O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, março 30, 2014

VENDEMOS A ALMA AO DIABO...

 
PARTOS
 
"Não há nenhuma cena de parto. Agora há tecnologia. Máquinas. Homens. Tempos programados. Drogas. Punções. Ataduras. Tortura. Silêncio. Ameaças. Resultados. Olhares invasivos..."

 "Nós mulheres ficamos vários séculos de história mergulhadas na repressão sexual. Isto significa que temos considerado o corpo como baixo e lascivo, os impulsos sexuais malignos e todas as sensações corpo...rais, indesejáveis. Quando é que aprendemos que não há lugar para o corpo no prazer? No exato momento do nascimento. Segundos após o parto já desejamos ser tocados. Perdemos o contato que era contínuo no paraíso uterino. Nascemos de mães reprimidas por gerações e gerações de mulheres ainda mais reprimidas, rígidas, congeladas, dura, paralizadas e temerosas em tocar. Então o instinto maternal se deteriora, se perde, se torna turvo.

Neste contexto, as mulheres com mais de séculos de patriarcado, longe de nossa harmonia interior, não querem parir. É lógico, porque os nossos úteros estão duros. Nosso ventre está acorrentado e nossos braços nos defendem. Não temos sido abraçadas e embaladas por nossas mães, porque têm elas não sido cunhado pelos nossos avós e tantas gerações de mulheres perderam qualquer vestígio de suavidade feminina. Por isso que, quando chega o momento de parir, dói o corpo todo por inflexibilidade, subjugação, a falta de ritmo e toque. Odiamos desde os tempos remotos nosso corpo que sangra, muda, ovula, que se mancha e é incontrolável.
É importante notar que, além da subjugação e repressão sexual histórica, as mulheres dão à luz em cativeiro. Durante um século, as mulheres entraram no mercado de trabalho, universidades e todos os circuitos ..e temos cedido o último bastão de poder feminino: o parto. Uma vez que temos pouco ou nenhum canto da antiga sabedoria das mulheres. Acabou-se. Não há nenhuma cena de parto. Agora há tecnologia. Máquinas. Homens. Tempos programados. Drogas. Punções. Ataduras. Tortura. Silêncio. Ameaças. Resultados. Olhares invasivos. E medo, é claro. Reaparece o medo no único refúgio que durante séculos ficou restringido aos homens. Acontece que temos abandonado a caverna. Ter entregue os partos foi como vender à alma feminina ao diabo. Agora cabe às mulheres fazerem algo sobre isso, se quisermos recuperar o prazer do orgasmo dos nascimentos e poder assumir que podemos implantar, na medida em que os partos voltarem para nós."

Laura Gutman

sexta-feira, março 28, 2014

VEJA AS DIFERENÇAS....



 A RED ZONE - AS MULHERES NA MONTRA

 (...) ..."civilizadamente, deparamos com esta atrocidade para com a Mulher. 900 mulheres legais, nas montras, em ruas normais, como vestuário ou comida ou seja o que for que está à venda, onde toda a gente passa com a maior das naturalidades. É tudo com a maior das naturalidades! com a formalidade duma lei aceite por todos, sem questionar. Mas não há Red Zone de homens, como eles são espertos!Mete-me medo. Como podemos nós desmantelar toda esta organização em que o mundo dito evoluído se tornou? Será alguma vez possível?" g. m.
Esta questão colocada por uma amiga depois da sua recente viagem a Amesterdão ...faz-me pensar mais uma vez que nós mulheres não poderemos mudar o mundo a partir de fora...não. Nós só poderemos mudar o nosso ser e a partir de dentro e dentro das nossa circunstâncias de vida...paulatina e seguramente por um processo de consciencialização individual, URGENTE, por um processo e autoconsciência dos valores que aqui estão em causa e no resgatar da verdadeira mulher, a Mulher Ontológica.
Não creio que possamos fazer uma "nova" revolução ou nem sequer adianta fazer qualquer revolução...por uma simples e óbvia razão: elas já foram feitas todas e a mulher continuou a ser sempre e ao longo da História do Homem apenas: a esposa e a concubina, a prostituta, a proletária... a Rainha ou a deputada e até ministra etc. Mas nunca a divisão da mulher em duas mulheres, esta cisão na mulher - uma que se leva ao altar e a outra que se coloca no Bordel - esta subespécie de mulher - cordeiro do sacrifício falocrático (vaso de despejos de esperma) - foi considerada uma afronta à dignidade da mulher-mãe-irmã em momento algum na consciência dos Homens de "bem" nem dos revolucionários, os porventura "mais nobres"...

Na Revolução Francesa a mulher que ousou desafiar o líder sobre a liberdade das mulheres foi decapitada...As revoluções russa e outras, mais tarde, como a fraude de Abril com cravos...também não mudou nada quanto à dignidade destas mulheres...promoveu apenas as prostitutas a de-putadas...como na Itália...as "Chicholinas" ou as travestis politizadas?
 
Precisamos olhar essa cisão da mulher em duas espécies dentro e fora de nós...e consciencializar as razões culturais e históricas que a causaram e os interesses das instituições, como o casamento propriedade privada etc. que mais contribuíram para isso e que ainda prevalecem...e são parte integrante do funcionamento do Sistema colonizador e explorador do corpo da mulher…
Portanto em termos sociais e políticos não creio em nenhuma mudança em benefício da mulher ...nem na alteração das leis como vantagens, dado que a prostituição é um dado adquirido do Sistema falocrático e uma mais valia económica para a Igreja (detentora de Bordéis) e Mafias de todo o tipo em todo o mundo, com a perfeita conivências dos Governos. Só uma consciência individual e humana em larga escala poderá levar à falência da prostituição como negócio tal como está a levar à falência as touradas...(Ah, sim, defendem-se os touros das arenas...mas não as "vacas" das Red Zone...)
Não, nem os movimentos feministas alteraram o estatuto e dignidade das mulheres - querendo até legalizar a prostituição como profissão - absolutamente degradante esta ideia infeliz e consumista da mulher objecto - nem o movimento Femmen poderá agora fazer nada...ademais o que elas fazem as Femmen é uma montra red zone como nas montras de Amesterdão...uma exposição do seu corpo e sexo...para nada!

 Acredito que a consciência dos homens poderá mudar, como está a mudar em relação às touradas...acredito que o Ser Humano se poderá elevar...mas é na Consciência das mulheres que confio através do despertar da Mulher Integral pela consciência de um feminino ontológico e pleno; é nisso que eu acredito e apelo a todas as mulheres para que o façam...
Unir as duas mulheres em cada uma de nós...ser a mulher integral - é a função máxima de acção segura e eficaz para cada mulher nesta era; toda a mulher deve trabalhar em si conscientemente para essa integração das duas mulheres, "a santa e a prostituta", ser as duas o que significa não separar a sua maternidade da sua sensualidade/sexualidade e fazer dessa consciência una a grande DIFERENÇA NESTE MUNDO, SER de dentro para fora e não continuar a exibir-se no corpo ou expor-se nua ou confrontar as forças policiais e políticas fora...

 Não vai ser esse o modus operandi de um possível novo mundo...mas o resgate da mulher integral pelas mulheres conscientes de si, dentro e não fora...Isto é o que eu penso...mas cada qual fará de acordo com a sua consciência... porque Tudo é uma questão de CONSCIÊNCIA!
(voltarei ao tema)
 rosaleonorpedro

O NOSSO PROBLEMA É QUE "A sociedade patriarcal valoriza e promove apenas os aspectos masculinos, subestimando e até mesmo reprimindo os aspectos femininos. O resultado é que a mulher se esvazia, perde sua identidade feminina essencial e se torna uma “cópia” caric...atural do homem; o homem, por sua vez reduzido à masculinidade bruta e unilateral, perde a ligação com os valores femininos do seu mundo interior e passa a ter uma relação opressiva para com a mulher. Como restaurar a feminilidade, despontenciando a unilateralidade do mundo patriarcal, a fim de reequilibrar a identidade psicológica dos sexos e planificar a relação entre o homem e a mulher?"

