O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, outubro 31, 2014

A sociedade de conquista

OS PARADOXOS SOCIAIS
DA SOCIEDADE DE CONSUMO


 A mulher expõe o corpo de consumo e diz: "eu não mereço ser estuprada" - ela "oferece" (assim é a sua imagem a nu na sociedade de conquista por qualquer preço, na sociedade que usa e abusa o que é do outro/a, nomeadamente da mulher como sua propriedade) e a pobre coitada não entente porque é violada, uma vez que o nu da mulher e o próprio corpo por si só é um simples produto de conquista (material) do possuir e ter do homem dono na sociedade patriarcal. rlp
 
 

   


"As mulheres, sem se aperceberem, são o mais fiel retrato da sociedade de conquista e consumo criada pelo homem. Sociedade esta que por endosmose, opera no campo energético sensível da mulher.

O paradigma da conquista e consumo passou a permear o quotidiano uma vez que foi incorporado na identidade psicológica individual de maneiras que estão longe de ser evidentes. O verbo "conquistar" é na sua natureza diametralmente oposto à espiritualidade feminina que está intrinsecamente ligada à diversidade da vida como reflexo da biodiversidade da Mãe Terra, ao espaço para respirar, à liberdade de espiritualidade. A raiz da palavra espiritualidade é "spiritus" a palavra latina para respirar, a essência de Vida de que a Mulher é o Cálice.

A aderência aos grupos New-Age do Sagrado Feminino parecem ser um esforço desesperado de mulheres que tentam encontrar a sua identidade numa civilização que se afirmou como cultura dominante. A dinâmica de sobre-poder da actual civilização é um produto da conquista e subjugação que cresceu no feudalismo europeu, no patriarcado, na ditadura teocrática, na possibilidade de exercer o poder sobre outros seres. O que aprendemos sobre o conceito de civilização é a soma de histórias de conquista escrita pelos conquistadores. A espinha dorsal do materialismo e da psicologia materialista é o elemento da conquista que permite aceitar outras pessoas como objectos que podem ser manipulados para ganho egoístico. Esta conquista, passou a incluir para algumas mulheres as outras mulheres, as suas ideias e os frutos das suas ideias.

E não ficou por aqui...
O elemento de conquista que caracteriza o materialismo da sociedade ocidental tornou-se num fundamento que passou a contaminar as inclinações espirituais, perdendo-se a possibilidade de relacionamento com pessoas e objectos que não seja o de um sistema dissimulado de conquista aplicado ao que se entende como espiritual. O sentido da Vida e de realização pessoal manifesta-se no "Eu" e no "Meu" em termos de poder, querer e ter mais coisas. Isto significa a possibilidade de apropriar-se da espiritualidade de outras culturas, depois de desperdiçado e profanado fatalmente o património matriarcal primevo numa atitude materialista de conquista e posse.
Nesta busca por uma nova identidade cultural revivem-se antigos cultos ou opta-se pelo facilitismo da apropriação da sabedoria de antigos mestres, adopta-se a espiritualidade de outras culturas. A busca espiritual transformou-se em conquista, saque, estupro de outros legados culturais e espirituais.

Temas relacionados com a Nova Era do Sagrado Feminino passaram a ser objectos de consumo, enfatizando simultaneamente que a integralidade de se ser Mulher pode ser adquirida num produto vendido em forma de livro, encontro, formação ou workshop. E assim, são oferecidas às mulheres técnicas atraentes que as levam a enveredar pelo trilho da ilusão de um estado superior da conciência de si , saltando de uma prisão para outra, descobrindo que, após o fascínio desgastado num curto período de tempo, continuam profundamente insatisfeitas, sentem que algo está errado mas estão tão absorvidas em escapar à dor que não suportam a ideia de centrar-se o tempo necessário para aprender a verdadeira natureza da doença . A Pedra de Toque não está à venda nem pode ser adquirida por processos de troca materialista em cursos de xamanismo, yoga, tantra, anjos, astrologia, danças, cânticos, tendas vermelhas, oráculos. É possivel apenas adoptar temporariamente uma maquilhagem e ser a caricatura desajeitada de uma personalidade sacerdotal de outra cultura para, no final, retornar ao ponto de partida, a um estado de insatisfação omnipresente.
Frustrado o intento, voltam à mesma rede de comércio, um sub-produto da cultura do materialismo para atender à angústia pessoal, perpetuando um círculo de enganadoras e enganadas.

