescência cultural que caracterizam a vida quotidiana da maior parte da humanidade, pois o fosso entre países ricos e países pobres aumentou.
O neoliberalismo ( forma de ditadura encapotada no liberalismo clássico) veio agravar ainda mais este problema.
Donde,
O colonialismo e o imperialismo não se desvaneceram com a quebra dos laços políticos entre colonizados e colonizadores.
Longe disso!
As nações continuam presas na rede da dependência económica e financeira que constitui o núcleo central daqueles dois conceitos e que dificulta seriamente o seu desenvolvimento, não se antevendo uma saída para esta ordem internacional no médio prazo que não passe por um rompimento brusco e tempestuoso dessa rede de dependência.
Algo que PARE com o colonialismo chinês, o qual representa o gradiente MAIS PERFEITO do neoliberalismo totalitário, ao combinar poder financeiro estatal com a expansão comercial de Mercado.
E, TAL, é coisa que a “Europa” não está preparada para fazer. Nem pode! Pois que a sua monstruosa faceta colonizadora abriu uma ferida profunda nos países sujeitos à “Austeridade” pela qual entrou e se fixou o vírus amarelo, o qual ameaça progredir na razão directa da fraqueza compungente da “liderança” europeia e do desespero ganancioso dos regimes socialistas dos seus governos."
- Maria Manuela


ANJO OU DEMÓNIO

 



O COMETA

 Sem mais nem menos, ocorreu-me uma poderosa ideia bizarra: a de que somos seres humanos por esquecimento e desatenção e que, em verdade, a única e verdadeira realidade é sermos criaturas apanhadas numa grande batalha cósmica que talvez dure há séculos e que não se se sabe se ou quando acabará. Tudo o que vemos não passa de reflexos dessa realidade que se assoma no sangrento nascer da Lua, nos incêndios e nos vendavais, na queda das folhas congeladas de Outubro, no voo de pânico da borboleta, na pulsação irregular do tempo que prolonga as noites infinitamente e se detém abruptamente ao meio-dia. Eu sou, portanto, um anjo ou um demónio enviado para a confusão de uma vida com uma missão que se cumpre a si própria ou que eu de todo esqueci. Este esquecimento faz parte de uma guerra, é a arma do outro lado, que me atingiu e me feriu, deixando-.me a sangrar e temporariamente fora de jogo. Por conseguinte, não sei quão poderosa ou fraca eu sou, não me conheço a mim mesma, porque não me recordo de nada e, por isso, também não ouso encontrar em mim essa fraqueza ou esse poder. É um sentimento extraordinário – saber que algures no fundo somos alguém completamente diferente que sempre imagináramos. Mas tal não traz inquietação e, sim, alivio, porquanto aquela fadiga, que estava presente a cada momento da vida, cessa.

Passado pouco tempo, aquele sentimento poderoso apagou-se, levou sumiço perante imagens concretas: a porta aberta do vestíbulo, as cadelas adormecidas, os operários que vieram de madrugada e ergueram um muro de pedra.

 

In CASA DE DIA CASA DE NOITE

OLGA TOKARCZUK - PREMIO NOBEL DA LITERATURA

UMA NOTA BREVE...

 


A ARROGÂNCIA SOCIAL E INTELECTUAL DOS ESTRANGEIRADOS...

 Há muitos anos que observo a arrogância complacente dos estrangeirados em Portugal em relação aos portugueses genuínos, falo do que ca vivem, a quem tratam com desdém disfarçado. Por estrangeirados tomo os filhos e netos de estrangeiros que ficaram a viver em Portugal por décadas  e que são nomes sonantes por serem estrangeiros, que nos atiram a cara como uma espécie de cartão de identidade vip e vivem num pedestal a olhar de cima os     autóctones. É ver os empregados e gente simples a trata-los com todas as mesuras e salamaleques. Sim, ainda. Onde quer que eles estejam. Eles estão dispersos  em cidades e tem funções e actividades diversificadas, mas são mais notados no campo intelectual quando ligados a arte ao jornalismo ou aos livros editoras etc. . O seu nome de família serve-lhes de passaporte de influências dado o provincianismo português e a velha submissão ao estrangeiro, nomeadamente, ingleses franceses ou alemães, que se associam as elites locais e nacionais, digo aos ricos em geral, e são sempre tratados como superiores. E sentem-se nesse direito por mais imbecis ou cretinos que sejam. E o nosso escol literário e artístico dá-lhes toda a influência… e importância enquanto desprezam o português verdadeiro, digo o genuino.

