O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, março 30, 2021

NÃO SOU APOLOGISTA DO SOFRIMENTO, MAS...




"...a morte não é nada e essa é a verdade. Claro que uma pessoa teme um pouco a dor, mas com ela vem a amnésia.  A nossa grande fraqueza, o lugar onde todos nos vamos abaixo, e não conseguimos ser bem sucedidos, é no amor."  in Constance, Lawrence Durrel

ASSIM,  "A sabedoria do amor consiste na aprendizagem pelo sofrimento, do prazer nele contido."  Ana Hatherly


Não sou apologista do sofrimento pelo sofrimento mas também não defendo que devamos fugir à dor ou à tristeza... ou que todas as dores sejam susceptiveis de se "curar" sem uma transfomação da consciência!
Nunca fugi a dor alguma nem ao sofrimento fossem quais fossem as minhas dores...Todos os momentos que vivi e tudo o que se passou na minha vida fosse ao nível do consciente ou não, fosse sobre o  passado ou o presentes, nunca as neguei ou branqueei. 
Penso que todas as dores devem ser integradas naturalmente e transformadas, pela alquimia da própria alma,  o que só acontece depois de sentidas e aceites em nós, ou mesmo compreendidas, embora nem sempre isso seja possível ao nível da razão e da lógica...
Há porém muitas formas de sofrer e há um sofrimento inutil que é afligido por outros e pela nossa ignorância e não é desse que falo, havendo uma diferença entre dor e sofrimento - "A dor pode ser o efeito de uma Karma ou de uma ignorância actual: porque a consciência pode encontrar um meio de evitar a dor de um sofrimento necessário.A dor é uma reacção do ser pessoal físico ou mental.
O sofrimentos é uma luta pela tomada de consciência de uma falha entre o ser REAL desejável e o estado efectivo ; essa falha provoca uma tensão para encontrar o estado são;
Se há resistência nos elementos pessoais (fiscos ou morais) há dor:
Se há uma aceitação consciente, a dor pode ser eliminada e reduzida ao sofrimento, quer dizer á necessidade da provação (lição) e de cuja reacção vital pode mesmo tornar-se em prazer.
O sofrimento é a escola da consciência que não pode ser adquirida sem ele.
A Compaixão aceita passar as provas do seu sofrimento humano para melhor as transmutar: esse é um gesto de puro Amor."
ISHA SCHWALLER DE LUBICZ – IN L’ OUVERTURE DU CHEMIN

Há tanta coisa que se passa no nosso coração, na nossa alma e no nosso inconsciente, em termos de manifestações ocultas e por vezes obscuras, seja ao nivel pessoal seja ao nivel do colectivo! Tantas coisas de que nem sabemos a origem ou as causas, talvez  as mais remotas (sonhos e vidas passadas, vidas paralelas) e tudo o que vemos é apenas a superfície do nosso sentir e do nosso saber tão parco...
É por isso que sinto que devemos sempre aprofundar o sentir em si e deixar fluir as sensação em nós, sejam elas boas ou más, sem censura sem as bloquear... É bom deixar vir ao de cima tudo o que nos oprime às vezes, que nos assusta ou agonia e revolta...Sim, sejam memórias passadas acontecimentos presentes ou meros  pressentimentos. Para mim a dor é um sinal e o sofrimento é absolutamente natural e faz parte integrante da vida. É mesmo um motor importantíssimo para acelerar o conhecimento de nós mesmas/os, seja a nível psicológico pelo enfrentar da nossa Sombra como o nosso lado mau, seja o sofrimento causado pelos sentimentos de abandono na infância ou de rejeição, ou de relações e amores traídos, feridas de maus tratos, lutos etc..

Não, não  sou uma daquelas pessoas que pensa que tudo tem de ser curado e que há terapias ou mezinhas e remédios para tudo. Prezo e respeito o sofrimento em si como expressão natural do meu ser a nivel fisico mental e animico,  face a uma realidade vasta e por vezes confusa e caótica: uma realidade (tanto interior como exterior) tantas vezes dramática ou trágica onde nada é realmente como pensamos, sonhamos ou idealizamos e por isso respeito e suporto o meu sofrimento sem medo e no caso das outras mulheres em geral, eu respeito o seu sofrimento quase como uma coisa sagrada, sem o querer mudar ou apagar... 
O sofrimento é uma forma de se conhecer e é importante para a Mulher se regenerar ao contrário do que apregoam as medicinas e "terapias" de consumo, atacando e alterando as mudanças naturais porque a mulher passa na adolescência maternidade e menopausa...
O sofrimento, no aspecto fisico, tal como a doença não é aleatório nem opcional, ele é uma manifestação natural que avisa e dá sinal do que está mal  ou do que falta consciencializar... 
 
Porque "No meio do sofrimento consciente existe já a transmutação. O fogo do sofrimento transforma-se na luz da consciência. O ego diz: "Eu não deveria ter que sofrer", e esse pensamento aumenta nossa dor. Ele é uma distorção da verdade, que é sempre paradoxal. A verdade é que, antes de sermos capazes de transcender o sofrimento, precisamos aceitá-lo conscientemente."(...) Ekarte Tolle

Para mim sofrer/sentir em silêncio é tantas vezes uma forma de rezar, uma oração e...em vez de recitar de cor de mantras e fazer meditações é importante encarar esse sentir porque há o outro lado que se revela quando o fazemos sinceramente e sem medo...aí vem a luz de dentro ou uma serenidade única...inefável...

Tenho um vivo desprezo por esta sociedade de plástico que quer tudo feliz e contente, tudo consertado pelo mesmo padrão de consumo químico e artificial e nos vende constantemente pilulas e pacotes de mentiras em nome da saúde, do "bem estar" do "amor e da paz" interior...

Arre - há dias em que vomito essa montra de "espiritualidade" com que nos bombardeiam por todo o lado. Sim, prefiro a minha dor e a minha tristeza a essa alegria fictícia que abunda por ai a qualquer preço nos meios virtuais e afins!
rlp

Ah, "Quantas vezes nos sentimos extraordinariamente sós embora sentindo-nos felizes. O amor é impossível mesmo quando possível." Ana Hatherly

Dai tempo a vós próprios




SILÊNCIO!


