O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, novembro 28, 2014

AH POR FALAR EM SAUDADE...



QUE EU ME LEMBRE...


QUANDO acreditei e deixei de acreditar...
"Quanto amei ou deixei de amar, é a mesma saudade em mim." F. Pessoa


HÁ MUITOS, MUITOS ANOS ATRÁS...

Já fui feminista, em tempos, activista dos direitos das mulheres, quando ninguém o era  por aqui, já fui comunista muito  antes do 25 de Abril -  andei em manifestações dos estudantes - era muito nova, nem tinha vinte anos  e sonhava todos os dias com um Mundo melhor, Paz no Mundo e entre os homens de boa vontade...
Sim, tive que fugir para Paris (de França) da Policia de Estado, a PIDE, que perseguia toda a gente e até gente inofensiva como eu assim como milhares de portugueses sem trabalho e um povo que nem tinha de comer...e que foram para França viver em barracas entre lixo e os restos dos franceses - os francius - já ninguém se lembra..
E de lá vim surrealista ... porque vi a mentira do lideres, os crimes dos governos e das ideologias e as mentiras dos partidários e até hoje - nada mudou ao cimo da Terra...
Passaram cinquenta anos...deu tempo para ainda acreditar em deuses e anjos...mas nada que se visse na verdade - era mais um sonho apenas...
Mas ainda assim, às vezes, eu tenho um sonho de Paz na Terra e de justiça entre os homens e verdade para as mulheres. Às vezes ainda dou por mim a sonhar com o meu povo, a minha bandeira, a minha língua e dou por mim  a chorar baixinho por um Portugal que tanto amo...e que se tornou a pátria do futebol e de Ronaldo...com hotéis e estátuas por todo o lado...

E eu choro de tristeza (sem que ninguém saiba) ainda com o Fado e os cantes alentejanos...choro  de repente, como quando era criança, com o hino nacional..."povo valente e imortal...heróis do mar...nobre povo, nação valente e imortal" e comovo-me com Camões e orgulho-me de F. Pessoa, como com tanta coisa nobre que me liga a esta Terra lusa - e ao ser humano em geral - mas vi  que cinquenta anos depois nada até hoje mudou...e tudo continua igual...a opressão o medo e a alienação das massas...
Passou meio século de vida apenas e o meu sonho morreu, aos poucos foi morrendo, não só o meu, claro  mas o de quase todos e só ficou esta coisa para inglês ver, de "grandes portugueses" na ribalta que sobem e descem  (ontem Barroso hoje Guterres) como os macacos na roda da Fortuna... e de gente mesquinha, gente vulgar,  quase  miserável,  o pais dos políticos milionários a viver em Paris no "cinquième arrondissement" e corruptos que vendem a alma ao diabo e o país aos retalhos assim como todo  o património que resta e destruindo o que ainda podíamos ter de bom, por ganância e dinheiro...
Restam-nos os Museus...os coches e as joias da Coroa, porque os dedos já se foram...
Mas mesmo assim ainda hoje,  dou por mim distraída a sonhar  com os mistérios da alma  portuguesa, com o 5º Imperio dos poetas e dos místicos e a Luz que há-de vir...
Sim, comove-me o Cante alentejano que é património imaterial da humanidade, tal como o Fado, como Sintra, como Óbidos ou Fátima?

...mas nós, de nós GENTE comum o que é resta de animo e de esperança para hoje ou para amanhã?
- Ah sim tudo isto afinal talvez não passe de uma saudade infinita  de ser e uma tristeza sem fim da humanidade invade-me...
 

ah sim, tudo isto é a SAUDADE DE MIM...

rosa leonor pedro

PORQUE NÃO SOU FEMINISTA



Ás vezes geram-se enormes confusões acerca do que é ser ou não feminista nos dias de hoje...
A confusão em geral advêm da informação generalista e superficial que abrange todos os grupos de mulheres activistas em causas variadíssimas que trate de mulheres e as suas lutas, e  se envolvem na politica ou em causas ecológicas politizadas e outras e até diria dentro do chamado  "sagrado feminino" sem discernir o que seja a Essência feminina ou o sagrado em si e na mulher - o que é desde logo evidente incompatível com os ideias comunistas e outros sistemas sociais patriarcais...E assim temos a grande maioria das mulheres a falar cada uma para seu lado, sem qualquer profundidade e  sem uma consciência ontológica do que é verdadeiramente o feminino essencial ou o que é o quê ou  quem é quem.

Eu afirmo que não sou feminista  nem sou comunista... e isso precisamente pelas razões acima alegadas. Não sou comunista nem feminista porque tanto as feministas como as comunistas em princípio resumem o ser humano e a mulher ao ter, ao ter direitos e igualdades e ao ter direitos dentro da sociedade de consumo em que todos os seres humanos estão condenados à partida ao "produzir consumir e morrer" - escravos e escravas  do ter unicamente sem nenhuma transcendência...

Ser Feminista ou comunista a meu ver é ser à partida pela sua própria lógica e da ideologia em que se fundamentam como que a negação de si mesmas como mulheres e como essência, negação  da Deusa e do Sagrado e até do "eterno feminino", que tanto umas como outras negam de acordo com a sua ideologia considerando o sagrado e a místico da mulher como questões conservadoras e reaccionárias. Eu falo na base dos dados filosóficos e ideológicos em que se baseiam essas feministas em geral e não dos feminismos derivados e são tantos e que já nada têm a ver com o marxismo, mas ainda assim estão ligados a uma visão somente materialista da história.

