O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, julho 29, 2023

um mundo sem Mãe é um mundo de mortos vivos...

 



A MORTE DA MÃE - É a Mãe que falta ao pai (que foi filho) também, esse é o drama da humanidade cristã que matou e rejeitou a Mulher a Mãe e a filha! Há séculos que vivemos este drama de uma sociedade organizada sobre pilares patriarcais em que só o homem e o pai estabelecem as leis, uma sociedade sem Mãe. A Mãe-mulher que foi e continua a ser a vitima de todas as atrocidades por parte do homem e do Sistema, das religiões e dos seus deuses, e ainda dos estados e dos governos do mundo.

Esta é a Grande Tragédia da Humanidade. Mas nem as mulheres querem ver a origem de toda este drama. E agora exploram esta dor e miséria de uma mulher que foi banida e desprezada por sofrer o abandono da mãe. No caso e sendo este apenas um caso visivel porque mediático, as como ela há milhares de mulheres por todo o mundo a sofrer o mesmo.
rlp

Sou "antropologicamente lúcida"

A imagem da mulher real que os homens, uns temem e outros odeiam, por medo...



O QUE É UMA MULHER INTEGRADA?


Uma mulher integrada é uma mulher consciente de si enquanto mulher e souber todo o poder que tem a partir do conhecimento da sua essência feminina e como esse saber faz toda a diferença. Mas até que a ConSciência desse feminino integral e do Sagrado Feminino, o lado feminino da humanidade, seja um Princípio agente, reformulador e se torne uma ética, uma realidade, as mulheres neste Sistema, nesta sociedade, sejam elas de que classe forem, ricas ou pobres, intelectuais ou ignorantes, serão sempre uma pálida imagem de si mesmas: fragmentadas e divididas, carentes, histéricas, doentes e fragilizadas…à procura da sua "cara" metade, do menino jesus, do príncipe encantado, do homem ideal, do indígena selvagem, ou do macho musculado ao afeminado ou a triste figura do “cavalheiro” educado de há umas décadas, em decadência, afinal o vampiro que lhes há-de sugar o sangue até a última gota…
Gótica eu?
Não, sou só "antropologicamente lúcida"…

Sim, e eu sei, que quando digo que não sou feminista...há muitas mulheres que se chocam comigo e eu até compreendo. Mas o que eu queria que compreendessem é que de facto, a luta da mulher de hoje em dia não é mais pela "igualdade", mas sim contra essa "igualdade" - porque a mulher se tornou como o homem e isso, quanto a mim, não era suposto acontecer, porque homem e mulher são biológica e psiquicamente diferentes! E por a mulher não ter levado isso em conta, estão a acontecer todos os equívocos possíveis e especulações sem sentido como é a ideologia de género e a negação da mulher nascida mulher como acontece agora com esta coisa aberrante do transfeminismo... etc etc. "


quinta-feira, julho 27, 2023

A DESTRUIÇÃO DA SOCIEDADE HUMANA ESTÁ EM CURSO


AS TRINCHEIRAS DO "BEM"...

A cultura woke mata a Cultura, a tradição e a História e destrói a identidade de género.

WOKE É um grupo de totalitaristas que "retira a poesia da rua, e amarra o teatro ao “wokismo” mais bafiento. Jamais compactuarei com a violação da liberdade criativa, em prol da hipocrisia da trincheira do bem".  João Perestrello

Cada dia que passa vejo uma maior aberração nessas imagens horrendas e caricatas, ridículas, que se propagam em videos e reels e por todas as redes sociais, como uma peste, de homens vestidos de mulheres...homens de barba e até musculados, desportistas, militares etc., não só os afeminados, como antigamente eram os gays...  mas também agora na expressão mais brutal do caracter masculino cuja alienação chegou a este descalabro humano: homens de barba vestidos de mulher, travestis e cantores pop satânicos obviamente perversos em espectaculos para crianças, um modelo consentido e propagado pelos governos do mundo inteiro - mas como é que estas miseráveis e horrendas caricaturas de supostas mulheres mascaradas de marrafonas se dizem mulheres apenas porque se pintam ou se vestem de prostitutas e cantoras pop ou vedetas do cinema... as barbies americanas de sempre que nunca representaram a Mulher nem nunca foram mais do que o imaginário infantil do homem ocidental que a persegue e agora eles mesmos querem ser... e isso nada tem a ver com liberdade de ser e viver ou exprimir o amor e a sexualidade, nem sequer a homoafectividades ou homossexualidade?

PESSOALMENTE nunca neguei e sempre estive do lado de seres homens e mulheres com opções sexuais  diferentes a nivel sexual e afectivo, homo ou bis, mas este ataque no sentido de destruir A MULHER, NÃO, NÃO COMPACTUAREI! 

Este drama é maioritariamente dos homens que nunca cresceram nem se elevaram e sem consciência de si tentaram dominar, ou anular e mesmo matar a mulher real a todos os niveis, agora decidiram vestir-se simplesmente de "mulheres"  como se uns trapos coloridos fizessem a mulher, como se umas gramas de silicone fizessem uma mulher, como se carradas de cosméticas e mesmo de hormonas femininas  injectadas, sapatos de salto alto e o andar desengonçado fizessem uma mulher!! 

UMA MULHER NUNCA FOI ISSO. E não digo que a mulher no geral também não perdeu a sua feminilidade ao seguir e dando corpo a esses estereótipos, mas isto foi a  imaginação do homem e o seu drama de identidade e problema de masculinidade ao longo de décadas que os fez criar modelos e imagens estereotipadas para dar aso a sua incompletude de homens sem masculinidade, nem força interior, sem consciência e sem amor da mãe, e que odeiam as mulheres. O mesmo direi das trans mulheres que querem ser homens...

Essa é a essência da misoginia que pôs em movimento esta corrente WOKE, vestido do velho odio ao feminino, e que agora vem com a ideia pretensamente igualitária e libertária, querendo destruir a mulher, e querem ser eles "mulheres", pois não sabem  nem sonham o que é a MULHER e negam assim a  sua própria masculinidade à partida e a própria beleza do corpo masculino, porque se odeiam a si mesmos como entes e de tão ignorantes e primatas, embrutecidos pelo consumismo e as drogas e a alienação das massas,  nem percebem a mais elementares das leis da natureza e a sua biologia e por isso nem percebem que JAMAIS SERÃO UMA MULHER.  Tudo o que fazem é destruir assim as bases da vida social e biológica e a estrutura da natureza humana que gera vida, querem MATAR A MÃE e animalizar quer os homens quer as mulheres, criando a maior confusão mental nas crianças desde logo - ensiná-las nas escolas a masturbar-se aos 4 anos e a decidir se são meninos ou meninas...-   e criar assim a desordem social e psicológica jamais vista na Terra...psicopatas que são alimentados por elites e financiados por predadores da humanidade, seres sinistros que nem humanos são, mas que controlam a finança e a cultura há séculos... para criarem hibridos ligados a Inteligência artificial, seres SEM ALMA, robotizados ou zumbies...mortos vivos, escravos da velha ordem de Mefistófeles...

rlp 



sábado, julho 22, 2023

a importância vital do principio feminino



O ABANDONO DO PRINCIPIO FEMININO DEU NA CONFUSÃO DOS SEXOS...

