O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
sexta-feira, dezembro 31, 2010
RESPIRAR EM CONSCIÊNCIA
A CARTA 5 HÉ
(…)
Hé representa a essência do Feminino, para lá do que possa significar para nós a imagem da mulher na Terra. Ela aparece duas vezes no Nome divino YOD HÉ VAV HÉ, onde Ela manifesta a Face Feminina de Deus, unida ao YOD e VAV (Face masculina).
Na sua tiragem, HÉ vem dinamizar. Ela convida-nos a respirar em consciência, o que ultrapassa a noção de um simples exercício. O ar que nós respiramos é também respirado pelos nossos irmãos e irmãs desta humanidade, os que nós amamos ou não, pelos animais e pelos vegetais. A atmosfera do planeta representa igualmente o seu campo vibratório no qual nos banhamos todos, e do qual todos somos responsáveis. Respirar em consciência torna-se um acto de união – de grande potencial curador – que nos aproxima da nossa realidade divina. No ar vibra uma energia, o prana, alimento essencial para os nossos corpos subtis. HÉ convida-nos a abrir as janelas do nosso ser para acolher o que vem das nossas profundezas mais íntimas e a deixá-lo circular, sem procurar retê-lo. A respiração ensina-nos que é preciso aceitarmos esvaziarmo-nos para sermos preenchidos. Se nós procurarmos reter a Luz com medo que ela nos fuja, nós perdemos a força de vida.
(…)
Criança da fonte de vida, vem na minha luz azul e respira. Respira profundamente! Aceitas tu abrir-te à vida? Ou preferes tentar ficar fechada no teu universo pessoal? Ouves tu o chamamento da tua alma que te empurra para a frente?
Não tenhas medo, bem-amada, Eu estou aí, eu sou tu. Acompanha o movimento da vida, e uma porta se abrirá para ti. Não procures agarrar aquilo que parece escapar-te, aquilo que crês perder. A vida está em mudança permanente. Ela devolver-te-á a dobrar tudo o que crês perder, se tu não hesitares no teu passo. Avança com confiança, porque tu tens um encontro contigo mesma.
Alma viajante, liberta-te das bagagens. Tu não tens necessidade de mais nada senão da tua força fogosa que te enlaça já. Abre-lhe a passagem, a fim de que ela não se consuma em si mesma. Deixa cair as barreiras que poderia impedi-la de se exprimir. Basta-te dizer “sim” ao Novo de todo o teu coração, sem misturares aí qualquer imagem ou desejo preciso.
Eu sou HÉ, e eis a minha mensagem: a Vida ama-te infinitamente. E se as aparências enganadoras te fizerem crer o contrário, hoje, vem dançar na minha Luz, porque tu serás muito em breve na Terra prometida
Marie Elia
La Dance de la Vie des Letres Hebraiques
quinta-feira, dezembro 30, 2010
O ANO DA IMPERATRIZ
Neste imaginário “Fim de Ano”, como lhe gostamos de chamar, gostaria de vos desejar um bom novo recomeço, comemorando como o faziam antes todos os povos de todas as religiões da Globo, pois se tratava do nascimento do novo ciclo do sol sob a Terra. Mas o meu imperativo hoje é bem outro e tudo o que mais vos desejo sinceramente e do fundo do meu coração é que o acordar da Deusa em cada uma de nós seja cada dia mais uma realidade e que este novo tempo seja propício à derradeira abertura e manifestação da Consciência do Feminino Sagrado.
Tratando-se do Ano da Imperatriz espero que Ela possa reinar não só nos nossos corações e em cada uma de nós como nos permita sermos fiéis à nossa essência e a nós mesmas, à essência da vida que tão particularmente manifestamos dando vida a outros seres, assim como em cada passo que damos na direcção do Novo Caminho a percorrer na Terra. Mantenhamos os pés bem assentes no Chão porque o chão que pisamos é também sagrado e tudo o que a Terra nos dá precioso. Não esqueçamos as árvores nem os animais, nenhum ser vivo que habita o planeta porque eles são uma bênção para nós seres humanos.
No campo pessoal, devemos imperiosamente deixar para trás os medos atávicos e a inveja gratuita, a competição entre as mulheres e o nosso ego insuflado, a vaidade de querer ser melhor ou ter o que quer que seja de inútil e supérfluo na nossa vida. O objectivo do nosso ser tem de ser firme e a vontade forte. Porque para além de todos os obstáculos e barreiras levantadas pela mente comum, vai haver cada vez mais simulacros do verdadeiro espírito da Deusa; muitos homens se manifestarão mais violentes com as mulheres e muitas mulheres a fingir que querem servir a Deusa quando no fundo querem apenas atingir os seus poderes, sem entendimento profundo nem realizarem essa união íntima do seu ser, unindo as duas mulheres separadas há muito e que gera a sua divisão e antagonismo... Para isso precisamos deixar de uma vez por todas a competição entre nós, onde quer que estejamos, seja qual for a nossa condição de mulher, independente, mãe, filha, amante ou sogra…devemos acabar de vez com a rivalidade entre a esposa e a “outra”, entre a bonita e a feia, a sensual e a ascética, a inteligente e a ignorante, as que têm classe e as que não têm classe… Precisamos impedir que o ódio umas às outras se manifeste, seja em nome do que for; da família, da fé ou de uma ideologia, ou meramente para defender uma ambição desmedida ou impor nossos credos pessoas. Precisamos mais do que nunca sermos fiéis à Grande Mãe e sermos leais umas para com as outras mulheres-irmãs.
Vamos entrar num tempo em que as trevas se acentuarão, muita escuridão nos ameaça, mas também a Luz será mais forte e brilhante do que nunca, e por isso vamos precisar principalmente de ter um verdadeiro discernimento sobre a verdade e a mentira - pois elas vão-nos aparecer muito mais à vista desarmada, mas também se confundirão entre si e nós não podemos entrar nessa luta, mas sim na paz do nosso coração e aí permanecer. Isso não implica que não tenhamos de ser claras sobre o sentido de justiça e verdade a cada momento que passa e agir de acordo com a nossa consciência profunda! Não. A nossa implacabilidade -impecabilidade na acção e na palavra são mais do nunca necessárias.
Assim, o caminho do nosso coração que é o Caminho da Deusa só é compreensível na medida que no nosso coração estejamos em paz connosco mesmas e essa Paz seja uma realidade na nossa vida do dia a dia...não podemos continuar a anunciar ou escrever coisas muito bonitas só para entreter o tédio ou porque está na moda falar da Deusa e do Coração...
rosaleonorpedro
O TEU CORPO OBSTRUI A PORTA
MAS O TEU OLHAR VIRA-SE PARA AQUELA
QUE TE ENGENDRA
A GRANDE MÃE QUE ANIMA TODO O PODER DE VIDA
AQUELA A QUEM TE CONFIAS
E QUE SE CONFIA A TI
NO MISTÉRIO DO TEU SUPREMO REPOUSO
(...)
EU SOU UM CORAÇÃO QUE BATE
E O MEU PENSAMENTO MANTEM-SE FIRME N' ELA
NESSA MÃE PODEROSA QUE ME ENGENDROU
E QUE NUNCA ME DIZ
SE ISSO FOI UMA NECESSIDADE SUA...
in o evangelho da pomba
Oria
Tratando-se do Ano da Imperatriz espero que Ela possa reinar não só nos nossos corações e em cada uma de nós como nos permita sermos fiéis à nossa essência e a nós mesmas, à essência da vida que tão particularmente manifestamos dando vida a outros seres, assim como em cada passo que damos na direcção do Novo Caminho a percorrer na Terra. Mantenhamos os pés bem assentes no Chão porque o chão que pisamos é também sagrado e tudo o que a Terra nos dá precioso. Não esqueçamos as árvores nem os animais, nenhum ser vivo que habita o planeta porque eles são uma bênção para nós seres humanos.
No campo pessoal, devemos imperiosamente deixar para trás os medos atávicos e a inveja gratuita, a competição entre as mulheres e o nosso ego insuflado, a vaidade de querer ser melhor ou ter o que quer que seja de inútil e supérfluo na nossa vida. O objectivo do nosso ser tem de ser firme e a vontade forte. Porque para além de todos os obstáculos e barreiras levantadas pela mente comum, vai haver cada vez mais simulacros do verdadeiro espírito da Deusa; muitos homens se manifestarão mais violentes com as mulheres e muitas mulheres a fingir que querem servir a Deusa quando no fundo querem apenas atingir os seus poderes, sem entendimento profundo nem realizarem essa união íntima do seu ser, unindo as duas mulheres separadas há muito e que gera a sua divisão e antagonismo... Para isso precisamos deixar de uma vez por todas a competição entre nós, onde quer que estejamos, seja qual for a nossa condição de mulher, independente, mãe, filha, amante ou sogra…devemos acabar de vez com a rivalidade entre a esposa e a “outra”, entre a bonita e a feia, a sensual e a ascética, a inteligente e a ignorante, as que têm classe e as que não têm classe… Precisamos impedir que o ódio umas às outras se manifeste, seja em nome do que for; da família, da fé ou de uma ideologia, ou meramente para defender uma ambição desmedida ou impor nossos credos pessoas. Precisamos mais do que nunca sermos fiéis à Grande Mãe e sermos leais umas para com as outras mulheres-irmãs.
Vamos entrar num tempo em que as trevas se acentuarão, muita escuridão nos ameaça, mas também a Luz será mais forte e brilhante do que nunca, e por isso vamos precisar principalmente de ter um verdadeiro discernimento sobre a verdade e a mentira - pois elas vão-nos aparecer muito mais à vista desarmada, mas também se confundirão entre si e nós não podemos entrar nessa luta, mas sim na paz do nosso coração e aí permanecer. Isso não implica que não tenhamos de ser claras sobre o sentido de justiça e verdade a cada momento que passa e agir de acordo com a nossa consciência profunda! Não. A nossa implacabilidade -impecabilidade na acção e na palavra são mais do nunca necessárias.
Assim, o caminho do nosso coração que é o Caminho da Deusa só é compreensível na medida que no nosso coração estejamos em paz connosco mesmas e essa Paz seja uma realidade na nossa vida do dia a dia...não podemos continuar a anunciar ou escrever coisas muito bonitas só para entreter o tédio ou porque está na moda falar da Deusa e do Coração...
rosaleonorpedro
O TEU CORPO OBSTRUI A PORTA
MAS O TEU OLHAR VIRA-SE PARA AQUELA
QUE TE ENGENDRA
A GRANDE MÃE QUE ANIMA TODO O PODER DE VIDA
AQUELA A QUEM TE CONFIAS
E QUE SE CONFIA A TI
NO MISTÉRIO DO TEU SUPREMO REPOUSO
(...)
EU SOU UM CORAÇÃO QUE BATE
E O MEU PENSAMENTO MANTEM-SE FIRME N' ELA
NESSA MÃE PODEROSA QUE ME ENGENDROU
E QUE NUNCA ME DIZ
SE ISSO FOI UMA NECESSIDADE SUA...
in o evangelho da pomba
Oria
MULHER RAÍZ
«… no hay cosa mas bella, que el sexo de una mujer, su clitoris, sus labios, su vagina (…) me deslumbro y me inclino ante mi y ante todas la mujeres pasadas, presentes y futuras!!!! (…)»
Elena
Querida Elena tu frase me sirvió de catapulta para despedirme de un ciclo y abrazar otro… Queridas Osas, Lobas, Brujas, Leonas, Recolectoras, Cultivadoras, Comadronas…Queridas creadoras y creadores:
En nuestro sexo comenzó la vida… nuestro sexo es esa pequeña semilla de donde todo surge un día. Nuestro sexo, guardián de nuestro cuerpo de mujer que todo contiene…
Si amigas, somos las guardianas, las madres y comadronas de la semilla de la vida. Somos la semilla…somos la mujer… somos mujeres-semilla o semillas-mujer… mujeres que crean vida.
En nuestro vientre anida un contenedor de semillas y entre las piernas tenemos el sendero que las conduce hasta la luz. En medio del pecho tenemos dos fuentes que nutren y alimentan y suspendidos del cuerpo tenemos dos ramas que nos sostienen y nos acunan.
Muchas de nosotras están cansadas y otras están embrujadas pero poquito a poco la energía y la lucidez regresan y volveremos a disfrutar y a sentir nuestra fuerza creadora.
Creamos alegría… creamos vida… creamos sabiduría… Mujer Joven… Mujer Madura… Mujer Sabia… Mujeres.
Creadoras del mundo, eso es lo que somos… colocamos semillas en todo lo que tocamos porque somos capaces de soñar… de amar… el hombre (lo masculino) le dio forma a cada cosa y la mujer (lo femenino) le dio la vida. Esta unión hace que todo gire en una espiral perfecta que solo una batuta femenina podría orquestar.
E en esta perfecta armonía nuestro cuerpo se reconoce lleno de sensualidad y gozo, abriendo su sexo al mundo… nutriéndolo… acunándolo… sintiéndolo y esculpiendo una sexualidad mágica y un matrimonio sagrado con el placer.
Somos mujeres de agua… de viento…de fuego… de tierra y de nada. Somos la muerte que engendra la vida. Por eso debemos confiar en nuestro cuerpo, libro que encierra los saberes de este ciclo de Vida-Muerte-Vida. Este cuerpo sabio de ríos rojos que calman la sede del alma.
Cuerpo lleno de sonidos que busca su melodía perdida y la rescatara un día cuando encuentre su flautista y en ese día la unión sagrada entre tocador y interprete romperá las entrañas de la tierra y florecerá.
Somos recolectoras de estrellas… cultivadoras de semillas… guardianas de los ciclos de la luna. Mujeres cambiantes que sangran, mudan, crean y transforman. Que saben cuando decir adiós o cuando abrir los brazos. Que conocen los senderos del bosque y los secretos de los lobos.
Tenemos un cuerpo que se transforma sabiamente, recibe su menarca para percibir su propia existencia…después acoge su dulcificada mujer embarazada y por fin se despide de su manto rojo para recibir a la sabia bruja.
Y a lo largo de este ciclo de transformación, de muerte y de vida, construimos un círculo perfecto que late dentro de un corazón primitivo, salvaje, íntimo capaz de gestar vida cada vez que una mujer decide renacer.