Para mim a Consciência da Mulher em si - que é o que aqui me interessa - não depende de ideologias nem classes sociais nem de manuais, filosofias ou religiões, nem daquilo que tem ou não tem materialmente as mulheres. 
 A Consciência de que falo na mulher é inata tal como  a Sabedoria é inerente ao seu ser mulher quando desperta. E esta é a minha aposta aqui e no meu trabalho com as mulheres em geral. Fazer eclodir a semente desse despertar interior  e unir as duas mulheres cindidas pelo patriarcado.
Quando uma mulher começa um processo de tomada de consciência de si - a nível psicológico e anímico - ela começa a ter acesso a  códigos genéticos e outros, informações celulares, tantos os que vem de baixo e de dentro - força s telúricas - como os que vem de cima - as forças cósmicas.
Reduzir portanto o ser humano ou a mulher a uma realidade física/mental, social e económica não só é redutor como é alienante da sua própria condição de MULHER e de todo o processo de consciencialização de si mesma e do Sagrado Feminino e para mim e em por ultima instância  uma traição a Grande Deusa Mãe Gaia. 
Voltarei ao tema
  rlp

terça-feira, novembro 25, 2014

AS MULHERES SÁBIAS



"Por todas as Mulheres inteligentes e corajosas, as Grandes Mães  e avós a as Tias especiais... por todas as robustas Boas Mamas e humildes Mulheres Grandes que se casaram com o próprio Amor e deram à luz cinco filhos insubmissos chamados Paz, Esperança, Sagacidade e, Interferência e Impetuosidade... por aquelas reverenciadas que derramaram dentro de nós vinte, trinta, quarenta, cinquenta, sessenta, setenta e oitenta anos de vida, que derramaram um rio de conselhos, advertências, que enfiaram no nosso bolso mapas de tesouro dobrados para levarmos ao entrar na selva...pelas que nos desafiaram, nos instigaram, cutucaram e empurraram... as ações exatas para nos fazer crescer na direção dos caminhos exatos para que pudéssemos cultivar mais nossa alma... por seus afagos carinhosos, seus olhares ternos, seus estranhos jeitos de nos incentivar a inovar e ter tanta coragem quanto elas... por seus murmúrios no nosso ouvido: Não tenha medo, estou com você, não desanime, siga em frente, brilhe agora, abaixe-se agora, e não, assim não vai funcionar, e sim, desse jeito, sim, desse jeito... por suas piadas secretas e seu gosto malicioso; por comportamentos revoltantes e qualidades enternecedoras, por estipularem limites, manterem limites, transgredirem limites; e por apagarem limites rígidos demais e ajustarem limites muito frouxos. Por essas grandes velhas, Les dames, algumas veneravelmente maduras na idade, algumas velhas no tempo da alma, mas decerto sábias, que atuam como o Norte Verdadeiro para outras — pelo simples fato de existirem...
Por elas...que sempre sejam mantidas em segurança, alimentadas por muitas fontes, que sempre recebam demonstrações de amor e gratidão, que mantenham sua alma vicejante a céu aberto para que todos vejam.”
-Clarissa P. Estés, A Ciranda das Mulheres Sábias.

O separar das águas...


AVISO  QUE SE PODEM CHOCAR
(quem tem ilusões sobre politica...e religião  vai achar este um discurso reaccionário...)


Há uma questão muito séria que queria partilhar convosco...mas que é mesmo séria demais para a deixar em duas linhas...
Trata-se de percebermos que a evolução da consciência de um ser e neste caso da mulher em si e como mulher não pressupõe qualquer mudança colectiva e exterior, nem depende dela... não implica que todas as mulheres tenham que evoluir em conformidade e no mesmo sentido ou forçá-las a caminhar ao nosso lado; as outras mulheres em abstrato e os seus caminhos não nos interessam mas sim a pessoa de cada uma de nós ao nosso lado sim mas por vontade própria e como ser individual.
Para mim não há já no meu espírito a ideia de uma mudança politica nem social ou económica...para este mundo, porque essa já não é a nossa luta, ouso dizer "nossa" à partida, porque é a mudança de dentro para fora que conta e em cada pessoa e todas são diferentes e não há padrões para aferir quem é quem nem onde está nem a que grau de realização se encontra...Não.
Ninguém pode depender de outrem ou de um movimento exterior para evoluir ao nível da sua consciência. Por isso digo que não há luta social ou política que nos ajude nisso, embora a possamos travar por conta própria e escolha, mas aí é muito difícil conciliar as duas coisas...gera-se a confusão e a desordem interior... Sem duvida que isto pode ajudar a definir as nossas posições logo a partida...e eu pessoalmente penso que nem sequer seja conciliável a evolução individual com a suposta evolução colectiva, de grupo ou de uma ideologia como esperança de um mundo melhor. Não. O mundo inteiro já passou por isso. Os ismos já não nos vão levar a lado nenhum. Nem as religiões...nem os deuses...ou os santos...Poderá haver a mudança de paradigma, mas isso é outra história...e talvez já o estejamos a construir por dentro de cada uma quando cada uma de nós tem essa consciência e faz a diferença com o seu entendimento dos factos e age...em consciência.