A mulher perdeu o contacto com a sua essência feminina, perdeu a sua identidade ao longo de anos de aculturação e deformação da sua verdadeira natureza, adulterada pelas propagandas do sistema a fim de a controlar, reduzindo-a a uma imagem sexualizada, criando estereótipos falsos, através do cinema e da pornografia. E a mulher moderna já fragilizada e insegura de si passou da desordem emocional a desordem sexual, tornou-a viciadas em drogas através da moda e da cosmética, inclusive da "ciência" que se prestou a destruir o seu corpo - seios, utero e ovários -, com pilulas e vacinas, o que a levou à maior  confusão de si a nivel biológico e hormonal e que por sua vez deu origem a toda esta confusão de géneros...de que todas essas ideologias de género se aproveitaram espalhando a confusão e a desordem mental nas mulheres jovens e mesmo nas crianças e nos homens.


"Não raramente ouvimos a informação de que não há nenhuma diferença essencial entre homens e mulheres, excepto a diferença biológica. Muitas mulheres têm aceite esse ponto de vista e têm feito muito para alimentá-lo. Têm se sentido contentes em serem homens de saias e assim perderam o contacto com o princípio feminino dentro delas mesmas. Essa talvez seja a causa principal da infelicidade e instabilidade emocional hoje em dia. Ora, se a mulher está fora de contacto com o seu princípio feminino, que dita as leis da integração, não pode assumir o comando do que é, afinal de contas, o domínio de feminino, ou seja, o das relações humanas. E, até que o faça, não poderá haver muita esperança de ordem nesse aspecto da vida. Muitas mulheres sofrem seriamente na sua vida pessoal por esse abandono do princípio feminino.
São incapazes de relacionamentos satisfatórios, ou podem mesmo cair em neurose pela inadequação do seu desenvolvimento nessa área, que é das mais essenciais. Por essa razão, a relação de uma mulher com o princípio feminino dentro de si mesma não é um problema pessoal, mas também um problema geral, até universal para todas as mulheres. É um problema da humanidade."


In OS MISTÉRIOS DA MULHER M. Esther Harding

sexta-feira, julho 21, 2023

A MULHER NASCE MULHER



SÓ A MULHER SABE QUE É MULHER - "Não existe uma definição para uma mulher, uma mulher é uma experiência, uma energia feminina que tece, que é tecida, que é desfeita e se movimenta."
in A Tecelã

ESSA A MULHER É RARA


"A verdadeira mulher, aquela que vem a nós do fundo das eras, a mulher que nos foi dada, per­tence inteiramente a um universo estranho ao homem. Ela cintila no outro lado da Criação. Ela conhece os segredos das águas, das pedras, das plan­tas e dos animais. Ela fixa o sol e vê claro na noite. Ela possui as chaves da saúde, do descanso, das har­monias da matéria. (…) É ela que se­meia o homem: volta a pari-lo, nele reintroduz a in­fância do mundo. Ela o devolve ao seu trabalho de homem, que é elevar-se o máximo possível acima de si mesmo”.

“A Mulher é Rara”, de Louis Pauwels

A MÃE COMO CENTRO - A MULHER ETERNA



A MATÉRIA VIVA QUE EMERGE...


"Nascer consiste a sair da mãe e morrer será com efeito voltar à mãe. Então que Mãe é esta? Não é ela o centro, o ônfalo enquanto que mãe cósmica-telúrica: conjunção subtil da qual toda a materia viva emerge?"

In O Homem e o Seu duplo
de Etiènne Guillé

terça-feira, julho 18, 2023

O MAIOR RETROCESSO SOCIAL E HUMANO DA HISTÓRIA



NÃO AO "TRANSFEMINISMO"

PORQUE ESTAS "MULHERES" NÃO SÃO MULHERES NEM NUNCA FORAM e menos ainda mães ...elas tem utero e ovários, mas não tem alma nem essência. 
E Agora temos AÍ O MAIOR PERIGO: o "Transfeminismo" ou transgéneros - ele tinha que ser inventado pelos homens claro...E o velho feminismo e as feministas alienadas e perdidas já não vêm em defesa da mulher mas trans-mutaram-se também na defesa desta alienação global e na negação cabal do verdadeiro feminino. 
Ainda são os homens trans que se valem das "mulheres" fora do Sistema, esta "espécime" (que se mutila a si própria) e que são as mulheres não integradas pela sociedade, que as criou e despreza e que sobram para fora do Sistema mas que em vez de quererem SABER DE SI E SER MULHERES apenas....elas querem...ser homens-trans... porque, dizem: "O sujeito do feminismo “mulheres” nos parece pequeno, é excludente por si mesmo, deixa de fora as sapatonas, xs trans, as putas, as de véu, as que ganham pouco e não vão para a universidade, as que gritam, as sem papeis, as maricas…"
E eu digo O FEMININO EM SI É GRANDE, é imenso, a mulher é imensa, é uma dimensão e elas, mulheres masculinizadas pelo sistema falocrático, é que não sabem quem são, pois foi esse "feminismo radical" que as transformou em pequenas, "IGUAIS AOS HOMENS"...e essas mulheres, todas elas, as do lado de fora da barricada e as que pertencem ao Sistema, ELAS NÃO REPRESENTAM NEM NUNCA REPRESENTARAM O VERDADEIRO FEMININO.