"Fechem as máquinas de falar, desandem os botões da verbosidade, façam má cara aos visitantes, despeçam os oradores oficiais, cancelem o contrato dos conferencistas. Silêncio, silêncio… Escondam o rosto um momento, desçam as cortinas, preguem as janelas, chorem, se quiserem, mas silêncio! Dai tempo a ouvir um anjo que passa, uma cigarra que canta, uma pedra que rola, uma flor que morre. Também isto é sério, também isto é justo, também isto é revelação, e caridade, e inteligência. Dai tempo a vós próprios, que sois vivos e que o podeis saber. E silêncio."

Agustina Bessa Luis in Embaixada de Calígula

domingo, março 28, 2021

É NAS RELAÇÕES VERDADEIRAS...




É O AMOR QUE NOS SALVA
...

"Por vezes, as relações magoam as pessoas. E elas procuram, uma fuga para a solidão, encontrar um terreno mais neutro que lhes permita sobreviver. É compreensível, mas na solidão ficamos no nosso “buraco”. O que nos permite redescobrir o motivo porque estamos vivos e a razão de estarmos aqui, neste mundo é a relação com os outros. É o amor que nos salva. O reflexo do olhar encantado do outro dá-nos vontade de viver. É evidente que há pessoas que têm ...mais interioridade que outras. Não temos de andar a esvair-nos em relações superficiais. Estas não nos conduzem a lado nenhum. O que é substancial é a intimidade partilhada. Permite-nos encontrar a alegria, o entusiasmo. É claro que precisamos de momentos de reflexão e fantasia pessoal, e de nos encontrarmos connosco, de não nos deixarmos evadir pelos outros. Mas é nas relações verdadeiras que a vida tem mais possibilidade de fluir. É aí que encontramos qualquer coisa que nos dá gosto de viver, que nos leva a identificarmo-nos connosco próprios."

António Francisco Mendes Pedro
via incalculável imperfeição

O AMOR ROMÂNTICO



"O amor romântico entre duas pessoas é algo muito desejado pelo ser humano porque oferece a (ilusória) sensação de libertação de estados de Medo, Carência e Sofrimento.

 
Ao pincelarmos numa tela um cenário de envolvência humana com matiz romântica, imediatamente convocamos miríades de imagens idílicas que traduzem fisicamente uma união de polaridades opostas, concretizada exponencialmente na comunhão sexual. Na base congénita desse físico desejo subjaz inerente um impulso espiritual: o fim da Dualidade.
Todavia, a ligação dos Opostos e das metades que almejam um regresso à Integridade e à Unicidade pela via carnal da fusão sexual consubstancia-se em moldes bastante apertados e fugazes. Pois, a união sexual estimula-nos para viagens astrais fora da dimensão em que nos encontramos e até pode oferecer-nos um vislumbramento etérico do ansiado e platónico Paraíso, mas não nos deixará permanecer nele. Inexoravelmente, continuaremos ancorados num corpo físico, separados do nosso companheiro(a).
Por outro lado, teimamos em identificar-nos com a Mente, a energia tóxica do Medo e a valência endógena das coisas exteriores a nós e à nossa própria Essência (status social, bens materiais, imagem física, objetivos profissionais e convicções pessoais). Nessa baixa frequência vibratória, estamos formatados para buscar incessantemente a nossa satisfação em aspectos que não essenciais e que, em boa verdade, nunca colmatarão as nossas reais lacunas.
Ora, quando o Universo nos cruza com uma "pessoa amada" passamos espontaneamente a identificar-nos com ela e o nosso foco, alterando-se e desviando a sua rota do nosso próprio centro, gravitará depois em torno da existência dela, sendo ela nada mais do que um outro ser humano, exterior a nós.
Navegando nas águas turbulentas dos relacionamentos humanos, ao sentirmos "amor" e "rejeição" numa mesma convivência identificamo-nos com uma atestada confusão entre o Amor e algo que lhe assiste absoluta diferença: o afecto do Ego e o Apego emocional. Uma das verdades universais é que o Amor não tem oposto!
Se o nosso parceiro deixar de satisfazer as necessidades insaciáveis do nosso Ego, regressam novamente os sentimentos do Medo, da Carência e do Sofrimento, porque eles já são parte intrínseca da nossa consciência egóica. Só que agora, de modo premente, tais emoções impelir-nos-ão a atacar o nosso parceiro, porque egoicamente consideramo-lo a causa daquela tóxica sintomatologia e, portanto, responsabilizamo-lo na esperança de que, com esse ataque e postura manipuladora, volte novamente a suprir as nossas desabridas necessidades.
Toda a forma conjuntural de Dependência carrega o pesado fardo do Sofrimento, a montante e a jusante. E na constância do sensível plano relacional, depender de outra pessoa será tão só para mascarar a nossa própria Dor. É por essa substancial razão que nos relacionamentos amorosos existem mesclados momentos de grande euforia e igualmente de Sofrimento e de Infelicidade. Mas não são os relacionamentos humanos que originam a Dor e a Infelicidade, eles apenas ressaltam a Infelicidade e o Sofrimento que já deambulam dentro de nós, seres humanos, por não estarmos (ainda) suficientemente evoluídos e expansivamente conscientes.
Importa retermos que um historial sofrido de convivência amorosa não poderá ser sinónimo de opção pela fuga do Agora, para aguardar diligentemente uma salvação futura (o "Príncipe Encantado"). Do mesmo modo que não devemos evitar ou protelar insistentemente relacionamentos com outras pessoas para não passarmos por novos sofrimentos (traumas anteriores).
A solução clarividente para um sucesso duradouro nas interações pessoais passará sempre por deixarmos de julgar (afastarmos o Ego) e por aceitarmos o Outro como ele é. O Amor não é, nem nunca foi, selectivo. Ele é como um Sol que brilha para todos, sem distinções. Está enraizado no interior da nossa Essência, pelo que nunca se separará de nós, não depende de qualquer outro corpo físico nem de qualquer forma exterior. Supera o Medo, a Carência e o Sofrimento. Não julga, perdoa e aceita!
Quando, na quietude mágica e solitária da nossa presença, conseguirmos transcender as intenções egóicas da Mente e visualizarmos conscientemente além do véu da matéria, da forma e da separação, sentiremos nessa altura a natureza intemporal e sem forma do Amor, em nós, no interior de todos os seres humanos e de todas as outras criaturas, alcançando assim a almejada meta da Unicidade com tudo e da frondosa nutrição do Amor em relação a todos...!!"