É de reparar que alguns nomes sonantes da nossa praça -  não os digo, mas há muitos e muitos titulos - e que apareceram com sucesso nos jornais e televisões, eram filhos ora de mãe inglesa ou de pai alemão ou netos de estrangeiros influentes… e isso perdura nos nossos dias. Valem-se sempre das suas origens estrangeiras e o papalvo do português seja ele qual for – mesmo doutor-engenheiro – continuam a bajular esses estrangeirados (alguns já portuguesíssimos) tal como os nossos políticos servem o estrangeiro,  e já serviam os mais privilegiados, banqueiros e poderosos …enquanto  o povinho, mesmo os mais letrados ou cultos,  ficam sempre como boi a olhar para o palácio, como se todos esses estrangeirados que nos tratam com a tal complacência e até bonomia – ai estes portugueses coitados – mas que se servem de nós e vivem a nossa conta e da nossa saloiice há séculos,  acabam rindo devido a esse deslumbramento aos estrangeiros de que F. Pessoa falava, e em negação de si mesmos e das suas raízes e origens. Muitos aproveitam-se a armam-se em “doutores” também e riem-se desse nosso complexo, e de tudo fazer para inglês ver…  quando se estivessem na sua terra… lá em França na Bélgica, em Inglaterra  ou na Alemanha NÃO ERAM NINGUÉM.

Tudo isto devido a nossa insignificância cultural e provincianismo  secular. Só o que é estrangeiro é que é bom e tudo o que é português não presta a anão ser que o estrangeiro lhe dê o aval... acontece com os intelectuais, filosofos, escritores e actores e cantores ou até futebolistas... como se nós portugueses por nós mesmo não tivéssemos existência!

rlp

DIZ FERNANDO PESSOA: "Para o provincianismo há só uma terapêutica: é o saber que ele existe. O provincianismo vive da inconsciência; de nos supormos civilizados quando o não somos, de nos supormos civilizados precisamente pelas qualidades por que o não somos. O princípio da cura está na consciência da doença, o da verdade no conhecimento do erro. Quando um doido sabe que está doido, já não está doido. Estamos perto de acordar, disse Novalis, quando sonhamos que sonhamos."


Fernando Pessoa, in 'Portugal entre Passado e Futuro'

domingo, setembro 12, 2021

Reinventando o Amor"

Mona Chollet: "O modelo atual de amor hétero só funciona quando as mulheres fecham a boca"
Artigo reservado para assinantes. Após o sucesso de seu ensaio feminista "Bruxas", a jornalista continua sua introspecção, desta vez sobre relacionamentos heterossexuais, em "Reinventando o Amor". Evocando modelos educacionais de gênero, flerte ou violência doméstica, ela pede uma mudança na relação de dominação dentro do casal.



Mona Chollet, Paris, 24 de agosto. (Rachael Woodson/Libertação)por Cécile Daumas e Johanna Luyssen
publicado em 9 de setembro de 2021 às 20:35

Pode-se ser feminista e amar a masculinidade selvagem de Harrison Ford em Indiana Jones? Eles foram moldados por comédias românticas e analisam hoje o "peso do patriarcado nas relações heterossexuais"? Ser um grande amante na tradição romântica e absolutista do romance sentimental (Bovary, Belle du Seigneur...) e nos perguntar por que nossos modelos amorosos ainda dependem da inferioridade das mulheres? Em seus livros, a jornalista e ensaísta Mona Chollet sempre começa de sua própria, com suas próprias perguntas e sua consciência a baixas temperaturas das desigualdades de gênero. Esse método de dúvida permanente explica, em parte, o considerável sucesso da Sorcières,seu ensaio feminista lançado na esteira de #MeToo, em 2018. Vendido mais de 250.000 exemplares até hoje, este livro geracional tornou-se o vade-mecum da mobilização #Metoo, a entrada no feminismo para muitas meninas e meninos. Neste livro, ela analisou, à luz mítica das bruxas, o "poder invicto das mulheres", em particular através das figuras de mulheres sem filhos ou idosos.

O corpo de referência ainda é o do homem. As mulheres são o "corpo secundário", o "corpo problemático".


Entrevista

Mona Chollet: "É difícil não ver a caça às bruxas como um fenômeno de intenso ódio misógino"Desde o Renascimento, dezenas de milhares de mulheres foram massacradas. Historiadores há muito negligenciaram esse verdadeiro feminicídio. Em seu último livro, Mona Chollet agora detecta vestígios desse ódio irracional.