Nenhum partido de esquerda ou direita me convence nem as mulheres na politica ou na Assembleia ou Presidência mudam alguma coisa pela sua acção, que não é senão o compromisso com o poder patriarcal. As mulheres nesses cargos são apenas marionetas do patriarcado e das suas leis e agem como tal e não têm qualquer consciência de si como mulheres. Acredito porém que uma Mulher consciente de si possa ser diferente no meio em que exerça uma profissão desde que não seja aglutinada ao sistema...desde que não tenha de se vender e obedecer aos padrões dos regimes que a aprisionam enquanto mulher comum e agir em conforme.
Acredito que um mulher consciente pode ser melhor mãe e esposa ou filha e irmã, e amiga, não em função do homem exclusivamente nem das regras sociais mas da sua consciência apenas e a partir da sua liberdade interior...
Uma mulher consciente a este nível porém, penso, não se pode ou deve envolver em política...nem seguir as regras do patriarcado seja qual for o regime em causa. As ideologias marxistas e comunistas, ou a utopia feminista já chegou ao fim. A mulher não conquistou nem respeito nem dignidade...nem identidade própria - continua a não saber de si - apenas adquiriu liberdade sexual de ser igual ao homem e portanto quase sempre acaba por confundir promiscuidade com desejo; confundiu ainda a igualdade com salários e profissões "iguais" aos do homem e confundiu também que ir as guerras e ser policia... onde é violada e em casa morta a pancada é ter liberdade adquirida...
A mulher consciente de si...não reivindica nada...faz um percurso por si e em si pela "calada", garante de que não será atacada nem condicionada na sua liberdade de SER ELA; aprofunda o sentido da sua vida e busca compreender como foi vitima do Homem ao longo da História e dos séculos...e ainda o é, vitima de abuso do pai, do irmão, do marido ou do filho ou do amante, ou mesmo maltratada pela mãe. Isto não é tirar os homens da sua vida, nem condená-los ao descrédito como eles nos fizeram a nós...é só ter CONSCIÊNCIA DOS FACTOS! Não importa se é casada ou solteira ou divorciada ...essa consciência de si como Mulher só pode ser uma consciência psicológica profunda baseada na interiorização e no contacto com a sua psique e a sua alma. Não há consciência sem psique nem alma...sem essa ligação interior e profunda ao seu centro atómico. Lugar de onde emana a força e a coragem de ser...
A Consciência  de que falo não é portanto  nem política nem social, como tantas vezes se pretende...não tem nada a ver com uma ideologia nem com qualquer religião. A consciência é algo inerente ao ser humano quando este se busca a partir do seu interior e se encontra face a face com essa parte de si antes ignorada. Esta é a condição sine quo non do processo - mas acontece que muitas mulheres confundem ainda a consciência do feminino verdadeiro integral ou da mulher-total com a acção politica ou como uma causa que se põe em marcha...ou mesmo com a adopção de uma religião da deusa. Não.
O feminismo sequer nada tem a ver com o sagrado feminino que é o contacto com a parte sagrada da deusa em cada mulher e é uma revelação interior e nada tem a ver com "direitos e igualdades" à parida; é a ligação com a parte mais atávica e ancestral na mulher, com o seu universo intimo e profundo, o seu eterno feminino, e é através do contacto com essa parte de si que foi esquecida e obscurecida pela igreja e pelo homem para que a mulher não tivesse acesso a essa consciência do sagrado que lhe inerente e que é um poder em si mesma...que a mulher adquire essa Consciência do sagrado como mulher e como um todo - um ser abissal e das profundidades - e não a sua fragmentação em estereótipos, nem rever-se nas faces da deusa...
Tudo isto é importante ter em conta porque esta é no geral uma condição imperiosa para que a mulher se foque em si e deixe de ser apenas parcial mental ou intelectual...Sim, para saber de si e do que fala, ela precisa de ser inteira pois se trata de ouvir e sentir o seu coração inteligente que faz a síntese e não o cérebro e a razão...que divide e separa...
Voltarei ao tema, mas acho que este é ponto muito importante a considerar para que não haja mais confusões de qual é propósito do meu trabalho e de que poderemos dialogar em liberdade mas não ao nível das ideias e conceitos comuns sobre direitos e igualdades etc.. Aceitamos as diferenças mas não o desvio do nosso foco na mulher interior...e esse está bem para lá dessas questões...
(Seja como for e qual for o nível de entendimento de quem ler isto...esta não é uma leitura linear...)
rlp

quinta-feira, novembro 20, 2014

AS DUAS MULHERES




A MULHER INTEIRA - NEM SANTA NEM PUTA


PARA A NANA ODORA - ESCRITO EM 2008
*
O que aconteceu consigo é uma espécie de catarse delirante em consequência da luta que você trava inconscientemente entre os conceitos que a dominam do que para si é a santa e a puta. Essa sua luta interior de conflito entre esses dois extremos opostos da natureza dividida da Mulher é a luta de toda a mulher quer ela disso tenha consciência ou não…você escreve e ousa libertar-se…ousa dizer o impensável, o que as outras mulheres não dizem ou aquilo que a sociedade sufocou na mulher e então solta a sua “Pomba Gira” ou ela (essa força interior atávica, a velha bruxa ou xamã, a “mãe de santo”…ou o que seja a alma que a sacode de dentro) e vem em seu socorro para a libertar desse sufoco; mas ela afinal só traz a carga dos mesmos conceitos em turbilhão e não a liberta de nada…apela não à sexualidade sagrada mas à sexualidade desregrada e vai dar ao mesmo...Não se trata de ser ou não ser a santa ou a puta…não se trata de uma luta entre as duas. Se nega a santa com tanta raiva e elege a puta como a verdadeira mulher o que é que está a fazer senão a alimentar os diferentes conceitos e a separação das duas?
Você ainda não percebeu nada desta história e por isso continua a lutar com os conceitos dentro de si e da sua mente que a aprisionam…a mulher integrada aproxima-se da mulher que você intui e quer libertar, mas você ainda está presa na dualidade e o que diz é resultado dessa confusão.

Não há duas mulheres de facto. Há uma mulher a quem separaram da sua sexualidade e a “outra” (que é a mesma) da sua maternidade…e deu-se um corpo imaginário a cada uma delas…a mãe santa e casta e a mulher fatal ou orgástica. A sociedade viveu séculos dessa divisão. É claro que agora você escolheu a última, fazendo a apologia da puta dizendo-a sagrada…
Mas quando eu falo em unir as duas partes da mulher assim divididas não é sendo uma ou outra ou as duas à vez, numa mistura explosiva e bizarra em que ela se transforma num misto de desregramento e sacralidade (o que é tornar a ideia de puta em santa, eleita, a melhor das duas, quando isso são só conceitos, não importa de que lado esteja) e elas continuam inconciliáveis dentro de si e daquilo que são os conceitos e padrões ocidentais e católicos dos termos…e você cai no mesmo erro patriarcal…cai no jugo ou no jogo viciado da matriz de controlo.
Para mim não se trata de nada disso…a mulher não precisa mudar de conceitos sobre si mesma e dar preferência à outra parte de si!, mas ter a experiência real da liberdade sexual como iniciada ou da verdadeira sexualidade que começa no amor transcendental, na revelação do amor puro, mas puro porque total, de iniciação e consagração na fusão do corpo e da alma dos dois parceiros sejam eles quais forem…