In AMOR E PSIQUE - Erich Neuman
 
 
 

quarta-feira, março 26, 2014

O RESPEITO POR SI MESMO

 
 
O RESPEITO POR SI MESMO
 
Muitos dos conceitos Nova Era são os mesmos preconceitos religiosos de sempre disfarçados de novos, em que realmente o ser humano se vê obrigado a manter numa atitude passiva ou não ousa dizer o que pensa e sente, pressionado pelo: "não julgar" "não ser negativo", "perdoar" "ser humilde" etc.
Acho igualmente que muitas das teorias do “ser positivo” e olhar só “o lado bom das coisas e da vida” também pode ser uma armadilha a fim de não olharmos o que precisamos de facto olhar e assim tudo fica na mesma, pela maneira religiosa como nos negamos a encarar a nossa sombra e a dos outros. Ora a sombra é indispensável para ver os aspectos opostos da dualidade e integrá-los. E não é omitindo a sombra e não a querendo ver que saímos da dualidade e entramos no caminho do uno, com fizeram durantes séculos os cristãos, sempre em oposição e antagonismo entre o bem e o mal sem nunca discernir que ambas os aspectos estão em cada indivíduo. O que eu acho é que muitas das novas teorias, terapias e canalizações nos incitam a uma aceitação e apatia ou mesmo a uma alienação idêntica à das velhas religiões...
E a prova que tive de que a minha intuição e reservas quanto a tudo isso está certa é saber que primeiro que tudo, devemos respeitar-nos a nós mesmas antes do que quer que seja pois de outra forma não podemos respeitar nem amar ninguém...
rlp
 
A ABENÇOADA CÓLERA...
 
"O respeito de si mesmo leva por vezes os indivíduos àquilo a que poderíamos chamar “abençoada cólera”, um movimento habitualmente associado ao aspecto sombra na Terra. Muitos de vocês imaginaram que era preciso ser... só amor, paz e doçura para continuar numa via espiritual. Fazendo isto, esqueceram que o vosso lado mais colérico, mais afirmativo e o mais incisivo lhes permitiria em primeiro lugar ter amor para convosco mesmos, ou seja, que vocês são o ser mais importantes da vossa vida. Porque se não se respeitarem, não podem verdadeiramente respeitar os outros.
Respeitar-se a si não é uma incitação para impor a sua visão aos outros.
É mais um convite para que várias realidades possam coabitar em paralelo, sem renunciar à sua essência e honrando igualmente a dos outros. Eis um equilíbrio muito nobre a onde se chegar." C.A.
 

A VERDADEIRA PAZ...




A verdadeira Paz... é intocável pelos estados de alma quando ela está ancorada no centro de Ser...e no fundo do coração...
Nunca me senti triste nem alegre sem estar em Paz profunda...senão, estaria em desespero de causa ou aos pulos de contente por tudo e por nada...

rlp

segunda-feira, março 24, 2014

A PSIQUE INSTINTIVA


A MULHER PRECISA DE GRITAR A SUA FÚRIA
(para fugir ao estereótipo da boazinha...)
 

"Houve muita especulação quanto ao facto de uma mulher furiosa ser apavorante no seu poder. No entanto, essa é uma projecção da angústia pessoal do observador, demasiada para que qualquer mulher a suporte.
Na sua psique instintiva, a mulher tem o poder, quando provocada, de se enfurecer com consciência – e isso realmente é algo poderoso.
A raiva é um dos meios inatos de que ela dispõe para começar a criar e a manter o equilíbrio que necessita, tudo o que ela realmente ama. É seu direito e, em certas horas e sob certas circunstâncias, é seu dever moral.
Para as mulheres isso significa que existe a hora para mostrar os dentes, para mostrar a poderosa capacidade de defender o seu território, para dizer ”até aqui nem mais um passo, não passe a responsabilidade adiante, não se intrometa, tenho uma coisa a dizer, tudo isso vai decididamente mudar”.*




*"MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS"
CLARISSA PINKOLA ESTES

ROSAS NEGRAS...



UMA REFLEXÃO...
(NO FEMININO)

"A sombra se esconde na vergonha, nos becos escuros, nas passagens secretas e nos sótãos fantasmagóricos de sua consciência. Ter um lado sombrio não é possuir uma falha, mas ser completo." - Debbie Ford, "O Efeito Sombra".


Estava a pensar aqui há umas horas atrás e andei a ruminar sobre isso toda a manhã...o porquê de nos custar tanto admitir que estamos mal quando estamos mal...e só querer expressarmo-nos quando estamos bem e dentro do "politicamente correcto" - que é o que pensamos que seja coerente e de acordo com o nosso estatuto ou com as nossas crenças...temos medo de dar "parte fraca"? Ou temos medo de falhar os nossos ideais? Ver tudo caído por terra?
Seja o que for...faz parte de todos os caminhos, escolhas e decisões da nossa vida, falhar e fraquejar...tanto como triunfar ou ter sucesso. A vida é feita de altos e baixos...nenhum caminho é verdadeiro se isso não acontecer...e na minha experiência de vida vi bem como os estados de depressão ou de desânimo de outras pessoas nos podem por vezes ajudar mais do que um contínuo positivismo e alto astral...forjado por ideias e mentalizações. 

Aquilo que mais me exaspera é uma pessoa dizer que está mal e vem logo alguém com receitas e conselhos e terapias...sem deixar que se aprofunde nada nem que se chegue a sentir a causa do que nos deprime...Quando a depressão é sempre um sinal, tal como a doença...de que algo se está a passar que não vemos...como a dor de cabeça avisa-nos que algo está mal no nosso corpo...e não é para tomar comprimidos... nem aspirinas que destroem o fígado...
Uma coisa é num determinado momento confessarmos que estamos mal, que não sentimos nada, que estamos deprimidas, outra coisa é estarmos sistematicamente mal connosco e com o mundo.
Não. Não é tudo sempre positivo e maravilhoso...há momentos de desânimo sim e de desastre iminente...em que podemos destruir tudo ou de fazer um recuo definitivo...Porque há cansaço e vontade de desistir tantas vezes, seja o que for que estamos a fazer ou a construir...e se não enfrentarmos esses momentos sem medo e fugirmos deles impedimo-nos de sair mais fortalecidas de cada vez que isso acontece e um dia acabarmos por desistir mesmo...
Quem não conhece o fracasso e o desânimo? Quem?
É por isso que nunca simpatizei com os movimentos do positivismo cor-de-rosa "new age" e as suas fórmulas...Mas i
sto também não é uma defesa da negatividade sistemática de mulheres que vivem no lado negro da vida, na sua mente e só vêm  as coisas nessa perspectiva e através de uma mente masculina, racionais e destrutivas...há sem dúvida muitas mulheres violentas e frustradas que não conseguem sentir o coração...e que se agarram a sua miséria e depreciam tudo.

Mas não! Nós não temos que estar sempre bem....há momentos da vida em que temos de ir ao fundo do nosso abismo, seja ele qual for...e nos momentos certos devemos enfrentar a nossa sombra ou nosso lado negativo, a nossa fúria e a nossa raiva que se manifesta em nós...e só assim nos podemos libertar e não engolir mais estes sapos "alternativos" tanto como os bons conselhos do pensamento positivo...
Digo-vos, foi das vezes em que desci mais fundo aos meus abismos e medos...ao maior vazio que o Salto se deu e o tocar no fundo bem fundo...me trouxe de novo à Terra e ao Céu...à esperança e ao entusiasmo...porque é entre dores e prazeres, entre alegrias e tristezas, mas também entre dúvidas medos e fobias que muitas vezes se consolida a nossa Fé em nós mesmas e num caminho, o caminho de dentro...

rosaleonorpedro

domingo, março 23, 2014

AJUDAR A HUMANIDADE?



REFLEXÕES...

"Em 1989, numa consulta astrológica, Flavia Monsarraz disse que Moloi tinha que ajudar a humanidade. Moloi ajuda dizendo da FRAUDE DE 2012, da FRAUDE DOS QUE RECEBEM CANALIZAÇÕES FRANCESAS, INGLESAS E AUSTRALIANAS, ETC. e nisto é apontado que é contra tudo e contra todos; É DE MORRER DE RIR! "

Este Moloi, era o nome falso de um amigo polémico, que já faleceu...