Y así debían de terminar las cosas pero un circulo nunca tiene fin porque una mujer renacida nunca dejara de parirse una y otra vez… nunca dejara de crear…de encontrarse y regocijarse con su cuerpo de mujer cambiante que sangra, muda, crea y transforma.
Colorín, colorado este año se ha acabado y otro comenzado!!!
Os abrazO en un intenso y extenso abrazo raíz.
Aída
No se olviden de cultivar y recolectar todas las estrellas que deseen.
Elena
Querida Elena tu frase me sirvió de catapulta para despedirme de un ciclo y abrazar otro… Queridas Osas, Lobas, Brujas, Leonas, Recolectoras, Cultivadoras, Comadronas…Queridas creadoras y creadores:
En nuestro sexo comenzó la vida… nuestro sexo es esa pequeña semilla de donde todo surge un día. Nuestro sexo, guardián de nuestro cuerpo de mujer que todo contiene…
Si amigas, somos las guardianas, las madres y comadronas de la semilla de la vida. Somos la semilla…somos la mujer… somos mujeres-semilla o semillas-mujer… mujeres que crean vida.
En nuestro vientre anida un contenedor de semillas y entre las piernas tenemos el sendero que las conduce hasta la luz. En medio del pecho tenemos dos fuentes que nutren y alimentan y suspendidos del cuerpo tenemos dos ramas que nos sostienen y nos acunan.
Muchas de nosotras están cansadas y otras están embrujadas pero poquito a poco la energía y la lucidez regresan y volveremos a disfrutar y a sentir nuestra fuerza creadora.
Creamos alegría… creamos vida… creamos sabiduría… Mujer Joven… Mujer Madura… Mujer Sabia… Mujeres.
Creadoras del mundo, eso es lo que somos… colocamos semillas en todo lo que tocamos porque somos capaces de soñar… de amar… el hombre (lo masculino) le dio forma a cada cosa y la mujer (lo femenino) le dio la vida. Esta unión hace que todo gire en una espiral perfecta que solo una batuta femenina podría orquestar.
E en esta perfecta armonía nuestro cuerpo se reconoce lleno de sensualidad y gozo, abriendo su sexo al mundo… nutriéndolo… acunándolo… sintiéndolo y esculpiendo una sexualidad mágica y un matrimonio sagrado con el placer.
Somos mujeres de agua… de viento…de fuego… de tierra y de nada. Somos la muerte que engendra la vida. Por eso debemos confiar en nuestro cuerpo, libro que encierra los saberes de este ciclo de Vida-Muerte-Vida. Este cuerpo sabio de ríos rojos que calman la sede del alma.
Cuerpo lleno de sonidos que busca su melodía perdida y la rescatara un día cuando encuentre su flautista y en ese día la unión sagrada entre tocador y interprete romperá las entrañas de la tierra y florecerá.
Somos recolectoras de estrellas… cultivadoras de semillas… guardianas de los ciclos de la luna. Mujeres cambiantes que sangran, mudan, crean y transforman. Que saben cuando decir adiós o cuando abrir los brazos. Que conocen los senderos del bosque y los secretos de los lobos.
Tenemos un cuerpo que se transforma sabiamente, recibe su menarca para percibir su propia existencia…después acoge su dulcificada mujer embarazada y por fin se despide de su manto rojo para recibir a la sabia bruja.
Y a lo largo de este ciclo de transformación, de muerte y de vida, construimos un círculo perfecto que late dentro de un corazón primitivo, salvaje, íntimo capaz de gestar vida cada vez que una mujer decide renacer.
Y así debían de terminar las cosas pero un circulo nunca tiene fin porque una mujer renacida nunca dejara de parirse una y otra vez… nunca dejara de crear…de encontrarse y regocijarse con su cuerpo de mujer cambiante que sangra, muda, crea y transforma.
Colorín, colorado este año se ha acabado y otro comenzado!!!
Os abrazO en un intenso y extenso abrazo raíz.
Aída
No se olviden de cultivar y recolectar todas las estrellas que deseen.
segunda-feira, dezembro 27, 2010
MUITO IMPORTANTE...
CORPO DE MULHER,
SABEDORIA DE MULHER
"...Ela canta a partir do conhecimento dos ovários, um conhecimento das profundezas do corpo, das profundezas da mente, das profundezas da alma." - Clarissa Pinkola Estes
"Do ponto de vista da medicina da energia, os ovários são o equivalente feminino dos testículos masculinos. Podem considerar-se "os tomates da mulher" porque representam exactamente a mesma coisa no mundo.
(...)
Para uma mulher, sair para o mundo, particularmente um mundo virado para os homens, também exige "tomates", mas ela tem de usar a a energia dos seus ovários. Não deve imitar os homens, porque os ovários e o respectivo campo de energia podem ser afectados de forma adversa pelo seu relacionamento com o mundo exterior."
(...)
in CORPO DE MULHER, SABEDORIA DE MULHER
de Christhiane Northrup
*
SABEDORIA DE MULHER
"...Ela canta a partir do conhecimento dos ovários, um conhecimento das profundezas do corpo, das profundezas da mente, das profundezas da alma." - Clarissa Pinkola Estes
"Do ponto de vista da medicina da energia, os ovários são o equivalente feminino dos testículos masculinos. Podem considerar-se "os tomates da mulher" porque representam exactamente a mesma coisa no mundo.
(...)
Para uma mulher, sair para o mundo, particularmente um mundo virado para os homens, também exige "tomates", mas ela tem de usar a a energia dos seus ovários. Não deve imitar os homens, porque os ovários e o respectivo campo de energia podem ser afectados de forma adversa pelo seu relacionamento com o mundo exterior."
(...)
in CORPO DE MULHER, SABEDORIA DE MULHER
de Christhiane Northrup
*
O CORPO DA MULHER
Palavra de Afrodite:"Eu sou Senhora do sangue sagrado. A meretriz dos sucos vaginais. Sou aquela que encarna o pecado e habita as grutas infernais. Fui eu que te dei o desejo que desenhei no teu corpo todos os riscos do sexo. Fui eu que te embalei nos braços e disse a todas que eras mulher. Sou eu que ainda te guio nos descaminhos que inventaste. Sou eu que sustento as violações de um corpo que mutilaste. Tu, que és parte de mim mesma, esqueceste o lugar que te gerou. Tomaste um rumo avesso e contrário e renegaste quem te criou. Mas tu és lua, mulher e loba, e serás assim até o instante final. Não serás ferida, porque és cura. Não será dor, porque és prazer. Não serás culpa, porque és vida. Não serás certeza, porque és abismo!"Fragmento de texto retirado do livro:
A panela de Afrodite - Márcia Frazão
- O corpo da mulher tem uma especificidade própria e isso significa que a mulher tem uma função e uma forma de ser diferente do homem. O seu sexo virado para dentro, e os seus órgãos interiores, são diferentes dos homens…e para além de ter o Útero e conceber e alimentar no seu ventre a criança que se forma a partir do encontro entre o espermatozóide e o óvulo, que é um processo em sentido único e inerente à fêmea, no resto das funções são complementares, em nada superiores ou inferiores um ao outro. Simplesmente cada corpo-ser, cada forma, seja na procriação seja no prazer cumpre uma função e tem uma maneira própria, não só biológica como emocional e cerebral, mas têm o mesmo fim que é realizar essa complementaridade interiormente do ser macho-fêmea. E nessa união fusional têm como propósito mais elevado realizar o SER total, para deixarem de ser feminino ou masculino e ser apenas o SER EM SI. Quero dizer que o ser individual vai para lá da sua categoria biológica, sexual ou cerebral, para se encontrar no centro de si mesmo, independentemente de ser à partida homem ou mulher mas sempre através dessa complementaridade, dentro e fora. Admito que há variantes sexuais, questões endócrinas, mas à partida o processo mais natural e simples é o da complementaridade sexual. Pelo menos da perspectiva alquímica.
Temos descurado completamente, no plano prático, a questão iniciática da activação dos dois cérebros. Nada ou pouco sabemos acerca do potencial da activação dos seus hemisférios e vivemos apenas uma metade também. Usamos e desenvolvemos o lado racional e lógico, o masculino, mas o intuitivo e emocional, feminino, não. E ao relegar as funções do lado feminino, ridicularizando o emocional, rejeitámos as funções do hemisfério que lhe corresponde e assim negamos também essa actividade dupla do nosso cérebro.
Até hoje considera-se o nirvana ou o samadi e o êxtase como manifestações espirituais, separados do indivíduo e dos seus processos na integração dos dois em Um através, por exemplo, do orgasmo. Apenas o Tantra nos dá uma ideia da necessidade do encontro supremo da mulher e do homem enquanto formas sexos e princípios diferenciados cuja complementaridade é essencial.
A Tradição patriarcal raramente evoca a mulher nesse processo quando não mesmo a retira completamente das suas “altas iniciações”… como nos processos ascéticos…nuns casos elevam-na ao céu sem a tocar na terra, outros banem-na simplesmente do mapa.
Quanto aos processos xamânicos desconheço com efeito as suas premissas e práticas a não ser a do lado da iniciação masculina, o caminho do guerreiro…E do que leio em Carlos Castanheda quando este se refere às mulheres é obviamente machista e até um pouco misógino. Sei pouco de mulheres xamãs, cujo testemunho é raro pela mesma razão que aponta Clarissa Pinkola quando diz que “A fauna silvestre e a mulher selvagem são espécies em risco de extinção” conforme se lê no texto abaixo. Portanto a função mulher e a consciência do ser mulher além de nos dar uma ideia adulterada do seu verdadeiro ser não está de forma alguma nivelada à do homem pela perseguição secular das suas qualidades instintivas que a mantinha em contacto com a sua natureza íntima e portanto com a Terra. Ninguém me pode vir dizer que a mulher moderna está apta para se exprimir no expoente máximo das suas qualidades intrínsecas. Ninguém.
Rosa Leonor Pedro
Quanto aos processos xamânicos desconheço com efeito as suas premissas e práticas a não ser a do lado da iniciação masculina, o caminho do guerreiro…E do que leio em Carlos Castanheda quando este se refere às mulheres é obviamente machista e até um pouco misógino. Sei pouco de mulheres xamãs, cujo testemunho é raro pela mesma razão que aponta Clarissa Pinkola quando diz que “A fauna silvestre e a mulher selvagem são espécies em risco de extinção” conforme se lê no texto abaixo. Portanto a função mulher e a consciência do ser mulher além de nos dar uma ideia adulterada do seu verdadeiro ser não está de forma alguma nivelada à do homem pela perseguição secular das suas qualidades instintivas que a mantinha em contacto com a sua natureza íntima e portanto com a Terra. Ninguém me pode vir dizer que a mulher moderna está apta para se exprimir no expoente máximo das suas qualidades intrínsecas. Ninguém.
Rosa Leonor Pedro
quinta-feira, dezembro 23, 2010
MATER DOLOROSA
VEM, DOLOROSA,
MATER-DOLOROSA DAS ANGÚSTIAS DOS TÍMIDOS
TURRÍS-ÉRBURNEA DAS TRISTEZAS DOS DEPREZADOS,
MÃO FRESCA SOBRE A TESTA EM FEBRE DOS HUMILDES,
SABOR DE ÁGUA SOBRE OS LÁBIOS SECOS DOS CANSADOS.
VEM LÁ DO FUNDO
(...)
Onde estão os mares que os Navegadores abriram;
Outra folha minha atira ao Ocidente,
Onde arde ao rubro tudo o que talvez seja o futuro,
Que eu sem conhecer adoro;
E a outra, as outras, o resto de mim
Atira a Oriente,
Ao Oriente de onde vem tudo, o dia e a fé,
Ao Oriente pomposo e fanático e quente,
Ao Oriente excessivo que nunca verei,
Ao Oriente budista, bramânico, sintoísta,
Ao Oriente que tudo o que nos temos,
Que tudo o que nós não somos,
Ao Oriente onde - quem sabe? - Cristo talvez ainda hoje viva,
Onde Deus talvez exista realmente e mandando em tudo...
Vem sobre os mares,
Sobre os mares maiores,
Sobre os os mares sem horizonte precisos,
Vem e passa a mão pelo dorso da fera,
E acalma-o misteriosamente,
Ó domadora hipnótica das coisas que se agitam muito!
(ode à noite de fernando pessoa)
terça-feira, dezembro 21, 2010
E NINGUÉM VAI MAIS LONGE...
"Nasci dura, heróica, solitária e em pé. E encontrei meu contraponto na paisagem sem pitoresco e sem beleza. A feiúra é o meu estandarte de guerra. Eu amo o feio com um amor de igual para igual. E desafio a morte. Eu - eu sou a minha própria morte. E ninguém vai mais longe. O que há de bárbaro em mim procura o bárbaro e cruel fora de mim. Vejo em claros e escuros os rostos das pessoas que vacilam às chamas da fogueira. Sou uma árvore que arde com duro prazer. Só uma doçura me possui: a conivência com o mundo. Eu amo a minha cruz, a que doloridamente carrego. É o mínimo que posso fazer de minha vida: aceitar comiseravelmente o sacrifício da noite."
Clarice Lispector
Clarice Lispector
segunda-feira, dezembro 20, 2010
Pensamentos soltos...
A ARVORE DOURADA...
"A rosa tem de tornar a ser o botão, nascido da sua haste materna,
antes que o parasita lhe tenha roído o seio e bebido a seiva da sua vida.
A árvore dourada dá flores de jóia, antes que o seu tronco esteja gasto pela tormenta.
...O aluno tem de tornar ao estado de infância que perdeu
antes que o primeiro som lhe possa soar ao ouvido."
in A VOZ DO SILÊNCIO...
M. Blavatsky
quinta-feira, dezembro 16, 2010
PORQUE RAZÃO A EVOLUÇÃO DO CORAÇÃO NÃO OCORRE
ESTE ROSTO REPRESENTA A BELEZA INTERIOR,
A VERDADE DO SER REAL...
Este texto que se segue de uma leitora, é para mim uma análise muito lúcida do panorama geral da nossa vida a um certo nível...e que responde ao espírito do nosso tempo...a toda esta confusão de ideias "nova era" que por suposto propõe mudanças mas na realidade não muda nada. A razão de toda essa estagnação é que as vivências fazem-se apenas na superfície do ser e ao nível mental e intelectual, porque é um tempo de facilidades e facilitismos de facilitadores...Tudo se compra em "pacotes" ou em pastilhas e em 3 dias está o curso feito e as curas anunciadas...