Nuno Peixe

sábado, março 27, 2021

Ficará à consciência de cada um decidir o que é melhor para si.



LEIAM E FAÇAM PREVALECER OS VOSSOS DIREITOS


“Tendo chegado ao meu conhecimento que se propõe administrar a vacina COVID nas escolas e que há pessoas que se sentem pressionadas pelas entidades patronais, ou por outras para poderem viajar, terem de ser vacinadas entendo importante dar algumas bases legais para clarificar o assunto.
Assim, e antes de mais, é preciso saber que existe a Declaração Universal Sobre a Bioética e os Direitos Humanos (DUBDH), de 2005, que Portugal ratificou e, portanto, nos termos do Artº 8º da nossa Constituição, tem aplicação directa na nossa ordem jurídica interna e vincula todas as entidades portuguesas, a qual diz claramente no seu Artº 6º al. a) o seguinte:

“Qualquer intervenção médica preventiva, diagnóstica e terapêutica só deve ser realizada com o consentimento prévio, livre e esclarecido do indivíduo envolvido, baseado em informação adequada. O consentimento deve, quando apropriado, ser manifesto e poder ser retirado pelo indivíduo envolvido a qualquer momento e por qualquer razão, sem acarretar desvantagem ou preconceito.”

Significa isto que ninguém pode ser obrigado a tomar uma vacina.

E, acima de tudo, qualquer proposta para se administrar uma vacina tem de ser acompanhada do devido esclarecimento acerca da sua origem, isto é, qual a entidade que a elaborou, do seu fabrico, isto é, em que país e em que laboratórios a vacina é fabricada, do seu conteúdo, mormente a lista cabal e completa dos seus ingredientes e excipientes, os efeitos directos e secundários na saúde já documentados e os possíveis efeitos futuros, a taxa de mortalidade, isto é, quantas pessoas já morreram em virtude da vacina (normalmente dentro das primeiras 72 horas sobre a sua administração), os benefícios que a vacina pretende manifestar e o confronto entre os riscos e os benefícios (para se saber se vale a pena correr os riscos), a forma como a vacina actua no organismo, isto é, saber se afecta o genoma humano (danos genéticos), se atravessa a barreira hematoencefálica, se é patogénica, etc., a entidade que a testou, o tempo de testagem, a entidade credenciada que aprovou a administração da vacina na população humana. E, principalmente, qual a eficácia da vacina para a finalidade de controlo da doença em relação à qual visa proteger o paciente – com a indicação dos estudos que comprovem essa eficácia.
O princípio contido no citado Artº 6º (DUBDH), tem correspondência com o Artº 157º do Código Penal Português, que diz o seguinte:

Dever de esclarecimento

“Para efeito do disposto no artigo anterior, o consentimento só é eficaz quando o paciente tiver sido devidamente esclarecido sobre o diagnóstico e a índole, alcance, envergadura e possíveis consequências da intervenção ou do tratamento, salvo se isso implicar a comunicação de circunstâncias que, a serem conhecidas pelo paciente, poriam em perigo a sua vida ou seriam susceptíveis de lhe causar grave dano à saúde, física ou psíquica.”

A violação, quer do Artº 6º da DUBDH, bem como do Artº 157º do Código Penal Português, fará incorrer em responsabilidade criminal o respectivo agente, nos termos do Artº 156º do Código Penal Português, se esse agente for médico ou pessoal médico autorizado, e fará incorrer na prática de crime de ofensa à integridade física, simples ou qualificada, consoante o grau de lesão, ou com agravação se o resultado for a morte da vítima, nos termos dos Arts. 143º a 147º do Código Penal Português, se o agente não for nem médico nem pessoal autorizado. Ambas estas situações prevêem penas de prisão efectiva e o dever de indemnizar pelos danos causados, quer os físicos, quer os morais, e ainda os danos morais causados em familiares no caso de morte da vítima.
Por isso qualquer pessoa que se sinta pressionada a tomar a vacina COVID, ou qualquer outra, para, por exemplo, conseguir obter tratamento médico para outra condição (que nada tem a ver com o COVID), para poder trabalhar ou viajar, ou para poder frequentar o ensino ou administrá-lo, tem o inalienável direito de primeiramente obter todas estas informações, e só após as mesmas se mostrarem devidamente clarificadas, (aqui sugeríamos por escrito, até para vincular a entidade que deverá prestar esses esclarecimentos), com assumpção das respectivas responsabilidades por parte de quem pretende impor o respectivo acto médico, é que a pessoa pode prestar ou não ou seu consentimento esclarecido, sendo certo que, se se recusar a dar esse consentimento, estará a exercer legitimamente um direito que merece tutela jurídica.
Ficará à consciência de cada um decidir o que é melhor para si.”
Juíza Desembargadora Florbela Sebastião e Silva


quarta-feira, março 24, 2021

A SABEDORIA DO CORAÇÃO



"Você já tentou ouvir seu coração? Ele bate ritmado com o Coração Perfeito que abraça todos vocês?
Assim, terminarei com palavras sobre o coração. Que a mulher se afirme neste grande símbolo de transformação de toda a vida. Que ela aspire à transformação da vida espiritual da humanidade.
A mãe, a que dá a vida, a protetora da vida - que ela se torne também a Mãe, a Condutora, A que tudo dá e A que tudo recebe
."