RESPOSTA ANÓNIMA...

"Moloi está com nova crise de afirmação pessoal.
Gosta do papel de ser apontado, que é uma das feições da vítima, ou cruxificado ( arranja a cruz, os algozes, os pregos, deita-se na tábua e implora). a vítima, o cordeiro, em qualquer das suas feições é a posição da desonestidade pura. É representar a história ao contrário. Já que ninguém dá conta que eu existo, vamos aqui fazer algum ruído, "Ó pra mim a ser isto, Ó pra mim a ser aquilo"
Ajudar a humanidade será se calhar ajudar a humanidade dentro de si a poder aparecer. Quem se coloca no papel de que pode ajudar outrém que não a si, ainda não percebeu para que é que foi posto cá. A ajuda não se auto proclama é silenciosa.Quando é sublime apaga mesmo os seus vestígios.

A fraude mais perigosa é a que mora em nós e ver fraude à nossa volta é signo certo da fraude maior e mais importante , a nossa, a tal para que somos cegos e nos escapa totalmente.
Mas se seu espirito superior e cientifico vive para ajudar nas fraudes, leia sobre a fraude de pitlledown, e compreenda que para falar de fraude, se tem de investigar, reflectir sobre cada dado encontrado, escrever, ver os argumentos, demonstrar à exaustão e com rigor cada prova . E se não, começar tudo de novo, até se ter uma acusação, condenação, litígio de monta. Se gosta desse campo, das fraudes, escolha uma mais relevante e dedique-se a ela com afinco. Dê tudo, sangue, suor lágrimas, até à sentença final. Leia o Processo.Interprete. E recorra a obras botânicas, de como pregar uma borboleta viva num papel, ou de como observar a reprodução das moscas num frasco. Método eficaz ás vezes é desvio. Entretanto, espalhe rumor e intriga nos claustros das academias net, ou zen, ou eso, ou exo, ou psico, onde escolher massacrar.

E Esse morrer a rir... sinta esse morrer a rir e veja onde está a humanidade que precisa de ser ajudada... Leia o que escreveu como observador imparcial que diz ser, use para aquilo que vem de si o que usa para os outros, esse olhar altaneiro de sobrevoo e pense, já que julga que sabe pensar, no teor do que escreve.
Ah! Flávia diz isso a todos e faz ela muito bem...

O que você está a milhas, é de entender o ponto de Mulheres e Deusas, a ideia nuclear, e cá para mim, mesmo num homem, isso é incapacidade de detectar uma ideia, quando ela está lá. A ideia de que falo, nucleo deste blog, é importantíssima para os dias presentes, mesmo que algumas vezes se apresente num formato menos conseguido.

Acho que quem não reconhece a manifestação do essencial nas suas imperfeições, por entre as palavras, não se encontra em condições internas de ajudar porra de humanidade nenhuma, muito menos a parte da humanidade que vive no próprio, quer ele queira quer não. "

Leitora anónima
2009

sábado, março 22, 2014

UM DEPOIMENTO PRECIOSO...


Pertencer


" Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já começou.
Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça.
Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.
Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso.
Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova de "solidão de não pertencer" começou a me invadir como heras num muro.
Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.
Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa.
Quase consigo me visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e no entanto premente sensação de precisar pertencer. Por motivos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida.
No entanto fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doença. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe. E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me perdoaram por eu ter nascido em vão e tê-los traído na grande esperança.
Mas eu, eu não me perdôo. Quereria que simplesmente se tivesse feito um milagre: eu nascer e curar minha mãe. Então, sim: eu teria pertencido a meu pai e a minha mãe. Eu nem podia confiar a alguém essa espécie de solidão de não pertencer porque, como desertor, eu tinha o segredo da fuga que por vergonha não podia ser conhecido.
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho."

Clarice Lispector
 
NOTA À MARGEM  DO TEXTO:
 
 ....esta mulher é visceral e escreve sempre das entranhas, as entranhas de onde veio e as RASGA...
 Ela diz não ter curado a sua Mãe (violada pelos comunistas na Ucrânia antes dela nascer e tendo ficado doente de morte...) mas ela tem ajudado a curar milhares de mulheres que a leem...tem ajudado a acordar essa dor esquecida dentro delas - porque essa dor  é comum a todas as mulheres do mundo...quase todas as mães e mulheres no mundo foram  um dia violadas mesmo sem ser em tempo de guerra...elas foram todas uma vez na vida abusadas pelos pais e irmãos...e principalmente pelos maridos...a quem foram entregues pelos pais, pela família, pela lei em casamento - ou no bordel - ...obrigadas a servi-los...sem vontade nem desejo...
As mulheres viveram  quase sempre  nas trincheiras de uma guerra em que sempre foram as vítimas preferenciais dos inimigos e dos próprios "compatriotas"...
 
rlp

sexta-feira, março 21, 2014

CARTA A UMA IRMÃ


CORTAR OS GRILHÕES...

"Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. (...)
Nem sei como lhe explicar minha alma. Mas o que eu queria dizer é que a gente é muito preciosa, e que é somente até um certo ponto que a gente pode desistir de si própria e se dar aos outros e às circunstâncias. (...)
Pretendia apenas lhe contar o meu novo carácter, ou falta de carácter. (...)
Querida, quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas. Você já viu como um touro castrado se transforma num boi? Assim fiquei eu... em que pese a dura comparação...
Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim.
E com isso cortei também minha força.
Espero que você nunca me veja assim resignada, porque é quase repugnante. (...)
Uma amiga, um dia desses, encheu-se de coragem, como ela disse, e me perguntou: você era muito diferente, não era? Ela disse que me achava ardente e vibrante, e que quando me encontrou agora se disse: ou essa calma excessiva é uma atitude ou então ela mudou tanto que parece quase irreconhecível.
Uma outra pessoa disse que eu me movo com lassidão de mulher de cinquenta anos. (...) o que pode acontecer com uma pessoa que fez pacto com todos, e que se esqueceu de que o nó vital de uma pessoa deve ser respeitado.
Ouça: respeite a você mais do que aos outros, respeite suas exigências, respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que você imagina que é ruim em você - pelo amor de Deus, não queira fazer de você uma pessoa perfeita - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse o único meio de viver."

Clarice Lispector, in "Carta a Tânia"

SÓ LEMBRAR...


EU NÃO SOU ESTE CABELO
EU NÃO SOU ESTA PELE
EU SOU A ALMA QUE VIVE DENTRO DE MIM

rumi

domingo, março 16, 2014

A ADOPÇÃO GAY E LÉSBICA...


A VIDA NÃO É UM FILME COM FINAL FELIZ...

 
Não sou a favor nem contra a adoção por casais gays e lésbicas...mas pergunto se as pessoas bem intencionadas e as bem pensantes e as muito caridosas ou politicamente correctas conhecem as relações homossexuais...ou mesmo as heterossexuais (e se o são), uma coisa ou outra (tanto me faz) e se são ISSO É QUE IMPORTA honestas com a questão; porque para mim, sim as relações SÃO TODAS IGUAIS! O que falha na realidade é mesmo a Instituição Casamento que sempre teve uma única função: manter as famílias, a sujeição da mulher, o nome do Pai e a propriedade privada e isso acabou há muito tempo...
Portanto, quer num caso quer no outro, quem é que conhece casais felizes, casais féis ou fiáveis, casais equilibrados, casais ou casamentos estáveis...?
Onde, senão nos romances...nos filmes, na ideia e no papel...na teoria ou na assembleia?
É que as crianças abandonadas são filhas de casais heterossexuais, mães solteiras, pais ignorantes e gente pobre, claro, só pode, mas a QUESTÃO VITAL é que HOJE EM DIA  NÃO HÁ CASAIS (muito poucos e muito raros) duráveis e estáveis e no caso dos homossexuais MUITO MENOS!
Uma relação amorosa hetero pode durar 3 ou 6 anos devido aos bens em comum (cosias adquiridas em conjunto, casa, carro etc.)... uma relação homo, muito mais livre, sem encargos à partida, só dura o tempo do desejo, e dura 3 ou  6 meses, talvez um ano no caso dos homens e um pouco mais no caso das mulheres...a não ser que haja herança...ou interesses económicos em causa; e não me venham com as excepções, quero é saber onde é que há segurança e estabilidade para as crianças e casamentos estáveis? Eu conheço alguns casos de adopção...e esqueçam...
E já agora, dos casamentos gays realizados em Portugal, quantos já não se divorciaram ou separaram? A grande maioria...Façam estatísticas e não  inventem  mais histórias...
Não, para mim, a "adopção gay" ou hétero não resolve o problema da falta de amor e respeito pelas crianças e pelos seres humanos...e é só isso que está em causa,  A FALTA DE AMOR E RESPEITO PELO SER HUMANO - qualquer ser humano (quero cá saber do que fazem na cama ou com quem dormem!) - porque o Sistema não cuida nem se interessa POR NINGUÉM, MUITO MENOS pelas mães ou pelas crianças ou pela família. O Sistema faliu...