O estado superior de consciência da Mulher Integral é uma etapa posterior à consciência do estado actual, que examinou a natureza dos sentimentos, a causa dos sentimentos, a cultura e a estrutura social que os produziu. A Mulher Integral venceu a necessidade de afirmação como desenvolvimento de poder pessoal para passar a abordar a cura da sociedade feminina como um esforço colectivo."


ANANDA KRHISNA LILA

sexta-feira, outubro 24, 2014

A ABOMINAÇÃO



A APROPRIAÇÃO DAS DEUSAS


"Deuses suprimidos se transformam em demónios e, frequentemente, são com esses demónios que logo defrontamos quando nos voltamos para nosso interior. Além disso, o poder que foi especialmente suprimido na principal arremetida de nossa tradição é aquele que na maior parte do mundo está representado na imagem da grande Deusa. Ela é chamada na Bíblia (II Reis, 23:13) de "a abominação". Mas as próprias imagens dessa mesma Bíblia provêm de um contexto mitológico mais antigo no qual a Deusa era suprema. As imagens dela e das divindades da natureza, suas filhas, foram objecto de apropriação e transformadas de modo a se harmonizarem com uma tradição estrita e implacavelmente patriarcal, de orientação masculina, da qual todos os símbolos, consequentemente, foram colocados às avessas.
Quem, por exemplo, deseja o amplexo de Abraão? Quem já ouviu falar de um homem dar nascimento a uma mulher, como Adão a Eva? Há em todo este símbolo a produção e o arquitectar falacioso de uma campanha deliberada de sedução, transferindo a mente e o coração do feminino para o masculino, isto é, das leis da natureza para as leis e interesses de uma tribo local. Além disso, como já sugeri, é certamente desconcertante a psique ter que reagir a imagens que expressam uma coisa para o coração e são apresentadas à mente programadas num outro significado oposto. Este paradoxo produz uma espécie de situação esquizóide e, sem dúvida, uma das principais razões para a prosperidade da psicanálise actualmente é essa confusão e esse curto-circuito das imagens simbólicas com as quais os sistemas conscientes e inconscientes de nossas mentes tiveram de ficar em contacto.
 
Um infortúnio extra para a saúde de nossa civilização pode ser visto no próprio Dr. Freud, que foi seriamente infectado tanto quanto a Bíblia por aquilo que agora é chamado de chauvinismo masculino. O movimento feminista pode exercer uma importante influência neste caso, estendendo-se, inclusive, ao campo da simbologia religiosa. Entrementes, no rebanho cristão, foi decerto um grande triunfo para Maria o fato de a despeito da resistência da comunidade protestante bibliólatra — para a qual a mariolatria tem exactamente o mesmo significado que a "Abominação" tinha para Elias — ter sido ela capaz de avançar mais e mais para a órbita da genuína divindade.
A assunção de Maria ao céu foi em 1950 declarada como dogma a ser objecto de crença como acontecimento histórico. Deve-se, ademais, considerar, a título de uma imagem para contemplação, sua coroação no céu. De fato, Maria é até encarada como co-salvadora, co-sofredora com seu Filho redentor da vida. A linha divisória aqui entre "veneração" e "culto" está se tornando cada vez menos fácil de ser definida. As regras do jogo estão mudando sensivelmente. Caso venham algum dia a ceder completamente, uma efectiva vitória terá sido granjeada sobre o provincialismo patriarcal de nosso passado (Extra ecclesiam nulla salus!) e a favor de um futuro mais amplamente humanizado, graças simplesmente a uma transformação dos símbolos essenciais através da imaginação mitológica redesperta e reactivada de homens e mulheres nos nossos dias.