HELENA ROERIC


O ELETROMAGNETISMO DO CORAÇÃO


"O coração é o primeiro órgão formado no útero. Recentemente, neurofisiologistas ficaram surpresos ao descobrirem que o coração é mais um órgão de inteligência, do que (meramente) a estação principal de bombeamento do corpo. Mais da metade do Coração é na verdade composto de neurónios da mesma natureza daqueles que compõem o sistema cerebral.
 
O coração também é a fonte do corpo de maior força no campo eletromagnético.
Cada célula do coração é única e na qual não apenas pulsa em sintonia com todas as outras células do coração, mas também produz um sinal eletromagnético que se irradia para além da célula. Um EEG que mede as ondas cerebrais mostra que os sinais eletromagnéticos do coração são muito mais fortes do que as ondas cerebrais, de que uma leitura do espectro de frequência do coração podem ser tomadas a partir de três metros de distância do corpo … sem colocar eletrodos sobre ele!
 
A freqüência eletromagnética do Coração produz arcos para fora do coração e volta na forma de um campo saliente e arredondado, como anéis de energia. O eixo desse anel do coração estende-se desde o solo pélvico para o topo do crânio, e todo o campo é holográfico, o que significa que as informações sobre ele podem ser lidas a partir de cada ponto deste campo.
 
O anel eletromagnético do Coração não é a única fonte que emite este tipo de vibração. Cada átomo emite energia nesta mesma freqüência. A Terra está também no centro de um anel, assim é o sistema solar e até mesmo nossa galáxia … e todos são holográficas. Os cientistas acreditam que há uma boa possibilidade de que haja apenas um anel universal abrangendo um número infinito e interagindo dentro do mesmo espectro. Como os campos eletromagnéticos são anéis holográficos, é mais do que provável que a soma total do nosso Universo esteja presente dentro do espectro de freqüência de um único anel.
Isto significa que cada um de nós está ligado a todo o Universo e como tal, podemos aceder a todas as informações dentro dele a qualquer momento. Quando ficamos quietos para aceder ao que temos nos nossos corações, estamos literalmente conectados à fonte ilimitada de Sabedoria do Universo, de uma forma que percebemos como “milagres” entrando nas nossas vidas."
 
Rebecca Cherry


terça-feira, março 23, 2021

Antídoto contra o Corona vírus....uma pessoa inteligente não vê televisão!



PositivaMente Quântico & Expansão da CONSCIÊNCIA


Antídoto contra o Corona vírus....


Em 1963, Edward Lorenz descobriu o Efeito Borboleta para explicar a teoria do caos. De forma simples, o Efeito borboleta de um lado do mundo, pode provocar um tufão do outro lado do mundo. Muitos de nós não acreditam nisto, outros nem sequer pensam nisto, mas alguns são conscientes de que a ação individual afeta o mundo.
Gregg Braden no seu livro "A Matriz Divina" refere que ao nível quântico está provado que a Consciência cria! E, que basta 1 % da Humanidade consciente para elevar a vibração da Terra. Ele também refere que as nossas emoções afetam o nosso DNA e que a oração coletiva tem efeitos curativos. Aqui, entende-se por oração, o nosso pedido com a certeza de que acontecerá! Note-se que ele é um cientista!
O cientista japonês Masaru Emoto conhecido por estudar as vibrações do pensamento na água, refere que o maior antídoto para tudo é o Amor e a Gratidão.
Está na hora de questionar o porquê que a comunicação social não aposta em divulgar o melhor para nós e para o mundo? Porque não vende!!! Todos sabemos que o que vende é a miséria e porquê?
Porque corresponde ao nível de pensamento em que nos encontramos!

Lou Marinoff autor das grandes questões filosóficas da vida, refere que uma pessoa inteligente não vê televisão!
Tudo é provocado por nós! Tudo! Intencional ou não, este Vírus Covid 19 alastra-se porque encontra receptores!
O vírus e o medo têm a mesma vibração - padrões de pensamento "doentes".
Covid 19 numerologicamente resulta em 9, com a particularidade do 19 que significa que a ação individual afeta o mund
o!
Este vírus é uma doença emocional, e tendo origem na China em maior escala e depois em Itália, é porque emocionalmente aquelas pessoas estavam doentes!
Neste ano 2020/4 que nos pede estrutura emocional e "Não mudança " surge esta pandemia, e tantas outras situações que vemos que estão a desmoronar.
Atrás da aparente desordem existe uma ordem, Carl Jung.
Atrás desta aparente desordem, existe uma ordem. Ordem essa, que nos apela à consciência que os nossos padrões mentais e emocionais criam a realidade, sendo necessário a responsabilidade pessoal e social cada vez mais consciente a todos os niveis, e estrutura refere-se à nossa mente, emoções, corpo físico e energia. Como estamos neste aspecto?
Estamos conscientes de que as nossas emoções alteram o nosso DNA?
Estamos conscientes que a forma como cada um vive afeta o mundo?
Estamos conscientes que tudo aquilo que não está bem em nós e na nossa vida, pela nossa falta de coragem em mudarmos, faz-nos ficar doentes emocionalmente?
Estamos conscientes que o medo é um padrão de pensamento facilmente controlado pelos monopólios para construirem riqueza?
Estamos conscientes que quando se fragiliza as pessoas, há tantas outras que ganham com isto?
Estamos conscientes das nossas fragilidades? E da falta de responsabilidade que teimamos em insistir de que somos vitimas?
Estamos conscientes que aquilo que não resolvemos interiormente afeta o nosso exterior?
Estamos conscientes que viver em alegria, amor, saúde, equilibrio e gratidão requer trabalho, compromisso próprio, Coragem e responsabilidade pessoal?
Estamos conscientes de que não é o mundo que deve mudar, mas sim cada um de nós na sua vida, para que o mundo mude?
Somos conscientes em filtrar a informação na nossa vida?
Somos conscientes de que a ação de cada um afeta o mundo?
Somos conscientes que os nossos padrões de pensamento e as nossas emoções criam as doenças?
Somos conscientes que tudo é energia? Que o medo é energia?
Que energia escolhes agora?
És consciente de que podes fazer parte dos 1% responsável por elevar a energia do planeta? De que depende de ti, seres responsável pelo teu bem estar para que o mundo viva em bem estar? Pode depender de ti, elevar a tua energia em segurança, coragem, confiança, amor, alegria e gratidão e que a vida é uma benção?
Pode depender de ti quereres alimentar-te somente daquilo que faz bem! Pois estrutura emocional apela que às vezes vai uma distância entre aquilo que achamos que está resolvido mentalmente mas que a nível emocional não está! Daí as depressões, a revolta, raiva, tristeza, mágoa, etc que resultam nas doenças!
Encara as tuas emoções de frente e percebe o que tens de mudar, pois só dessa forma elevas a tua consciência! Pois Corona Vírus dá 11!! Elevação da consciência!!
Como nada é ao acaso, quem sabe se cada um de nós começa assumir o poder da cura, cura interna para que o mundo seja um lugar de bem-estar!
Até lá, lembra-te que és capaz de tudo o que quiseres e que a Verdade está à tua frente.