Execução de bruxas na Inglaterra (gravura; coloração posterior) pela escola de inglês do século XVII, coleção privada de Stapleton. (Foto Bridgeman Imagens) por Catherine Calvet e Anaïs Moran
publicado em 23 de setembro de 2018 às 17:06

O termo "bruxas" ainda é usado hoje para caricaturar mulheres de poder, mulheres envelhecidas ou simplesmente mulheres livres. Em seu último ensaio, Witches. O poder invicto das mulheres (Zonas - La Découverte), Mona Chollet, jornalista do Le Monde diplomatique e autora da excelente Beleza e Lar Fatal, se pergunta o que resta hoje das grandes caças às bruxas, ou seja, o massacre de dezenas de milhares de mulheres na Europa entre os séculosXVI eXVII. Em particular, ela encontra o traço dessa misoginia, odiada feminilidade desses períodos sombrios do passado, no olhar de hoje focado em mulheres solteiras e sem filhos, sobre os idosos. Muito incisiva em seus tweets e em seu blog "La Méridienne", Mona Chollet fala sobre seu assunto com calma e contenção. E finalmente convence: a bruxa é uma figura mais fascinante e estimulante do que repulsiva.
Em seu livro, você mostra as grandes caças às bruxas de uma forma diferente: elas não datam da Idade Média, mas da época do Renascimento...

É incrível descobrir que esses eventos ocorreram durante um período que coincide com a construção de nossa "sociedade iluminada" da qual estamos muito orgulhosos. Essas perseguições e assassinatos não se encaixam no quadro que forjamos para nós mesmos, neste tipo de narrativa que estamos acostumados a contar a nós mesmos, de uma progressão da escuridão da Idade Média em direção ao Iluminismo.

A história das bruxas levou muito tempo para ser "de gênero"...

Por muito tempo, a natureza misógina da caça às bruxas não tem sido um assunto digno de interesse dos historiadores. Quando alguns deles começaram a se interessar por esses eventos através do prisma do gênero, foi com um olhar condescendente para as vítimas. Eles têm alimentado preconceitos muito desfavoráveis contra essas mulheres, considerando-as "loucas" ou "antipáticas"... O historiador americano Erik Midelfort recomenda em seu trabalho estudar por que esse grupo de mulheres"se colocou"naquela época "em uma situação de bode expiatório".


Seu colega francês Guy Bechtel faz, em seu livro A Bruxa e o Ocidente, todo um desenvolvimento sobre a intensidade da misoginia na época imediatamente anterior ao início da caça às bruxas, para, no entanto, acabar afirmando que as caça às bruxas não têm nenhuma relação com a misoginia. A negação realmente vai longe.

Este período de caça às bruxas é uma história que é colocada à distância, porque é difícil, perturbadora. É difícil não ver isso como um fenômeno de ódio misógino particularmente intenso, que resultou em assassinato em massa e tortura. Felizmente, intelectuais, como a filósofa Silvia Federici ou a historiadora americana Anne L. Barstow, deixaram claro que este é um fenômeno misógino.

Qual é o perfil dessas mulheres acusadas de serem "más"?

Mulheres fortes, insolentes e independentes. Viúvas ou sem cônjuges, fugindo de qualquer autoridade masculina, são super-representadas entre as vítimas... Às vezes, um simples comportamento "depravado" era suficiente para ser acusado. A resposta ruim ao marido, falando mal ao vizinho, o espectro de comportamentos que poderia atrair uma acusação era muito amplo. Sem mencionar, é claro, todas as manipulações, como homens que acusaram mulheres de bruxaria para não serem acusadas de estupro.
De acordo com você, mulheres solteiras ou envelhecidas ainda são vítimas dessa desaprovação hoje. Para quê?

Imagens pouco lisonjeiras ainda grudam na pele. As próprias mulheres acabam internalizando-as. Muitos solteiros têm uma imagem degradada de si mesmos. É difícil lutar contra esses estereótipos, ninguém quer ser identificado com uma velha garota gato! Esta dissuasão maçante, mas eficaz baseada em zombaria parece aparentemente inofensiva, mas é realmente bastante desagradável. Uma reprovação do egoísmo e desvio bastante profundo.

Mulheres do poder, como Hillary Clinton ou Margaret Thatcher, são acusadas por algumas de serem as "novas" bruxas.