ASSIM, todo este horror e demência, não passa de uma manobra do próprio Sistema para impedir as verdadeiras MULHERES de serem MULHERES! Porque o perigo para o Sistema e o poder falocrático vem da Mulher Verdadeira, da Mulher profunda, das MULHERES que nascem mulheres, que se ligam às forças ctónicas e telúricas, ao Sagrado Feminino e não destas "vítimas" do sistema patriarcal ...que alimenta estas aberrações numa luta errática e com grande e ignorado sofrimento a curto e a longo prazo, para não falar no nefasto que será para as crianças nascidas de dois "pais" ou mesmo de "duas mães" pois não passa de uma farsa ou uma convençaõ intelectual social maligna que põe em risco a própria espécie humana. Isto nada tem a ver com a liberdade de amar e ser homo ou hetero ou bissexual. Isto é pura aberração e preconceito invertido a todos os niveis, porque SER HOMEM OU MULHER não impede ninguém de amar quem amar...
Agora não venham dizer os homens que se "sentem" mulheres" nem estas mulheres dizer que que são "homens". Pela minha parte o que defendo é a liberdade de ser Mulher e o Feminino profundo que não  tem nada a ver com esterótipos ditos femininos nem com essas caricaturas ridiculas de mulheres, desses travestis da moda e do cinema, dessa cópia generalizada, antiga, dessa tragédia shakespeariana, que deu todas essas personas sexualis que reclamam "direitos" em vez de HUMANIDADE simples e total e um novo PARADIGMA SOCIAL.

SOU TRANSFÓBICA SIM, POR UMA VERDADEIRA HUMANIDADE!
rlp


segunda-feira, julho 17, 2023

O Poder desumano que rege as vidas humanas...



Uma reflexão sobre o prazer e o gozo... 


"Quando busco nas minhas memórias emocionais e sensitivas lembranças de situações "prazerosas" comigo mesma, não chega a mim nenhuma de quando eu era ainda recém nascida, ainda miúda, porém sei (porque o vivi através dos meus filhos bebés), que o prazer primário que um ser recém chegado à esse mundo sente é vinculado a dois alimentos essenciais para a sua sobrevivência: o físico (o leite) e psíquico através do corpo da mãe (contacto)... e quando @ afortunad@ pode dispor dessas condições e circunstâncias, a criatura demonstra um deleite com o seu próprio corpo que costuma manifestar através de sorrisos prazerosos que encanta a toda pessoa adulta minimamente "humana"...
Portanto esse estado prazeroso inicial que toda nova criatura pode chegar a experimentar (caso as condições e circunstâncias possam ser cumpridas: alimentação biopsíquica) irá desenvolvendo segundo o seu crescimento... e assim entre banhos, os seios e as carícias da mãe o ser descobre o prazer de estar vivo.... assim como o desfrutar do seu próprio corpinho ao descobrir e tomar consciência de que tem pezinhos, mãozinhas e outras coisinhas mais...

Ao acompanhar o caminho do prazer da criatura no seu crescimento e evolução dá para perceber (em mim mesma também) que existe uma relação muito estreita e proporcional entre a confiança desenvolvida em si própria e o mantimento do desfrute de si mesma. E posso vislumbrar que o caminho ascensional da transformação natural da vivência do PRAZER (vinculado preponderantemente numa época da vida às genitálias) numa vivência de deleite ou GOZO de si mesmo, do seu próprio SER integral, depende em grande parte do desenvolvimento da consciência do seu próprio EXISTIR aqui no corpo e na terra onde habita, junto com a desconstrução dos paradigmas, preconceitos adquiridos, e crenças impostos pelo Poder desumano que rege as vidas humanas, porque vejo que sem esse trabalho a possibilidade de desapego do prazer imaturo -que faz parte de uma etapa da vida de cada ser- é ínfima. 

Eu sinto que a maturidade do SER e de como vive a vida está intimamente vinculada com a evolução natural da vivência do prazer (imaturo/infantil) ao gozo (maturo/do adulto).

Nós mulheres temos a grande vantagem de sermos seres sensíveis e conectadas com as nossas emoções naturalmente... o nosso trabalho é ver e desconstruir o que não é nosso para a transformação do prazer em gozo seguir acontecendo, transformar a filha (imatura) em Mãe."

Texto de Sabine Carlotti

UMA HUMANIDADE SEM MÃE ELA DEGENERA 
Toda a dor humana provém da falta inicial da Mãe - o mundo patriarcal e o Poder falocrático há muito que  destruiu esse Muttertum.

"Em castelhano há uma aceção do nome "mãe" que é um vestígio dessa mãe ancestral, que se encontra na expressão "salirse de madre", "sair da mãe", que seria sair do Muttertum, que nos faz amadurecer e nos torna consistentes. Há também uma acepção em que a palavra significa "fonte originária de algo" ("a mãe do vinagre", por exemplo), ou como a raiz de algo, quando dizemos que encontrámos a "mãe do cordeiro". Se um rio sai da "madre", tudo se inunda e é o desastre. Pois assim anda a humanidade, "fora da mãe", em permanente estado de esquizofrenia e cada vez com mais ataques de violência..."

Cacilda Rodrigañez Bustos

A SALVAÇÃO DO MUNDO?


QUANDO A MULHER SALVA 


"Porque deve haver uma ordem onde a morte não entra. Deve existir um tempo em que a TERRA não seja o HORROR que me feriu o corpo e o espírito e que TU curaste purificando TUDO, desencantando os ritos até tocar a veia, o corpo rigoroso da vida real. Onde só gestos puros, só puros ritmos se podem pertencer. E só olhos sem angústia nem pecado se podem confundir com a limpidez da água."

in "LUZ CENTRAL" - Ernesto Sampaio

A MULHER ESTÁ CONTAMINADA DE MORTE DE SI MESMA



QUE MULHER É ESSA? 

"Essa mulher não-domesticada é o protótipo de mulher... não importa a cultura, a época, a política, ela é sempre a mesma. Seus ciclos mudam, suas representações simbólicas mudam, mas na sua essência ela não muda. Ela é o que é; e é um ser inteiro. Ela abre canais através das mulheres. Se elas estiverem reprimidas, ela luta para erguê-las. Se elas forem livres, ela é livre. Felizmente, por mais que seja humilhada, ela sempre volta à posição natural. Por mais que seja proibida, silenciada, podada, enfraquecida, torturada, rotulada de perigosa, louca e de outros depreciativos, ela volta à superfície nas mulheres, de tal forma que mesmo a mulher mais tranqüila, mais contida, guarda um canto secreto para a Mulher Selvagem."*
 