A FORÇA DO MUNDO




Unus-ambo

De súbito e caladamente veio ter comigo, aqui. Entrou dentro de mim, no meu corpo todo, em igual tamanho. O meu corpo, reduzido a uma camada fina, a uma parede, era uma custódia. Estava dentro de mim que a continha mas também fora de mim, eu continha-a e era contida por ela. Aquela força, aquela presença, viva, tão quente. Uns minutos, só. Mas o tempo com uma medida nova, não horizontal, mas vertical, em profundidade. Não passando de trás para a frente, mas de alto para baixo. Deixando-me viva, acesa. Com seu poder sereno e secreto.
No seu dia consagrado. Segunda vez.


in A FORÇA DO MUNDO

Dalila L. Pereira da Costa

e sermos nós a respiração...



oh substância
Canto-te
com a fragilidade de tudo que existe perante
uma eternidade demasiado nocturna para os nossos
olhos infantis perante a tua antiguidade
futura
E a nossa voz é uma pequena onda no dorso do teu oceano de matéria
Um leve arrepio apenas na espantosa espessura
de teu éter
Ah no ar é que tudo acontece no ar nocturno das idades esquecidas
que previamente desconheceremos
No espaço é que tudo acontece
e o espaço é uma grande onda muito quieta onde os nossos olhos penetram
no não sabermos até onde
ali além no além onde tudo acontece
Oh
oh espaço de tudo ser tão ligeiro e impalpável
e sermos nós a respiração do
teu bafo ritmado
imperceptível distância

fragmento de poema de ana hatherly




O MEDO DAS MULHERES



GINOFOBIA


“O medo das mulheres, ou ginofobia, é um mal bem conhecido que remonta de muito longe na história da criação. Deus, diz-se, criou o homem à sua imagem. Mas seguramente não a mulher. Senão, ele não seria obrigado a renovar tantas vezes essa tentativa, criando tantos modelos de mulheres aberrantes, a acreditarmos nos múltiplos contos, lendas, mitos, midrashim e haggadah que, entre outros, nos transmitiram os Hebreus.”* 

Ou ainda - "Quando num estudo sobre o medo se concluiu que o maior medo do homem é que se riam dele; e o maior medo da mulher é ser morta por um homem, acho que espelha bem as realidades paralelas em que vive cada género." (lido algures)
 
DA MESMA MANEIRA..

“A atitude depreciativa que muitos homens têm em relação às mulheres é uma tentativa inconsciente de controlar uma situação em que ele se sente em desvantagem; muitas vezes ele procura eliminar o poder da mulher, induzindo-a a agir como mãe. Dessa maneira ele é liberto em grande escala do seu medo, pois na relação com a sua mãe quase todo o homem experimentou o aspecto positivo do amor da mulher. Mesmo assim não está totalmente livre de apreensão, porque ao fazer com a que a mulher seja mãe dele, ao mesmo tempo torna-se criança e está portanto, em perigo de cair na sua própria infantilidade. Se isso acontece ele pode ser dominado por sua própria fraqueza, e uma vez mais deixa a mulher o poder da situação. Consequentemente, a maioria dos homens aproxima-se de uma mulher com medo, não obstante seja um medo inconsciente, ou com a hostilidade nascida do medo ou, talvez, com uma atitude dominadora, para arrebata-la de um golpe."
 
In OS MISTÉRIOS DA MULHER M. Esther Harding

* In LA DÉESSE SAUVAGE de Joelle de Gavelaine

segunda-feira, março 22, 2021

Não há despertar da consciência sem dor

 




[...] Meus pacientes, na maioria, não eram crentes, mas pessoas que haviam perdido a fé; eram ovelhas desgarradas que vinham a mim. O crente tem na igreja, ainda hoje, a ocasião de viver os símbolos. Basta pensar no sacrifício da missa, no batismo, na imitatio Christi e em muitas outras coisas. Mas viver e sentir o símbolo, desta maneira, pressupõe a participação viva do crente e é ela que falta, frequentemente, ao homem de hoje. Em geral, o neurótico não a tem. Nesse caso ficamos reduzidos a observar se o inconsciente produz espontaneamente símbolos que substituam esta falta. E apesar de tudo fica sempre colocado o problema de saber se um homem que tem sonhos ou visões dessa espécie é capaz de lhes compreender o sentido e de aceitar as consequências.


Jung

sexta-feira, março 19, 2021

A mulher verdadeira não existe...



AS FILHAS DO PAI...