Seja a crise, seja a guerra, seja a corrupção...ou o caos - a verdade é que JÁ NÃO HÁ VALORES em nenhum lado...nem Governos, nem partidos, nem pessoas, nem Instituições dignas de confiança...
É o Sistema que tem de mudar...não as leis em que tudo acaba na mesma! Portanto são as pessoas, teóricas, cultas e ignorantes, todas egoístas, possessivas, interesseiras, e todos o somos, que temos de mudar primeiro, cada um de nós,  pois só assim podemos sair  deste ciclo vicioso em que vivemos há dezenas, ou centenas de anos...como os Partidos e as Ideologias...neste girar a "roda da fortuna", é sempre "vira o disco e toca o mesmo"!

 rosaleonorpedro

sábado, março 15, 2014

NATÁLIA, A HONROSA EXCEPÇÃO...

 
AS MULHERES PORTUGUESAS...
MAIS PATRISTAS QUE O PATER...

 Eu acho sempre muito curioso e sintomático - para não dizer uma desgraça - como as mulheres em geral, em Portugal pelo menos, nomeadamente as políticas e intelectuais, ou mesmo as vanguardistas da cultura de mentira, têm um desprezo impercebív
el pelas outras mulheres, as mulheres comuns, ou as mulheres que buscam uma verdadeira identidade e saem dos padrões das feministas que continuam a ser patristas (às vezes mais patristas que o pater), como diria a Natália Correia, uma das poucas e raras escritoras portuguesas que teve consciência de si como mulher e o seu discurso fazia toda a diferença.
Haverá porventura algumas outras mulheres que abordaram as questões feministas e do interesse geral das mulheres, na literatura e na arte, ou houve...mas que se desviaram da rota das mulheres em beneficio dos seus estatutos e interesses pessoais...
Mas voltando às mulheres que podiam até ser cúmplices e participantes de uma Nova Consciência da Mulher, uma consciência do mundo, serem fiéis ao Princípio Feminino e à sua essência,  a uma Ecologia da Natureza e da Terra, agindo no sentido de o modificar para "dar um novo rumo às sociedades" e as revitalizar, parafraseando ainda a autora citada, e que em vez disso se dedicam à politica do vício e do tráfico de influências, a política do medo, aos partidos corruptos, ou escrevem memórias de mulheres frustradas, filhas do papá...mas, elas apenas vivem obcecadas com o sucesso, os traumas e o sexo, a sua afirmação social e sexual, em suma, as histéricas dos estudos de Freud e Lacan...e com os quais tanto se identificam...e defendem! 
rosaleonorpedro

A SOLIDARIEDADE DAS MULHERES...fica-se nas fotos...

 
A FALTA DE CUMPLICIDADE
ENTRE AS MULHERES...

 Sim acho este excerto muito importante e postei-o no meu perfil de mulheres & deusas no facebook mas ninguém quase que leu...e isto tem muito a ver com o tema da amizade entre mulheres e a sua falta de cumplicidade afinal nos nossos dias, cuja vivência é baseada quase sempre no foco obsessivo do homem/filho e no medo da sua própria sexualidade diversa, não falocêntrica podendo ser vivida "na intimidade natural entre mulheres, que hoje apenas prevalece em recônditos lugares do mundo"...
O mundo patriarcal não só dividiu as mulheres e as antagonizou entre si  como as espoliou da sua  sensibilidade verdadeira e uma real cumplicidade entre mulheres, assim  como as usa exclusivamente para seu "belo prazer" ou interesse, condenando e culpando qualquer outro tipo de expressão da sua intimidade ou desejo que não seja dele...e da sua posse ou das suas paranoias sexuais, falocráticas.
Não há dúvida que as mulheres tem dificuldade em encarar este facto e que o dão como "normal" nas suas vidas sem se aperceberem que isso representa uma espécie de  violação aos  seus sentires mais profundos, assim como quando infringem a lei deles, e a ordem patriarcal, elas se sentem excluídas e anormais...
Muitas vezes daí as doenças de "foro feminino"...
 
Ora leiamos o que nos diz esta autora:

“No séc. XVII, desencadeou-se, como se sabe, uma campanha de extermínio contra estas mulheres, que passaram à história convertidas em bruxas. A natureza sexual dos jogos e círculos femininos foi também estudada a partir das letras das suas canções que chegaram até nós (1). O hábito quotidiano das mulheres se juntarem “para bailar”, e para se banharem, é ancestral e universal, e dá-nos um vislumbre do espaço coletivo de mulheres impregnado de cumplicidade e baseado na intimidade natural entre mulheres, que hoje apenas prevalece em recônditos lugares do mundo. Em África, existem aldeias onde as mulheres ainda se reúnem à noite para dançar (bailes claramente sexuais, como se pode ver numa reportagem do Sudão (2). A imagem das mulheres do quadro “o Jardim das Hespérides”, de FredericK Leighton (séc. XIX) é outro vestígio dessa relação de cumplicidade e de intimidade entre mulheres.
Os hábitos sexuais das mulheres remetem-nos para a sexualidade não falocêntrica das mulheres; para a diversidade da sexualidade feminina, e a sua continuidade entre cada ciclo, entre uma etapa e outra. Uma sexualidade diversa e que se diversifica ao longo da vida, cujo cultivo e cultura perdemos. (…) Vivemos num ambiente em que o sistema libidinal humano, desenhado filogeneticamente para travar relações humanas, está congelado. Hoje as mães vivem longe das suas filhas e as avós vão de visita a casa d@s net@s; a pessoa de família que nos dá a mão quando adoecemos vive no outro extremo da cidade, e mal conhecemos o vizinho ou a vizinha" (…) - Cacilda Rodrigañez Bustos

A HIPOCRISIA SOCIAL E DOS MIDIA...

 
 
A INCONSCIÊNCIA DE SI DAS MULHERES...

" Amigas deixam doente com cancro sem palavras..."

Ainda a propósito daquele vídeo e desta foto das amigas que cortaram o cabelo por solidariedade com a amiga que teve de rapar o cabelo por causa de um cancro...dá-me vontade de rir (sim, eu sei que é feio rir da doença, e que as mais sensíveis vão ficar chocadas comigo, MAS NÃO É DISSO QUE EU ME RIO...) 
O que eu vi nisto, nesta publicidade enganadora, é que a única coisa que aconteceu com esse gesto de "sacrífico" e para além de  todas elas ficarem sem cabelo...a pobre que sofria. na pele a doença...ficou apenas também sem palavras... Sim, é uma ironia muito forte...mas sou contra este tipo de sentimentalismo que afasta as pessoas da Verdade da doença e das suas causas e de uma verdadeira humanidade e solidariedade que não se revelam nestes actos...esta não é a cumplicidade que as mulheres precisam de ter e viver entre si!
 