Na verdade e em profundidade nada de real acontece porque o trabalho a fazer-se para mudar alguma coisa ao nível da Consciência é um trabalho de uma vida inteira e de todos os dias o que implica uma dedicação total...
Mas não, a mente, o consumo e o dinheiro continuam em primeiro lugar, o sexo, o ego e o sucesso e portanto a grande mentira continua assente nos mesmos preconceitos e conceitos de sempre, o eterno egoismo, o bem e mal, o pensamento primário do julgamento dos outros sempre na base dessa dualidade religiosa e atávica.
Assim, acho muito pertinente tudo o que esta leitora aqui expressa.
Não lhe respondo as suas questões, mas faço eco com ela...
Obrigada Maruska por ter escrito tudo o que sentia...é isso que precisamos.
Que bom não aceitarmos as coisas como elas se apresentam, aos nossos olhos...
»»»»
Independente deste ‘’espírito de tempo, deste momento ‘’ há algo que nunca muda, a vivência humana interna nos seus sentimentos coronários, a sede e Sede das emoções. Emoções que nunca mudaram a história interior da Humanidade, como tem acontecido com a evolução do intelecto.
Desde Gutenberg até às novas tecnologias muito mudou.
Agora, reparem, as emoções mudaram?? Aquilo que vibra internamente? A dor, a paixão continuam inalteráveis, mas a máquina Gutenberg está falida, é inútil como instrumento, porque é um atraso de vida!! É apenas uma peça de antiquário que um dia foi um marco importantíssimo na difusão da palavra escrita!!! Por aí vai esse mundo de confusão emocional do ser humano que nunca cresceu verdadeiramente nessa área e não apresenta nada de novo!! As lágrimas são iguais, elas não são virtuais; uma ferida em alguma parte do corpo provoca a mesma dor que provocava há mil anos em outra pessoa. A única diferença entre aquela pessoa milenar e a actual, é o factor antibiótico – anestesiante!!
Por esta pequena e simplista análise que faço, deduzo que se a emoção não evoluiu nada, o feminino em nada evoluiu também. O filho da traição, que é esse sentimento intolerável nas nossas moléculas internas e que nem o intelecto/racional, até a evolução da própria inteligência consegue resolver o paradigma de libertar do interior humano.
O apogeu máximo do masculino está ocorrendo actualmente, onde o espiritual está ao serviço da matéria – se é que me faço entender!!?? Se não? Então, direi, o espiritual serve apenas para a iluminação de conseguir manter o ‘’statu quo’’ ou aumentá-lo – poder, dinheiro e sexo, onde apenas a adrenalina provocada por estas doses fatais valem, porque aqui não há coração e, há uma outra coisa que considero atávica e não tem nome concreto! –
Quem detém muito poder, seja ele qual for, não merece a confiança absoluta.
Por que razão, a evolução do coração não ocorre? O que se oculta tão tremendamente por detrás deste pano há milhares e milhares de anos que o homem/mulher não ousa atravessar?? Ao nível do inconsciente colectivo e arquétipos não está a força esclarecedora, antes paira o medo do futuro, a falência das sociedades industriais e o seu doente consumismo. Direi, não há capital de inteligência emocional em massa para libertar-nos!!
A questão actual que a maioria fala de inteligência emocional, é mais uma pirâmide de fazer dinheiro. Inventa-se uma fórmula e lá está milhares de seguidores/as, até que a noticia é infalível, «não há solução. Afinal o remédio é um engodo/simulacro! Lamentamos, arranjem-se por vocês mesmos/as!! Damos por encerrado qualquer assistência aos/às mais exigentes!!»
«Por agora fico por aqui, não é fácil escrever tudo isto, porque mexe com as ‘’tripas internas’’ e eu não sou uma pessoa fácil de aceitar as coisas…»
«««
ps- O que me leva a escrever estas coisas, são saudades extremamente fortes de uma região qualquer, e que tenho um Pavor tremendo!! Quase encarno fobos e deimos por inteiro, desperdiçando assim um oceano de energia. Julgo que há uma necessidade tremenda na Consciência Subliminar que o meu próprio intelecto não abarca e a própria emoção não consegue transcender!
Um abraço.
Maruska
«««
fOTO:
Uma mulher sábia na India
Tirada por Ana Lavigne
quarta-feira, dezembro 15, 2010
O ÚTERO - UM ORGÃO MÁGICO
NESTE BLOG EU FALO DE UM CAMINHO DO FEMININO, TRATO ESPECIFICAMENTE DA EVOLUÇÃO E PERCURSO DA MULHER, MAS HÁ CASOS E ESTE É UMA EXCEPÇÃO, EM QUE O CAMINHO DO MASCULINO COINCIDE COM O CAMINHO DO FEMININO...
"As mulheres possuem um órgão mágico por excelência, o útero. Nós homens temos outro caminho para a magia, temos um caminho que se desenvolve em nós por um trabalho diferente do da mulher, diferente não quer dizer antagônico como tantos quiseram fazer crer. E este caminho foi um pouco perdido na nossa civilização...
O caminho do masculino.
É muito importante, no meu entender, que percebamos que o caminho de um homem e uma mulher seja na Wicca, bruxaria tradicional ou outro caminho similar é marcado pelo despertar, pelo trabalhar e pelo fortalecer da Deusa e do Deus no interior e no exterior, isto é, ao mesmo tempo em que fortalecemos o Deus e a Deusa em nós, fortalecemos também suas manifestações efetivas na realidade circundante.
Quando ritualizamos, quando cuidamos da Terra, quando nos tornamos seres conscientes que recebem e transmitem as energias que nos chegam da Eternidade para a Terra e da Terra para a Eternidade, vamos ampliando a manifestação de aspectos mais plenos e sutis da própria ETERNIDADE.
A Wicca, assim como vários caminhos pagãos, tem uma proposta de resgatar o feminino, a Deusa e isto pode confundir algumas pessoas levando a crer que "dá-se menos importância ao masculino", "prega-se uma superioridade do feminino sobre o masculino".
Talvez algumas pessoas até pensem e ajam assim e isto apenas indica que elas, sejam homens ou mulheres, estão presas ainda ao mesmo paradigma que tentamos superar, o paradigma da luta pela superioridade, pela imposição de uma posição sobre outra. Como uma Margareth Thatcher prova não é ser mulher que torna alguém feminina, nem sensível. O poder exercido por muitas mulheres nas empresas que trabalho me mostra isso claramente, elas seguem os modelos de pais e irmãos e tentam muitas vezes esconder sua própria sensibilidade.
Assim temos que começar a entender que existem energias femininas e masculinas na realidade e nós as temos em nós, independente de nosso sexo. Agora quando somos homens somos canais e expressão da energia masculina. Existem homens que canalizam e expressam a energia feminina, podem ser ou não homossexuais, existem mulheres que canalizam e expressam a energia masculina e podem ou não ser homossexuais. Creio que este é o primeiro ponto importante pra gente compreender a questão, existe no interior de cada um de nós um aspecto do Deus e da Deusa. Não foi o Deus que tentou dominar a Deusa, não foi o Deus em nós que gerou esta civilização que estamos. Foi termos sido isolados desses aspectos da eternidade, foi termos deixado de fluir com o Yang e o Yin, de sentir os ciclos da vida, que nos colocou neste estado que estamos.
É importante entender isso nesse ponto, senão caímos em algum tipo esdrúxulo de "guerra dos sexos", onde vamos ficar brigando dentro dos mesmos paradigmas que são justamente a negação de tudo que o paganismo apresenta. Só essa idéia de superioridade, de ser mais importante, de querer ser "mais", "melhor”, tudo isso é claramente a mesma armadilha que chamamos de pseudo patriarcalismo. Porque para começar nosso estudo desse tema é importante notar que o que domina o mundo hoje não são as tradições solares, nem o patriarcalismo. As tradições solares, o patriarcalismo, assim como as tradições matriarcais, da Terra, não precisam se impor uma sobre as outras, se são tradições sabem que a noite não existe sem o dia, o frio tem seu tempo, assim como o calor e para cada amanhecer virá um anoitecer, que por sua vez será prelúdio de um novo amanhecer. O fundamental num caminho mágico é compreender o equilíbrio desses poderes e forças que se manifestam nessa polaridade que o Taoísmo brilhantemente apresenta, Yin e Yang.
O que domina o mundo hoje é um bando de mercantilistas sequiosos de lucro que transformaram tudo e todos em coisas e coisificados fomos condicionados a ser, negando a nós mesmos a condição de seres mágicos e integrados a Vida e a ELA. Os sacerdotes transformados em mercadores de almas, os guerreiros em mercenários, assim temos que notar que da mesma forma que a mulher foi alijada de seus arquétipos e presa numa limitadora visão da Virgem e da "Mãe da semente masculina de um deus masculino", nós homens também perdemos nossos referenciais arquetipais, tendo apenas estereótipos para nos basear.
(...)
NUVEM QUE PASSA
Excerto de artigo Reconsagração do Falo - parte I
CONTINUE A LER EM: http://pistasdocaminho.blogspot.com/
O caminho do masculino.
É muito importante, no meu entender, que percebamos que o caminho de um homem e uma mulher seja na Wicca, bruxaria tradicional ou outro caminho similar é marcado pelo despertar, pelo trabalhar e pelo fortalecer da Deusa e do Deus no interior e no exterior, isto é, ao mesmo tempo em que fortalecemos o Deus e a Deusa em nós, fortalecemos também suas manifestações efetivas na realidade circundante.
Quando ritualizamos, quando cuidamos da Terra, quando nos tornamos seres conscientes que recebem e transmitem as energias que nos chegam da Eternidade para a Terra e da Terra para a Eternidade, vamos ampliando a manifestação de aspectos mais plenos e sutis da própria ETERNIDADE.
A Wicca, assim como vários caminhos pagãos, tem uma proposta de resgatar o feminino, a Deusa e isto pode confundir algumas pessoas levando a crer que "dá-se menos importância ao masculino", "prega-se uma superioridade do feminino sobre o masculino".
Talvez algumas pessoas até pensem e ajam assim e isto apenas indica que elas, sejam homens ou mulheres, estão presas ainda ao mesmo paradigma que tentamos superar, o paradigma da luta pela superioridade, pela imposição de uma posição sobre outra. Como uma Margareth Thatcher prova não é ser mulher que torna alguém feminina, nem sensível. O poder exercido por muitas mulheres nas empresas que trabalho me mostra isso claramente, elas seguem os modelos de pais e irmãos e tentam muitas vezes esconder sua própria sensibilidade.
Assim temos que começar a entender que existem energias femininas e masculinas na realidade e nós as temos em nós, independente de nosso sexo. Agora quando somos homens somos canais e expressão da energia masculina. Existem homens que canalizam e expressam a energia feminina, podem ser ou não homossexuais, existem mulheres que canalizam e expressam a energia masculina e podem ou não ser homossexuais. Creio que este é o primeiro ponto importante pra gente compreender a questão, existe no interior de cada um de nós um aspecto do Deus e da Deusa. Não foi o Deus que tentou dominar a Deusa, não foi o Deus em nós que gerou esta civilização que estamos. Foi termos sido isolados desses aspectos da eternidade, foi termos deixado de fluir com o Yang e o Yin, de sentir os ciclos da vida, que nos colocou neste estado que estamos.
É importante entender isso nesse ponto, senão caímos em algum tipo esdrúxulo de "guerra dos sexos", onde vamos ficar brigando dentro dos mesmos paradigmas que são justamente a negação de tudo que o paganismo apresenta. Só essa idéia de superioridade, de ser mais importante, de querer ser "mais", "melhor”, tudo isso é claramente a mesma armadilha que chamamos de pseudo patriarcalismo. Porque para começar nosso estudo desse tema é importante notar que o que domina o mundo hoje não são as tradições solares, nem o patriarcalismo. As tradições solares, o patriarcalismo, assim como as tradições matriarcais, da Terra, não precisam se impor uma sobre as outras, se são tradições sabem que a noite não existe sem o dia, o frio tem seu tempo, assim como o calor e para cada amanhecer virá um anoitecer, que por sua vez será prelúdio de um novo amanhecer. O fundamental num caminho mágico é compreender o equilíbrio desses poderes e forças que se manifestam nessa polaridade que o Taoísmo brilhantemente apresenta, Yin e Yang.
O que domina o mundo hoje é um bando de mercantilistas sequiosos de lucro que transformaram tudo e todos em coisas e coisificados fomos condicionados a ser, negando a nós mesmos a condição de seres mágicos e integrados a Vida e a ELA. Os sacerdotes transformados em mercadores de almas, os guerreiros em mercenários, assim temos que notar que da mesma forma que a mulher foi alijada de seus arquétipos e presa numa limitadora visão da Virgem e da "Mãe da semente masculina de um deus masculino", nós homens também perdemos nossos referenciais arquetipais, tendo apenas estereótipos para nos basear.
(...)
NUVEM QUE PASSA
Excerto de artigo Reconsagração do Falo - parte I
CONTINUE A LER EM: http://pistasdocaminho.blogspot.com/
terça-feira, dezembro 14, 2010
A MULHER PRIVADA DE MODELOS RELIGIOSOS...
“O declínio do culto da deusa privou a mulher de modelo religioso e de sistemas espirituais que correspondam às suas necessidades e à sua experiência. O deus masculino caracteriza as religiões ocidentais e orientais.
Avatares, pregadores, profetas, gurus e budas são todos masculinos.
A mulher não é incentivada a explorar a sua própria força e a sua realização. Submissa à autoridade do homem, ela deve se identificar com as percepções masculinas e seus ideias espirituais, renegar o seu corpo, abafar a sua sexualidade, moldar a sua concepção do mundo na forma do masculino.”
Avatares, pregadores, profetas, gurus e budas são todos masculinos.
A mulher não é incentivada a explorar a sua própria força e a sua realização. Submissa à autoridade do homem, ela deve se identificar com as percepções masculinas e seus ideias espirituais, renegar o seu corpo, abafar a sua sexualidade, moldar a sua concepção do mundo na forma do masculino.”
segunda-feira, dezembro 13, 2010
A MULHER, SENHORA DE SI, NÃO DONA DE NADA!