"O retorno à deusa, para renovação numa base de origem e num espírito feminino, é um aspecto vitalmente importante na busca que a mulher moderna empreende em direcção à totalidade.
Nós, mulheres que alcançamos sucesso no mundo, somos, via de regra, “filhas do pai” , ou seja, somos bem adaptadas a uma sociedade de orientação masculina, e acabamos por repudiar nossos instintos e energias mais integralmente femininas, rebaixando-as e deformando-as da mesma forma que a nossa sociedade o fez. Precisamos retornar a esse mundo e redimir o que o patriarcado frequentemente considera apenas como uma ameaça perigosa, chamando-a de mãe terrível, dragão ou bruxa."*



Não! A mulher verdadeira não existe, porque a mulher moderna não consegue, apesar da sua pretensa liberdade e da sua instrução ou cultura, entrar em contacto com a mulher ancestral, com a mulher eterna, a mulher substancial, a mulher visceral que toda a mulher é. Ela está tão longe da sua verdadeira história como da sua origem. Ela não sabe que a Mãe e a Filha, que foram outrora as protagonistas da História como culto Grego da Grande Deusa Mãe durante milénios, e que com o evento do patriarcado perderam completamente a sua autonomia e liberdade de serem e exercerem não só as suas capacidade como os seus poderes; elas foram paulatinamente destronadas das suas funções de sacerdotisas e de mulheres curadoras e inspiradas, e ignoram que esse culto da Mãe e da Filha, se perdeu nos confins da historia do Homem para reinar apenas o culto do Pai e o Filho…

Desse modo, as mulheres ao longo dos séculos, foram afastadas completamente dessa essência feminina e da ligação as mães para se tornarem gradualmente apenas filhas do pai e e assim se perderem nos conceitos e religiões masculinas. Afastaram-se de tal modo da sua ancestralidade e linha matrilinear que o que ficou arraigado na mente e no corpo da mulher foi a opressão e o medo de tudo o que a lembra dessa origem. Sofreram de tal modo ofensas, violências e perseguições que se afastaram de tudo o que as pudesse fazer reviver esse passado. Por tudo isto as mulheres de hoje, que sofreram na pele ainda o resultado de todos esses preconceitos e medos e tabus, acabaram por se moldar ao pensamento masculino e favorecer o Sistema e estar do lado dos opressores.

Portanto a mulher comum, a dita mulher moderna, que não se lembra sequer desse passado, não quer agora perder o controlo e a autonomia que pensa que já adquiriu na sociedade patrista; ela não quer perder o emprego e a pequena independência do carro e das compras, ou das viagens, agarrada ao poder do pai, do poder do marido, do filho ou do patrão…ela não quer sequer perceber que teria de caminhar por si só sem esse medo de perder a protecção que homem lhe prometeu e cujo medo incutiu na sua mente para melhor a dominar e manter servil…
É subtil a forma como a mulher emancipada e que se julga livre, que trabalha e tem o seu ordenado, as vezes superior ao do homem, está ainda presa dele sexual e emocionalmente, sem perceber que continua a agir e a viver como as mães controladas e dependentes dos maridos quando ainda eram só as "domésticas" e fechadas em casa e que repetem os mesmos padrões em todos os aspectos da sua vida. Muitas vezes, mesmo mal no seu corpo, ferida na sua alma e dignidade, e ainda que independente economicamente, ela não sai de casa do marido nem deixa o filho…e mesmo quando é espancada ou violentada na sua liberdade e integridade, ela fica presa à casa como se fosse incapaz de desfazer a teia com medo das consequências…e elas existem! A sociedade patriarcal e machista não perdoa…uma mulher separada ou divorciada é continuamente assolada pela matilha dos predadores, dos homens casados, dos patrões, dos amigos do marido inclusivo…”mulher que não pertence a um homem não é séria”… e pode usar-se e deitar fora, é só insistir porque mesmo que a mulher diga não, o homem não quer saber e continua o assédio…
E o que está a acontecer no mundo ocidental e civilizado no ataque às mulheres sós quando elas ousam usar a mini-saia ou o decote…são agredidas e chamadas de putas… Sim, no Irão ou Iraque é “norma” onde, recentemente, as raparigas oprimidas e expostas a uma sociedade fanática e machista e onde não tem quaisquer direitos, recentemente umas jovens que foram violadas acabaram mortas pelos pais e irmãos como culpadas de não serem recatadas o suficiente… mas na Europa e América e no Brasil? Na China e no Japão? Será diferente? Não, e se atentarmos melhor vemos como a violência sobre as mulheres está a crescer exponencialmente no mundo inteiro e de acordo com a violência e abuso continuado dos homens, elas continuam a ser o seu bode expiatório como foi sempre a mulher nas sociedades patriarcais em todo o mundo… e mesmo no caso das ditas mulheres modernas, que são intelectuais e escritoras, advogadas e médicas e até ministras e deputadas, esse horror permanece no seu horizonte diário ainda que branqueado ou disfarçados de lutas politicas e ideologias de género etc. 
Por isso eu digo que não, a verdadeira mulher livre e senhora de si não existe. Porque enquanto a mulher não se enfrentar e a esta realidade e descer de novo aos seus abismos ela nunca será uma mulher inteira.

rosaleonorpedro

*in CAMINHO PARA A INICIAÇÃO FEMININA :
De SYLVIA B. PERERA

quarta-feira, março 17, 2021

NÃO HÁ RISCO ZERO

O Estado de Emergência é um atentado à democracia

"Não há risco zero" - lê-se agora a propósito da AstraZeneca. Sim, não há. Mas todos os que são a favor do confinamento disseram o contrário neste ano. Estamos em prisão domiciliária e adolescentes sem ir à escola quando o risco é próximo de zero. Todas as vacinas têm alguns riscos, qual o risco destas não conheço (nem a rigor ninguém a esta altura, seja desta, da Pfizer - não há tempo para o calcular). Decidimos tomar algumas delas porque o benefício é maior do que o risco, não porque não tenham riscos. Mas esta premissa - não há risco zero - estamos há 1 ano, os que somos contra o confinamento pelo mal sistémico que ele implica para a sociedade, a dizer. A taxa de morte de Covid-19 abaixo os 80 anos é 0,1% - é este o risco. Não é zero, mas é muito baixo.