A verdade é que é preciso e urgente ter  consciência de que o cancro e muitas doenças das mulheres estão directamente ligadas ao abuso sistemático do seu SER MULHER pelos Midea, pelas farmacêuticas e médicos, pelos químicos e cosméticas e a moda e o cinema etc...e tudo isto vira moda porque não há consciência nenhuma das causas das doenças que matam as mulheres...ora rapar o cabelo...pode ser um acto até simbólico sim, afinal bem revelador e que da perseguição sistemática às mulheres e elas aceitam esses actos como naturais; estas imagens lembram-me de como na idade média e nas guerras rapam o cabelo as mulheres quando elas traem os maridos ou dormem com os inimigos  -  e isso reflete outra realidade,  a bem dizer que qualquer marido é...no fundo, e antes de tudo...o inimigo secular: o que sujeita, submete, controla, domina e usa e abusa da "usa" mulher...e um Cancro na mulher é quase sempre, a meu ver e numa visão alternativa, não linear nem a da falsa ciência médica que é assassina ...é a negação que a mulher vive  de si mesma e da sua interioridade...e a de viver  como um objecto sexual ou reprodutor  apenas para "produzir consumir e morrer"...em prol do Sistema e do Homem, da família e da sociedade...
Além de que quase toda a agente já sabe - os médicos sabem e sacrificam as mulheres na mesma - que a Quimioterapia mata...
rlp


Nota a margem:

Além disso...e eu sei que muitas mulheres me vão interpretar mal e achar cruel...de não ter compaixão etc. o que eu quero salientar é que é fácil participar de um acto publico,  para "inglês ver"...mas nos momentos íntimos de sofrimento real dessa mulher será que essas colegas estarão com ela...?
Eu não estou a negar a solidariedade das mulheres, só sou contra actos públicos de aproveitamento mediático...a propósito de doenças...

quarta-feira, março 12, 2014

NOSSA HUMANIDADE - HOMEM MULHER


 
LÍNGUA É ULTRA SEXISTA

“Qualquer livro em língua inglesa que trate da psique da humanidade está fadado, mais cedo ou mais tarde, a defrontar-se com o problema do sexismo linguístico. O inglês é tão dominado pelo elemento masculino que, a não ser por meio das mais incríveis acrobacias linguísticas, é difícil deixar de dar a impressão de que o mundo é habitado só por homens. Esse facto é altamente significativo para o presente estudo, uma vez que demonstra até que ponto o mundo anglo-saxónico é escravo de determinada forma particular de consciência – o ponto de vista tipicamente masculino – à custa de todas as outras possibilidades. Essas possibilidades são os “deuses” do meu título.

Eu gostaria, portanto, de tornar claro às minhas leitoras que sempre que eu empregar o termo genérico “homem”, estou a referir-me também à mulher; e que as formas pronominais “ele”, “seu”, e “o” poderiam ser substituídas pelas formas “ela”, “sua” e “a”, e que este é um assunto peculiar para se tratar no início de um livro cujo objectivo é ajudar o “homem” ocidental a redescobrir as partes perdidas que por definição incluem o lado feminino “dele”…”

Esta introdução a um livro de Theoterapia e Cura…cujo autor não tenho presente neste momento (nem o livro, que emprestei…) remete-nos para uma questão crucial que é comum a todas as línguas…não é portanto só a língua inglesa que é sexista, mas também o português e muitas outras línguas, tirando algumas excepções, e portanto este é um facto que ultrapassa a questão linguística e nos remete para a questão social e psicológica como o Sistema falocrático e a sociedade patrista, omite e demite a mulher da própria linguagem. E embora sendo muito simpático da parte deste autor querer referir que quando diz “homem “ quer dizer também Mulher – o que muitos homens simpáticos dizem - isso não nos soluciona o problema nem muda nada na nomenclatura dos nossos dias…

Tenho escrito e lido e proposto que se diga em vez de Homem, Ser Humano ou, – embora haja quem diga que é também masculino o ser humano (o “O”), o que já não é o caso da Humanidade” mas que considero ser bem mais abrangente de que o termo corrente “homem”.
E queria justamente salientar de como hoje em dia, leitora de muitos livros e ouvinte de muitas palestras, a que assistem maioritariamente mulheres (para não dizer esmagadoramente), e em que os conferencistas e mesmo mulheres dizem “o Homem” sistematicamente às vezes falando de si e só para mulheres, porque é gramaticalmente correcto…Ora, isto é absolutamente inaceitável nos nossos dias, senão mesmo ridículo, porque na verdade não faltam termos alternativos com que possamos substituir estes termos e expressões de forma neutra, como é o caso de “ser humano”, a pessoa humana, ou mesmo a “humanidade” – em vez de se dizer homem para tudo…e nem é preciso fazer essas “incríveis acrobacias linguísticas”, basta atenção e bom senso…

Francamente quando leio sobre o Homem, qualquer frase ou parecer  – pergunto-me sempre se o assunto diz ou não respeito à Mulher…e parece-me quase sempre que não diz, de facto…os temas e assuntos escritos e tudo o que se debate em geral é no masculino quase sempre e tem a ver só com os homens, “os direitos do homem”…ou o homem  “manqué” que as mulheres intelectuais se tornaram, representantes do animus (e não da anima), a lógica que usam contra si mesmas, a razão que nunca é delas, mas que elas defendem…
Por mim sempre que um orador começa a dizer muitas vezes “o homem” assim e o homem assado e frito e cozido...ele fez tudo e até faz nascer os filhos  etc.  …eu só tenho vontade de sair da sala e desafiar as mulheres a fazer o mesmo…

Rosaleonorpedro

segunda-feira, março 10, 2014

Quando uma pessoa vive de verdade...



"Talvez você tenha vindo à minha porta por estar interessada em viver de vim modo que a abençoe com a perspectiva de, como eu digo, "ser jovem enquanto velha e velha enquanto jovem" — o que significa estar plena de um belo conjunto de paradoxos mantidos em perfeito equilíbrio. Está lembrada? A palavra paradoxo significa uma idéia contrária à opinião de aceitação geral. E o que acontece com a grand mère, a maior das mulheres, a grande madre... porque ela é uma sábia em preparação, que mantém unidas as grandes e totalmente úteis capacidades aparentemente ilógicas da psique profunda. Os atributos paradoxais do que é grande são principalmente ser sábia e ao mesmo tempo estar sempre à procura de novos conhecimentos; ser cheia de espontaneidade e confiável; ser loucamente criativa e obstinada; ser ousada e precavida; abrigar o tradicional e ser verdadeiramente original. Espero que você entenda que todos esses atributos se aplicam a você de modo geral e em detalhes, como algo em potencial, meio realizado ou já perfeitamente formado.
Se você sente interesse por essas contradições divinas, sente interesse pelo arquétipo misterioso e irresistível da mulher sábia, do qual a avó é uma representação simbólica. O arquétipo da mulher sábia pertence a mulheres de todas as idades e se manifesta sob formas e aspectos singulares na vida de cada mulher. Falar da imagem profunda da grande avó como um dos principais aspectos do arquétipo da mulher sábia não é falar de alguma idade cronológica ou de algum estágio na vida das mulheres. A grande perspicácia, a grande capacidade de premonição, a grande paz, expansividade, sensualidade, a grande criatividade, argúcia e coragem para o aprendizado, ou seja, ser sábia não chega de repente perfeitamente formada e se amolda como uma capa sobre os ombros de uma mulher de determinada idade. A grande clareza e percepção, o grande amor que tem magnitude, o grande autoconbecimento que tem profundidade e amplitude, a expansão da aplicação refinada da sabedoria... tudo isso é sempre uma "obra em andamento", não importa quantos anos de vida a mulher tenha acumulado. Os fundamentos do que é "grande", em oposição ao que é "apenas comum", são conquistados no início da vida, no meio ou mais tarde... muitas vezes mediante enormes fracassos, elevações do espírito, decisões equivocadas e recomeços

impetuosos. O que se recolhe depois do desastre ou da sorte inesperada... é isso que é moldado e então praticado pela mulher e seu espírito, coração, mente, corpo e alma... até que ela se torne não apenas competente em seu modo de ser paradoxalmente sábio... mas também, muitas vezes, perfeita em seus modos de viver, enxergar e ser.
(...)
Desde sempre esteve esperando por você na sua floresta interior, uma mulher, a maior das maiores, sentada à beira da maior das maiores fogueiras. Apesar de você atravessar a escuridão esmagadora para criar diamantes, ou o deserto que a priva de tudo mas que a sustenta com sua água oculta, apesar de ter de se desviar ao chegar ao rio para ser transportada por sobre as corredeiras por mãos invisíveis... apesar de toda e qualquer luta... aquela mulher, a maior das maiores, em pleno espírito, está à sua espera, enviando pacientemente mensagens pelo sistema de raízes da sua psique de todos os modos possíveis. Esse é o trabalho dela, o maior dos maiores. E o maior dos maiores trabalhos que cabem a você é encontrá-la e mantê-la para sempre. Há quem diga que bênçãos são apenas palavras. Mas, minha filha, tendo em vista sua esperança, sua capacidade para amar, seu anseio pela alma e pelo espírito, sua carga criativa, seu interesse e fascínio por viver a vida plenamente, essa bênção para você não é só "palavras". Digo-lhe que esta bênção é profecia. "Quando uma pessoa vive de verdade, todos os outros também vivem."
“Táncoló Nagymamák” A Ciranda das Mulheres Sábias
A SABEDORIA DA NOVA VIDA LAS ABUELITAS: AS VOVOZINHAS
CLARISSA PINKOLA ESTES

sexta-feira, março 07, 2014

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, VERSUS VIOLÊNCIA MÉDICA...