Queremos a Mulher, Senhora de si e não Dona de nada…
“Avatares, pregadores, profetas, gurus e budas são todos masculinos”
AS MULHERES DENTRO DA ESPIRITUALIDADE NOVA ERA
(…)
Há quem pense que a "espiritualidade", só por si, pode trazer à mulher a libertação, mas quanto a mim isso não acontecerá se a mulher não se encontrar primeiro a ela mesma, e esse “ela mesma” não se refere ao mesmo propósito do homem quando procura ele também a sua essência, e isso confunde ambos. O que acontece é que a mulher viveu um apagão histórico, cultural e anímico e até físico, enquanto que o homem sempre conviveu naturalmente com o seu potencial embora afastado do seu lado feminino por não ter na mulher o seu espelho. Obviamente saiu prejudicado, mas não foi amputado do seu masculino como a mulher foi do seu feminino.
Muita gente confunde esta questão e pretende partir de um pé de igualdade entre a mulher e homem quando assim não acontece. É como se numa corrida o homem corresse com as suas duas pernas e a mulher só uma…ela nunca ganharia a corrida nem a perna…É assim que eu vejo a mulher dentro da espiritualidade. Amputada da sua verdadeira identidade, a identificar-se com os processos do homem! Sim, porque os processos são diferentes e as funções também. Não se pode inverter os pólos neste caso. A mulher sendo iniciada por natureza, é ela que inicia o homem. Tal como o dá à Luz…duas vezes…o fará. Foi este princípio que o patriarcalismo perverteu há séculos por medo da mulher. Um velho cisma ainda não resolvido que só se a mulher o encarar como tal sairá senhora de si! Senhora de si e não Dona de nada…
Para quem quer escamotear a questão alegue-se o óbvio: as mulheres foram de tal modo esvaziadas do seu ser em todos os sentidos durante milénios de história e religião que agora não conseguem olhar para o que foi a sua perda, a perda da sua identidade profunda; elas não sabem como olhar para os confins dessa história apagada dos registos, em que deixou de existir e em que foi também ela apagada ou simplesmente adulterada a sua missão de iniciadora do amor; isso aconteceu quando ela deixou de ser sacerdotisa e livre e de amante passou a ser concubina escrava ou esposa. O Sistema explora ainda essa condição em que escravizou a mulher ao seu belo prazer e a mulher real morreu, esqueceu-se de quem era… Mal nasce, a mulher é anulada na sua individualidade para servir o homem e a sociedade…
Os filmes, os vídeos e a televisão, a publicidade em geral encarregaram-se de a continuar a alienar propagando o ódio e a violência contra as mulheres. Não é por acaso que elas são violadas e perseguidas ou afrontadas hoje até nas universidades, num país tão livre como o Brasil…ou queimadas na Índia e lapidadas no Iraque e no Irão.
Talvez nas últimas décadas essa mentalidade se tenha atenuado, mas o Sistema encontrou logo maneiras de a reprimir e impedir de adquirir uma verdadeira consciência de si mesma. Sim, pode ser diferente hoje nas novas gerações, mas a mãe não tem referências dessa essência-mulher para dar à filha e ela amalga-se à cultura do homem e é um homem nos seus valores, mesmos os espirituais de onde ela foi igualmente excluída…Por isso há cada vez menos mulheres!
Isso acontece portanto na vida normal das sociedades a todos os níveis incluindo o nível “espiritual” em que a mulher serve apenas para o homem (monge) atingir a iluminação sem que ela seja considerada, nomeadamente no caso do Oriente. Digo Oriente porque no Ocidente, no caso dos padres e monges cristãos, deu-se pura e simplesmente a total rejeição da mulher para por si mesmos e pelo ascetismo atingirem essa libertação…do pecado!
Mas hoje em dia o que mais me choca são os nossos espiritualistas “nova era” que respeitam muito as suas companheiras e discípulas e no entanto continuam a ver a mulher vulgar como mulher objecto e divertir-se com a sua imagem degradada…
(…)
(excerto de artigo plus...)
ROSALEONORPEDRO
sábado, dezembro 11, 2010
SHAME ON YOU ILUM INAME
A morte de uma mulher É um mau estandarte,
diz Ilum Iname…
“Não escolheu o ocidente neste caso um mau estandarte?”
Ilum Iname (anónimo)
“Não escolheu o ocidente neste caso um mau estandarte?”
Ilum Iname (anónimo)
11.12.2010/07:58 (in DN)
"Este é um caso absolutamente paradigmático de como impera o vale-tudo na guerra psicológica com que se confrontam o mundo cristão e o mundo islâmico. A sra. Sakineh Ashtiani matou o marido em cumplicidade com o seu amante. Foi condenada à morte segundo as leis do País que nesse aspecto são perfeitamente iguais às dos EUA. Independentemente de sermos a favôr ou contra a pena de morte - e eu sou fervorosamente contra - não escolheu o ocidente neste caso um mau estandarte? Como se pode ser contra a condenação da sra Ashtiani? Pode-se ser contra a pena de morte, e aqui lute-se contra todos os países onde é aplicada, não só contra o Irão, mas não vejo como se pode ser contra a condenação em si ."
"Este é um caso absolutamente paradigmático de como impera o vale-tudo na guerra psicológica com que se confrontam o mundo cristão e o mundo islâmico. A sra. Sakineh Ashtiani matou o marido em cumplicidade com o seu amante. Foi condenada à morte segundo as leis do País que nesse aspecto são perfeitamente iguais às dos EUA. Independentemente de sermos a favôr ou contra a pena de morte - e eu sou fervorosamente contra - não escolheu o ocidente neste caso um mau estandarte? Como se pode ser contra a condenação da sra Ashtiani? Pode-se ser contra a pena de morte, e aqui lute-se contra todos os países onde é aplicada, não só contra o Irão, mas não vejo como se pode ser contra a condenação em si ."
"Como se pode ser contra a condenação da sra Ashtiani?"
Este comentário, absolutamente repugnante, é simplesmente abjecto...
Este comentário, absolutamente repugnante, é simplesmente abjecto...
Trata-se de um comentário de hoje e de um jornal diário e este indivíduo que assim escreve português, parece ser uma pessoa “esclarecida”, mas note-se a sua extrema “coerência” e a sua “humanidade”….ele é contra a pena de morte, mas a morte de uma mulher culpada de adultério é para ele justa…e ele não vê como se pode ser contra a condenação da sra Ashtiani.
Note-se a certeza com que este homem aceita as justificações da lei islâmica para a mulher adultera…é que ele, no fundo, pensa exactamente assim e pelo "petit nom" – ilum Iname - que ele mesmo é pró-islâmico "moderado", para quem naturalmente as mulheres não têm a menor importância.
Nem por um segundo ele se questiona se a mulher matou ou mesmo praticou o adultério; não, ele tem a certeza e é categórico…A MULHER DEVE SER CONDENADA E MORTA (não é a mesma pena de morte para quem mata a dos EUA? pergunta ele…).
Nem por um segundo ele se questiona se a mulher matou ou mesmo praticou o adultério; não, ele tem a certeza e é categórico…A MULHER DEVE SER CONDENADA E MORTA (não é a mesma pena de morte para quem mata a dos EUA? pergunta ele…).
Sim este homem pequeno e repulsivo não considera que os homens lá na "sua" terra podem ter legitimamente 4 mulheres (ou mais) mas põe em causa e castiga a mulher adúltera…basta a mais leve suspeita ou uma intriga para a mulher ser condenada…
Um "fervoroso" contra a pena de morte, diz este ser imbecil, igual a tantos no nosso mundo, mas não a morte “justa” de uma mulher que (supostamente) matou o marido… E nem sequer se importa em que condições e porque motivos, caso isso tenha sido verdade, não, ele parte do princípio de que essa morte aconteceu…
Nota-se o quão este homem é implacável com as mulheres, como quase todos os homens ofendidos na sua “honra” de machos feridos, mesma pela suposta traição das mulheres dos outros…
São estes os dominadores do mundo, os homens da fé islâmica os da fé cristã…Quando muito, alguns, importam-se com os seus semelhantes Homens, mas as mulheres são lixo, são pecado, são para abater…
Estaremos assim tão longe do Irão?
No Irão onde as mulheres são apedrejadas e mortas a frio pela multidão e a própria família e em que não têm qualquer VALOR ou direito de defesa ?
Este documentário foi escrito hoje por homem que vive em Portugal…
Estaremos assim tão longe do Irão?
No Irão onde as mulheres são apedrejadas e mortas a frio pela multidão e a própria família e em que não têm qualquer VALOR ou direito de defesa ?
Este documentário foi escrito hoje por homem que vive em Portugal…
PS.
Eu sei que estou a dar demasiado importância a um imbecil anónimo...mas é um bom exemplo de como pensam os homens em geral...
Rosa Leonor Pedro
sexta-feira, dezembro 10, 2010
A terra e a humanidade estão em grande perigo
A Terra inteira tem sede de vida verdadeira.
"Fora deste tempo, tudo está já inscrito, tudo vibra na Consciência da Unidade perfeita. Mas no tempo, no tempo desta humanidade, há uma urgência, verdadeiramente. Nada está garantido à partida. Não te percas nem na ideia de catástrofes que alguns espalham e geram medo e imobilizam o teu movimento, nem na noção de que tudo isso é ilusão, e portanto sem importância, sem que haja necessidade de agir.
Neste tempo, há uma batalha, e isso é realmente importante. Uma batalha terrível, violenta, em que se chocam no inconsciente colectivo das ideias forças-opostas. Uma batalha no plano das energias, de que as guerras e desarmonias no plano físico não são mais do que vagos sintomas, como salpicos.
A pressão aumenta com o borbulhar da era nova e com o aproximar da verdade messiânica. A Terra inteira tem sede de vida verdadeira. E a alma dos homens aspiram perdidamente por ela porque ela sofre há muito de grande dispersão. As almas estão cansadas de experimentar a morte a cada segundo da encarnação. É urgente agir para responder ao chamamento. Ouve esse grito, Cavaleiro, e encontra a motivação para avançar.
(…)
Para responder à sede do mundo, tu precisas de toda a motivação do mundo. Esquece os teus ou deixa de acreditar nos teus limites, esquece que tu não és senão um homem entre os homens. Encontra o objecto do teu amor na imensidão da Luz, na Luz no tempo e no espaço, na Luz que quer vencer, que é força de vida:
Neste tempo, há uma batalha, e isso é realmente importante. Uma batalha terrível, violenta, em que se chocam no inconsciente colectivo das ideias forças-opostas. Uma batalha no plano das energias, de que as guerras e desarmonias no plano físico não são mais do que vagos sintomas, como salpicos.
A pressão aumenta com o borbulhar da era nova e com o aproximar da verdade messiânica. A Terra inteira tem sede de vida verdadeira. E a alma dos homens aspiram perdidamente por ela porque ela sofre há muito de grande dispersão. As almas estão cansadas de experimentar a morte a cada segundo da encarnação. É urgente agir para responder ao chamamento. Ouve esse grito, Cavaleiro, e encontra a motivação para avançar.
(…)
Para responder à sede do mundo, tu precisas de toda a motivação do mundo. Esquece os teus ou deixa de acreditar nos teus limites, esquece que tu não és senão um homem entre os homens. Encontra o objecto do teu amor na imensidão da Luz, na Luz no tempo e no espaço, na Luz que quer vencer, que é força de vida:
A terra e a humanidade estão em grande perigo. Nada está ganho à partida, e o momento decisivo aproxima-se. E é essencial, Cavaleiro, absolutamente essencial, que tu ultrapasses este obstáculo. Não só para ti mas por todos os teus irmãos, pela terra que sofre, pela tua bem-amada das profundezas, e também pelos teus irmãos de luz, as Inteligências de amor que ligaram o seu destino ao vosso: Por Deus ele próprio, cujo grande corpo quer reunificar-se."
Rencontres Avec la Splendeur
Marie Elia
Rencontres Avec la Splendeur
Marie Elia
quinta-feira, dezembro 09, 2010
IRIS LICAN
Hoje Danço Nua
Prece ao desvelar das mulheres que tomam a roupa por pele
A pele por Alma
Deixando o espirito aprisionado no cárcere estéril da superficial imagem.
Nua e Essencial,
comprometo-me comigo á plenitude, profundidade, respeito, Amor de mim
Louvo a abundancia dos meus seios e as rugas que na pele são caminhos.
Mulher, emanação,
Uma boneca menina jamais conteria o espirito exultante que me dá Vida.
Sejamos nos corpos Sublimes e unicos que temos
a expressão do Sublime poder que nos transcende
Além tempo, forma, lugar!
Nuas Dancemos ! )0(
Prece ao desvelar das mulheres que tomam a roupa por pele
A pele por Alma
Deixando o espirito aprisionado no cárcere estéril da superficial imagem.
Nua e Essencial,
comprometo-me comigo á plenitude, profundidade, respeito, Amor de mim
Louvo a abundancia dos meus seios e as rugas que na pele são caminhos.
Mulher, emanação,
Uma boneca menina jamais conteria o espirito exultante que me dá Vida.
Sejamos nos corpos Sublimes e unicos que temos
a expressão do Sublime poder que nos transcende
Além tempo, forma, lugar!
Nuas Dancemos ! )0(
IRIS LICAN
BAILARINAS, ESCRITORAS, FEITICEIRAS...TODAS MULHERES E DEUSAS.
Joana Saahirah no Cairo...
Se Isadora Duncan fosse viva, haviamos de ser grandes amigas!
Leio aquilo que ela escrevia e revejo-me totalmente. As suas palavras são as minhas desde que me conheci por gente, entre passos e saltos balleticos que nunca me pareceram naturais e amorosos em relação ao corpo.
Com a Dancça Oriental, regressei ao natural e ao que diz respeito ao CORPO e a ALMA, muito alem de técnicas rígidas e dor imposta.
As vozes do passado tornam-se as vozes do presente com impressionante facilidade.
(Posted by joanamagica)
"A Bailarina do futuro será aquela cujo coração e alma cresceram juntos tao harmoniosamente que a linguagem natural dessa alma se tornou a linguagem do seu corpo.
Esta e' a missão da bailarina do futuro.
Ela esta a chegar, a bailarina do futuro:
o espírito livre que habitara o corpo das novas mulheres;
mais gloriosa do que qualquer outra mulher que ja existira; mais bela do que todas as mulheres de séculos passados: a maior inteligência no corpo mais livre."
Isadora Duncan
Camille Paglia, uma escritora difícil...