Não se confina uma sociedade por este risco. Nem por risco algum. Da mesma forma que não fechamos as estradas porque há acidentes, nem as fábricas e escolas onde há muito se morre de doenças ligadas ao desgaste e burnout, à cabeça AVC e doenças cardiovasculares. Podemos e devemos ter um SNS forte que actue aos primeiros sintomas de Covid (em vez de monotorizar por telefone doentes que em horas ficam sem oxigénio enquanto ligam para a famosa saúde 24...); podemos e devemos com urgência acabar com as estradas bárbaras que temos, perigosas, e com a condução irracional que subsiste com a passividade do Estado; podemos e devemos lutar para reduzir o horário de trabalho e melhorar as condições de trabalho para acabar com o burnout (sim, é possível viver e trabalhar sem burnout). O que não podemos é prender cidadãos em nome de um risco zero, que não existe. Atenção: mesmo que esse risco fosse máximo, e não mínimo, eu seria contra confinamentos e Estados de exceção. Na URSS foi instituída uma ditadura porque havia risco de ameaça estrangeira e, depois, de um ataque nuclear - em 1962, na crise dos mísseis, esse risco foi máximo e real; nos EUA foi instituída a perseguição às correntes trotskistas e comunistas depois da II Guerra porque em plena guerra fria tinham força nos sindicatos e ameaçavam, com sucesso, parar a produção - foi o período conhecido como Macarthismo. 

O Estado de Emergência é um atentado à democracia e o confinamento, como afirma o filósofo Giorgio Agamben, uma estrutura sociológica de controlo social, e sem qualquer efeito no controlo da pandemia (cuja evolução em cada país depende de outros factores como serviços de saúde, idade média da população, taxa de obesidade, etc). Mas se tivesse efeito, eu seria contra.
A liberdade não pode sucumbir à segurança - mínima, ou máxima, real ou mágica. O risco zero é o pensamento mágico da ditadura máxima - nada é controlado, mas todos vivem na ilusão que controlam tudo, que uns mandam em tudo e outros obedecem a tudo - o que é sempre falso, mesmo na pior das ditaduras nada funciona, o que se cria é a censura de quem mostra que nada funciona. De facto cria-se uma situação de anomia em que a sociedade se desestrutura nos seus laços de cooperação - e a cooperação é a base de qualquer sociedade funcional, que só pode existir com base na confiança entre pares, e jamais na restrição, confinamento ou medo.

Raquel Varela - historiadora

PORTUGAL MORIBUNDO...



OS VENDILHÕES DA PATRIA...

Quando a pátria que temos não a temos
Perdida por silêncios e por renúncia
Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades
 
Sophia de Mello Breyner Andersen


ESTAMOS DIANTE DO CADÁVER DA DEMOCRACIA..

“O que chamamos hoje democracia assemelha-se tristemente ao pano que cobre a urna onde já está apodrecendo o cadáver. Reinventemos, pois, a democracia antes que seja demasiado tarde. E que a Universidade nos ajude. Ela pode, vós podeis.”
 
José Saramago


UMA CIDADE FANTASMA



PASSEIO POR LISBOA - EM (DES)CONFINAMENTO

"Saí de manhã para tentar cortar o cabelo, impossível, barbeiros esgotados e marcados até ao fim da próxima semana, fiquei satisfeito pelos donos e empregados; nada mais bonito do que sentir e ver em plena laboração uma qualquer actividade, mesma esta.
Depois caminhei pela Avenidas Novas em Lisboa, Alvalade, Av Roma… em busca do novo negócio dos Postigos desconfinados…
... nada de nada ou quase nada mais, para além duns cafezitos em copo de papel… e o que já vinha do antecedente, comércios de víveres e take aways.
Na ora “postigada” pastelaria Mexicana fiz o Euromilhões e comprei a bica, em papel claro; estático, mendigando vestido de humilhação e dor, estava por ali, de mão estendida, um senhor de bom aspecto, razoavelmente vestido, todo ele transpirando infelicidade tão sentida e profunda, num olhar óbvio que só pedia algo para comprar pão para a família, que me magoou e muito, ajudei o que pude, era claramente mais uma vítima deste holocausto anti humanidade da Covid 19, montado com os sabidos e consabidos propósitos das elites globalistas, de instalarem a Nova Ordem Mundial e o Governo Único Mundial.
Discutir a Covid num qualquer outro aspecto é-me impossível, pois é, claramente, um evento de massivo banditismo político internacional, do mais criminoso que a humanidade jamais viveu, apoiado, inacreditavelmente, por toda a comunicação social em massa, paga para o efeito, tal como foi feito em Portugal e, apoiado também, pelos poderes políticos eleitos dos vários países, excepto de um ou outro mais patriótico, como a Hungria, Polónia, Croácia, Eslovénia, Eslováquia, etc..

Lisboa é desde há um ano e três meses um deserto urbano mas, simultaneamente, é um estaleiro gigante de milhentas obras camarárias em curso em todas as esquinas (em espera da bazuca)...