Estamos muito longe desse protótipo. Muito longe mesmo dessa mulher tranquila e contida  e secreta porque sábia e sagrada. Infelizmente há muito poucas mulheres que possamos chamar de mulheres genuínas e capazes de tal dom de generosidade, de amor ou paixão; muito longe de mulheres cuja chama arda para lá da mentira e falsidade, porque ela está longe da força ou da expressão profunda do seu Ser selvagem com que nasce. 
As mulheres estão hoje na sua grande maioria perdidas da sua feminilidade essencial e contaminadas de ódios e raivas e frustradas das suas lutas e só sabem criar odios e odiar-se a si mesmas e acusar-se uma as outras. A inveja e a perfidia, a maledicência e a vulgaridade domina o mundo das mulheres (tanto como o dos homens) seja a que nivel social for, sejam elas ricas ou pobres, o mesmo veneno as consome e faz perder da sua essência e amor. 
Não critico nem acuso! Digo o que vejo apesar de lutar há muitos anos contra essa realidade. Sei que são seculos e décadas de alienação e mentiras e perseguições e abusos e muito sofrimento, muita violência e traição em todos os mundos em que se tentem afirmar, como desde logo na família e no trabalho ou no cinema na musica ou mesmo nas artes e politica. 
A mulher esteve sempre exposta a toda a espécie de predadores e acabou por se tornar num, por se misturar e ser como eles, acabou por ser igual ao violador e ao abusador...afinal nada mais nefasto e perigoso para uma mulher do que outra mulher frustrada e ferida de morte - ela vai odiar a outra mulher e a mãe que não a protegeu até a morte porque ela se destrói e odeia a si mesma pelo mal que lhe fizeram. Não há saida para a grande maioria das mulheres no mundo nem para os homens. Chegamos ao fim da linha e de uma civilização e a humanidade está toda envenenada do mesmo veneno - odio inveja raiva - e contaminada de morte...

rlp


*IN mulheres que correm com os lobos
clarissa pinkola estes

domingo, julho 16, 2023

A INVERSÃO DO MUNDO



Rikkie Valerie Kollé, de 22 anos, conquistou, no sábado, o título de Miss Países Baixos e segue agora para El Salvador, onde irá competir pelo prémio de Miss Universo 2023. É a primeira vez que uma mulher transgénero conquista a distinção no país.
Assim, ELE VAI GANHAR (també o titulo de MISS UNIVERSO) PORQUE O MUNDO SEMPRE FOI DOS HOMENS - E ESTA É A MELHOR MANEIRA DE ACABAR DE VEZ COM A MULHER - e não estão todas essas "mulheres" SEM ALMA e muito pouco femininas ou mulheres,  felizes e contentes por verem ganhar um EUNUCO? Para elas é igual... rlp


Porque "O padrão feminino de manequins, modelos e misses sempre foi andrógino e sem as curvas femininas, várias modelos morrem de anorexia ou bulimia tentando atingir um padrão de corpo que não é o feminino, que naturalmente tem curvas. Também na dança clássica ou contemporânea exigem um padrão de corpo reto, sem seios ou curvas... esse padrão é andrógino ou masculino, ou pior infantilizado, para atrair pedófilos.
Uma palavra: misoginia, ódio das mulheres e do feminino e como já disseram inversão de valores, uma ditadura masculina apagando a mulher e substituindo por trans ou eunucos. A insistência nesse tipo de narrativa está empurrando milhares de pessoas no sentido oposto e falta visão desses movimentos para as sérias consequências que estão criando... Falta de aviso não foi. Misoginia, puro suco do patriarcado. Violência contra a mulher, usurpação dos espaços da mulher, mais uma forma de opressão masculina patriarcal, agora usando as trans que infelizmente se deixam usar pra esse fim..." Nana Odara

 

quinta-feira, julho 13, 2023

VEJO o mundo marchando para o abismo de uma guerra nuclear rapidamente




A CLARIVIDÊNCIA DE UMA AMIGA BRASILEIRA

 

"Cada vez mais estou vendo que não posso contribuir muito com esse atual momento, de triste extremismo... 

Não posso apoiar um movimento que claramente se volta contra as mulheres, e se sentem no direito de até agredir as mulheres...

Isso é tão masculino e tão patriarcal...

Eu sinto muito...

Como diria Saramago, meu coração é de carne e sangra todo dia...

Sinto que os ideais mais nobres que já defendi foram corrompidos e dilacerados, transformando-se em algo totalmente diferente...

O socialismo e o feminismo estão deixando de ser aquilo que já foram e se deixando desviar para outros rumos que eu não concordo mais...

Me sinto impotente e vejo o mundo marchando para o abismo de uma guerra nuclear rapidamente

Tempos muito cinzentos estão chegando mais rápido que podemos imaginar, uma ditadura de ideias está alimentando uma ditadura de armas e as pessoas continuam cegas ao que realmente importa. É tão nítido que a história está se repetindo e quase impossível impedir uma tragédia pq as pessoas estão passionais demais em rumos tão diferentes quanto assombrosamente absurdos, numa imposição patética da individualidade egóica sobre o coletivo e ninguém está errado ou tem razão, e tbm ninguém vai ceder...

São os cristãos malucos desejando o Armagedom a todo custo, obcecados com sinais de Apocalipse e envenenados por doutrinas políticas, são os liberais infiltrados em todos os movimentos e manipulando as pessoas em suas utopias, implodindo por dentro os movimentos legítimos que foram criados para ofertar ao mundo paz, igualdade, tolerância, acolhimento e inclusão. 

Alguns poucos mas agressivamente testosteronicos machistas misóginos estão puxando a corda para algo muito extremo e pessoas perversas se aproveitam disso. Avisar é inútil...

Não há mais nada que eu possa fazer, neste momento, além de cuidar da minha própria e débil saúde física e mental...

Não quero estar aqui quando o horror começar, outra vez...

Eu sinto que tentei e me doei bastante, anulando minha própria vida, que deveria ter aproveitado mais, pra viver e ser feliz ao invés de ficar militando (por nada?)

Agora é tarde, perdi meus melhores anos e meu esforço foi em vão...

Mas apesar disso, sinto que atendi aos anseios da minha alma e ao chamado da Grande Mãe, que sempre está cuidando de nós, sempre, nos protegendo da ambiguidade humana e das forças contrárias à paz e ao amor, a arte e a poesia, tudo que me inebria e que sempre vou lamentar não absorver mais e mais...

Hj somos corpo, mas depois seremos só energia, palavras ao vento, fotos amareladas do tempo e finalmente deletadas por alguma inteligência artificial... 

Que possamos nos reencontrar em novos tempos, pq assim como as tragédias são inevitáveis, o novo sempre vem...

Beijos amiga...

Até..."

NANA ODARA

segunda-feira, julho 10, 2023

AS MULHERES SÃO CONSUMIDAS

Durante seculos as mulheres foram consumidas...



Além de objectos sexuais as mulheres foram usadas e consumidas de todas as formas e feitios...e mesmo as mais modernas, que se consideram livres e emancipadas e instruidas, elas apenas foram programadas de forma subliminar para continuar triplamente a servir os homens e em nada se tornaram livres - o que elas fazem hoje é serem profissionais, assalariadas, donas casas, e amantes - três em uma - em vez de apenas a mãe ou a amante... ou a prostituta...