 
O amor espiritual que está acima da dualidade bem e mal. Por espiritual quero dizer vibrante e transcendente, acima dos conceitos e da mente, da religião e do dogma; falo de união íntima e interior com a energia vital atómica e ser transportada a um plano diferente de consciência! Falo da sexualidade sagrada que eleva ao êxtase e à fusão e não da funcional que é “tesão” e rebaixa e perverte o ser humano em animal apenas. Isso foi o que aconteceu com a cisão da mulher em duas…foi por isso que a dividiram os patriarcas, para que a mulher deles não tivessem acesso ao prazer e a esse lado dela mesma que é magnetismo, transcendência e vidência. Escreveram os seus livros de leis para denegrir a mulher E INFERIORIZAR O SER HUMANO FACE A DEUS…Fizeram-no por imposição dos falsos “deuses” e “profetas” para que os seres humanos não acedessem a outras dimensões.

Às mulheres ocidentais tornaram-nas frígidas, as casadas - só permitindo o sexo “livre” (para os homens) com prostitutas - e em muitas partes do mundo praticam ainda a excisão (cortam-lhes o clítoris e ainda torturam mulheres em nome de deus, os muçulmanos….) para não terem sequer qualquer prazer…Hoje ainda milhares de mulheres são mutiladas em África…

Porquê tanto medo da mulher e do prazer? Porque a sexualidade verdadeira pode catapultar o ser humano para outros planos de consciência e omnisciência. A sexualidade sem uma consciência elevada não serve nenhum propósito senão a criação de seres inconscientes, de baixa vibração.
_ Também lhe podia dizer que o meu santo desceu…mas não digo…sou eu que sinto. E assumo o que digo.

Você não percebeu ainda que tem de sair do contexto do sistema e da 3ª dimensão e viver à parte ou acima a sua própria experiência renovada, como iniciada e não em luta com o sistema ou o patriarcado como você faz, como eu faço tantas vezes e sinto que desço, embora não exalte nada, afirmando-se pelo lado do “pecado” (para eles será sempre pecado!) ou exultando e exaltando o sexo como “santificado”… (e para eles você será sempre diabólica). No fim você está só a tentar mudar os conceitos, a inverte-los… Quer que a puta seja a santa…e a santa a puta, mas como elas não existem separadas você só inverte o valor dos termos, sem atingir o âmago da questão e do SER MULHER: você inclusive acha que eu defendo a castidade ou a abstinência sexual para a mulher séria…mas está enganada. Eu apenas já sou velha, menina!

A mulher liberta e total, não é mais a puta nem a santa, é uma mulher inteira e diferente; talvez seja isso a maturidade, mas é também Consciência e ela já não luta com esses dois lados de si mesma, ela integrou a sombra e agora a luz inundou os dois lados…Ela integrou-os e isso quer dizer que as duas mulheres se encontram no centro de si mesmas, bem no centro e unidas e sem separabilidade e a sua sexualidade é vivida aí como revelação e amor puro, êxtase…não porque é casto (e os conceitos católicos estão sempre a aparecer e a reduzir o entendimento) mas também já não é desregrado e descontrolado porque se tornou sublime e sensual, é fogo e água, dor e êxtase… vida e morte porque é carne e alma e espírito, não medo nem pecado nem castidade…nem o seu contrário!

Da minha “deusa” para sua “pomba gira”…com amor!
rlp

quinta-feira, novembro 13, 2014

A ESCRAVIDÃO DA MULHER




"...o que se está a passar no mundo contra a Mulher é mais horrendo do que o tempo da caça às bruxas"... Maria De Lourdes Pinto

A ESCRAVIDÃO DA MULHER

Este mal que assola o mundo de hoje ainda vem e é perpetuado desde sempre tendo a mulher como vitima de todas as tiranias e opressões ao longo do séculos. Se a Mãe do Homem é destituída de ...valor em si, se a Mulher é escrava sexual do homem e a humanidade reduzida a uma metade que domina a outra metade, nunca o Homem poderia ...respeitar outro ser humano se a sua própria Mãe o não foi...


Haverá pois alguma coisa mais importante ou mais útil do que a mulher ter e tomar consciência de si própria, como Ser Humano, não como função social apenas de parideira ou objecto de prazer do homem. Sim, SABER QUEM É intrinsecamente e como foi utilizada pelas sociedades patriarcais, usada como esposa, filha, mãe e amante e ainda por último na política, a camarada?
Será que as mulheres ainda não perceberam a forma como foram usadas e abusadas quer em casa quer no trabalho quer na política?
Enquanto as mulheres não perceberem isto e não derem prioridade à sua consciência com ser em si, à sua alma, ao seu ser interno e descobrirem quem verdadeiramente são, enquanto não descobrirem o seu valor e as suas reais capacidades, a sua inteligência inata, o seu amor genuíno pela humanidade e não só pelos seus filhos...elas nunca farão a diferença entre o mundo patriarcal e um novo paradigma que ponha as mulheres e as mães e as amantes no seu lugar de iniciadoras...de guias naturais da humanidade, como mães antes de tudo...mas como amantes também...

Enquanto a mulher permitir que a outra mulher seja explorada por Mafias e a prostituir-se para viver...enquanto a mulher admitir ser natural odiar a outra mulher e ver nela a rival e mais nada... enquanto a mulher não perceber que tem e pode ter as rédeas da sociedade nas suas mãos por valor próprio e não instituído...ela não irá a nenhuma lado.