 Joseph Campbell

quinta-feira, outubro 23, 2014

O BATER DO CORAÇÃO



O CORPO É A LÍNGUA MATERNA DE/A DEUS/A


" ...Lembro-me desse documento humano irrenunciável que é o diário espiritual que Etty Hillesum escreveu no campo de concentração. Em horas escuríssimas da história contemporânea, e sem nenhuma expectativa de vir a ser escutada, ela confessava:


« Como isto é estranho. É a guerra. Há campos de concentração. Pequenas crueldades amontoam-se por cima de pequenas crueldades...Sei do grande sofrimento humano que se vai acumulando, sei das perseguições e da opressão...Sei de tudo e continuo a enfrentar cada pedaço de realidade que se me impõe. E num momento inesperado, abandonada a mim própria, encontro-me de repente encostada ao peito nu da Vida e os braços dela são muito macios e envolvem-me, e nem sequer consigo descrever o bater do coração: tão fiel como se nunca mais findasse...»



Do livro " A Mística do Instante" de José Tolentino Mendonça

segunda-feira, outubro 20, 2014

AS MELISSAS

 
 
A Mestra apicultora sabe que tudo nasce da mulher.

Aquilo que para ti é o universo é para nós a yoni-verso; a própria criação é um canto da yoni. O macho nunca deu nascimento a nada. Ele é talvez a semente da concepção, mas sem a receptividade e a criatividade da fêmea, não pode haver nenhum nascimento. Nós vemos portanto a Grande yoni como o Vazio, como o ancestral eterno que esconde nele a ancestral avó e o avô, e vemos nisso a origem mesmo dos ensinamentos sobre a sexualidade alquímica, segundo os quais a nossa Terra se manifesta como o centro sexual do nosso universo. Consequentemente no Grande Vazio existe algo no interior do nada, esse coração da luz pura, energia na forma mental, de onde emana o sopro, o inspirar e o expirar, a inclusão para lá das grandes avós, a fêmea, o ovo, o elemento receptivo e criativo. E depois a expiração, a explosão, o elemento activo, a ancestralidade vive-se ela mesma nesses dois aspectos e fazem amor; é assim que ele se cria a si mesmo em todas as formas e em todas as coisas. É a yoni-verso, no seio da qual nós existimos, e neste contexto que eu gostaria que tu compreendesses o que se segue. É tempo para ti de substituíres as teorias não confirmadas, as falsas noções e as opiniões abstractas por uma consciência com inúmeras ligações que unem todos os elementos no ritmo da tua vida. Feito isto, tu poderás descobrir o que nós sabemos e vemos.  

A Abelha Rainha continua

Para a grande maioria das pessoas no Ocidente, a yone evoca apenas o pecado, a vergonha e as parras da vinha! Não é um receptáculo passivo, porque ela possui a sua inteligência própria, e o trabalho realizado graças a esta inteligência é o pivô central da nossa obra. Nunca religião alguma foi boa para as mulheres; para nós, elas representam todas, séculos de opressão. As mulheres que seguem a Via do Pólen assumem plenamente o seu poder. Elas não exercem o poder como o fazem numerosas mulheres hoje em dia, que procurando reconquistar o poder que lhes foi tirado, elas acabam quase sempre por imitar os homens. O Sol e a Terra porém não estão em competição; são apenas contrários. Olha para a natureza: nós vemos que a oposição engendra um todo mais vasto, que é a harmonia. A competição destrói. As Melissas não estão em competição com os homens; elas antes compreendem que o seu poder como mulheres significa que elas podem ser sensuais, sexys, apaixonadas, até mesmo desavergonhadas, e que isso não as torna objectos sexuais para ti nem para qualquer homem seja ele quem for. Com efeito é o seu poder que dá nascimento a todas as coisas: a sexualidade, a emoção, o espírito e o corpo. O nosso tesouro encontra-se na Colmeia dos nossos conhecimentos, porque nós somos as que colhemos o mel do espírito.