« As mulheres são consumidas por homens que as tratam como objectos sexuais; são consumidas por seus filhos (que elas mesmas produziram!) quando eles compram o papel da Supermãe; são consumidas por maridos autoritários que esperam que elas sejam servas submissas; e elas são consumidas por patrões que as mantém instáveis na força de trabalho activa e que extraem o máximo trabalho pelo menor salário. Elas são consumidas por pesquisadores médicos que experimentam nelas novos e inseguros contraceptivos. São consumidas por homens que compram seus corpos nas ruas. São consumidas pelo Estado e pela Igreja, que esperam que proliferem a próxima geração pela glória de deus e do país; são consumidas por organizações políticas e sociais que esperam que elas “voluntariem” seu tempo e energia. Elas tem pouca noção de si mesmas porque sua pessoa enquanto identidade foi vendida para os outros.» (?)


APENDICE:
 
Como comentou aqui uma amiga, dizendo que há mulheres que também consomem mulheres, responderei que sim, mas essas mulheres que consomem mulheres são afinal homens de cabeça... Infelizmente, tão predadoras como os homens, com os mesmos vicios e paranoias e complexos. 
Não vejo mulheres "lésbicas" a serem forçadas a esse comportamento estereotipado, mas ele existe. Essas mulheres afinal não amam mulheres nem a si mesmas como mulheres que se negam ser. Amar mulheres sendo mulher isso não obriga a negar a sua essência primeira ou a mudar de sexo. 
rlp

A REVOLTA DAS MULHERES?



É PRECISO ENCARAR A NOSSA RAIVA - OLHAR A MEDUSA 
- A REVOLTA DAS MULHERES...faz-se pela CONSCIÊNCIA DE SI ENQUANTO SERES INDIVIDUAIS.


As feministas, baseadas na frase de Simone de Beauvoir, filosofa marxista e existencialista, que partindo da ideia clássica de que a existência precede a essência “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, nega a mulher original ou permite que assim se faça esta enorme confusão sobre a identidade biológica e  hormonal da mulher que, efectivamente nasce mulher, e partem dai para uma serie de pressupostos marxistas e dentro da mentalidade da epoca, há quase um século, que descaracterizaram a mulher feminina na recusa do modelo de virtude da mulher casada e doméstica, educada pela familia desde menina para servir o homem e com isso elas acabaram por negar a mulher essência - como o fez Simone de Beauvoir. 
O género é uma elaboração intelectual baseada nos estereótipos que se criaram da mulher ao longo das épocas e em que a mulher sempre foi destituída da sua expressão natural e do seu potencial para ser apenas aquilo que os homens quiseram. Ora é partindo desta premissa que se diz que a mulher não nasce mulher e é feita ou construida pela sociedade e cultura etc. Mas o que foi ignorado e branqueado é que nunca foi dado a mulher a expressão do seu ser original, porque ela  sempre esteve oprimida e  condicionada por variados modelos e estereótipos que o homem foi construindo sobre uma idealização religiosa e social de controlo da sexualidade feminina e assim a anulação do feminino essencial. 
E entre tantos estereótipos, o ultimo e mais recente, o da mulher como dona de casa  mãe e esposa, infantilizada e frágil, e que era uma construção cultural baseada no dogma católico digamos, e por isso acabaram por contrapor uma imagem masculinizada da mesma, profissional e executiva ou trabalhadora ou policia, ou  uma mulher sexual livre que se dá sem preconceitos e assume uma sexualidade activa...E dessa forma e sem nunca entenderem qual seria a verdadeira mulher em si se esta tivesse sido livre de se expressar enquanto mulher nascida mulher e não desviada dos seus instintos e intuição, sujeita à educação e as leis do patriarcado desde que nasce. 
Partindo dessa leitura superficial e social, as feministas acabaram por  considerar o feminino assim formatado até então, como fruto de uma mera educação e aparência, não quiseram ver que a Mulher foi desviada da sua natureza intrínseca e nunca se exprimiu de acordo com a sua verdadeira mulher. E assim, elas transformaram a mulher num homem manqué o que permitiu por sua vez  toda esta confusão de géneros e a deriva da agenda LGBT+ trans que desse modo acha que ser mulher é sentir-se mulher e que é ser homem é sentir-se homem???   

O que aconteceu durante estas décadas, foi que a mulher verdadeira e original não pode nunca ser ela mesma quando as feministas ao defenderem a igualdade se transformaram em homens e assim se afastaram definitivamente dessa dimensão do feminino profundo e da beleza da mulher e da sua essência. Ai  foi criada uma falsa mulher pelos homens da moda e pelos travestis e ainda a partir do imaginário masculino, que aproveitando essa descaracterização da mulher, recriou uma mulher de ficção, de plastico e silicone, conforma a onda, ora retirando-lhe os seios e as ancas convertendo-as em rapazes manqués ou em mulheres sofisticadas e e de silicone como fazem hoje os trans. ou ainda as novas  mulheres robots, perfeitas e imutáveis.  

Ora o que falta à mulher de hoje portanto, a mulher que aparentemente conquistou um lugar na sociedade e que luta pelos seus direitos e igualdades, a grande bandeira das feministas, foi a referência do seu verdadeiro feminino que é intrinseco, o que a impediu de também lutar  pela sua dignidade, pela sua inteireza como mulher, adentrando no que é a Dimensão Ontológica do seu ser e o principio feminino, que corresponde a uma força e a uma dimensão diferente.