No entanto, como grande intelectual que é, ela diz coisas tremendamente assertivas, muitas extremas é verdade e outras demasiado bombásticas, mas ainda assim acho-as divertidas pois ela questiona tudo de forma muito pertinente e erudita. Nada fica de pé ao seu olhar crítico e implacável...
Não sinto total afininade com o seu pensamento, mas gosto da sua ousadia e frontalidade face ao mundo actual, seja ele o político seja o social.
Ela dispara, por exemplo, esta irrefutável verdade: o "medo dos homens das forças misteriosas que se escondem dentro do útero das mulheres e, daí, consequentemente, as suas tentativas obsessivo-compulsivo de valorizar seus pénis."
Assim como afirma outra grande verdade: "Ao controlar as "suas mulheres", os homens estão a tentar controlar a "natureza", a representação final do poder "...
"Camille Paglia é autora de Sexual Personae, um estudo da arte e da decadência na evolução de nossa civilização e onde ela consegue confrontar um monte de gente intelectual. As estudiosas feministas detestam os argumentos de Paglia que resume a condição das mulheres, essencialmente, como seres vinculados biologicamente à "natureza", através das suas faculdades reprodutivas. Esquerdistas detestam a sua sustentação de que o capitalismo (a la Ayn Rand), tenha libertado as mulheres da sua servidão aos homens. Teóricos Queer desdenham o seu esteticismo e alinhando homossexual com ideologias tirânicas tal como o seu argumento de que a idolatria dos homens gays de coisas masculinas vai "contra a natureza."
"Camille Paglia é autora de Sexual Personae, um estudo da arte e da decadência na evolução de nossa civilização e onde ela consegue confrontar um monte de gente intelectual. As estudiosas feministas detestam os argumentos de Paglia que resume a condição das mulheres, essencialmente, como seres vinculados biologicamente à "natureza", através das suas faculdades reprodutivas. Esquerdistas detestam a sua sustentação de que o capitalismo (a la Ayn Rand), tenha libertado as mulheres da sua servidão aos homens. Teóricos Queer desdenham o seu esteticismo e alinhando homossexual com ideologias tirânicas tal como o seu argumento de que a idolatria dos homens gays de coisas masculinas vai "contra a natureza."
(…) Ataque aos conservadores tradicionais que na manutenção dos suas instituições as mais sagradas do Ocidente - incluindo a Igreja e o Estado - como sendo tentativas dos homens para reprimir e extinguir as poderosas forças do sexo feminino.
Na opinião de Paglia, a grande civilização que chamamos de "cultura ocidental" não é nada mais do que manifestações sociais - na literatura, na arte, nas instituições políticas e religiosas – do medo dos homens das forças misteriosas que se escondem dentro do útero das mulheres e, daí, consequentemente, as suas tentativas obsessivo-compulsivo de valorizar seus pénis. Em suas mentes, que estão sempre buscando a "verdade" e "a luz", estas forças obscuras estão intrinsecamente ligados com a fluidez da natureza. Ao tentar conquistar a natureza, os homens tentam subjugar o poder que as mulheres têm sobre eles – seja o sexo, seja tudo o que resista a ser encaixado pela sua lógica e pela razão.
Eles não fazem isso conscientemente, é claro. É apenas parte do ser do sexo masculino. Paglia realça que o pénis, ao contrário da vagina, é externo e, portanto visual, tem linearidade, "uma sintaxe", e pode ser medido, comparado, avaliado. A vagina, pelo contrário, é amorfa, em cores chocantes, impossíveis de quantificar ou simular a arquitectura. O deus do céu grego Apolo, macho, serve para representar o " O Olho exterior", a maneira de ver as coisas "à luz" - como elas se encaixam logicamente, como são medidas, ou como faz sentido. Dionísio - o deus andrógino da Terra - representa tudo o que é misterioso, oculto, irracional, impulsivo. Apolo representa tudo o que é masculino e Dionísio está para todas as coisas que concernem o sexo feminino. Apolo é o deus do sol, da luz, como Lúcifer antes da queda. Dionísio, o escuro, é o deus da noite, das orgias, dos impulsos e terrena "paganismo", como Lúcifer, após a queda.
A natureza não se conforma com as leis do Homem, da Cultura, ela não pode ser contida. O homem vê dessa natureza incontrolável na Mulher - nos líquidos que fluem de sua genitália durante o sexo e menstruação, a partir de seus seios após o parto - e não só se sente ameaçado, como se sente profundamente atraído pelo que lhe falta e acha fascinante. Num impulso, o homem se volta para o céu, em direcção a Apolo, e investe sua energia numa lógica transcendental. Mas é tudo em vão. A Teologia ocidental nunca conquistou o paganismo, mas sim tentou adequá-la ao seu sistema tentando sublimá-la. Assim, o Feminino centrado no paganismo consegue manifestar-se no iconologias popular da cultura ocidental e continuar a ter vida fora do que resta da sua ideologia patriarcal.
O ego masculino é um persona (da palavra latina para a máscara) sexual que se duplica e propaga em monumentos e arranha-céus fálicos (escadas para o céu, o sol), em doutrinas religiosas em que as mulheres são designadas como servas dos homens, em que manifestamente as "megeras" estão a ser domesticadas. Ao controlar as "suas mulheres", os homens estão a tentar controlar a "natureza", a representação final do poder. Mas no fundo sabemos que os homens tal como o seu poder, são como o seu próprio pénis, que murcha e se torna flácido mal termina o ato sexual, assim o seu próprio poder se torna passageiro. Então vemos como eles brigam e lutam em guerras que podem vencer, dentro desta cultura ocidental, e cujos resultados estão á vista: os enormes estragos causados por esta carnificina espantosa da Natureza.
(Texto Adaptado para o português)
Na opinião de Paglia, a grande civilização que chamamos de "cultura ocidental" não é nada mais do que manifestações sociais - na literatura, na arte, nas instituições políticas e religiosas – do medo dos homens das forças misteriosas que se escondem dentro do útero das mulheres e, daí, consequentemente, as suas tentativas obsessivo-compulsivo de valorizar seus pénis. Em suas mentes, que estão sempre buscando a "verdade" e "a luz", estas forças obscuras estão intrinsecamente ligados com a fluidez da natureza. Ao tentar conquistar a natureza, os homens tentam subjugar o poder que as mulheres têm sobre eles – seja o sexo, seja tudo o que resista a ser encaixado pela sua lógica e pela razão.
Eles não fazem isso conscientemente, é claro. É apenas parte do ser do sexo masculino. Paglia realça que o pénis, ao contrário da vagina, é externo e, portanto visual, tem linearidade, "uma sintaxe", e pode ser medido, comparado, avaliado. A vagina, pelo contrário, é amorfa, em cores chocantes, impossíveis de quantificar ou simular a arquitectura. O deus do céu grego Apolo, macho, serve para representar o " O Olho exterior", a maneira de ver as coisas "à luz" - como elas se encaixam logicamente, como são medidas, ou como faz sentido. Dionísio - o deus andrógino da Terra - representa tudo o que é misterioso, oculto, irracional, impulsivo. Apolo representa tudo o que é masculino e Dionísio está para todas as coisas que concernem o sexo feminino. Apolo é o deus do sol, da luz, como Lúcifer antes da queda. Dionísio, o escuro, é o deus da noite, das orgias, dos impulsos e terrena "paganismo", como Lúcifer, após a queda.
A natureza não se conforma com as leis do Homem, da Cultura, ela não pode ser contida. O homem vê dessa natureza incontrolável na Mulher - nos líquidos que fluem de sua genitália durante o sexo e menstruação, a partir de seus seios após o parto - e não só se sente ameaçado, como se sente profundamente atraído pelo que lhe falta e acha fascinante. Num impulso, o homem se volta para o céu, em direcção a Apolo, e investe sua energia numa lógica transcendental. Mas é tudo em vão. A Teologia ocidental nunca conquistou o paganismo, mas sim tentou adequá-la ao seu sistema tentando sublimá-la. Assim, o Feminino centrado no paganismo consegue manifestar-se no iconologias popular da cultura ocidental e continuar a ter vida fora do que resta da sua ideologia patriarcal.
O ego masculino é um persona (da palavra latina para a máscara) sexual que se duplica e propaga em monumentos e arranha-céus fálicos (escadas para o céu, o sol), em doutrinas religiosas em que as mulheres são designadas como servas dos homens, em que manifestamente as "megeras" estão a ser domesticadas. Ao controlar as "suas mulheres", os homens estão a tentar controlar a "natureza", a representação final do poder. Mas no fundo sabemos que os homens tal como o seu poder, são como o seu próprio pénis, que murcha e se torna flácido mal termina o ato sexual, assim o seu próprio poder se torna passageiro. Então vemos como eles brigam e lutam em guerras que podem vencer, dentro desta cultura ocidental, e cujos resultados estão á vista: os enormes estragos causados por esta carnificina espantosa da Natureza.
(Texto Adaptado para o português)
terça-feira, dezembro 07, 2010
AS NÚPCIAS PROFUNDAS
segunda-feira, dezembro 06, 2010
A MULHER QUE CAMINHA PARA SI
- Obrigado por esse blog tão lindo, ainda sou nova, e estou começando a entender toda essa coisa de ser mulher, mas tu me ajudas mto, obrigado = D
*****
Nada mais gratificante para mim do que o reconhecimento e a ajuda que este blog pode constituir na vida de uma mulher seja ela já adulta seja ela uma jovem como você.
O que escrevo não é para ensinar ninguém nem eu pretendo ser uma sumidade e menos ainda "iluminada"...nos assuntos que trato, mas apenas partilhar o que sinto e penso ser a emergência de uma nova consciência do SER MULHER.
O meu anseio é que toda a mulher se aperceba de como ela é rica e sábia e que toda a força e conhecimento necessários para ela ser íntegra e inteira estão dentro dela se ela se disposer a ouvir o seu coração...e se se disposer a passar pelos caminhos que devem ser trilhados sem medo nem vaidades...
Com a sinceridade e a abertura, a coragem de ser quem Ela já é...e de se afirmar na sua natureza profunda pondo de lado todos os esteriótipos, todas as divisões, todas as calúnias...todo o peso da mentira que pesa sobre a mulher selvagem e livre que ousa ser fiel a si mesma e à Deusa.
Porque a Deusa não é senão ela mesma, esse seu outro lado recalcado, esquecido, esse seu lado que lhe sussurra coisas que ela não quer ouvir porque tem medo de olhar para dentro de si e ver esse poder que a habita e que ela precisa para expressar todos os dons que a Grande Mãe da Vida lhe deu. Os dons que o patriarcado lhe roubou. A força que os donos do mundo, reis, padres e os pais lhe retiraram, deixando-a a mercê dos mercenários e dos soldados... (Parece radical demais...mas aconteceu assim há séculos e desde aí...continua a acontecer embora de formas aparentemnte diferentes, mais atenuado no ocidente, mas pior noutras partes do mundo.)
A Mulher que caminha para ela mesma sem precisar de se afirmar perante os outros, torna-se segura à medida que percorre a senda das suas antepassadas, aquelas de quem ainda ressoa a Voz através dos tempos, no vento seu aliado, as que não silenciaram, as que mantiveram o voto sagrado à Terra, as que nunca calaram o seu coração, as mulheres que contam histórias, as avós, as velhas dos tribos longíquos, as bruxas que foram queimadas nas fogueiras por fazer partos às suas irmãs, E AS AJUDARAM A PARIR SEM DOR...As feiticeiras que dançavam na noite sem medo dos padres, as que ousaram cantar e dizer que elas eram a força da natureza, a da seu sangue, do seu útero e dos seus ovários, todas as Mães da terra que amamentaram deixando um rasto de amor invisível que une todas as suas filhas/os; as xamãs que surgem cada dia mais e vêm ao nosso encontro, todas as que escutam a suas raizes, nas árvores, nas plantas, nos animais e fazem ECO com a VOZ DOLORIDA DO PLANETA e dos animais massacrados pelos homens e pela guerra...
Por isso ao voltar-se para si mesma a MULHER volta à sua verdadeira Natureza, volta à Grande Mãe, volta ao seu Útero e ao Útero da Terra e aí vai plantar as sementes de um Novo Mundo que está a chegar...
- A. Passe sempre e espero que desfrute de tudo o que aqui está e foi escrito...
Procure e encontrará as respostas que precisa...
Com carinho
rlp
quinta-feira, dezembro 02, 2010
A MAÇÃ DO CONHECIMENTO...
UM MILHÃO... E SEIS MIL VISITAS...
MAS SEM COMENTÁRIOS...?
Dos manos tengo:
con una acaricio tu serpiente
con otra hago estallar la fruta.
En mi jardín cultivo
la planta hermafrodita.
ANDREA LUCA
En el principio era Lilith. Se pongan como se pongan, en el origen era el Andrógino. Y después de su exilio, que no destierro, del Edén nunca nada volvió a ser como antes.
Ya fuera la manzana ofrecida por Lilith - Serpiente y aceptada por Eva, ya la caja de la inquietante Pandora (las mitologías patriarcales siempre hicieron responsable a la mujer del desastre universal), el caso es que ahí nacieron la dualidad y la condición humana, con su insatisfacción permanente, su búsqueda de la perfección imposible, de los orígenes, del Absoluto.
Lilith representa el arquetipo de lo irreductible, de todo aquello que, inherente al ser humano como tal, ha sido o intenta ser mutilado por nuestro entorno. De ahí que su identificación con la lucha feminista sea errónea desde un punto de vista literal, pero no incongruente, ya que la situación social de la mujer a lo largo de la historia ha sido antinatural por naturaleza, valga la redundancia.
De ahí que los hombres generalmente no compartan el mito de Lilith, o no entiendan como algo suyo a la Luna Negra. Sin embargo, hay una frase emblemática que explicaría muy bien lo que ésta significa para todos: Más vale morir de pie que vivir de rodillas. Naturalmente, la dijo una mujer con una Luna Negra preponderante en su horóscopo. Hay otra más, y ésta es anónima: Seamos realistas, pidamos lo imposible.
Así pues Lilith, La Luna Negra, actúa sobre hombres y mujeres, si bien éstas viven este punto en su horóscopo de forma más visceral y acusan notablemente sus tránsitos, que las incitan a asumir su condición de mujer completa. Mientras, los hombres suelen vivirlos a través de las mujeres de su entorno más cercano: La madre, en primer término, y después la hija. También, cómo no, la compañera.