A Mestra apicultora sabe que as Melissas podem ser reagrupadas em duas categorias distintas, em dois principais tipos de pessoas atraídas por este trabalho: as mulheres do tipo maternal e as do tipo magnético. Cada uma das minhas filhas, das minhas Melissas, tem a diferentes níveis disposições diversas em relação a uma ou a outra destas duas tendências. Se uma delas é puramente do tipo maternal, ela não terá outra aspiração que não seja ser fecundada cada ano. A proteger as suas crias e a corresponder às suas necessidades, quer se trate de um ritual, de um sonho sagrado ou, evidentemente, de uma criança. Se ela for do tipo magnética, e se é fiel à lei da sua natureza, não se recusará a ninguém que lhe faça apelo em nome da tradição. Chamada pelos poderes da feminilidade que ela encarna, ela é por natureza sem raízes, solitária e livre nos seus movimentos, e, se ela é fiel a si mesma, assim será com um outro, para além da comunicação eterna com a Colmeia…”

(…)

In La Voie chamanique de l’ abeille – (A Via xamânica das Abelhas (Trecho traduzido por mim, rlp)) de  Simon Buxton

 

quinta-feira, outubro 16, 2014

PALAVRAS DE UM PADRE...



A MALDIÇÃO DE NASCER MULHER


Nascer mulher é maldição. O poder, macho, odeia as mulheres. Não suporta a sua fecunda fragilidade. A sua indescritível beleza. O seu arrebatador fascínio. A sua imensa capacidade de resistir, nas condições-limite. E a prova é que os assassinatos de mulheres, casadas ou não, prosseguem, hoje aí, a um ritmo devastador. Coisa banal, simples fait-divers. As mulheres são o útero da vida. Mas o poder, nos três poderes, odeia a vida. Odeia os afectos. O...deia a fecundidade. É assassino. Antípoda das mulheres. Os primeiros nove meses de todos os seres humanos são vividos no útero das mulheres. O facto, só por si, deveria despertar em nós e fazer de nós emoção, ternura, comoção, encantamento, afectos mil. Desperta e desencadeia sobretudo ódios, ciúmes, cobiça, posse, assassínio. São as mulheres, o útero da vida. Nada do que é humano acontece sem elas. O facto é mais do que elementar. Não são precisos doutoramentos para vermos que é assim. Só que o poder não consegue ver, nem o elementar. É cego e bruto. Nega sistematicamente a realidade. Poder e mulheres são duas realidades incompatíveis. Tal como Deus e Dinheiro. E quem diz Deus, diz Feminino, a fonte da vida em relação de afectos. Não diz Dinheiro. Não diz poder. No princípio, é o Feminino. Mas as tecnologias, vazias de fecundidade, estão aí apostadas em dispensar o útero das mulheres. O ódio do poder contra elas vai a tais extremos. Prefere os robots aos seres humanos. E, enquanto não chega lá, faz tudo para esterilizar as mulheres. Convertê-las em poder, de sua natureza, estéril. Só produz espinhos e abrolhos. Como quem diz, refinados instrumentos de tortura, cruzes, guilhotinas, fogueiras, inquisiões, excomunhões, guerras, bombardeiros, bombas nucleares. O terceiro milénio é feminino, ou não será. Uma epopeia hoje quase impossível, depois de milénios e milénios com o poder ao leme do mundo. Com destaque para as chamadas religiões do Livro, o judaísmo, o cristianismo, o islamismo, que vêem no poder, Deus, e nas mulheres, concubinas, prostitutas, de usar e deitar fora. As três são hoje o pecado e o crime organizados do mundo. Esta é, pois, a hora é das mulheres. Do Feminino!

EM CADA INSTANTE...


 

 
A LINGUAGEM E O SILÊNCIO…

“A linguagem transmite os pensamentos de quem fala, mas não podemos apreender o sentido subtil das palavras a menos que deixemos cair todas as ideias preconcebidas e escutar sem a interferência das nossas próprias opiniões, que impedem a compreensão. Assim, o silêncio é muitas vezes o melhor meio de comunicação. (...)
Em cada instante, cada pensamento e cada gesto modificam a trama invisível sobre a qual o destino tesse a sua evolução, que, conscientemente ou não, nós preparamos para nós.”  

In La voie chamanique de l’abeille  - Simon Buxton

segunda-feira, outubro 13, 2014

ver - é poder

eu olho nos olhos e eu sei quem engana, mente ou trai...
e sei sempre quem ama...
 