Sim, eles não são atacados como políticos, mas como mulheres. Mulheres velhas, além disso. Um colunista conservador disse uma vez sobre Hillary Clinton:"Mas quem quer ver uma mulher envelhecer diante de seus olhos dia após dia por quatro anos?" Esta observação é muito reveladora: vimos Barack Obama branquear diante de nossos olhos por oito anos, e todos acharam muito elegante, ele mesmo brincou sobre isso, nunca foi um viés atacá-lo.
Donald Trump está revitalizando esses discursos sobre bruxas?

Ele até ousou falar de uma caça às bruxas para defender homens acusados de assédio sexual, uma terrível reversão de símbolos. As forças conservadoras estão mais uma vez tendo uma grande influência no poder: há ataques aos direitos das mulheres, ao direito ao aborto, e há cada vez mais tentativas de controlar o corpo das mulheres. Este debate tem uma forte ressonância com o tempo da caça às bruxas, uma vez que eles eram curandeiros, mas também abortistas, e o sábado foi considerado a festa da esterilidade. Donald Trump incorpora algo tão arcaico que, do outro lado, para se opor a ele, as mulheres tomam símbolos igualmente arcaicos. Como aqueles ativistas que, aos pés da Trump Tower, fazem um cerimonial neopaano anti-Trump uma vez por mês...

Você também toma como exemplo todas essas mulheres mortas pelo parceiro ou pelo ex...

Antes, era o Estado que punia mulheres que eram muito independentes, mesmo que começasse com uma denúncia. Agora, a violência contra o desejo de liberdade das mulheres é de alguma forma privatizada. Um homem amarrou a ex-mulher em uma linha férrea antes do trem passar. Algumas mulheres são imoladas, queimadas vivas: a pira não está longe. Essas formas de violência contra o desejo de liberdade das mulheres foram de alguma forma privatizadas, são feitas fora do Estado. Felizmente, as reações são cada vez mais numerosas. Assim que há um julgamento, as penas muito leves ou o uso do conceito de "crime passional" despertam indignação. Começa-se a lutar contra a complacência de toda uma sociedade em relação a esses crimes de mulheres. Mas continuamos a ler em relatórios de julgamento erros muito significativos de formulação: falar sobre a vítima dizendo "sua esposa" quando o casal está divorciado há muito tempo, por exemplo. Como se o casamento não pudesse ser desfeito.
Você também descobre estereótipos de bruxas no campo da medicina.

Bruxas eram muitas vezes curandeiras. Eles tinham o conhecimento e a responsabilidade de curar. Mais tarde, as parteiras foram perseguidas pelos médicos. Inventaram novas ferramentas, como fórceps e espéculos: alegaram não precisar mais das parteiras que acusaram de serem "impuras", a acusação de impureza não estar muito longe. Esta é uma grande ironia quando sabemos que os cirurgiões muito tarde lavaram as mãos antes de dar à luz, transmitindo infecções fatais para muitas mulheres. Os mandarins estabeleceram uma medicina quase militar, um medicamento de poder. Nosso sistema ainda separa esses dois aspectos, o do conhecimento e do cuidado: por um lado, há médicos e ciências, e, por outro, enfermeiros que são principalmente enfermeiros. Reconectar a medicina com o cuidado, estabelecer o diagnóstico com o cuidado diário, tornaria nossa medicina mais humana.

Este remédio de duas cabeças também é uma tomada de poder dos corpos das mulheres?

Não só o parto foi super medicalizado, mas as histórias de violência ginecológica e obstétrica estão apenas começando a ser contadas. Eles são o sintoma de um problema real na relação com o paciente. A manifestação de uma medicina dominadora, conquistadora e agressiva, uma medicina profundamente masculina. O corpo de referência ainda é o do homem. As mulheres são o "corpo secundário", o "corpo problemático". Eles também são suspeitos de exagerar, de serem fabuladores, de somatizar, sua palavra é levada menos a sério.
A bruxa também não é a figura daquele que desafia a racionalidade e o progresso, ainda em grande parte encarnado pelos homens?