He podido observar en algunos temas de varones que un tránsito de la Luna Negra en conjunción u oposición a la Luna natal (sobre el Sol, curiosamente, en el caso de un amigo homosexual) corresponde a una toma de conciencia sobre la muerte de la madre. No exactamente al hecho físico, sino al momento en que estas personas asumieron la realidad de que iban a perder a su madre o - en algunos casos a posteriori- cuando realmente notaron la falta de la madre y lo que ello significa: la ruptura definitiva e inevitable del vínculo, del cordón umbilical.
De algún modo la Luna Negra (sobre todo en relación con los luminares, según apunta Joelle de Gravelaine) tiene que ver simbólicamente con esta ruptura. No olvidemos que Lilith - en tanto y en cuanto dispone de aquellas almas que sufrirían enormes penalidades en esta vida, y por tanto deben ser apartadas de ella- es protectora de los recién nacidos hasta el noveno día después del parto, que es precisamente cuando el bebé suele perder el cordón umbilical. Pero digamos que éste no se pierde nunca, al menos mientras la madre siga con vida.
Algunos artistas y creadores viven a través de su obra la fuerza de la Luna Negra. Si la poesía se relaciona de forma inmediata con el mundo lunar del individuo, se puede afirmar además que un buen número de poetas tienen a Lilith angular en su horóscopo. Son los poetas Luna Negra, y saben sentir y expresar lo arcaico de forma demoledora.
(...)
Carmen Ordoñez - Artículo publicado por la revista Eudemón (España),
nímero 6. Verano 1995
terça-feira, novembro 30, 2010
CURAR A FERIDA COM A MÃE...
Invitación a sanar la herida con la Madre...
Vivimos aún en una cultura patriarcal donde la ruptura con la naturaleza femenina se encarna sobre todo en la ruptura de la relación madre-hija...
Muchas de nosotras hemos crecido cuestionadas, desvalorizadas, temidas o ignoradas por nuestras madres.
Más allá de su amor o de su entrega nos hemos sentido solas y sin una figura materna que nos acompañe en el descubrimiento de nuestras vivencias femeninas...
Nos ha costado mucho tiempo entender que ellas también han sido víctimas de un mundo patriarcal que les impedía crecer o expresarse...
Que ellas también fueron alejadas de lo femenino instintivo, de sus recursos sanadores, de sus cualidades nutricias y contenedoras...
Que tampoco tuvieron una madre que las guiara y las alentara en su búsqueda...
Que se vieron separadas de la sabiduría de sus intuiciones más profundas y fueron víctimas de un mundo donde las cualidades positivas de lo femenino estaban y están ausentes...
Por eso hoy quiero invitarte a sanar el vínculo con tu madre...a curar la herida que te separa de ella y de tu Madre interior... a sanar tus lazos con lo femenino materno...Una vez más las palabras
pueden cumplir su misión transformadora...
Piensa en tu madre, conéctate con ella...
Vuelve a nacer de su útero, déjate mecer por su
tibieza.... siéntela mujer-hermana-compañera,
ve su mirada de niña asustada, su rebelión frustrada, su postergación, su sometimiento a una
vida dibujada por otros, sus deseos acallados, su llanto escondido, su silencio...
Escúchala, entiéndela, recupera su ternura, intégrala a ti misma...
Puedes nombrarla abrazarla y comprenderla dentro de ti...
Y entonces escribe...
Escribe cinco palabras (o más) que la nombren y curen esa vieja herida...
Si lo deseas puedes enviárme tus palabras a mi mail germanamar@yahoo.com.ar
y serán compartidas aquí y en los talleres de escritura con otras mujeres para seguir sanando entre todas nuestro universo femenino...
Desde ya muchas gracias por participar!
Muchas de nosotras hemos crecido cuestionadas, desvalorizadas, temidas o ignoradas por nuestras madres.
Más allá de su amor o de su entrega nos hemos sentido solas y sin una figura materna que nos acompañe en el descubrimiento de nuestras vivencias femeninas...
Nos ha costado mucho tiempo entender que ellas también han sido víctimas de un mundo patriarcal que les impedía crecer o expresarse...
Que ellas también fueron alejadas de lo femenino instintivo, de sus recursos sanadores, de sus cualidades nutricias y contenedoras...
Que tampoco tuvieron una madre que las guiara y las alentara en su búsqueda...
Que se vieron separadas de la sabiduría de sus intuiciones más profundas y fueron víctimas de un mundo donde las cualidades positivas de lo femenino estaban y están ausentes...
Por eso hoy quiero invitarte a sanar el vínculo con tu madre...a curar la herida que te separa de ella y de tu Madre interior... a sanar tus lazos con lo femenino materno...Una vez más las palabras
pueden cumplir su misión transformadora...
Piensa en tu madre, conéctate con ella...
Vuelve a nacer de su útero, déjate mecer por su
tibieza.... siéntela mujer-hermana-compañera,
ve su mirada de niña asustada, su rebelión frustrada, su postergación, su sometimiento a una
vida dibujada por otros, sus deseos acallados, su llanto escondido, su silencio...
Escúchala, entiéndela, recupera su ternura, intégrala a ti misma...
Puedes nombrarla abrazarla y comprenderla dentro de ti...
Y entonces escribe...
Escribe cinco palabras (o más) que la nombren y curen esa vieja herida...
Si lo deseas puedes enviárme tus palabras a mi mail germanamar@yahoo.com.ar
y serán compartidas aquí y en los talleres de escritura con otras mujeres para seguir sanando entre todas nuestro universo femenino...
Desde ya muchas gracias por participar!
Germana Martin
http://demeterypersefone.blogspot.com/?spref=fb
domingo, novembro 28, 2010
A RAIVA É SAUDÁVEL...
A MULHER DEVE ENFURECER-SE COM CONSCIÊNCIA....
"Houve muita especulação quanto ao facto de uma mulher furiosa ser apavorante no seu poder. No entanto, essa é uma projecção da angústia pessoal do observador, demasiada para que qualquer mulher a suporte.
Na sua psique instintiva, a mulher tem o poder, quando provocada, de se enfurecer com consciência – e isso realmente é algo poderoso.
Na sua psique instintiva, a mulher tem o poder, quando provocada, de se enfurecer com consciência – e isso realmente é algo poderoso.
A raiva é um dos meios inatos de que ela dispõe para começar a criar e a manter o equilíbrio que necessita, tudo o que ela realmente ama. É seu direito e, em certas horas e sob certas circunstâncias, é seu dever moral.
Para as mulheres isso significa que existe a hora para mostrar os dentes, para mostrar a poderosa capacidade de defender o seu território, para dizer ”até aqui nem mais um passo, não passe a responsabilidade adiante, não se intrometa, tenho uma coisa a dizer, tudo isso vai decididamente mudar”.
in "MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS"
CLARISSA PINKOLA ESTES
Para as mulheres isso significa que existe a hora para mostrar os dentes, para mostrar a poderosa capacidade de defender o seu território, para dizer ”até aqui nem mais um passo, não passe a responsabilidade adiante, não se intrometa, tenho uma coisa a dizer, tudo isso vai decididamente mudar”.
in "MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS"
CLARISSA PINKOLA ESTES
««
PINTURA (ROSTO COM POESIA) DE LENA GAL.
A DEUSA É A ENERGIA GERADORA DO UNIVERSO
Para entendermos correctamente quem é esta Divindade, temos que voltar até os primeiros povos da Terra. Quando os povos primitivos identificaram a mulher com a Terra e associaram a existência da Terra a poderes divinos, consideraram que o poder que conspirou para que o Universo fosse criado era feminino. Como só as mulheres têm o poder de dar a vida a outros seres, nossos ancestrais começaram a acreditar que tudo tinha sido gerado por uma Deusa.
Em diversas partes do mundo a Grande Deusa Mãe é associada à Lua, já que existia um poder maior que agia entre a mulher e a Lua. Todas as religiões primais viam no poder feminino a chave para o Mito da Criação e assim o Universo era identificado como uma Grande Deusa, criadora de tudo aquilo que existia e que existiu. Nada mais lógico para uma sociedade em processo de evolução, pois não é do ventre da mulher que todos nós saímos?
“O culto a Grande Deusa remonta a Era de Touro. Nessa época o respeito ao feminino e o culto aos mistérios da procriação eram muitos difundidos. Nas culturas primitivas a mulher era tida como a única fonte da vida, tanto que os lugares onde ocorriam os partos eram considerados sagrados e foram nestes lugares que surgiram diversos templos de veneração à Deusa.
Com o avanço da agricultura, a importância do solo passou a ser primordial e a Grande Mãe Terra (a Deusa) se tornou o centro de culto das tribos primitivas. As mulheres eram consideradas responsáveis pela fartura das colheitas, pois eram elas que conheciam os mistérios da criação. As várias estatuetas femininas como as Vênus de Willendorf, de Menton e Lespugne, representam a sacralidade feminina e os poderes mágicos e religiosos atribuídos à Deusa na época do Paleolítico e Neolítico.
Ela esteve presente em todas as partes do mundo sob diversos nomes e aspectos: Kali na Índia, Ishtar na Mesopotâmia, Pallas na Grécia, Sekhmet no Egito, Bellona em Roma e assim sucessivamente. As Grandes Deusas da Antiguidade exerciam o domínio tanto sobre o amor como sobre a guerra.
O símbolo da Grande Deusa é o caldeirão, que representa o mundo que ela criou e carrega em seu ventre. Este objeto é associado à Deusa porque a criação se parece com o que se pode realizar no interior do mesmo. O mundo é uma maravilhosa obra alquímica que a Deusa criou e comanda através das manobras e poções realizadas em seu caldeirão, o lugar onde nasce a vida.
A Deusa é a energia Geradora do Universo, é associada aos poderes nocturnos Lua, a intuição, ao lado inconsciente, a tudo aquilo que deve ser desvendado, daí o mito da eterna Ísis com o véu que jamais deve ser desvelado.
A Lua jamais morre, mas muda de fase à cada 7 dias, representando os mistérios da eternidade e mutação. Por isso a Deusa é chamada de a “Deusa Tríplice do Círculo do Renascimento, pois também muda de face, assim como a Lua, e se mostra aos homens de três diferentes formas como: A Virgem, A Mãe e A Anciã. Isso não difícil de se entender, pois dentro de Wicca todos os vários Deuses e as múltiplas faces e aspectos da Deusa, nada mais são do que a personificação e atributos da Grande Divindade Universal. “
Em diversas partes do mundo a Grande Deusa Mãe é associada à Lua, já que existia um poder maior que agia entre a mulher e a Lua. Todas as religiões primais viam no poder feminino a chave para o Mito da Criação e assim o Universo era identificado como uma Grande Deusa, criadora de tudo aquilo que existia e que existiu. Nada mais lógico para uma sociedade em processo de evolução, pois não é do ventre da mulher que todos nós saímos?
“O culto a Grande Deusa remonta a Era de Touro. Nessa época o respeito ao feminino e o culto aos mistérios da procriação eram muitos difundidos. Nas culturas primitivas a mulher era tida como a única fonte da vida, tanto que os lugares onde ocorriam os partos eram considerados sagrados e foram nestes lugares que surgiram diversos templos de veneração à Deusa.
Com o avanço da agricultura, a importância do solo passou a ser primordial e a Grande Mãe Terra (a Deusa) se tornou o centro de culto das tribos primitivas. As mulheres eram consideradas responsáveis pela fartura das colheitas, pois eram elas que conheciam os mistérios da criação. As várias estatuetas femininas como as Vênus de Willendorf, de Menton e Lespugne, representam a sacralidade feminina e os poderes mágicos e religiosos atribuídos à Deusa na época do Paleolítico e Neolítico.
Ela esteve presente em todas as partes do mundo sob diversos nomes e aspectos: Kali na Índia, Ishtar na Mesopotâmia, Pallas na Grécia, Sekhmet no Egito, Bellona em Roma e assim sucessivamente. As Grandes Deusas da Antiguidade exerciam o domínio tanto sobre o amor como sobre a guerra.
O símbolo da Grande Deusa é o caldeirão, que representa o mundo que ela criou e carrega em seu ventre. Este objeto é associado à Deusa porque a criação se parece com o que se pode realizar no interior do mesmo. O mundo é uma maravilhosa obra alquímica que a Deusa criou e comanda através das manobras e poções realizadas em seu caldeirão, o lugar onde nasce a vida.
A Deusa é a energia Geradora do Universo, é associada aos poderes nocturnos Lua, a intuição, ao lado inconsciente, a tudo aquilo que deve ser desvendado, daí o mito da eterna Ísis com o véu que jamais deve ser desvelado.
A Lua jamais morre, mas muda de fase à cada 7 dias, representando os mistérios da eternidade e mutação. Por isso a Deusa é chamada de a “Deusa Tríplice do Círculo do Renascimento, pois também muda de face, assim como a Lua, e se mostra aos homens de três diferentes formas como: A Virgem, A Mãe e A Anciã. Isso não difícil de se entender, pois dentro de Wicca todos os vários Deuses e as múltiplas faces e aspectos da Deusa, nada mais são do que a personificação e atributos da Grande Divindade Universal. “
(…)
(Perdido o rasto do autor?
(Perdido o rasto do autor?
- Se alguém identificar o texto, por favor informe-me do nome do autor)
quarta-feira, novembro 24, 2010
SOMOS PARADOXAIS...
"Passar da oposição (sempre uma discórdia) para o paradoxo (sempre sagrado) é dar um salto de consciência. Esse salto transporta-nos através do caos da meia idade e dá-nos uma visão que ilumina os dias que nos restam."