A CORUJA E O SEU PODER
 
"Habilidades ocultas, visão interior; ou ainda, ver na escuridão, a vigília, a sombra, sabedoria antiga e clarividência. A coruja possui a habilidade de ver coisas que as vezes nos escapam. O dom deste remédio é não nos enganarmos com as aparências externas e descobrir a verdade por trás delas. Ela é a criatura da noite e da escuridão. Está ligada ao mundo desconhecido e escondido dos espíritos. Representa nossa mente subconsciente e com o oculto. Também está associada com a Lua e superstições. Alguns nativos americanos se referem à coruja como a águia da noite. Outros vêem a coruja com suspeita e medo. Ela é um bom augúrio para aqueles que estão sintonizados com alguma religião. Se você tem a coruja como o animal de poder, sua mensagem é prestar atenção em seus sonhos e sentimentos. Questionar os seus medos e agir com intuição. Focalize em suas intenções e mova-se em direção as seus objetivos. Mantenha-se em silêncio e conserve sua energia para o momento certo de agir. Se você está enfrentando algumas incertezas e problemas, aquiete-se para poder enfrentar os seus medos e confusões. Evoque a coruja para ajudá-lo com o discernimento e conhecimento. Não tenha medo do escuro e do desconhecido. Explore seu mundo interior com confiança. Trabalhe para desenvolver clarividência. Faça uso de rituais e de influências da Lua para gerar poder e promover mudanças positivas." g.

sede




...a alma é um lago sereno
onde só leem o fundo
os que nela mergulham...

rlp

A ALIENAÇÃO GLOBAL...

MULHERES DE TODO O MUNDO, ACORDAI…

Os fundamentalistas do Islão ameaçam todas as mulheres no Ocidente no centro da Europa, no coração da liberdade, pois a sua proliferação de emigrantes nesses países da Europa, como exemplo da Inglaterra, da Holanda e da França onde começa a haver mais mesquitas do que Igrejas… e o perigo do colapso da nossa cultura pode vir do facto de os muçulmanos terem 8 filhos enquanto os franceses e o resto dos europeus terem apenas um…Dentro de 20 anos ...– se nada acontecer até 2012 - a Europa será islâmica, sem necessidade de armas nem bombas suicidas, como terá dito Cadaffi….
A nossa cultura tenderá a desaparecer mas eles não vão esquecer a sua religião...Eles não vão perdoar às mulheres do Ocidente a sua liberdade…eles não vão esquecer as “afrontas”…Vinte anos não é nada…
E as nossas mulheres, as nossas filhas e netas serão as suas primeiras vítimas…Já não seremos apenas alienadas, mas vestidas de Burka e lapidadas, isso poderá vir a acontecer se as mulheres no Ocidente não acordarem!!! (escrito em 2011?)


Depois deste texto escrito em 2011, agravou-se e muito este estado de cosias e as ameaças são já concretas e com mulheres decapitadas em Londres, facto abafado...e onde há mais fundamentalistas a actuar, mesmo no seio da sociedade londrina...mas cá já não falta muito...
Eis que a moda pega e esta gente absurda da arte de plástico e de lixo, cooperam na mesma alienação global.  



EM PORTUGAL AGORA É A PORCARIA DA MODA...
A ALINHAR COM ALIENAÇÃO GLOBAL

Juro que não compreendo! Juro. Movem mundos num desespero para  entenderem, porque as jovens, resolvem fugir para o estado islâmico, e ...casarem-se com Jihadistas, e passarem a usar burka, como se fossem  seres que não merecem ter vida. Deixam de ser a mulher com marido,  para passarem a ser mais uma no harém do dito sujeito.Vai daí perante tantos arrufos entre as pessoas a favor e a desfavor,  a incompreensão destas atitudes radicais das jovens para se juntarem a  grupos radicais e extremistas, vêm um estilista, que tem como  convidada, JOANA Vasconcelos, apresentar a sua colecção com manequins  com o burka na cabeça! E dizem que é um alerta? Ou é antes, alimentar  sonhos, às jovens que são victim fashion e sem pensarem muito, criam  mundos que viver dessa forma coberta, é tornarem-se fashion e cidadãs  do mundo.
Esta forma hipócrita de apresentar uma colecção estilosa como alerta  para que jovens não incorram a entrarem nestas culturas religiosas  extremistas é mesmo incitar ao desejo. O Estilista é Filipe Faísca. A colecção é bonita. Mas a Burka na  cabeça, com roupas que nada têm que ver com as que comumente se vê.  Isto é acrescentar fogo às jovens aculturadas e julgarem que podem  casar com os jihadistas que vão usar todas estas coisas.
Ele, tentou erotizar e glamourar a burka em tecidos brancos e transparentes!A colecção era bonita sem esse pormenor. Já bastava a arte dessa Joana  Vasconcelos para chamar a atenção do desfile!
A hipocrisia é assim, não é?


segunda-feira, outubro 06, 2014

LEMBRE-SE...