A própria noção de progresso deve ser questionada. As perspectivas ambientais são um sinal de que temos uma relação problemática com o mundo ao nosso redor. Ainda estamos em dominação, domínio absoluto. Se o sistema atual, que é mais do que capitalista – essa dominação e exploração do capitalismo pré-existente da natureza – se esse sistema nos leva direto para a parede, devemos nos perguntar o que é realmente racional. Esta figura da bruxa que agora está de volta em vigor pode nos permitir lançar luz sobre os aspectos problemáticos de nossa história moderna questionando as categorias do racional e do irracional. Focando-nos na história das bruxas, chegamos, finalmente, a um questionamento filosófico muito mais amplo.

uma viagem evolutiva



"Agora eu sei que os seres humanos são criaturas de consciência envolvidas numa viagem evolutiva da consciência, seres desconhecidos de si mesmos, cheios de incríveis recursos que nunca serão por si usados. "

"Tensegridade", de Carlos Castaneda

quinta-feira, setembro 09, 2021

ELES SABEM O QUE FAZEM...



DIA 7 DE SETEMBRO




Hoje foi Lua nova em Virgem.
E considero que temos uma oportunidade de escolha; entre fazer o certo, o conveniente e o pedido vai uma grande diferença.
Vivemos tempos assépticos, usamos a mesma máscara horas a fio, entramos numa loja e olhe não se esqueça do gel. Ah e já agora façam uma lista de tudo o que podemos melhorar, de tudo o que estamos a aprender com isto; oh virgem santíssima ajudai-me, principalmente na paciência.
Estou na sala de espera do aeroporto cadeira sim cadeira não por causa do bicho, mas entro no avião e fico apertada entre 2 desconhecidos. O ar está com pressão positiva. Se passo por uma velhinha na rua, e estou sem mascarilha e passo demasiado perto levo logo um olhar reprovador!
Aí aí aí. Que medo. Ainda levo com a bengala.
Que parvoeira este mundo que vivemos. Vamos todos para o trabalho com o açaime mas na hora do almoço vamos almoçar com os colegas e já está tudo bem. Como é para comer, vá lá, esquece lá isso.
Entretanto tudo aquilo que fizeste bem… também… esquece lá isso.
Vivemos o pior da energia virginiana, aí seus pecadores, estou desconfiada que isto é tudo castigo. Não!?
Cambada de incompetentes. Mandrionas!
Vivam os serviçais. Vivam os lambe-botas. Ajoelhai e orai.
E pelos vossos pecados rezem 10 pais nossos e 10 avés-marias. O patriarcado até relincha!
Estais perdoados.
Tanta pobreza de espírito.
Amai-vos uns aos outros.
Esquecemos!?
O que vale é que isto é tudo a brincar.
Só pode.
Estou a alucinar.
Estou a sonhar.
Tanta lição aprendida.
E o que aprendi eu?
Principalmente que há tanto para desaprender.
Pureza. Elevação. Ainda é possível senhor. Ainda é possível mestres.
Eu acredito.
Perdoai-lhes. Eles sabem o que fazem mas perdoai-lhe na mesma. Porque eu só quero o meu coração leve
Ps. Adoro a virgem de capa vermelha…

Mel star astrologie 

QUANDO TUDO PARECE NORMAL...





para todos os que vivem cheios de certezas (mesmo, e principalmente, as alimentadas - irracionalmente - pelos medos),
enquanto os Nódulos transitam por Gémeos/Sagitário (até ao fim deste ano),
é uma curiosidade, interesse e pergunta que eu tenho:
o que é que (te) aconteceria se, e quando,
por um acaso - é só um "supônhamos" -
por exemplo, por acaso, faz de conta
que tinhas sido enganado por todo um sistema ao qual deste crédito e no qual fizeste fé.
É uma curiosidade que eu tenho:
bad boy, bad boy,
what you gonna do
se por acaso acontecer (e) descobrires
que foste enganado, manipulado, abusado, violado, detido, drogado, enquanto te faziam sentir seres o maior
só para seres cúmplice fascinado e iludido
da maior operação de manipulação levada a cabo no mundo até hoje?
I'm just asking:
o que é que (te) aconteceria se, e quando,
faz de conta - por um acaso, e como numa qualquer teoriazita da conspiração -
descobrisses que foste enganado e a tal ponto
que até és capaz de ter injectado e aos teus filhos
veneno que a ti tirará anos de vida e a eles, se calhar,
a possibilidade de te darem netos, a Ti e ao planeta?
o que é que (te) aconteceria se acordasses de um transe, sonho ou pesadelo,
e de repente descobrisses que tinhas sido enganado pelo teu próprio juízo, por teres confiado em quem não devias?
é só uma pesquisa.
o que é que te aconteceria?
é para escrever uma ficção sobre os anos 2022/24...  uno michaels

terça-feira, setembro 07, 2021

TERRA MÃE


A IMPORTÂNCIA DA LIGAÇÃO COM A TERRA MÃE E A NATUREZA...