 
"O INVISÍVEL HOLOCAUSTO DAS MULHERES...
E A MÁFIA MÉDICA!
 
Há a violência doméstica e a VIOLÊNCIA MÉDICA, camuflada de ciência...

Com o propósito de "desventrar" as mulheres sistematicamente e a qualquer pretexto (de doença?) se tiram os ovários e o útero e os seios às mulheres - depois da pílula, agora, e depois do ataque ao Útero através de vacinas chamadas de "prevenção"  "contra o cancro", vem esta investida brutal nas jovens, mais uma vez, (isto começou em 2007) para as anular as mulheres no seu potencial de fêmeas, a fim de suprimir a MENSTRUAÇÃO NAS MULHERES; com isto estão de facto a querer, os médicos, ginecologistas, sempre em nome da ciência e das farmacêuticas que lhes pagam a publicidade e venda dos seus produtos - não esqueçamos que a medicina é a Escola da desumanização e guerra ao sangue, diria uma carnificina que se diz "salvadora" de vidas, mas mais não faz do que "monstrualizar" seres humanos, decepando e cortando o corpo - anular o poder e a natureza selvagem da mulher por todos os meios...

Isto é um AVANÇO DA CIÊNCIA CONTRA A NATUREZA DA MULHER E DA VIDA. Esta é uma forma velada da matriz de controlo - através desta MÁFIA MÉDICA - já denunciada num livro pela médica  Ghislaine Lanctot -  que visa manter a mulher na sua inconsciência de si ...porque a mulher, quando em sintonia com os seus ciclos e o seu sangue, não só é poderosa como a vidente primordial...
A mulher integrada, a mulher consciente de si e do seu poder interior, pode ser um perigo enorme para o domínio exclusivo do Homem...Este ataque esta agressão à Mulher faz-se há séculos e de muitas maneiras; o que foi a Inquisição da Igreja católica que matou mais mulheres do que seres humanos foram dizimados no Holocausto por Hitler?
Hoje é a dita medicina de prevenção e os seus macabros cientistas que fazem da mulher cobaia e a visam destruir na sua essência e natureza intrínseca do ser feminino e as suas característica biológicas.
Devia ser feito um ALERTA GERAL e as mães e as avós, as irmãs e as amigas devem despertar essas jovens que se sentem tentadas a usar esses processos em detrimento da sua saúde e em nome de uma falsa liberdade e "higiene" (medo do sangue, ódio ao seu corpo e alienação da natureza) e não as deixar nas mãos das médicas e médicos formadas na escolas de medicina que são escolas de total desumanização do SER HUMANO! Na sua arrogância e petulância de julgarem dominar a ciência exercem um poder ridículo sobre as populações nomeadamente as mulheres sempre mais frágeis e carentes. Eles/as Não salvam nem curam ninguém! Eles remedeiam...e disfarçam os sintomas da doença...adiam a morte...como se a morte não fosse tão natural como a vida...Esta confiança cega nos médicos deve ser contestada...de que eles têm poder de vida e morte sobre o ser humano e esta influência além de macabra é manipulação pura dos nossos medos! Eles/as NÃO SABEM NADA da vida verdadeira e muito menos da MULHER!!!
RLP 
“A escola de medicina é um processo para tirar a sensibilidade aos médicos. Ensinam-lhes que as pessoas não conseguem ver sangue “(…)
“Os médicos exercem um controlo fenomenal sobre os humanos e muitos deles sabem que a sangria intensifica tremendamente a vitalidade. (…) B. M.

A LUA DE SANGUE

 
COMO SE FALAVA DE SANGUE - TALVEZ NÃO SEJA ACASO...
 
 
SEGUNDO A NASA, O RARO FENÔMENO DA 'LUA DE SANGUE' OCORRERÁ 4 VEZES NOS PRÓXIMOS 2 ANOS

Segundo a NASA, o fenômeno das "Luas Sangrentas" só ocorreram 3 vezes na história. No entanto, em 2014 e 2015, teremos no total 4 "Luas Sangrentas". O...u seja, em apenas 2 anos, teremos mais "Luas Sangrentas" do que tivemos em 4,5 bilhões de anos de existência da Terra.

A Lua de Sangue ou Lua Vermelha é um fenômeno celeste que ocorre quando a Lua penetra, totalmente ou parcialmente, no cone de sombra projetado pela Terra. A lua assume esta nova cor porque a luz solar indireta ainda é capaz de passar através da atmosfera da Terra lançando um brilho na lua. Nossa atmosfera filtra a maior parte da luz de cor azul, deixando os tons de vermelho e laranja que vemos durante um eclipse lunar.

2 fatos intrigantes andam alamando pela coincidência com o fenômeno. O primeiro relaciona-se ao livro de apocalipse, onde existe o seguinte versículo: "12º E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro, e a lua tornou-se como sangue."

O segundo relaciona-se as datas que marcam esses eventos, que
irão ocorrer segundo a própria Nasa, em datas que marcam feriados Judeus.

A primeira data é dia 15 de Abril deste ano, quando ocorre a páscoa. A segunda data é dia 8 de outubro deste ano também, marcando a Festa dos tabernáculos.

Após essas datas, no dia 20 de março de 2015, teremos um Eclipse Solar total, que incrivelmente também é constatado no versículo postado.

A terceira data é dia 4 de abril de 2015 que marca novamente a páscoa, e a quarta data é dia 28 de setembro de 2015, Festa dos tabernáculos, novamente.

A nós, basta espera e especular.

FONTES:http://plantaodefisica.blogspot.com.br/2013/04/o-que-diabos-e-lua-de-sangue.html
http://fatosdesconhecidos.com.br/post/estao-preparados-para-as-luas-sangrentas/1639
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quarta-feira, março 05, 2014

CELEBREMOS O SANGUE DA VIDA

Temos de estar alerta contra esta manipulação da mulher pela ciência que quer acabar com a menstruação...
Este é um ataque sem precedentes à natureza sagrada da Mulher e do Sangue...

“A menstruação é um momento de poder para a mulher.

As nativas abençoam a menstruação mas, infelizmente, na nossa sociedade, é cada vez maior o número de mulheres que sofrem por TPM, também às que pedem aos seus médicos que interrompam esse ciclo sagrado e saudável.

Para as culturas nativas, cada vez que alguém amaldiçoa uma determinada parte do corpo ou de suas funções naturais, o corpo reage com desequilíbrio.

As mulheres que maldizem sua condição funcional, a menstruação, certamente reduzem os niveis energéticos que divinizam as mulheres a ponto de gestarem, e isso possibilita de sentirem dores e sofrerem de problemas como TPM e outros.
As nativas americanas realizam ritos de passagem da criança a puberdade. Estes ritos se realizam depois da primeira menstruação e é um momento importante porque a menina se transforma em mulher. Ela deve entender o significado desta mudança e conhecer seus deveres. É um momento sagrado e, assim como a Mãe Terra, ela poderá ter filhos e ensiná-los a viver de uma maneira sagrada. Ela também deverá saber que a cada mês, quando chega sua menstruação, ela recebe uma influência, que deverá observar e tomar cuidado, pois nessa condição ela poderá neutralizar o poder de um xamã.