"Lembre-se: a união amorosa da mão do homem com a da mulher é o elo que lhes permitirá entrar em contato com o universo. Porque quando a mão do homem toca a mão da mulher, está tocando o caminho que conduz a eternidade".

A salvação da humanidade está nas mãos da mulher que reconhece o seu próprio poder, e se encontra com outras mulheres, para unidas salvar a terra. Em sua longa jornada de aprendizado a mulher será capaz de encontrar a sua força de vontade, coragem, conhecimento e energia necessária para mudar o curso de sua história, tornando cada dor, cada solidão, cada tristeza, um mundo de alegria, de amizade e realização.

Como se aprende a ser uma mulher de verdade?
Estudando atentamente a natureza. A verdadeira mulher se descobre na sua verdade e segue o seu caminho plenamente consciente de si mesma. A arma mais poderosa de uma mulher é a sua energia interior, que protege tanto a ela como tudo o que ela ama. É por essa razão que terá que aprender a descer ao seu mundo interior: só quando você descobre a sua verdadeira essência, você poderá usar toda a sua energia interior. Um homem que está perto de uma verdadeira mulher, torna-se divino! Para descobrir os mistérios da divindade, o homem deve penetrar no coração da mulher, porque a Pachamama quer aquilo que a mulher deseja. Se a Pachamama é o amor, também a mulher é. O homem deve considerar as mulheres como a versão da Natureza criadora cuja moral se baseia no respeito à vida. Através da mulher o homem pode alcançar o Absoluto, é por isso que é tão importante para ela direcionar a sua própria energia. Se você pode construir essa ponte de energia, o homem saberá que ela é o caminho capaz de conduzi-lo para a divindade."

"O profezia da curandeira"

Hernan Huarache Maman

domingo, outubro 05, 2014

Kathy Jones




Kathy Jones é uma Mulher de Poder.


Vi-a como tal. Tal como ela se afirmou no início da sua apresentação. E deu para SENTIR. Alta, nobre, de pé, afirmou-o sem reticências. Ela é uma mulher empoderada. Pela Deusa...E testemunhou isso no seu percurso, no desafio de lançar e abrir de novo o Caminho para Avalon e os seus mistérios. Mistérios esses que para mim são inerentes ao SER MULHER e que qualquer mulher consciente de si, pode ser empoderada pela Deusa Mãe, assim que atinja um certo nível de entrega e isenção egoica e sem correr mais o risco da tentação do poder material em troca...

O ambiente e o Espaço foi sem dúvida energizado pela sua presença e pela evocação da Deusa, e ainda  pela nomeação  de Cale, a Deusa que representa a Ibérica na nossa tradição celta...segundo a pesquisa e o estudo feito pela Luiza Frazão, também sacerdotisa da Deusa em Avalon..
Hoje posso dizer que me sinto mais enriquecida...pela experiência de sentir uma Mulher que fez um percurso importante e conseguiu reunir mulheres de todo o mundo a sua volta. Ela é, além de uma pioneira no seu tempo, uma mulher de acção empenhada em tornar o culto  da Deusa Mãe uma realidade neste nosso tempo pela sua coragem de se devotar inteiramente a essa causa  e  construir o Templo da Deusa em Glastonbury,  seguindo a Voz da Deusa que se manifestou para si em momentos que lhe deram o impulso não só para escrita, como para a acção.

A diferença entre Kathy Jones e a grande maioria das mulheres da nossa geração pelo menos aqui em Portugal é a de que por cá não foi possível ainda re-construir nem fazer nada a não ser no plano intelectual,  muito isoladamente.  Essa acção, e essa possibilidade devo dizer, não me foi concedida a mim...e ainda hoje procuro um lugar e um Espaço onde possa tornar real esse sonho de mais de 30 anos...Uma pequena comunidade de mulheres dedicadas à Deusa e à realização do seu Ser mulher - não apenas viradas para o passado por mais belo que seja, nem evocativo, mas para a realidade dos nossos dias e dentro dos nossos contextos pessoais para um encontro efectivo com a Deusa dentro de si mesmas. Um lugar onde a mulher pudesse fazer esse trabalho consciente e deliberado de integrar AS DUAS MULHERES CONDIDAS...