E não serão as mulheres enquadradas no Sistema nem as mulheres que lutam contra o Sistema, sejam feministas ou revolucionárias, que vão fazer a diferença e mudar o paradigma, mas AS MULHERES CONSCIENTES DE SI e das sua cisão interior pois aí está a grande ferida do ocidente - as mulheres divididas em duas - uma santa na igreja e no lar e a "outra", a mulher de alterne... a prostituta na rua...a toxicodependente, a desgraçada sem eira nem beira...a mulher votada ao descrédito há centenas de anos pela Igreja de Roma e os seus patriarcas desde o Império romano.
Se a mulher não se tornar consciente de si mesma, o mundo vai ruir...porque lhe falta o Pilar do Grande Feminino e da Deusa Mãe.
rlp

 

ESTES SÃO OS FILHOS DA (SEM) MÃE...

O rosto do monstro...


ALGUÉM ME EXPLICOU A TACTICA QUE ESTE MONSTRO ENSINA...

E a sua táctica é a partida a de todos os homens...seduzir e encantar uma mulher, DIZER QUE A AMA, convence-la disso e depois de a ter seduzido, dizer que a ODEIA e começar a desprezá-la a bater-lhe, a humilha-la...a violá-la...sistematicamente!
 

ESTE MONSTRO ENSINA E PREGA ISTO...mas os homens em geral - QUASE TODOS - fazem isto...sem pregar...sem fazer workshops pelo mundo. Os filmes de Hollywood e de pornografia fazem... isso há décadas, as telenovelas fazem isso há anos...a publicidade a cerveja faz isso a toda a hora, e os livros como as Sombras de Gray também. São mil maneiras seculares e modernas de humilhar e desrespeitar a MULHER...
 
COMO QUEREM QUE A MULHER SEJA RESPEITADA?


O que as Mulheres precisam de saber e fazer para se defenderem...é não caírem na "canção do bandido"...
É terem DIGNIDADE, é elevarem a sua auto-estima e não se deixarem ir na conversa romântica do patriarcado, a velha história ...do "principie encantado" que há-de vir, ou  A ALMA GÉMEA de que estão a espera, que vira sapo e outros assassinos...ou psicopatas como este cara que a matam!

ESTES SÃO OS FILHOS DA (SEM) MÃE...

E o mundo está cheio de psicopatas...sobretudo na política, nos lugares de chefia, nos ministérios, no governo, no parlamento, nas instituições, na dita espiritualidade, nas seitas, nos grupos, na rua e em casa... Todos filhos sem Mãe...todos filhos da cisão da mulher...todos filhos da santa madre igreja ou do raio que os parta...todos filhos da Grande Prostituta...todos dignos da história que escreveram e das guerras que travaram e dos homens e mulheres que mataram em nome de deus!
 rlp

quinta-feira, novembro 06, 2014

A SABEDORIA INATA


 

A CONSCIÊNCIA NADA TEM A VER COM MÉTODOS NEM COM MANUAIS...

'' As mulheres são efectivamente sábias por natureza, mas para os homens a sabedoria tem de ser ensinada pelos manuais.''
Do drama indiano "O pequeno cesto de barro" escrito pela mão do rei Śūdraka, sec II A.C.
 
 
 
 


Sabemos todas que cada uma de nós está numa determinada fase da sua vida e idade, a fazer o trabalho que deve fazer consigo mesma. Cada uma dessas fases corresponde a um período que na mulher corresponde a 3 fases: a da jovem, da mulher madura,  e da anciã. Nenhuma de nós pode julgar uma idade ou uma fase melhor do que a outra nem o processo  que a mulher atravessa em cada um desses períodos;  nenhuma de nós pode forçar  ou empurrar a outra para outra fase da sua vida que não é a sua e sem que tenha a experiência que lhe corresponda. Claro que os ritos de passagens não são fixos em princípio e podem ser mais curtos ou extensos…mas não podemos fazer o trabalho da outra mulher, acelerar processos ou ainda condicionar e modelar a outra mulher sem que esta passe pela experiência, seja através de que  método for. Todos eles acontecem naturalmente e a única coisa que temos de fazer é re-tomar a consciência que deles perdemsos.

Isto porque o caminho da mulher não tem nada a ver com uma mentalização nem com nenhum conhecimento teórico, de manual, nem com a leitura de livros, mas com a sabedoria que na mulher é inata, que brota de dentro dela, e embora também reconheça o mérito em se ir sabendo um pouco de tudo o que é a nossa história, e nos acrescenta, nós mulheres não podemos fazer do conhecimento teórico um sucedâneo da realização pessoal nem de experiência vivida. Por esta razão eu, não sendo contra nenhum método ou tentativa de evolução ou mudança na vida de uma mulher, a partir de um qualquer processo, terapia ou iniciação, não defendo nem aconselho nenhum tipo de método que passe por qualquer tipo de mentalização, nem uso fórmulas, nem mantras, nem técnicas...
Acredito na Consciência em movimento…na dinâmica energética das mulheres em partilha de experiências comuns e que concernem os diferentes estágios da sua vida e cuja partilha nos enriquece e acorda memórias. Essa energia liga-nos  á nossa  linha matrilinear, cujo potencial temos no fundo de nós guardado.
Acredito nos Círculos…por isso privilegio os encontros em que essa dinâmica acontece naturalmente  entre  mulheres no contar das suas experiências, na elevação da sua consciência a partir de dentro, do útero e dos ovário, ao bater do seu coração…

Acredito no saber que brota de dentro da Mulher integral. Quando a mulher se toca no âmago, ela toca a sua própria fonte...e dela faz brotar a água que nos mata a sede de SER MULHER!
Para mim ela não precisa de caminhos espirituais...Ela é em essência e já de si ESPIRITUAL.