E o que vemos agora é que, apesar de todas essas conquistas e direitos adquiridos (?) nas ultimas décadas, elas não sabem como entrar em contacto com a mulher que ela é, a mulher essência, a mulher autêntica, a mulher ancestral, a mulher eterna, a mulher instintiva, porque ela é apenas uma metade mulher (ora santa ora puta, ora luz ora sombra, ora anjo ora demónio) que negou uma parte de si primeiro através da religião, que a amputou de uma parte de si (a instintiva e sexual) e a aprisionou no dogma baseado na ideia do pecado, dogma que a sentenciou como eterna pecadora e culpada, na mente colectiva e ainda permanece nos nossos dias no apontar do dedo constantemente as mulheres e a depreciação normativa da sua pessoa. E se por um lado a mulher moderna afastou de si essa imagem arcaica, e tentou fugir a esse estigma fê-lo apenas na aparência e na superfície - culturalmente parecia que sim -, mas esse estigma ficou marcado ou imprimido no inconsciente colectivo (como um chip) e prevalece no pensamento masculino e manifesta-se sempre que o homem é confrontado com a imagem da mulher que sai dos padrões e do domínio social patriarcal e da sua vontade egoica de homem possuidor e dono da mulher. Isso está bem patente nos crescentes crimes de feminicídio e violações tal como na violência doméstica.
Assim, a mulher intelectual, a mulher que se julgava já liberta de preconceitos religiosos, tanto como a mulher religiosa, ambas não querem encarar esse lado Sombra da mulher que é sempre dada como culpada e que afecta todo o seu ser desde menina - toda a a educação da mulher é castradora da sua natureza profunda - porque não quer lembrar-se de feridas profundas e de coisas ditas atávicas que lhe valeram perseguições e também a grande alienação da sua própria mística, e que contundo persistem.
Desse modo, tanto uma como  outra,  a mulher religiosa como a mulher intelectual moderna, perderam a dimensão secreta do seu ser interno, a coesão entre o seu ser instintivo e a razão, a ligação da sua alma ao corpo e ao espírito e enquanto ambas não equacionarem o seu ser ao nível dessa totalidade que são, ao nível das energias cósmicas por um lado, o céu, e as energias telúricas, da terra, por outro, e saber  que ela é a sua representante privilegiada, ela não conquista verdadeiramente nada para si nem para a Vida na sua real dimensão.
E é por isso que todo o movimento de libertação das mulheres e a sua suposta emancipação está neste momento posto em causa em todo o mundo sob a ameaça inclusive de a mulher perder a sua identidade para as teorias de género que mais uma vez vem branquear e tentar destruir o que resta dessa Mulher Essência - porque a mulher nasce mulher ...e a sociedade marxista e machista lhe quer tirar essa condição...
Porque é que a sua essência e matriz são sonegada hoje pelos movimentos culturais e ideologia marxista é porque o que ela Mulher É em si mesma possa ser uma nova ameaça para os poderes da sombra que querem controlar o Mundo - pois o Poder da Mulher que consiste na revelação do milagre do Amor e da dádiva humana quer como Mãe pela Concepção da criança, quer como mulher iniciadora do homem eeles tudo fazem para que a mulher se perca completamente na abjecção do sexo pelo sexo e na banalização, na vulgaridade das suas vidas quotidianas sem essa dimensão do Sagrada do Feminino, como parte integrante do SER MULHER como mulher inteira.
O Feminino Sagrado, contuno em umas décadas apesar de tão profanado ao longo dos séculos e agora diria profusamente vulgarizado, banalizado, o que parecia apresenta-se como a grande alternativa à consciência de um feminino fracturado, permanentemente dividido e em conflito em quase negação na mulher dos nossos dias, também ele se converteu em grande parte ao logro da New Age. Muitas mulheres que passaram pelos movimentos da deusa ou pro grupos estão hoje a aderir com uma facilidade absurda as ideologias de género sem perceber a traição que fazem ao seu ser essencial, a sua identidade, negando a sua biologia e que nascem mulheres. 
Se a mulher não recuperar essa dimensão de si, se ela não entrar de novo em ressonância com o seu verdadeiro feminino, aquele que ficou na fronteira das reivindicações materiais dentro das concepções ideológicas da sociedade capitalista ou positivista marxista, ela nunca atingirá um patamar de verdadeira realização interior e limitar-se-á a viver a parte exterior do seu ser e quase apenas o seu lado masculino…transformada em objecto sexual ou até substituída pelos transsexuais e bonecas de silicone...

Rosa Leonor Pedro


O PONTO DE VISTA DE SIMONE: 

"O Seu ponto de partida para essa teoria é uma ideia clássica do existencialismo de Sartre, a afirmação de que “a existência precede a essência”. Com isso ele queria dizer que o ser humano não tem uma essência ou identidade definida ao nascer. Ao contrário, primeiro existimos e a partir das escolhas que fazemos vamos definindo nossa essência, aquilo que somos. Se vamos nos dedicar à filosofia ou entrar para o exército, se vamos ser pacíficos ou agressivos, se vamos ser homossexuais ou heterossexuais – tudo isso é, para o existencialismo, o resultado de uma escolha.

Partindo disso, Beauvoir escreve que “a fim de explicar suas limitações, é a situação das mulheres que deve ser invocada, não uma essência misteriosa; assim, o futuro permanece largamente aberto”. Quando ele fala em limitações, está se referindo ao fato de as mulheres não votarem ou não trabalharem em certas profissões que eram reservadas para homens na época, entre outras.

Nesse ponto ela contraria a visão comum na época, que acreditava que as limitações das mulheres eram o resultado de sua natureza. De acordo com essa visão, se as mulheres cuidavam da casa e dos filhos ao invés de trabalhar fora era por causa de sua natureza. Se não participavam da política, era porque naturalmente eram incapazes de desempenhar essas funções.

Beauvoir argumenta, ao contrário, que a mulher não nasce com uma essência definida, ela se torna o que é a partir de sua educação e de suas escolhas. Ela não é por natureza incapaz de cuidar de assuntos políticos ou se dedicar a atividades fora de casa. Ao contrário pode fazer isso desde que não seja tolhida pela educação.

A filósofa argumenta que a mulher foi educada historicamente como inferior e secundária ao homem de três formas.

Ela explica que a sociedade ensina a mulher, em primeiro lugar, a satisfazer as necessidades do homem e, então, existir para o homem.

Em segundo lugar, a não ter valor em si e buscar validação externa para seu valor.

Seu terceiro ponto é de que as mulheres historicamente tiveram poucos direitos e, portanto, menor influência pública.

Beauvoir usa uma comparação, dizendo que a menina é “tratada como uma boneca”. O que ela quer dizer? Uma boneca é um meio poderoso de identificação. Através dela, a menina aprende se identificar com a condição de ser despida, arrumada e envaidecida enquanto não age por si mesma, mas permanece passiva.

Ela aprende a objetificar a si mesma, assim como o homem objetifica a mulher. A boneca é submissa: seu papel é ser despida, ouvir os segredos de sua dona, confortar ela quando está sozinha e permanecer em casa quando ela está na escola.

Beauvoir argumenta que, quando a menina cresce, ela se encontra na mesma situação da sua boneca. Como uma mulher, seu papel será atrair um marido com sua beleza, ouvir atentamente seus problemas e esperar em casa por ele enquanto está no trabalho.