Considero-me igualmente uma pioneira deste tempo no caminho da Deusa, mas apenas pelo domínio exclusivo da palavra e da poesia, da experiência numinosa com a Deusa e com as mulheres ao vivo, porque quanto à realidade prática,  fiquei anos a fio só e sem eco nenhum, sobretudo em Portugal. Sempre me valeram as irmãs brasileiras... antes das irmãs portuguesas acordarem, como é o caso agora da parte das mulheres mais jovens...
Felizmente que alguma coisa já está a mexer e a acontecer em Portugal e tive a grata satisfação - a bênção e a recompensa de ver e encontrar muitas mulheres jovens e de entre as quais algumas vieram ter comigo, abraçar-me e dizerem que estavam ali porque descobriram a Deusa através do meu livro e do meu Blogue e que eu as tinha impulsionada nessa busca. Isso deixa-me sem dúvida muito grata à vida por assim ser.
No lugar do Fauno, em Sintra, espaço onde a Palestra aconteceu, estavam cerca de 30 a 40 mulheres... das quais  uma boa parte se reuniria ontem e hoje num encontro de fim de semana na Praia das Maçãs. Acredito que seja muito produtivo e enriquecedor para as mulheres que tenham estado presentes. Disso não tenho quaisquer dúvidas. Contudo há uma coisa que sempre digo e penso e sinto falta nestes encontros...- faltou e falta ainda perceber que chegar à Deusa sem fazer o trabalho da união das duas mulheres cindidas, as mulheres vítimas do patriarcado e directamente associadas ao cristianismo, à divisão ancestral das duas mulheres baseada na cisão  da santa e da prostituta, da Virgem imaculada e da pecadora Maria Madalena, e este é o foco do meu trabalho, cisão essa fomentada na obediência e na falsa humildade ao patriarcado e ao clero, e na negação da sua identidade como mulheres, etc. ao longo de séculos que dificilmente o trabalho feito em muitos sentidos, como pesquisa e história passada e oculta, muita informação, muita dedicação, pode não ser suficiente. A questão vital para mim é, o amor, e  se o AMOR das mulheres e entre mulheres - como eu digo sempre - não for uma realidade...não há amor da Deusa que nos valha, porque o amor da Deusa manifesta-se em nós e através de nós, nos nossos olhos e nos nossos gestos, nas nossas palavras, pela união já que nem todas temos a graça de sermos abençoadas pela aparição da Deusa ou a visão da sua invisível Presença...

Isto não quer dizer que eu não tenha sentido o amor da Deusa nessas mulheres, bem pelo contrário. Há muito amor na dedicação, e no trabalho dessas mulheres, e pude senti-lo, embora a minha ênfase recaia sempre sobre o trabalho interior da mulher ao nível psicológico e dessa cisão interior na mulher.
Portanto minhas amigas, a minha mensagem é e continuará a ser que se o trabalho ao nível da Psique e o trabalho de consciencialização do processo de integração das duas mulheres em nós, não for feito e enquanto as mulheres continuarem cindidas, tudo o que possa acontecer na sua expressão máxima não será colmatado por não haver esse espelho de Amor da Deusa nos nossos olhos da alma, mas apenas lindas palavras e ideias e cultos e tudo o que de mais extraordinário se possa tornar realidade como culto e prestação de honras a grande Deusa Mãe e a à terra.
Mas não esqueçam, o AMOR DA DEUSA começa em nós... no entanto, enquanto virmos na outra mulher a rival, a inimiga, a que julga ou a que condena...NÃO HÁ CAMINHO DA DEUSA. E esta é a minha posição e o que definitivamente marca o meu caminho ...e por mais solitário que seja e inglório, é este que me foi dado...e de qual não me desviarei.

Lilith está aminha espera...e isso não será fácil...