Essa é a Mística da Mulher. Esse foi o segredo que se perdeu. Esse foi o mistério que o Homem e o seu Deus lhe roubaram. Isso é que é preciso acordar nela. E embora para algumas mulheres esses processos espirituais possam ser paralelos, uteis e até necessários, também a podem fazer atrasar essa consciência de si em si mesmas e atribuí-la aos outros ou aos métodos…e mestres, ou mesmo fazer com que se afastem de si mesmas enquanto mulheres. Esse é o perigo. Por isso o que eu falo e defendo é  um processo de consciencialização interior lento e preciso, interior e subjectivo, diria – que tem muito mais a ver com o plano psicológico e intimista – o acordar desse poder da mulher em si, o escutar-se e o ouvir-se a si mesma  e independente de tudo o que aprendeu; e isto é completamente diferente de qualquer crença, fé, ou do apreender ideias, teorias meditações ou ter metas fora de si...
Como sabem, eu não tenho ou proponho nenhum método! Nem metas a atingir. Mas alego e defendo uma Consciência precisa dentro da mulher a despertar por si e em cada uma. Uma consciência inerente ao ser mulher, a todas as mulheres, e a que toda a mulher tem acesso NATURALMENTE quando se começa a consciencializar da sua divisão interna, da sua cisão psíquica e começa então perceber as causas das suas limitações e conflitos consigo e com as outras mulheres. Aí sim há um fundamento ancestral que coloca a mulher em dois lados da sua humanidade, antagónicos, sempre elegendo um em detrimento do outro.
Deste modo, para mim, cada tomada de consciência nesse particular - e não há mesmo como confundir consciência com teoria de tudo ou de nada - cada experiência integrada, cada pequena coisa que nos clarifica da nossa divisão interior e das causas de toda a problemática da Mulher - não como ser humano diria a par do homem, mas muito particularmente no que diz respeito à sua psique e ao seu foro íntimo como mulher nesta sociedade - a mulher condicionada desde que nasce a uma determinada mentalidade patrista -, que a diminui e a coíbe de ser e expressar a sua natureza profunda, que a impede de se ouvir, e toda uma influência nefasta sobre o seu ser, que a marca e inferioriza, já é um passo enorme e faz toda a diferença;  aí há um abrir de dentro, o que já é um acontecer real e isso é tão válido como o que possa parecer chegar à grande sabedoria da mulher integrada, porque essa Sabedoria, como dizia  na mulher é inata, apenas depende de si lá chegar.

 Lamentavelmente porém as mulheres continuam a confundir as teorias e as ideias e os métodos com uma CONSCIÊNCIA. Continuam a confundir pensar-se e achar-se e "saber" de cor (não de coração, isso é realmente outra coisa); e eu digo que o pensar algo muito bonito e muito positivo como se isso mudasse alguma coisa de fundo, não muda nada. A meu ver não muda mesmo nada, senão o pensar. Porque em geral todos os métodos são pura especulação ou mentalização e neste caso muda-se do pensamento negativo para o dito positivo; podem ser e são balsâmicos, aparentemente transformadores a curto prazo, mas mais tarde ou mais cedo SEM A CONSCIÊNCIA PROFUNDA, integrada, não há evolução nem transformação. Por isso tantas vezes mulheres que parecem ser uma coisa e andam de mãos dadas com as outras, viram-se umas contra as outras e odeiam-se de morte…tornam-se “casos de polícia”…lamento a ironia, mas é literal…

Uma mulher ferida é sempre um drama senão um perigo iminente no círculo…
A Consciência de si como mulher de que eu falo não tem nada a ver com a consciência dita do "si mesmo" - junguiano -, mas sim com uma outra consciência inerente só a mulher e essa conSciência é o que está aqui em causa e vem em primeiro. Porque essa Consciência só por si é já outra coisa pois em si mesma ela é activa e transformadora de dentro para fora; não é uma mera mentalização através do pensamento positivo ou negativo...tal como: "achas que és feia agora pensa que és bonita...e já não precisas de fazer uma plástica"...não. Quando uma mulher se consciencializa de si mesma e acorda para essa consciência adormecida nos séculos pode ver e entender que a origem de quase todos os seus dramas tem a ver com a divisão das mulheres em duas, pode ver que no fundo é quase sempre essa a origem dos seus conflitos, a sua ferida com a mãe ou com a irmã, então ela pode começar já e a partir daí a integrar a verdadeira mulher, porque a outra já não é uma “outra” fora de si, mas ela mesma.

Eu falo da mulher tocar o seu âmago. Tocar essa Essência que é o seu centro. O seu Útero. Nele está a chave do seu poder interno. A Mulher não tem de aprender nem forçar-se a ser objecto de prazer ou de procriação, nem forçar-se a ser o que os homens e a sociedade querem que ela seja. E se as suas raízes e estiverem ligadas ao seu Útero e a Gaia,  Ela nunca mais poderá ser soldado, polícia ou ir à Guerra…deixar os seus filhos passar fome… porque a Mulher é a Terra….
Porque é dela que nasce o amor e a paz e a dádiva.
Ela é a Deusa em Si mesma. É aí só que eu quero chegar!

  rlp

terça-feira, novembro 04, 2014

UMA GRANDE SENHORA DA MAGIA

 
 
RESGATANDO A LUCIDEZ DA “MAGIA”
PELA BRUXARIA TRADICIONAL
Atualmente dentro do modismo da Bruxaria, as palavras "magia", alquimia, transmutação, feitiçaria e correlatas, passaram a exercer um enorme fascínio nos jovens e em um grande número de pessoas adultas, acreditando, muitas vezes, que teriam o poder manipulando "poções mágicas", caldeirões, varinhas, encantos, etc. E que o seu uso numa determinada hora, em um circulo fechado, em bosques, parques, na praia ou até em uma caverna, obteriam resultados de efeitos mágicos desejados.

Alguns(a) "esquisotéricos"(a) se orgulham ou são idolatrados(a) por "produzirem” algumas ações mágicas e se acham grandes magos e verdadeiros agentes dos Deuses. Mas o que temos observado nos últimos anos, é que os(a) referidos mensageiros magos dos Deuses não entendem que transmutar energias para movimentar o ar, expandir o fogo, contrair a água e interagir com a terra é fácil, pois são magias que se processam externamente, manipulando-se "coisas concretas" e de fácil acesso. Agora, difícil mesmo é realizar a magia "interior", onde se trabalha com as "energias abstratas", procurando transmutar a ira em paciência, a leviandade em firmeza, o receio em esperança, à soberba em humildade, a luxúria em simplicidade, o arrebatamento em prudência e o egoísmo em generosidade.