"Se pudéssemos estabelecer uma profunda relação abrangente com a natureza, nunca mataríamos um animal por nosso apetite, nunca feriríamos, vivisseccionaríamos um macaco, um cão, um porquinho-da-índia para nosso benefício. Descobriríamos outras formas de curar nossas feridas, curar nossos corpos. Mas a cura da mente é algo totalmente diferente. Essa cura gradualmente acontece se você está com a natureza, com aquela laranja na árvore, e a folha de grama que brota no meio do cimento, e as colinas cobertas, escondidas, pelas nuvens. Isto não é sentimento ou imaginação romântica mas a realidade de uma relação com tudo que vive e se move sobre a terra. "

 
kRISNAMURTI

“Onde há perigo, surge a salvação”.




Uma grande tragédia do nosso mundo é o facto de a verdade harmoniosa desde o casamento de opostos ter sido esquecida num desastroso excesso de ênfase daquilo a que podemos chamar valores de poder, controlo e domínio “masculinos” negativos. Este desequilíbrio resultou na catastrófica crise global que pode ser vista na nossa adoração hierárquica económica, cultural e política; no crescimento de diferentes e letais fundamentalismos; na nossa obscena violação da natureza e da Terra; e nas nossas visões religiosas do divino desnaturam a matéria, desonram a sexualidade, desvalorizam o poder sagrado das relações e debilitam radicalmente a santidade da própria vida. O resultado é o perigo apocalíptico potencialmente terminal que actualmente nos ameaça e desespera, e a falta de significado e a sensação de desespero que a todos ameaça. No entanto, como nos lembra o grande poeta Holderling: “Onde há perigo, surge a salvação”.
A salvação na nossa era, penso eu, assenta na completa e total reconstrução do feminino – a Mãe – em todos os estados de espírito, aspectos, qualidades, paixões e poderes.





A MEDITAÇÃO...

É nos interstícios do ser, na estrutura anímica e interna, que se instala a paz real e só assim ela se torna amor e fonte de protecção segura diante de todos os obstáculos e de todas as flutuações do mundo exterior pois essa paz lubrifica todos os recantos, os mais recônditos do seu ser e quem vive essa Paz interior que é doce e ciente, também a transmite pelos poros e ao seu redor...e isso é inalterável se for vivido e não apenas uma teoria ou ideal...
Essa é a diferença entre a experiência e a ideia: uma pessoa até pode ser mártir e santa de se esforçar por ser aquilo que pensa e prega, mas se NÃO SENTE, SE NÃO VIVE REALMENTE ESSE AMOR E ESSA PAZ de nada lhe vale. E o mais grave é quando nem se consegue pensar por si e ver a diferença entre uma coisa e outra. Lutar por causas e pregar por paz, sem a viver dentro, no seu amago, não se chega a nenhum lado. Não passa de um simulacro de paz (ausência de guerra) e disso vive a humanidade prisioneira há mais de cinco mil anos pelo menos...sempre em guerra pela Paz, matando e destruindo em nome de deus...

esc. 2016
rlp

O momento do renascimento



′′ Princípio da Mãe Divina


"O momento do renascimento
O encontro com a Mãe Divina é um passo essencial para a nossa consciência. Porque a Grande Mãe é o Todo. Ela é o próprio corpo da Criação.
Ela apoia os Universos, Sua Essência é Amor puro.
Ela é a Matrix Derrage, que nós somos crianças.
MEM possui o grande poder purificador. Ela está ressoando com a Estrela da Verdade, e dissolvendo nossas mentiras, conscientes e inconscientes."

Saída do livreto ′′ A Dança da Vida das Letras Hebraicas ′′ 

sexta-feira, setembro 03, 2021

Como um palco deserto




Dá-me rosas..
(...)
Mas por mais rosas e lírios que me dês,
Eu nunca acharei que a vida é bastante.
Faltar-me-á sempre qualquer coisa,
Sobrar-me-á sempre de que desejar,
Como um palco deserto.
Por isso, não te importes com o que eu penso,
E muito embora o que eu te peça
Te pareça que não quer dizer nada,
Minha pobre criança tísica,
Dá-me das tuas rosas e dos teus lírios,
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também...

FERNANDO PESSOA