Ela é a Mulher do futuro...não apenas uma devota da Grande Mãe, mas o potencial de cada mulher per se, o de cada  mulher a ser empoderada pelo amor da Deusa a partir do magna de fogo da terra, o grande Sol central...e da sua base, e não apenas a Lua reflectora do Sol ou da Natureza ...e tal como me dizia uma amiga há pouco, creio que a mulher tem em si mesma o masculino integrado, e por isso não lhe falta nada como complemento. Falta-lhe sim integrar o feminino sagrado, que passa pela integração das duas mulheres. Portanto o que eu digo é que para sermos inteiras não precisamos de buscar a complementaridade com o homem para a realização do nosso ser integral. A união com o homem é um acréscimo ou uma escolha amorosa da mulher mas não uma condição para a mulher SER em si MULHER.
rlp

sexta-feira, outubro 03, 2014

AS VEZES ESQUECEMOS...



Vivemos entre a Terra e o Céu…no meio de tudo o que existe o Ser Humano vive permanentemente em dualidade…dividido entre o belo e o feio entre o bom e o mau…entre a saúde e a doença…
Muitas vezes olhamos o Céu, as estrelas e a Lua, ou o esplendor do Sol que apontam para o imenso e vasto Universo que nos rodeia e ficamos paralisados pela beleza de tudo e o quanto desconhecemos desse universo e da vida e de nós mesmos, sempre a olhar para a nossa miséria e desgraças sem ver que a grandeza que está em cima também está em baixo e principalmente dentro de nós…
Então esquecemo-nos de olhar as árvores e os campos, as flores e os rios e os pássaros…Esquecemo-nos de como tudo depende do nosso olhar…tudo depende do que realmente queremos ver…

Quantas vezes não fico extasiada com a beleza de qualquer coisa simples e frágil, como sou tocada no mais profundo de mim mesma por um poema sublime, por um sorriso inesperado ou um olhar verdadeiro, humano, e depois, de repente, vem uma revolta pela dor do mundo, um inconformismo enorme perante as coisas feias, os horrores que se passam à nossa volta, a mentira dos homens, a morte e violação das mulheres e crianças, todas as formas de abuso sobre o ser humano, tudo o que grassa ao cimo da terra e nego-me a acreditar que existe A verdade e A Justiça…e menos ainda um Deus ou uma Mãe…
Mas depois compreendo…o mundo é feito desta estranha mistura, sempre foi feito dessa enorme beleza e desses horrores todos que são as guerras e o ódio da raça; e vejo que são os homens a peste e a disseminam e percebo que a saída, talvez a única é individual e que a utopia é e sempre foi querer e lutar por um mundo igual…

Seria difícil se eu não tivesse alguém que me ajudasse gentilmente a olhar para dentro de mim mesma e ver que a beleza que está dentro de mim, que começa aí...e  está dentro de cada ser e que eu também a posso ver em tudo à minha volta à Luz de uma Visão singular e deixar de olhara só um lado das coisas ou o outro, nesta eterna confusão que é a nossa realidade dual…
Sim alguém que me ajuda a centrar…alguém que me fala do óbvio e não do complexo e absurdo que tudo parece às vezes e sobretudo inacessível e invisível…e fá-lo de Graça!

Tantas ideias sobre o amor mas tão pouco amor…tantas ideias sobre cura e tanta doença…doenças do ego que se serve inclusive da ideia da cura e de deus para manipular ou sobrevalorizar-se impondo-se aos outros como médiuns, canais ou terapeutas, como curadores…gente que vive à custa das doenças dos outros…

Não, enquanto esse Amor não for uma realidade dentro de nós, uma constante vibratória, sensível aos olhos e ao coração, uma consciência do nosso Ser para lá dessa dualidade, nós estamos todos doentes e não podemos curar ninguém…
Só alguém que esteja acima dessa dualidade, que não oscile e mantenha o seu centro, que tenha percorrido o Caminho e saiba para onde vai nos pode conduzir e curar. Porque só o Amor verdadeiro cura todas as feridas. Falo de um Mestre vivo que nos revele o nosso mestre interior… (talvez aquele que nos revele o nosso Anjo...) aquele que nunca nos abandona…nem na vida nem na morte…


rlp