Eu costumo dizer aos Iniciados e Postulantes da Casa Telucama que o caminho da Bruxaria Tradicional é fácil, entretanto ao mesmo tempo muito complexo... Fácil porque se trata de caminho inverso: De fora para dentro, e complexo porque é prioritário antes do conhecimento que se busque a autodescoberta e o autoconhecimento. Impossível se desenvolver uma Formação Tradicional na Bruxaria sem uma real compreensão e definição pessoal do que é SER UM(A) BRUXO(A) TRADICIONAL.

O que desejo dizer, a nível filosófico/religioso, a necessidade de começar primeiramente pela mudança interior, desconstruindo os condicionamentos culturais de origem cristã, a necessidade de TRANSFORMAÇÃO para O SER NATURAL, ser realmente um Bruxo(a), pois caso contrário, o conhecimento mágico só serve para satisfazer o ego.

Precisamos enfatizar e compreender que no caminho da Bruxaria Tradicional, na maioria das vezes, os grandes conflitos e "demandas" são interiores, ou seja, nós mesmos criamos os emaranhados de situações que ficam se movimentando em nossos pensamentos, sentimentos e, por decorrência, nas nossas ações mágicas.

Num primeiro momento, considerando as naturais dificuldades de tempo, Guianças, Templos, Colegiados, poderá dificultar a compreensão natural dos mistérios dentro de uma linha só teórica e literária. Daí o porquê da busca precisar ser justa e disciplinar, concretizar o que busca conscientemente, sem pressa, sem queimar etapas, pois o conhecimento é vasto, muito rico e profundo. Cabendo uma alerta para a simplicidade, (A simplicidade de SER e não de pobreza, afinal nós Bruxos (a) não fizemos votos de pobreza e sim de PROSPERIDADE).

Com a CONSCIÊNCIA CÓSMICA expandida disciplinarmente e vivencialmente ao invés de manipular as energias etérea, eólica, ígnea, hídrica e telúrica, terá condições de irradiar, mover, expandir, conduzir e coerir, na sua essência e forma e na busca do autoconhecimento, a fortaleza, o respeito, o entendimento, a sabedoria, a delicadeza, a justiça, a perfeita confiança, que traduzem os atributos dos nossos Deuses (Na Essência Divina): agindo através do Sol, (O poder oculto da palavra, O poder do verbo): agindo através da força da Lua, (O poder do útero): agindo através do planeta Mercúrio, (O poder do conhecimento): atuando através do poder de Júpiter (O poder positivo da verdade): Celebrando a beleza da vida com Vênus (O poder da beleza das Artes, o poder do pensamento criador) num nível mais positivo, interagir com Marte (Para restabelecer a Paz entre os Deuses), e de Netuno num nível mais negativo ou passivo; (O poder da palavra da lei): agindo através da energia astrológica de Saturno/Urano, (O poder da vontade): agindo através da energia do planeta Plutão ( O poder do desacelerar, de se permitir o estado de inércia, para transitar entre mundos). Ao conseguir harmonizar-se com esses princípios e vibrações o (a) Bruxo (a) tem um contato muito mais direto e perfeito com a Verdadeira Magia Hierárquica.

Antes, porém, esforçando-me para compreender esse momento de transmutação da Bruxaria, principalmente no Brasil, o que poderá parecer pretensão ou mesmo intransigência minha, visto não realizar ou mesmo não concordar com algumas práticas, que por deturpação, desinformação, ignorância ou mesmo dolo, alguns querem travesti-las de Bruxaria Tradicional.
Sinto-me impelida a direcionar minhas palavras a aqueles que se dizem(a) Bruxos(a), e que devido à própria natureza humana, ainda não lapidada e tosca, perdem tempo com acusações vãs e comentários agressivos, sobre as práticas mágicas dessa ou daquela Tradição, que por não terem sustentação no conhecimento das mesmas ou mesmo consistência energética, são impingidas ao movimento da falta de ética e decoro religioso.
Um grande erro existente em muitos seguimentos da Bruxaria hoje é um apego ao que as “outras tradições fazem” para copiar ignorantemente, pois sabemos que a criatividade, a desenvoltura e a prática de cada Clã ou Família são a rigor muito peculiares às tradições hereditárias, sendo muito importantes como expressões criativas e são os pilares de toda civilização humana, promovendo assim a riqueza da diversidade cultural.

É por isso que só o estudo profundo e o autoconhecimento formam o (a) Bruxo (a): mudam-se os costumes; os preconceitos, as crenças, os julgamentos, etc. todas essas mudanças são necessárias para que a vida se adapte as circunstâncias a ela impostas.

São necessários alguns esclarecimentos para as práticas inerentes à peregrinação para dentro de si mesmo (o), pois são chegados novos tempos, onde algumas novas técnicas para interiorização pela oralidade são de absoluta necessidade. E, por estar comprometida em orientar àqueles que não têm o necessário esclarecimento e estão "navegando" por "mares virtuais" sem o Farol da lucidez, alerto para evitarem sucumbir perante algumas hordas não muito nobres nem confiáveis. Assim: Não pratiquem ações que fujam ao bom senso; Não questionem as origens das pessoas, em quaisquer sentidos: filosófico, étnico, religioso, social, econômico, político...; Não se impressiona, e não se assusta a pessoas que por ventura não estejam dentro desta ótica; Não se estimula e não leva as pessoas às exposições constrangedoras ou mesmo ridículas, na realização de atos mágicos; Não se realiza celebrações em locais inadequados; Não se pratica quaisquer atividades que possam prejudicar as pessoas ou mesmo interferir no livre escolha; E, não se agride o meio ambiente, pois temos de ser cônscios da necessidade de preservação dos sítios naturais (praias, cachoeiras, matas, rios, lagos e campinas, etc.), não só pelo fato de serem centros energéticos e sagrados, mas também absolutamente necessários à vida.
Em determinados momentos da vida, especialmente quando nos lançamos nos grandes desafios ou quando surgem obstáculos, por algum motivo muitos se acham sozinhos ou abandonados, ampliando aquilo que se interpõe à nossa frente, desestimulando transformar os nossos sonhos, quer sejam espiritual e materiais, em realizações.