O sangue está muito relacionado com a Lua . Para os nativos americanos, quando as mulheres estão menstruadas eles dizem que estão "de lua". Os nativos reconhecem que menstruar é um acontecimento importante na vida de uma mulher, um ritmo vital para a saúde psíquica e física femininas. Eles reconhecem que, na menstruação, a mulher atinge o nível mais alto do seu poder espiritual onde a atividade mais apropriada é o descanso e recolhimento para acumular sabedoria.

Uma mulher menstruada tem potencial místico de ser mais poderosa do que qualquer mulher ou qualquer homem, em qualquer momento. Em algumas tradições, a menstruação ainda é vista e sentida como um tempo especial e sagrado, divino, mágico e místico. Nas culturas matriarcais o sangue reverencia a Deusa por ter poderes mágicos. Em algumas tradições, o sangue menstrual era oferecido em cerimônias. Era sagrado para os Celtas, Egípcios, tântricos etc.
Uma cerimônia simples, onde a mulher cava um buraco na terra e, de cócoras, deixa o sangue menstrual fluir na terra, ela coloca os pensamentos negativos sobre a feminilidade para serem desprezados e pede a Mãe Terra para transformar a energia negativa em equilíbrio e consciência.

Os mistérios do sangue recordam o imenso poder da mulher, o poder do sangramento, o poder de sentir e prever as coisas e, assim, estar mais próximas dos mundos superior e inferior. Quando sangram e jogam na terra o poder dos fluidos corporais, se reencontram consigo e com as divindades da Terra enquanto o sangue corre através do chakra pessoal da raiz, na terra. As mulheres sangram como a terra desbravada, sangram como nutridoras da vida, como doadoras, como doadoras da maternidade universal; e seu sangue é do tempo, da lua, da terra, das estrelas, da vida.

Quando uma mulher entra na idade da sabedoria - menopausa -, seu sangue sábio é retido no interior do corpo. Esse "sangue sábio” dá a mulher a força, a sabedoria e a sensibilidade para seguir a vida e desafiar a morte; e só a mulher possui esse dom.”

Autor desconhecido

A GUERRA SURDA CONTRA AS MULHERES...

"É mesmo preciso ter a menstruação?"

CIÊNCIA MALDITA - OU MAGIA NEGRA EM CURSO...INSTITUIDA PELOS GRANDES MAGOS A QUE CHAMAM CIENTISTAS...


Este é o horror de como o ataque concertado pela industria farmacêutica à natureza intrínseca e à evolução e consciencialização da mulher que está em curso...acabei de escrever mais a baixo um texto sobre este ataque pela parte das alternativas...mas isto é ainda mais assustador porque passa por "ciência"...afinal não mais do que a ciência negra!

E ainda falam de não haver quaisquer riscos para a saúde da mulher...na verdade é só a destruição cabal da natureza feminina e da sua biologia, da sua natureza e ciclos...Isto é um atentado gravíssimo contra a mulher de que as grande maior das mulheres, totalmente alienadas hoje dos seus processos naturais, embalará como embalou com a pilula e outros químicos que hoje está provado são causa da maioria das doenças de foro feminino...

RLP

 


"Cólicas, dores de cabeça, inchaço e alterações de humor são alguns dos sintomas menstruais que atormentam as mulheres em idade fértil. Acabar com "aqueles dias" é possível. Suspender a menstruação é uma decisão cada vez mais comum entre as mulheres, sobretudo as mais jovens. Nos EUA já há contracetivos hormonais que acabam com a menstruação ou que fazem que ela venha apenas de três em três meses, mas por cá a solução é a toma contínua das pílulas anticoncecionais disponíveis no mercado. Uma alternativa para pôr fim ao drama da tensão pré-menstrual (TPM) que, segundo os especialistas ouvidos pelo DN, não tem desvantagens ou riscos.    

Os contracetivos orais clássicos são administrados de forma cíclica, na maioria das marcas, com 21 dias seguidos de toma e sete dias de pausa. "O problema da pílula diária é, muitas vezes, o esquecimento, sobretudo na reintrodução. O que fazemos nesse caso? Muitas vezes aconselhamos o uso contínuo, sem que seja feita a semana de privação", diz Teresa Bombas, secretária-geral da Sociedade Portuguesa da Contraceção (SPDC).

Nesse caso, é a mulher que decide quando quer parar de tomar o contracetivo. Segundo a especialista, esta fórmula "não tem quaisquer riscos" para a saúde.
"

Milhares de tarrafais

A insegurança e a criminalidade são temas muito do apreço dos que vivem do medo. Não que sejam irrelevantes. Eles limitam o bem mais precioso para qualquer sociedade que se queira decente - a liberdade - e são sintomas da desigualdade. Mas, quase sempre, aqueles que as têm como prioridades do debate político usam-na para nos oferecer como cura a própria doença: limitar ainda mais a nossa liberdade e promover, através do estigma, a desigualdade. Não é por isso de espantar que a criminalidade que não sirva esta agenda raramente esteja na ordem do dia.
Exemplo: a violência doméstica, que tem as mulheres como vítima quase exclusivas. Passa-se dentro de portas, não parece perturbar o quotidiano dos que não a experimentam e destrói essa cândida ideia que temos de nós de próprios enquanto sociedade moderna e evoluída. Este ano já tirou a vida a trinta mulheres. E estes são apenas os casos limite. Os espancamentos, as limitações violentas à liberdade individual, as humilhações que destroem até aos ossos a auto-estima de tantos seres humanos são banais. Fazem parte de um quotidiano que olhos e ouvidos de tantos decidem ignorar. Porque entre marido e mulher não se mete a colher.
Escondida entre quatro paredes, a violência doméstica deixa a vítima na mais completa e angustiante solidão. Muitas vezes corroída pela culpa, numa sociedade que ainda aceita com naturalidade que alguém pode ser propriedade de alguém. Que infantiliza as mulheres, tratando-a como um mero adereço. Que as trata como palradoras compulsivas, fadas do lar ou meninas mimadas viciadas em compras, que cada classe social trata dos seus próprios estereótipos. Que convive bem com a figura da "primeira-dama", uma espécie de penacho de um Chefe de Estado. Que pergunta a uma mulher como concilia a vida familiar com a vida profissional mas nunca se lembra de fazer a mesma pergunta a um homem. Que trata a infidelidade masculina como sinal de virilidade e a infidelidade feminina como sinal de promiscuidade. Que paga, em média, mais aos homens do que às mulheres pelo mesmo trabalho. Que, tendo mais mulheres a sair das faculdades, não as deixa chegar aos lugares de topo, porque homem que é homem não aceita ordens de mulher. Que vê a função de "doméstica" com uma estranha naturalidade e a de "doméstico" como uma bizarria.
Uma mulher que me ensinou desde o meu nascimento muito do que sei fez-me saber sempre uma verdade fria: só é realmente independente e livre quem pode garantir o seu próprio sustento. Quando se pode fechar a porta sem olhar para trás. Por isso, podemos mudar muitas leis (e, ao tornar a violência doméstica num crime público, deixámos claro que, como comunidade, não aceitamos ficar em silêncio), mas nada conseguiremos enquanto as mulheres não conquistarem a igualdade como profissionais, trabalhadoras e cidadãs.
Só aí a violência doméstica deixará de ser uma questão de género. Só aí, milhares de homens demasiado inseguros para amar uma igual deixarão de conseguir transformar as suas casas em campos de concentração. Só aí conseguiremos punir estes selvagens como merecem. Só aí passarão a ser olhados com asco pelos seus vizinhos, amigos e familiares. Só aí ficarão sós até meterem nas suas fracas cabeças que ninguém pertence a ninguém. Só quando for maior vergonha ser um agressor do que ser "corno", "banana" ou apenas civilizado, é que estriparemos do nosso quotidiano este crime que confunde amor com tortura. Só aí faremos justiça às trinta mulheres assassinadas em 2010 pelos seus companheiros, maridos ou namorados. No século XXI. Num país europeu.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/milhares-de-tarrafais=f615177#ixzz2v5y8ju8a

AS MULHERES SÃO MANIPULADAS HÁ SÉCULOS


...CONTINUAM A SÊ-LO, ATÉ PELA "CIÊNCIA"!