In "OWNING YOUR OWN SHADOW"
Robert A. Johnson
COMENTÁRIO DE UMA AMIGA:
Olá Leonor,
Hoje quando acedi ao seu blog, fiquei surpreendida, com o que li, tanto de uma parte como de outra. Pensei, reflecti e senti: o quanto precisamos de nos amar e de nos apaixonarmo-nos por nós próprias, primeiro individualmente, para depois nos podermos dirigir às outras mulheres, sem este (mau) sabor, sem esta agonia, sem esta competição. Cada vez mais, quando entrego o que sou e o que tenho em mim, a outras mulheres, num trabalho que decidi preservar, face ao exterior, me maravilho pelo quanto podemos fazer umas pelas outras num total ambiente de profunda compaixão. Nesses momentos, não existe certo ou errado. Existe apenas Perfeição Absoluta, e isso, sente-se no coração e na alma, mas também no cérebro, abrindo espaço para a manifestação da inteligência, que é apenas pertença da mulher, já que somos as grandes criadoras, e não a repetidoras. Existe uma grande confusão, no interior das mulheres sobreviventemente intelectuais, a essas, entrego-lhes as deusas invulneráveis, para que possam sentir-se úteis, expressando o ódio de morte, e a vontade de fazer justiça, repondo a verdade onde ela não existe, e que ao longo de infinitos milénios, circulou nas memórias celulares de todas nós, em forma de equívoco, forçando-nos a uma adaptação constante na energia masculina.
Gostei do que escreveu e do que respondeu. Estou incondicionalmente consigo, mas também com todas as outras que ainda não podem fazer, ver ou sentir mais.
Quando olho para outra mulher, vejo claramente que é sempre mais o que nos aproxima do que aquilo que nos separa.
Deixo-lhe um grande beijinho e o meu mais profundo e carinhoso Abraço de Luz, renovado na gratidão pela sua generosidade diária, por partilhar connosco tudo aquilo que é.
Amo-a profundamente, e amo todas as outras mulheres.
Ana Paula Ivo
Sou uma só... Sou um ser.
E deixo que você seja. Isso lhe assusta?
Creio que sim. Mas vale a pena.
Mesmo que doa. Dói só no começo.
Clarice Lispector
»»»
Querida Ana Paula Ivo,
Eu entendo minha amiga o que a surpreendeu, você sentiu uma certa agressividade na minha resposta e nem mo faz sentir por palavras…porque a sua ideia de amar todas as mulheres por igual não lhe permite constatar um facto supostamente negativo, mas isso não quer dizer que eu mesma não ame as mulheres todas e muito particularmente algumas, e que ao me insurgir perante atitudes ou afirmações, ofensas, equívocos, etc. eu não possa ser assertiva e temperamental…ou dizer NÃO!
Mesmo que haja “este (mau) sabor, esta agonia, esta competição” aparente e que eu também sinto e me incomoda bastante sempre que acontece – estamos a ir contra a corrente das várias crenças -, não posso deixar de soltar as palavras e as emoções e não vou metê-las num saco e obedecer a ideias ou conceitos de bem e de mal…
É assim que lhe estou a escrever…
Todas nós sentimos AMOR, dor, raiva e inveja, ciúme e até posse, nós todas temos ainda ego, (e eu não acredito que possamos mudar esses sentimentos senão através da consciência dos mesmos e a sua aceitação e da consciência de que a dualidade neste mundo é própria da manifestação), mas o sentirmos isso tudo não quer dizer que não nos possamos amar…que não sintamos compaixão ou paixão e ao meso tempo estarmos a ser parteiras da consciência umas das outras, o que tem coisas que às vezes dói...
Para chegar à luz é preciso enfrentar e integrar a sombra e a sombra na mulher e não só, claro, são os aspectos que anos (séculos) de preconceitos e moralismo encerraram no sótão como maus…sobretudo como sabe nas mulheres…temos de deitar esse acumulado cá para fora e esse é um trabalho árduo. Não podemos pensar que ao assimilarmos outras ideias isso desapareça como por milagre.
A Consciência desta realidade como um todo ou da sua dualidade inerente é o que nos permite expressar agora sim, sem ódio nem má vontade, sem preconceitos, (o que pode parecer paradoxal) aquilo que verdadeiramente sentimos, porque não estamos presas ao conceito do que é bom ou mau, porque aquilo que se manifesta em nós espontaneamente e a manifestação do ser de superfície fica sempre aquém da nossa Consciência que se identifica com o UNO. Vai me dizer que assim não há coerência entre a ideia e a prática, ou entre o sentimento e a consciência, mas a coerência logicamente é seguir um só princípio…é a armadilha da mente racionalista e o ideal do bem que nos quer boazinhas….
O SER em si é paradoxal…porque ele não é em essência os pratos da balança…que oscilam intermitentemente, mas sim o Fiel da balança que não se move. Essa é a confusão. A Consciência é o Fiel da balança, imutável e a nossa humanidade dual, oscila nos pratos da balança, numa alternância que pode ser “superiormente” vivida na entrega total ao jogo divino ou na “acção na inacção”como diria Buda e que não pode estar sujeita aos nossos critérios de bem e de mal… A diferença entre a consciência dessa oscilação e a consciência da Consciência é que nos salva e nos permite identificar com o Fiel da Balança (quem sabe os “fiéis” não eram os que praticavam isso?) e não com os pratos da balança…onde forçosamente oscilamos. A não ser que sejamos santos…OU REALIZADOS e nisso eu não creio.
Os egípcios pesavam na Balança de Maat, o coração dos mortos pondo o coração de um dos lados e uma pena do outro e se o coração pesasse mais do que a pena a alma seria condenada…para mim isso quer dizer que o meu coração tem de estar puro à partida, sem ódio, sem culpa, mas não sei o que é bem e mal…porque amar ás vezes é dar um grito ou mesmo uma bofetada… A “Boa Consciência” é apenas mais uma forma de nos manterem presos ao velho paradigma e a origem de muitas doenças como alias diz Berthellinger… e não tem nada a ver com a consciência da Consciência…
Na minha perspectiva não podemos deixar de vivenciar as emoções, de as expressarmos sem barreiras, porque elas servem a nossa interacção no mundo e na dualidade. E obviamente as emoções não são só coisas boas...Para mim contudo não há um bem e um mal definidos…há dois opostos que se integram, os dois aspectos, positivo e negativo, como há o masculino e o feminino, o yin e o yang, que estão sempre a lutar e a bailar entre si…dentro e fora.
No Ocidente confundimos a Consciência da Consciência ou o Eu Superior com a negação na encarnação de um dos aspectos do ser como o fez o catolicismo. E apontamos para comportamentos estereotipados de bem e mal que separam fora e que não unem dentro...Ao suprimir-se o mal, como fez a igreja de Roma e outras…não se está no bem…e vice-versa. Só quando olhamos, aceitamos e integramos o lado instintivo e selvagem da mulher – condenado e considerado um mal em si e até mesmo culpado da queda do homem - é que podemos fazer a União na fusão dos dois em UM. Mas estamos todos muito longe disso na realidade. Saber as coisas teoricamente não é o mesmo que SER.
Se eu, ao olhar para as outras mulheres, visse mais o que nos aproxima e não o que nos separa de uma origem comum, não faria o meu trabalho, que é específico como o seu se calhar também o é…
É evidente que encontro, como é óbvio, muitas afinidades entre todas nós e não nego o valor dessas afinidades, mas a questão para mim é outra, e olhe que tive de entregar muitos dos meus conceitos espirituais para aceitar esta minha face Lilithiana…
“Individual ou colectivamente, a maneira como isso se apresenta depende do contexto. Lilith pode ser um anjo rigoroso e severo, ou um demónio colérico. Algumas vezes ela está zangada e é vingativa, outras vezes ela tem o poder de retomar o seu estatuto correcto de parceira em igualdade.”
Lilith muitas vezes manifesta-se em mim ainda de forma quase agressiva ou agreste e eu respeito essa manifestação; já não a tento controlar porque preciso de a libertar e aprender com Ela…E seja em nome dos direitos e igualdade em que a mulher reprimiu todo o seu lado instintivo e selvagem, para dar lugar à intelectual e à racional que tudo domina, seja nas novas espiritualidades onde a mulher entra também reprimindo a sua natureza atávica por medo de não ser aceite, (o que a faz ser como os bons católicos, cuja moral é amar e perdoar e dar a outra face…) anula-se assim mais uma vez a capacidade da mulher em ser quem é e manifestar inclusive a sua sombra que precisa de integrar.
Eu quero estar atenta a isso e sei que sou muitas vezes mal interpretada, e é aí que as mulheres me amam ou odeiam…mas prefiro isso do que ficar calada ou querer agradar aos movimentos que me tolhem a liberdade da alma.
Quando uma mãe ralha com uma filha, ou lhe grita fá-lo por amor e acredito que às vezes ela precisa mesmo de um “tabefe” (tapa) …para a por no lugar…
Nós hoje em dia pervertemos tudo no “bom” sentido…e as crianças tornam-se ditatoriais porque os pais fazem tudo o que elas querem, as mães tornaram amorfas e “politicamente ou espiritualmente correctas” não vão acusá-las de violência ou abuso…Tenhamos pois em mente as coisas nos seus pólos opostos sem pender para um dos lados e sem as confundir, porque é preciso integrar os dois lados do ser para os integrar e ser UNO.
Ser pacifista não é ser submisso…ser amante não é ceder a nossa vontade etc. Ser espiritual não é ser cego…e aceitar tudo o que nos dizem os mestres…ou canalizamos…
Em suma, SER uno com Alma ou com o Espírito não quer dizer que não tenhamos emoções, nem dor, nem alegria ou raiva… como nos querem fazer crer os que dominam o mundo…sobretudo a nós mulheres pois foi essa a maneira de nos inibiram e calarem os padres da igreja!
Não sei se lhe respondi, se a entendi perfeitamente ou se fugi muito do que me expõe com tanto cuidado, mas sei que você sabe isto tudo que eu digo…com a diferença minha amiga, ao contrário de si (?) de que eu receio que tenhamos de continuar a descer às profundezas das cavernas do nosso ser, cada mulher de per se, e poucas o fizeram ainda, para ascender ao espírito uno e termos todas neste plano o mesmo entendimento das coisas…
Creio ainda que, mesmo com esse “entendimento superior”, nada mudaria nas nossas aqui patentes diferenças de naturezas nem as nossas diferentes facetas de Mulheres & Deusas…
Esse é o Grande Mistério das Mulheres…
Amemos pois a diferença que há em nós e acreditemos que fazemos parte integrante de um grande arco-íris de amor cósmico e telúrico…
Rosa Leonor Pedro
In "OWNING YOUR OWN SHADOW"
Robert A. Johnson
COMENTÁRIO DE UMA AMIGA:
Olá Leonor,
Hoje quando acedi ao seu blog, fiquei surpreendida, com o que li, tanto de uma parte como de outra. Pensei, reflecti e senti: o quanto precisamos de nos amar e de nos apaixonarmo-nos por nós próprias, primeiro individualmente, para depois nos podermos dirigir às outras mulheres, sem este (mau) sabor, sem esta agonia, sem esta competição. Cada vez mais, quando entrego o que sou e o que tenho em mim, a outras mulheres, num trabalho que decidi preservar, face ao exterior, me maravilho pelo quanto podemos fazer umas pelas outras num total ambiente de profunda compaixão. Nesses momentos, não existe certo ou errado. Existe apenas Perfeição Absoluta, e isso, sente-se no coração e na alma, mas também no cérebro, abrindo espaço para a manifestação da inteligência, que é apenas pertença da mulher, já que somos as grandes criadoras, e não a repetidoras. Existe uma grande confusão, no interior das mulheres sobreviventemente intelectuais, a essas, entrego-lhes as deusas invulneráveis, para que possam sentir-se úteis, expressando o ódio de morte, e a vontade de fazer justiça, repondo a verdade onde ela não existe, e que ao longo de infinitos milénios, circulou nas memórias celulares de todas nós, em forma de equívoco, forçando-nos a uma adaptação constante na energia masculina.
Gostei do que escreveu e do que respondeu. Estou incondicionalmente consigo, mas também com todas as outras que ainda não podem fazer, ver ou sentir mais.
Quando olho para outra mulher, vejo claramente que é sempre mais o que nos aproxima do que aquilo que nos separa.
Deixo-lhe um grande beijinho e o meu mais profundo e carinhoso Abraço de Luz, renovado na gratidão pela sua generosidade diária, por partilhar connosco tudo aquilo que é.
Amo-a profundamente, e amo todas as outras mulheres.
Ana Paula Ivo
Sou uma só... Sou um ser.
E deixo que você seja. Isso lhe assusta?
Creio que sim. Mas vale a pena.
Mesmo que doa. Dói só no começo.
Clarice Lispector
»»»
Querida Ana Paula Ivo,
Eu entendo minha amiga o que a surpreendeu, você sentiu uma certa agressividade na minha resposta e nem mo faz sentir por palavras…porque a sua ideia de amar todas as mulheres por igual não lhe permite constatar um facto supostamente negativo, mas isso não quer dizer que eu mesma não ame as mulheres todas e muito particularmente algumas, e que ao me insurgir perante atitudes ou afirmações, ofensas, equívocos, etc. eu não possa ser assertiva e temperamental…ou dizer NÃO!
Mesmo que haja “este (mau) sabor, esta agonia, esta competição” aparente e que eu também sinto e me incomoda bastante sempre que acontece – estamos a ir contra a corrente das várias crenças -, não posso deixar de soltar as palavras e as emoções e não vou metê-las num saco e obedecer a ideias ou conceitos de bem e de mal…
É assim que lhe estou a escrever…
Todas nós sentimos AMOR, dor, raiva e inveja, ciúme e até posse, nós todas temos ainda ego, (e eu não acredito que possamos mudar esses sentimentos senão através da consciência dos mesmos e a sua aceitação e da consciência de que a dualidade neste mundo é própria da manifestação), mas o sentirmos isso tudo não quer dizer que não nos possamos amar…que não sintamos compaixão ou paixão e ao meso tempo estarmos a ser parteiras da consciência umas das outras, o que tem coisas que às vezes dói...
Para chegar à luz é preciso enfrentar e integrar a sombra e a sombra na mulher e não só, claro, são os aspectos que anos (séculos) de preconceitos e moralismo encerraram no sótão como maus…sobretudo como sabe nas mulheres…temos de deitar esse acumulado cá para fora e esse é um trabalho árduo. Não podemos pensar que ao assimilarmos outras ideias isso desapareça como por milagre.
A Consciência desta realidade como um todo ou da sua dualidade inerente é o que nos permite expressar agora sim, sem ódio nem má vontade, sem preconceitos, (o que pode parecer paradoxal) aquilo que verdadeiramente sentimos, porque não estamos presas ao conceito do que é bom ou mau, porque aquilo que se manifesta em nós espontaneamente e a manifestação do ser de superfície fica sempre aquém da nossa Consciência que se identifica com o UNO. Vai me dizer que assim não há coerência entre a ideia e a prática, ou entre o sentimento e a consciência, mas a coerência logicamente é seguir um só princípio…é a armadilha da mente racionalista e o ideal do bem que nos quer boazinhas….