Magia "é ação da vontade", mas precisa de sincronia.

A magia é única, ela está no todo. A determinação da magia não é dualística tal como sendo branca ou negra boa ou má, dependerá única e exclusivamente do direcionamento dado por cada um (Vontade) e ainda dos elementos usados no ritual. A magia pode ser ritualizada ou íntima, e poderá ser encontrada nos elementos da natureza. Cabendo apenas a utilização inteligente, visando a sua aplicação adequada, em benefício próprio e de terceiros, buscando forças interiores, visto que ao fazermos algo para o bem, o "universo conspira a favor", pois trabalha a favor da ordem. Já se buscarmos fazer o mal “universo conspira contra”, pois trabalha a favor do caos.
Quando se pratica magia, deseja-se que sejamos envolvidos pelas energias das Vibrações Originais: (Deuses); vibrações astrais (planetas) ou Vibrações espirituais (Guias, espíritos ancestrais, elementais), dependendo bem de como se tenham reforçados os seus atributos e ações positivas e aliviadas as ações negativas. Por sua vez, quando se trabalha a magia, temos de considerar que suas formas são interdependentes, ou seja, utilizamos os nossos recursos físicos e abstratos, conscientes e inconscientes de modo a aplicar nossas habilidades mentais, visuais, auditivas, olfativas, degustativas e de tato.
Bom, para não ficarmos no redundante, pois magia pressupõe movimento, poderia denominá-la de ritual, ação, magia, encantamento... Denominemos magia, como sendo o exercício da transformação porque nos induz a uma atividade dinâmica para mudança, bem com a utilização de recursos físicos. Sabemos, pois, se realizarmos ações por motivos considerados justos, com certeza, os estímulos necessários e adequados ocorrerão. Dependendo é claro e exclusivamente da liberação das forças cósmicas governantes. Pois ao contrario do que muitos pensam o (a) Bruxo (a) não pode fazer o quer quando e bem entende sem obedecer a uma ordem universal.

Ter conhecimento sobre Magia, implica em se ter poderes pessoais de ação e reação no plano astral, com ou sem a participação dos guias, ou seja, entidades espirituais. Assim, quanto maior o conhecimento dos mistérios da “magia” maior a RESPONSABILIDADE.
Mas há quem tenha conhecimentos e não consiga movimentá-la por que não tem a outorga necessária. Enquanto outros são dotados de poderes espirituais, psíquicos e astrais, mas não tem conhecimentos necessários. E é por isso que muita deturpação e corrupção acontecem através da manipulação.
Por sua vez, alguns aspectos devem ser levados em consideração, visto que ao movimentarem-se "Forças Sutis", para uso próprio ou de terceiros, deve-se levar em consideração o que é passível de merecimento. Ações deletérias podem até surtir efeitos, entretanto ficarão registradas em "nossos arquivos".

Com votos de profunda paz nos pensamentos, que se irradie alegria pelos sentimentos e harmonia nas ações, com prosperidade, força e bênçãos dos nossos Deuses, desejo a todos muita iluminação através da busca, lúcida e consciente.

Graça Azevedo/Senhora Telucama
Suma Sacerdotisa do Templo CASA TELUCAMA

Há a violência doméstica e a literária...



HÁ A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E A VIOLÊNCIA VERBAL, A DITA "LITERÁRIA"...


Há "escritores" que se servem da "literatura" para despejar o seu ódio e a sua raiva em forma de violência verbal e sexual sobre a mulher, fingindo um "desejo" (ou um "amor") que nunca tiveram e que não passa de impotência e medo da mulher ou apenas inveja de um Mistério que não conhecem!


PORQUE NÃO GOSTO DOS NOVOS ESCRITORES...

Acho que como mulher preciso de uma nova literatura cuja abordagem do feminino não esteja eivado dos mesmos vícios e pressupostos que foram e continuam a ser os da velha visão-cisão estreita e preconceituosa do homem sobre a mulher, a mulher dividida em duas...a quem retratam com a mesma ignorância e arrogância, cingida e diminuída esta aos estereótipos já gastos, da puta e da santa e as suas variantes "modernas", mulheres sempre v...istas como sexy objectos e abjectas ou objectos de misoginia encapotada, por alguns até homossexuais raivosos e invejosos não assumidos...
A mulher e a sua sexualidade continua a ser inventada e explorada até ao tutano por mentecaptos, frustrados, que nem sonham o que seja uma MULHER. Assim como da parte de mulheres escritoras há um mesmo discurso submisso a esses estereótipos masculinos que também por si mesmas só se retratam como ..."mulheres filhas e amantes"!
E afinal de contas onde está a MULHER-mulher, a mulher em si?
A verdadeira mulher? Nem a mulher afinal sabe de si...por isso lê essa porcaria toda que a torna cada vez mais estúpida...


Um dos "autores" que melhora  exemplifica a violência verbal sobre as mulheres  é Pedro Chagas Freitas...


Diz ele sobre si mesmo:

"Uma leitora pergunta-me, por e-mail, se eu sou mesmo eu. Não respondo. Nunca fui pessoa de falar sobre temas que não domino."

Pois não, o dito cujo não se domina a si como não se sabe de todo...por isso escreve as ordinarices e as barbaridades que escreve sobre as mulheres e todos acham "brilhante"!
Nomeadamente as mulheres que ele mais ofende e denigre e que de todo não conhece nem domina nada também......
(Uma antipatia visceral...dirão porque sou velha e estes imbecis não me convencem...? Sim assumo que detesto estes pseudo escritores que vivem e escrevem à custa da ignorância e da "sexualidade" das mulheres!)
 
rlp