- Os predadores/curadores são os antigos “curas” dos milagres…

Dissociadas da dor, da nossa dor real, as mulheres perseguem curas e mestres que  lhes digam como são já “seres espirituais”...antes de serem MULHERES, antes de resgatarem a sua história e a sua verdadeira identidade...e é isso precisamente que a Matriz de controlo quer, seja ela qual for...nesta nova escalada ofensiva contra A Mulher verdadeira desencadeada de muitas maneiras e das formas mais paradoxais, como é o caso....
Há uma crescente onda de “espiritualidades” que se alastra e que começou com a New Age, que,  mais uma vez, é aproveitada no sentido de afastar as mulheres da descoberta de si mesmas e de acederem ao seu verdadeiro potencial interior, impedidas assim de ter acesso a uma consciência profunda de si mesmas, o que, a acontecer, causaria uma enorme revolução no mundo tal como está anunciada... a ascensão do feminino na Terra e o equilíbrio dos polos...
Eu não sou contra as TERAPIAS, mas contra os falsos terapeutas e as pseudo curas!
E a maneira como essa onda de falsas “Terapias” encabeçada por “pequenos deuses”- os novos predadores das mulheres - se propagou  precisamente através da ideia de cura...como curar as mulheres…o mercado mais fácil...e estes se tornarem um tipo novo de proxenetas que vivem a conta das doenças das mulheres...e não já das prostitutas...
Sim, as mulheres foram as primeiras a ser convidadas a entrar em todo o tipo de alternativas a fim de curar as suas feridas… A qualquer preço e a uma velocidade vertiginosa, o mercado "espiritual", foi invadido de propaganda de todos os géneros de receitas do tipo auto-ajuda, em livros e em workshops, para Curar a Mulher...do seu “mal”… Nessa linha foram oferecidas às mulheres  processos de “cura e salvação”... assim como as mais variadas técnicas e práticas, em fins de semana...onde entra a mais atrativa de todas o  "Tantra" e a "Sexualidade Sagrada"...e aí...a mulher vai a correr...
Porque a mulher é sempre o alvo mais frágil, o elo mais fraco, porque sim, ela sente-se ferida…ela sente a sua cisão interna, mas não sabe de onde ela vem…ela sente a sua complexidade mas ela não sabe explicar onde começa e acaba …ela só sente a dor a dor imensa de ter nascido mulher… ela só sabe que é olhada como objecto sexual desde muito nova, e se sente “perseguida”, na rua no trabalho e em casa…que é permanentemente sujeita a toda a espécie de abusos, atentados e sacrifícios e que a sua pessoa é constantemente denigrida pelos homens através dos Mídea, nos cartazes e pelas publicidades, cinema e televisão fazem dela uma coisa esquisita, oferecida, doentia, fatal ou reprimida, ou pornográfica… e que a sua alma está prisioneira dessa Matriz poderosa que é falsa…a matriz que aprisiona a mulher não e’ a sua MATRIZ – é a patriz do Pater e do Filho…
Dai, a Mulher celibatária e a Mãe solteira e a Velha, que não cumprem esses papéis não terem lugar nesta sociedade. A mulher tem de ser presa e sujeita ao Sistema e as suas leis e garras e cumprir o seu papel como sua (deles) propriedade. Ou ela vai para a rua ou fica presa em casa…nos dois sentidos, literal e figurado!
Essa Saga começou na família, em casa e nas escolas e depois no casamento, no emprego e no divórcio…ela é sempre atacada e está sempre em desvantagem dentro do Sistema que se sustenta da sua prestação.

A questão aqui, mais do que histórica, foi religiosa e retórica.
Foi sem dúvida através das religiões e ao longo dos séculos que o controlo foi feito mais eficazmente e a mulher é ainda sujeita a uma qualquer inferioridade, a uma sujeição e a um papel secundário nas sociedades, mesmo que hoje se pense que não, que há mulheres emancipadas – porque vão para a guerra mas continuam a ser violadas pelos camaradas ou porque se despem sem que precisem de lhes pagar os homens, ou porque andam nuas no carnaval e têm bolas de silicone no peito em vez de seios? Mas não podem amamentar os filhos na rua porque é imoral?

No fundo e na prática apesar de todas estas aberrações tidas como liberdade, passa-se o mesmo controlo da mulher, do seu útero e da sua imagem o que é bastante mais aviltante do que antes…
Estou persuadida de que a maioria das supostas terapias e métodos que hoje em dia são divulgados nestes meios ditos “espirituais” só tem como objectivo alienar as pessoas, nomeadamente as mulheres, não de um sofrimento profundo, verdadeiro, indo à sua origem para conhecer as razões ou as suas causas, mas para as manter presas a uma ideia falsa de cura fácil precisamente porque não querem que ela aconteça. Eles não querem que as mulheres saibam ou intuam o que o seu ser lhes diz à partida do fundo das suas entranhas, que reconheçam o seu poder interno para continuar a infantilizá-las, a fim de as impedir de fazer os processos de consciencialização através da sua psique e da sua alma. No fundo querem impedi-las de passar pelas etapas de maturação que correspondem a uma evolução e mudança de consciência o que representa sempre, numa dada proporção, seja dor, seja sofrimento, este o mais das vezes provocado pela resistência do despertar, do aprofundar dessa consciência do Seu Poder interno como mulheres.

Essas terapias falsas são sustentadas e vivem à custa da fragilidade e ignorância das mulheres em geral – as mais vorazes clientes desses terapeutas – e mantêm-nas à superfície do seu ser, em estados meramente superficiais, de letargia, e sem as deixar aprofundar nada da sua existência de forma significativa, impedindo-as de conhecerem as causas verdadeiras das suas feridas. E a maneira melhor de o fazer é  fazê-las fugir da dor verdadeira a fim de não saberem a origem das suas feridas mais profundas…e não atingirem o conhecimento global da sua psique, do seu emocional ferido e confuso, atordoado de ideias de cura e salvação etc.. 

O que se pretende no fundo, creio, com toda esta avalanche de “curas” e métodos, é que não se aprofunde a questão do Ser Mulher, que ela  não vá ao fundo do seu problema enquanto mulher essência. E porque a mulher tem e sofre maioritariamente de doenças ditas “de foro feminino” que mais não são do que o afastamento de si mesma, do alheamento da sua anima e da sua psique cindida, longe que estão da sua verdadeira identidade, elas buscam esse “apoio” sem saber que estão a ser manipuladas…
As mulheres sofrem tanto toda a vida que agarram todas as promessas de fazer cessar a sua dor…O que elas não sabem é que se não houvesse resistência à dor, a dor seria passageira e transformar-se-ia rapidamente em sabedoria pois a raiz de sofrer em latim significa justamente conhecer através da experiência e passando essa experiência pela nossa pele…dói sempre …e é preciso ir para além dessa dor transformando- o e não suprimindo-a, como a medicina alopática faz apagando os sintomas da doença e nunca curando, assim fazem também as terapias modernas, que afastando as mulheres da sua dor verdadeira, das suas feridas profundas, elas nunca irão ao fundo das suas psiques…

E porque digo eu que essas terapias em geral pretendem impedir essa consciência da mulher integral e deixá-la apenas à superfície desses conceitos e crentes nessa ideia fútil de “felicidade e paz”? Porque elas não são mais do que mentiras elaboradas por uma nova religião em marcha que se serve das mulheres mais uma vez para atrasar o processo histórico. E mais uma vez o que se pretende é fazer com que a mulher continue a viver dependente de mestres e dos homens e a atrasar o seu processo de libertação e acesso a sua verdadeira consciência, a verdadeira e não a falsa emancipação, e que lhe daria a independência do homem e da sociedade patriarcal que fez sempre dela uma escrava ou concubina…às vezes santa e outras rainha, mas sempre sujeita à violência e domínio dos homens, fossem reis pais padres amantes ou maridos…e até mesmo filhos!

A História recente é a do domínio do Homem sobre a mulher (e sobre os filhos da mulher) e a sua anulação até na linguagem …e isso tem de acabar para haver um equilíbrio entre os Princípios Feminino e Masculino, para que haja Justiça e Verdade e só assim a Paz na Terra será  REALIDADE.
rosaleonorpedro