Seja de plástico ou de carne e osso, a mulher é apenas um acessório. Beauvoir afirma que mesmo se uma mulher não casar, ela ainda vai se adequar a padrões masculinos, por causa da pressão externa, como a produzida pelas indústrias da beleza, dieta e moda, as quais são todas cúmplices em perpetuar a objetificação da mulher."

in PROFESSOR NA ESCOLA


“O feminino não é um género. É uma dimensão.”



URGENTE E NECESSÁRIO O FEMININO 


UM POUCO DE HISTÓRIA DOS SEXOS: A sociedade patriarcal valoriza há milénios e promove apenas os aspectos masculinos do ser humano, subestimando e reprimindo os aspectos femininos. O resultado é que a mulher se esvaziou de si enquanto feminino, perdeu a sua identidade mulher de raiz, a sua ligação a natureza e ao utero para se tornar num ser mental, apenas exterior e sem essência, tornando-se assim uma “cópia” caricatural do homem a muitos niveis; o homem, por sua vez reduzido à masculinidade bruta e unilateral, perde a ligação aos valores femininos do seu interior e passa a ter uma relação opressiva para com a mulher, que subestima e explora apenas como objecto sexual. 
Mais recentemente ele começa a inventar uma mulher que não é senão uma forma aparente idealizada e de plástico, dividida em estereótipos. Dai hoje assistirmos a esta  deriva LGBT e os Transgéneros, que, sem a referência da Mulher genuína, seja na mãe seja na amante, esse homem começar a sentir-se essa mulher que ele inventou, e vice-versa, uma vez que deixou de haver uma Mulher real e autentica para passar a haver uma mulher ficticia, a diva do cinema e da moda ou a boneca de silicone, fabricada em décadas pelo imaginário masculino que eles agora querem ser.

Excerto da conferência:

Assim, toda a ênfase que nós possamos pôr agora no nosso feminino profundo, na busca do nosso feminino verdadeiro, na compreensão da mulher, e tanto em homens como mulheres, é extremamente urgente. Se cada uma de nos hoje sair daqui com esta consciência que é nossa, que é vossa, que não sou eu que transmito porque ela está em nós, se eu puder acordar um pouco, ou estimular um pouco, o que for o caso.
Eu estava numa certa angústia digamos "existencial" nestes dias, não era por causa da palestra, mas foi engraçado que acordei a meio da noite e vi o telemóvel. E então tinha lá uma expressão de uma amiga brasileira, que respondeu a uma pergunta inconsciente e que teria a ver com esta palestra. E ela dizia: 

“O feminino não é um género. É uma dimensão.” É uma dimensão de consciência. E essa dimensão – se agora se fala tanto na 5ª dimensão, andamos todos a querer ascender, sem realizar sequer a terceira… fica tudo igual… os trabalhos dão trabalho…portanto, é essa dimensão do feminino que nós temos que alcançar. E ficamos todos a ganhar, não só as mulheres, como os homens também, porque os homens há muito tempo que estão desprovidos da companhia da verdadeira mulher. Em parte culpa deles, mas em parte também da mesma vitimização que as mulheres têm, da educação que se teve. Portanto, no meu livro eu falo de uma personagem absolutamente polémica, que é Lilith, e que, penso eu, por inspiração, nos ocorreu, me ocorreu,  na escolha do título “Lilith, a mulher primordial”. E há um momento em que eu pergunto: “E agora, como é que vais sair desta? O que é que te garante que ela é a mulher primordial? E como é que começamos a nossa busca?” Nós temos uma essência feminina, nós somos um ser individual, nós temos uma alma que constantemente nos está a apelar para a transcendência. O livro já foi publicado há dois anos. Felizmente, tem tido imenso sucesso. Tenho tido feedbacks fantásticos de mulheres comuns, não da área, não da área do feminino sagrado, são mulheres comuns, que vivenciaram na pele de alguma maneira esta divisão que a mulher sofre, está aqui uma mulher egípcia, e estávamos a falar um pouco nas mulheres no oriente e no ocidente… as diferenças serão assim tão abismais? Não. Não serão, por assim dizer. 
(...)
Excerto da Conferência na Casa do fauno 2022
rosa leonor pedro


UMA HUMANIDADE "FORA DA MÃE"
 
Na encruzilhada na qual a humanidade se encontra, o que precisamos de fazer se queremos acabar com este sistema de dominação e sobreviver é recuperar a verdadeira mãe, e com ela as qualidades básicas dos seres humanos,
que nos capacitam para a concórdia e nos incapacitam para o fratricídio. Recuperar a mãe verdadeira é recuperar o habitat que a rodeia. Bachofen criou um termo em alemão para o definir: é o Muttertum, sendo que o sufixo “tum” (equivalente ao “dom” em inglês) significa o sítio, o lugar da mãe.
Não se trata apenas dum espaço físico, mas antes dum conjunto de relações travadas com o seu fluxo libidinal específico, o fluido feminino-materno, o hálito materno, porque a produção do nosso sistema orgânico libidinal, desenhado para organizar as relações humanas, é a matéria-prima do tecido social humano original. O Muttertum é assim como a urdidura da tela social, como lhe chamou na sua preciosa metáfora Martha Moia: um conjunto de fios, porque um fio sozinho não consegue fazer a urdidura.
Recuperar a mãe verdadeira pressupõe então recuperar o coletivo de mulheres e a sua função coletiva dentro dum determinado grupo social. A recuperação da mãe não é uma recuperação individual (embora tenha uma dimensão individual e corporal), mas a recuperação do feminino coletivo, de todas nós. Segundo Malinowski, as mulheres trobriandesas dum clã (in The Sexual Life of Savages in the Western Melanesia) tinham um nome coletivo, “tábula”, a “tábula” é que se ocupava do parto das mulheres do clã.
Em castelhano há uma aceção do nome "mãe" que é um vestígio dessa mãe ancestral, que se encontra na expressão "salirse de madre", "sair da mãe", que seria sair do Muttertum, que nos faz amadurecer e nos torna consistentes. Há também uma aceção em que a palavra significa "fonte originária de algo" ("a mãe do vinagre", por exemplo), ou como a raiz de algo, quando dizemos que encontrámos a "mãe do cordeiro". Se um rio sai da "madre", tudo se inunda e é o desastre. Pois assim anda a humanidade, "fora da mãe", em permanente estado de esquizofrenia e cada vez com mais ataques de violência..."

Cacilda Rodrigañez Bustos


terça-feira, julho 04, 2023

QUEM ERA MARIA MADALENA?



PORQUE ENALTECEM AS MULHERES A IMAGEM DE MARIA MADALENA?