O SER em si é paradoxal…porque ele não é em essência os pratos da balança…que oscilam intermitentemente, mas sim o Fiel da balança que não se move. Essa é a confusão. A Consciência é o Fiel da balança, imutável e a nossa humanidade dual, oscila nos pratos da balança, numa alternância que pode ser “superiormente” vivida na entrega total ao jogo divino ou na “acção na inacção”como diria Buda e que não pode estar sujeita aos nossos critérios de bem e de mal… A diferença entre a consciência dessa oscilação e a consciência da Consciência é que nos salva e nos permite identificar com o Fiel da Balança (quem sabe os “fiéis” não eram os que praticavam isso?) e não com os pratos da balança…onde forçosamente oscilamos. A não ser que sejamos santos…OU REALIZADOS e nisso eu não creio.
Os egípcios pesavam na Balança de Maat, o coração dos mortos pondo o coração de um dos lados e uma pena do outro e se o coração pesasse mais do que a pena a alma seria condenada…para mim isso quer dizer que o meu coração tem de estar puro à partida, sem ódio, sem culpa, mas não sei o que é bem e mal…porque amar ás vezes é dar um grito ou mesmo uma bofetada… A “Boa Consciência” é apenas mais uma forma de nos manterem presos ao velho paradigma e a origem de muitas doenças como alias diz Berthellinger… e não tem nada a ver com a consciência da Consciência…
Na minha perspectiva não podemos deixar de vivenciar as emoções, de as expressarmos sem barreiras, porque elas servem a nossa interacção no mundo e na dualidade. E obviamente as emoções não são só coisas boas...Para mim contudo não há um bem e um mal definidos…há dois opostos que se integram, os dois aspectos, positivo e negativo, como há o masculino e o feminino, o yin e o yang, que estão sempre a lutar e a bailar entre si…dentro e fora.
No Ocidente confundimos a Consciência da Consciência ou o Eu Superior com a negação na encarnação de um dos aspectos do ser como o fez o catolicismo. E apontamos para comportamentos estereotipados de bem e mal que separam fora e que não unem dentro...Ao suprimir-se o mal, como fez a igreja de Roma e outras…não se está no bem…e vice-versa. Só quando olhamos, aceitamos e integramos o lado instintivo e selvagem da mulher – condenado e considerado um mal em si e até mesmo culpado da queda do homem - é que podemos fazer a União na fusão dos dois em UM. Mas estamos todos muito longe disso na realidade. Saber as coisas teoricamente não é o mesmo que SER.
Se eu, ao olhar para as outras mulheres, visse mais o que nos aproxima e não o que nos separa de uma origem comum, não faria o meu trabalho, que é específico como o seu se calhar também o é…
É evidente que encontro, como é óbvio, muitas afinidades entre todas nós e não nego o valor dessas afinidades, mas a questão para mim é outra, e olhe que tive de entregar muitos dos meus conceitos espirituais para aceitar esta minha face Lilithiana…
“Individual ou colectivamente, a maneira como isso se apresenta depende do contexto. Lilith pode ser um anjo rigoroso e severo, ou um demónio colérico. Algumas vezes ela está zangada e é vingativa, outras vezes ela tem o poder de retomar o seu estatuto correcto de parceira em igualdade.”
Lilith muitas vezes manifesta-se em mim ainda de forma quase agressiva ou agreste e eu respeito essa manifestação; já não a tento controlar porque preciso de a libertar e aprender com Ela…E seja em nome dos direitos e igualdade em que a mulher reprimiu todo o seu lado instintivo e selvagem, para dar lugar à intelectual e à racional que tudo domina, seja nas novas espiritualidades onde a mulher entra também reprimindo a sua natureza atávica por medo de não ser aceite, (o que a faz ser como os bons católicos, cuja moral é amar e perdoar e dar a outra face…) anula-se assim mais uma vez a capacidade da mulher em ser quem é e manifestar inclusive a sua sombra que precisa de integrar.
Eu quero estar atenta a isso e sei que sou muitas vezes mal interpretada, e é aí que as mulheres me amam ou odeiam…mas prefiro isso do que ficar calada ou querer agradar aos movimentos que me tolhem a liberdade da alma.
Quando uma mãe ralha com uma filha, ou lhe grita fá-lo por amor e acredito que às vezes ela precisa mesmo de um “tabefe” (tapa) …para a por no lugar…
Nós hoje em dia pervertemos tudo no “bom” sentido…e as crianças tornam-se ditatoriais porque os pais fazem tudo o que elas querem, as mães tornaram amorfas e “politicamente ou espiritualmente correctas” não vão acusá-las de violência ou abuso…Tenhamos pois em mente as coisas nos seus pólos opostos sem pender para um dos lados e sem as confundir, porque é preciso integrar os dois lados do ser para os integrar e ser UNO.
Ser pacifista não é ser submisso…ser amante não é ceder a nossa vontade etc. Ser espiritual não é ser cego…e aceitar tudo o que nos dizem os mestres…ou canalizamos…
Em suma, SER uno com Alma ou com o Espírito não quer dizer que não tenhamos emoções, nem dor, nem alegria ou raiva… como nos querem fazer crer os que dominam o mundo…sobretudo a nós mulheres pois foi essa a maneira de nos inibiram e calarem os padres da igreja!
Não sei se lhe respondi, se a entendi perfeitamente ou se fugi muito do que me expõe com tanto cuidado, mas sei que você sabe isto tudo que eu digo…com a diferença minha amiga, ao contrário de si (?) de que eu receio que tenhamos de continuar a descer às profundezas das cavernas do nosso ser, cada mulher de per se, e poucas o fizeram ainda, para ascender ao espírito uno e termos todas neste plano o mesmo entendimento das coisas…
Creio ainda que, mesmo com esse “entendimento superior”, nada mudaria nas nossas aqui patentes diferenças de naturezas nem as nossas diferentes facetas de Mulheres & Deusas…
Esse é o Grande Mistério das Mulheres…
Amemos pois a diferença que há em nós e acreditemos que fazemos parte integrante de um grande arco-íris de amor cósmico e telúrico…
Rosa Leonor Pedro
...a dor dentro da dor...
Oriah Mountain Dreamer
Mostre-me como você segue seus desejos mais profundos,
descendo em espiral em direção à dor dentro da dor,
e lhe mostrarei como eu me volto para
dentro e me abro para fora
para sentir o beijo do Mistério, doces lábios
sobre os meus, todos os dias
**
Mostre-me como você segue seus desejos mais profundos,
descendo em espiral em direção à dor dentro da dor,
e lhe mostrarei como eu me volto para
dentro e me abro para fora
para sentir o beijo do Mistério, doces lábios
sobre os meus, todos os dias
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“Se nossa intenção for modificar quem realmente somos, não teremos sucesso. Se nossa intenção for nos tornar quem essencialmente somos, não poderemos deixar de ser verdadeiros diante dos mais profundos anseios da nossa alma.”
***
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“Acordo, acendo a luz e escrevo no meu diário: "A questão não é por que é tão raro sermos a pessoa que realmente queremos ser. A questão é por que é tão raro querermos ser a pessoa que realmente somos. "
segunda-feira, novembro 22, 2010
UMA CORRENTE DE VIDA A BROTAR
MULHERES FENOMENAIS, SOMOS SE...
(GRUPO DO FACEBOOK)
Já somos quase mil...diz a Mariana...e se calhar à Maria Ribeiro, que fundou o grupo, não lhe passou pela cabeça esta adesão em massa nem certamente que tomasse estas proporções, nem o tipo de mulheres que aqui se vão juntando, mas tem o imenso mérito de ter começado, mesmo que cada uma de nós se sinta ultrapassada...Isso fará com que cada uma de nós queira dar o seu melhor expondo-se e dando as mãos em vez de julgar as diferenças…
Espero do fundo do coração, mas com alguma reserva, que este rio que começa a correr não pare de aumentar até ir desaguar no imenso Mar de Amor da Grande Mãe Terra porque é dela que - ao tomarmos consciência do nosso ser mulher inteira - nos devemos lembrar.
Lembrar que a Deusa é a nossa Terra Mãe, Gaia, e que ela sofre toda a espécie de violências, toda a espécie de ofensas, toda a espécie de aviltação que as próprias mulheres, a grande maioria das mulheres no mundo, sofrem ainda e diariamente na sua pele. Não se trata só de pensar que somos fenomenais nem fantásticas e que agora temos a nossa vidinha em ordem ou organizada e que a nossa consciência está feliz porque celebrarmos a Deusa em nós…ou ainda porque fazemos parte de um grupo solidário ou porque nos juntamos, dançamos e cantamos e expressamos a mulher soberba que há em nós…
Não. Isso é muito mas não basta!
Enquanto a Terra sofrer tanta dor e humilhação e a mulher como uma sua extensão e reflexo, nenhuma mulher feliz pode dar-se ao luxo de ficar com a consciência tranquila só porque pensa que está a fazer o seu trabalho consigo e a ter a consciência da Deusa. Não. Porque a Terra é quem nos suporta, porque a Terra é que nos dá vida e todas nós vivemos da sua respiração…se ela estiver doente, se ela for mal tratada pelos Tratados e Cimeiras que dividem países bons e maus e que preparam as guerras…somos nós mulheres de todo o mundo que sofremos, são os nossos filhos e netos que morrerão e que não terão futuro, porque a Terra Mãe não suportará mais ofensas…
Por isso é preciso que ao tomarmos consciência do nosso imenso potencial como mulheres e do imenso Amor que há em cada uma de nós, que não fiquemos pelas palavras bonitas nem pelos rituais nem pela teoria…
É preciso que nos juntemos de facto e sejamos unas em Consciência, em espírito de verdade e numa autêntica irmandade…na alma e na essência, não por ideias, porque a nossa Força interior, o nosso Poder interno irmanados em sentimentos, pensamento e acção poderão mudar radicalmente a face da Terra e trazer a Paz que o Mundo precisa.
Dizem-me então como é isso possível?
Através dos círculos de mulheres a trabalhar conscientemente para se encontrarem e ligarem-se a esse Poder, deixando de parte o seu comodismo, o seu egoísmo, e juntas, em vez de competir umas com as outras, pelos namorados, filhos e amantes, superem a sua velha rivalidade, a sua divisão interna, deixando de parte o seu ego e a sua mente e se unam de coração…assim, como na imagem…unidas de coração a coração…estabelecendo essa corrente, podemos mudar a face da Terra e salvar o Planeta!
Rosa Leonor Pedro
Já somos quase mil...diz a Mariana...e se calhar à Maria Ribeiro, que fundou o grupo, não lhe passou pela cabeça esta adesão em massa nem certamente que tomasse estas proporções, nem o tipo de mulheres que aqui se vão juntando, mas tem o imenso mérito de ter começado, mesmo que cada uma de nós se sinta ultrapassada...Isso fará com que cada uma de nós queira dar o seu melhor expondo-se e dando as mãos em vez de julgar as diferenças…
Espero do fundo do coração, mas com alguma reserva, que este rio que começa a correr não pare de aumentar até ir desaguar no imenso Mar de Amor da Grande Mãe Terra porque é dela que - ao tomarmos consciência do nosso ser mulher inteira - nos devemos lembrar.
Lembrar que a Deusa é a nossa Terra Mãe, Gaia, e que ela sofre toda a espécie de violências, toda a espécie de ofensas, toda a espécie de aviltação que as próprias mulheres, a grande maioria das mulheres no mundo, sofrem ainda e diariamente na sua pele. Não se trata só de pensar que somos fenomenais nem fantásticas e que agora temos a nossa vidinha em ordem ou organizada e que a nossa consciência está feliz porque celebrarmos a Deusa em nós…ou ainda porque fazemos parte de um grupo solidário ou porque nos juntamos, dançamos e cantamos e expressamos a mulher soberba que há em nós…
Não. Isso é muito mas não basta!
Enquanto a Terra sofrer tanta dor e humilhação e a mulher como uma sua extensão e reflexo, nenhuma mulher feliz pode dar-se ao luxo de ficar com a consciência tranquila só porque pensa que está a fazer o seu trabalho consigo e a ter a consciência da Deusa. Não. Porque a Terra é quem nos suporta, porque a Terra é que nos dá vida e todas nós vivemos da sua respiração…se ela estiver doente, se ela for mal tratada pelos Tratados e Cimeiras que dividem países bons e maus e que preparam as guerras…somos nós mulheres de todo o mundo que sofremos, são os nossos filhos e netos que morrerão e que não terão futuro, porque a Terra Mãe não suportará mais ofensas…
Por isso é preciso que ao tomarmos consciência do nosso imenso potencial como mulheres e do imenso Amor que há em cada uma de nós, que não fiquemos pelas palavras bonitas nem pelos rituais nem pela teoria…
É preciso que nos juntemos de facto e sejamos unas em Consciência, em espírito de verdade e numa autêntica irmandade…na alma e na essência, não por ideias, porque a nossa Força interior, o nosso Poder interno irmanados em sentimentos, pensamento e acção poderão mudar radicalmente a face da Terra e trazer a Paz que o Mundo precisa.
Dizem-me então como é isso possível?
Através dos círculos de mulheres a trabalhar conscientemente para se encontrarem e ligarem-se a esse Poder, deixando de parte o seu comodismo, o seu egoísmo, e juntas, em vez de competir umas com as outras, pelos namorados, filhos e amantes, superem a sua velha rivalidade, a sua divisão interna, deixando de parte o seu ego e a sua mente e se unam de coração…assim, como na imagem…unidas de coração a coração…estabelecendo essa corrente, podemos mudar a face da Terra e salvar o Planeta!
Rosa Leonor Pedro
sexta-feira, novembro 19, 2010
NO CORAÇÃO DA DEUSA...
À BEIRA DE UM MILHÃO DE VISITAS...
DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO...
..."E são estes mistérios que convem abordar. Com respeito, com audácia e inocência, tentando recorrer à intuição sagrada, essa “ignorância” à qual nós não sabemos fazer suficientemente confiança.”
(…)
(excerto traduzido do francês)
In A DEUSA SELVAGEM
Joelle de Gravelaine
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