O que está implícito neste enaltecer de Maria Madalena nos nossos dias é o drama existencial da mulher em geral, que ainda está completamente identificada com o (seu) "pecado" original (sentimento de que está impregnada) e que ela vive de forma inconsciente e dolorosa, sempre acossada pelo patriarcado e a religião cristã, o que a leva a ir buscar e enaltecer a figura de uma mulher... que foi seguidora e discipula de Jesus; AS escrituras referem-na como prostituta? e não falam de casamento algum, mas através de tantos escritos e mitos (ou não) propagou-se a ideia de que afinal ela "casou com o senhor"... o homem perfeito! E ainda por cima e apesar de "pecadora arrependida" a Igreja a perdoou... Há muitas versões recentes do que teria sido afinal a relação do Mestre com M. Madalena, mas o que é que fica? A busca da mulher do amor ... do homem ideal ou de um deus...
 
Não. AS mulheres de hoje ainda não vão buscar a Mulher sábia e livre e senhora de si...a MULHER QUE COMPREENDIA TUDO...mas antes a amante consagrada pelo seu senhor... O amado. Era o que elas gostariam de ser ainda, salvas pelo homem, dominadas que são pelo poder do Pai e do Deus misógino.
rlp


PARA REFLECTIR

Segundo a Revelação Cósmica o autor e conferencista Jan Vall Elam,  Maria Madalena foi a discípula dilecta de Cristo e autora de mais de 300 livros* ditados por ele, todos destruídos pela Igreja romana. Desses livros restam apenas partes, os chamados apócrifos, descobertos o século passado.

"O que também encontramos em tais escrituras proibidas pelo sacerdócio cristão "ortodoxo" é a confirmação de algo há muito suspeitado, tanto pela leitura das escrituras oficiais 102 quanto por fragmentos gnósticos descobertos antes: o fato de Maria Madalena ter sido uma das figuras mais importantes do movimento cristão primitivo. No Evangelho de Maria, mais uma vez vemos ter sido ela a primeira a ver o Cristo ressuscitado (como está também registrado superficialmente nos Evangelhos oficiais de Marcos e João). Ali vemos igualmente que Cristo amava Maria Madalena mais do que todos os outros discípulos, como é confirmado no Evangelho de Filipe, um livro gnóstico. Mas o papel tão importante que Maria possa ter representado na história dos primórdios do cristianismo só vem à luz nessas escrituras proscritas. Segundo o Evangelho de Maria, após a morte de Jesus, Maria Madalena tomou-se líder cristã, tendo coragem de desafiar a autoridade de Pedro, que se tomou chefe de uma nova hierarquia religiosa baseada na afirmação de que só ele e seus sacerdotes e bispos possuíam uma linha direta com a divindade."
 
* Segundo o autor e conferencista Jan Vall Elam


O CAMINHO DA MULHER




O Caminho da Mulher é o caminho do reencontro consigo mesma, com a sua alma. Só a mulher, a mulher plena e senhora de si, pode trazer o verdadeiro sentido da vida neste caos anunciado...

O caminho da mulher é o redescobrir da sua força interior, da sua ancestralidade, da mulher que emerge dentro de si mesma, a mulher que se ergue POR SI SÓ e se distancia da mulher que foi dividida em deusas e em estereótipos sendo SUBESTIMADA, para que se tornasse amestrada, narcotizada, drogada, vampirizada e negada como uma totalidade em si mesma. Trata-se do resgate da sua mulher original selvagem, da sua Medusa, da mulher primeva, Lilith, e Pandora, a mais oculta de todas as sombras da mulher…Afinal, trata-se de recuperar a sua verdadeira identidade, a sua Anima, a sua força criativa…e só a força de Lilith poderá libertá-la da saturação do masculino e do seu domínio sexual e emocional que a vampiriza em todos os sentidos e a faz igual ele.
Sem que a mulher se redescubra e se reestruture a partir desse íntimo ser em si mesma - no mais recôndito dela mesma - ela vai continuar a “dar-se” sem limites ou a vender-se…vai continuar a ser absorvida pelos homens, pelo sexo, pelos filhos e pelo sistema…continuará a escrava de um escravo…

Quando eu digo que a mulher não tem identidade…é porque não vemos o quanto fomos afastadas de nós mesmas e sujeitas a maior violência seja ela fisica seja ela psicologica e tal como diz Casilda Rodrigañes, "temos a violência contra nós mesmas tão entranhada que nem sequer damos conta dela."

 Nós não vemos nem percebemos hoje em dia, de tal forma estamos longe da nossa essência e verdade, como a mulher foi amestrada pela sociedade e as religiões para servir e cumprir um papel, e quando eu digo isto muita gente me acha radical…alegando que hoje em dia já não é assim e que a mulher é livre...mas quando eu olho a Mulher e vejo que ela não é mesmo nada em si a não ser como mulher objecto…ao serviço da espécie…o que eu sinto é que isto é uma atrocidade enorme e que as mulheres tinham de acordar deste sono milenar, desta anestesia geral que as torna ainda hoje sonâmbulas e obedientes ao padrão…e que mesmo quando se revoltam e se despem…fazem-no ainda expostas aos predadores e continuam vítimas dos seus assédios e dos seus instrumentos de propaganda. Como é o caso das marchas das vadias ou das putas… Não, não é expondo a sua nudez em nome da sua liberdade, nem do seu corpo que elas vão ser elas mesmas livres …mas saindo dessa escravidão interior ao sexo e ao corpo de desejo…sair de vez desse plano de inferioridade que as leva a reagir ao mesmo nível e com as mesmas armas que os homens e em que sempre perdem…
Mas como fugir a esse destino que parece ser inexorável e irreversível para a grande maioria das mulheres, completamente programada e formatadas pelo sistema a publicidade e os Midea?
Como fugir ou contornar as ideias e os preconceitos que a sociedade incutiu no seu espírito e as marcou, como fugir aos ditames de uma sociedade patriarcal e as suas normas que as cindiram, que as dividiram em duas... sabendo que essa divisão na maior parte das mulheres é absolutamente inconsciente...
Como fugir a esses padrões em que a mulher foi educada, presa por todos esses parâmetros por que se rege a sociedade falocrática, que vive do imperativo do sexo, um sexo de afronta fosse como mulher adultera ou prostituta hoje como mulher "livre" que se dá e se expõe da forma mais ignominiosa…para além de todas as ideias de que a nossa cultura, filosofia ou religião estão impregnadas e que permitem ainda essa exploração da mulher, alimentando a prostituição, incrementando essa divisão antiga, a separação da mulher como coisa usada e descartada, exibida e vendida como se fosse a coisa mais natural do mundo…
RLP