... é uma cidade fantasma proclamando aos quatro ventos o fim irreversível duma era gloriosa e, lá fui percorrendo a pé as avenidas e ruas desta nobre parte da cidade, que tão bem conheço, onde ainda se preserva ou preservava na integra, antes dos confinamentos assassinos, o comércio tradicional Lisboeta, em particular, na Avenida da Igreja, pois cada porta de rés do chão era um negócio, que dava àquela rua uma vida fabulosa, uma alegria, um bulício sem igual e uma aura de felicidade que inundava as gentes que por ali vivem e andavam, única em toda a Lisboa, cheia esta já de ruas mortas pelas falências de todos os negócios tradicionais, assassinados pelos grandes espaços comerciais.
No meu lento passear ruas fora senti, vê-se, essa morte efectiva, premeditada e assassina, presente naquelas mil e uma lojinhas fechadas, restaurantes, oficinas, boutiques, cabeleireiros, etc… com ou sem postigos, que estão por ali em coma profundo… financeiro, irreversível, sem presente e sem futuro, tendo arrastado consigo patrões e empregados para os horrores das falências, do desemprego, perdas de rendimentos, fome, perda de carros, casas, e etc… tudo, porque a OMS e Bruxelas determinarem os confinamentos, que continuarão… até 2025, num vai vem sem fim…
… embora andem para aí com enganos, mentiras, promessas, manipulações miseráveis das opiniões públicas, criando-lhes esperanças num dia, destruindo-as nos dias seguintes, em actos de irresponsabilidade e de gozo mesmo, com a inocência e falta de entendimento do povo dos logros e grandes políticas que giram em torno da Covid 19…
… sinto nojo e vómitos com a questão das vacinas, em que se promete aos pobres diabos povoléus, que se tomarem a vacina, não apanham com a coisa da Covid, que ficam imunizados, e que depois virá a imunidade do rebanho… e quando todo o povo for já um colectivos arrebanhado de vacinados e imunizados…
... acabam definitivamente os confinamentos, entretanto anunciam mil e uma nova estirpes, para as quais a vacina tomada já não funciona, mas sim outras futuras… e como tal tem de continuar tudo confinado… etc…
… com o claro objectivo de destruírem totalmente as economias nacionais de todos os países da União Europeia, e tornarem os seus povos 100% subsidio dependentes e à míngua de pão e água e, como tal, borregamente subservientes, e a quem tudo irão extorquir… casas, terras, numa nova versão de maoismos, bolchevismos, sovietismos, comunismos totais e absoluto de 99% das populações e, simultaneamente, haverá o hipercapitalismo do 1% das elites globalistas...
...com um Estado sem meios alguns, sem qualquer autoridade, onde os traidores dos povos dos dias que correm, se sentarão, pagos a trinta dinheiros, para exercerem as suas funções carcereiras e de guardas prisionais dos seus povos que desgovernaram… e enjaularam em novos comunismos; não se riam; é isso que está previsto; atentem no que se está passando aí pelas políticas e vejam para onde é que tudo se encaminha...
Velho Mundo morto, Novo Mundo em reposição, no meio quem se lixa é o mexilhão."

José Luís da Costa Sousa
(um português que pensa!)

segunda-feira, março 15, 2021

HÁ QUEM PENSE...




UMA VSÃO LUCIDA...


Não sou masoquista e se analisar as coisas de um ponto de vista do interesse próprio - e só esse - os confinamentos beneficiam-me claramente: gasto menos, ganho o mesmo, o trabalho é diferente o que não me chateia já que nunca fui propriamente um adepto de nenhuma rotina.
Também não vivo só, mantenho contacto com amigos por outras vias e tenho diante de minha casa uma vasta área verde por onde deambular. Não corro nenhum risco de entrar em depressão, nem há historial de problemas mentais na minha família. E ao longo destes anos tenho sido um contribuinte líquido para a Segurança Social: quase nunca vou ao médico, nunca fracturei um osso nem tive nenhuma doença crónica.
Simplesmente e ao contrário de muita gente que me vem acusando de egoísmo, tenho visto os efeitos devastadores desta crise fabricada nos seus vários níveis e sei que estamos muito longe de bater no fundo. Arrepia-me que tanta gente que eu considerava informada e inteligente tenha deixado tudo isso ''pra lá''.
Nada do que aí venha será surpresa para mim e tentarei conter-me para não estar constantemente a repetir, cada vez que algum optimista, apanhado de surpresa, se queixar de coisas muito previsíveis:

- Onde andavas quando os primeiros sinais de alarme soaram? por que razão tu, que até nem costumavas confiar muito nos media, desta vez te rendeste completamente a uma narrativa esburacada, contraditória e - sim, também - totalmente anti-científica?''
O tempo esgota-se e quanto mais se avança sem sinais de uma inversão de marcha nesta loucura, piores serão as consequências. Muitas pessoas perderam já toda a consciência social mas, pior que isso, deixaram de entender também o quanto precisamos uns dos outros, além do contacto virtual: o quanto as máscaras nos desumanizam, a que ponto o distanciamento social nos atomiza e transforma cada um de nós no seu próprio gheto, havendo sempre quem assuma a posição de kapo do campo de concentração em que a nossa sociedade se vem tornando.
Quem acha que assim se defende a saúde não absorveu bem as lições do passado sobre higienismo, estados totalitários e o esgaçar do tecido social que se anuncia para breve, a menos que se abandone este pânico insano e profundamente suicida, individual e colectivamente falando.

António Gil - professor

terça-feira, março 09, 2021

A HOSTILIDADE DOS HOMENS



"Eu acredito que existe uma hostilidade dos homens que vem justamente da emancipação das mulheres, que as torna muito mais agressivas e muito mais perigosas do que alguma vez foram ".

Simone de Beauvoir


SÃO AS MULHERES REALMENTE  LIVRES?

AS MULHERES EMBALARAM NA IDEIA RECENTE (sec. XX) de que eram iguais aos homens e livres...e acreditaram em tudo o que se disse nos livros. Por isso há tantas mulheres inteligentes que julgam que vivem em paridade e que são respeitadas e se preocupam muito com os homens e o que eles dizem…
Elas também dizem que não fazem distinção entre homens e mulheres. Eu acho comovente, fantástico, e que democrático! Como se isso fosse uma verdade. Na realidade é apenas essa dependência emocional e econômica camuflada de amor  e essa ilusão (idealização) que faz com que se não preveja no amor romântico e no casamento, a violência doméstica e o abuso...Porque as mulheres ao pensarem que chegaram a uma nível de evolução social em que são respeitadas e em que há direitos iguais não distinguem a teoria da prática.
Coitadas das mulheres. Não há ainda  nem nunca houve. Elas pensam isso porque acreditam nas teorias e pensam logicamente como os homens…e assim elas branqueiam ou  desculpam a ofensa e a violência e negam a realidade das gritantes injustiças feitas as mulheres no mundo inteiro com grandes ideologias e história, cultura e arte...etc. As mais perigosas são sobretudo as mulheres marxistas e comunistas, fanáticas ou demasiado machistas e ironicamente em nome do feminismo, sem perceber como elas se desviaram completamente dessa essência feminina e são de facto mulheres sem magnetismo nem beleza ou simplesmente sem feminilidade nenhuma e que escondem nas suas formas rígidas de estar e viver a sua natureza profunda mal aflorada. 
Não sou feminista, não, por muito que possa honrar e respeitar as mulheres que lutaram por chegar a uma maior justiça e dignidade no trabalho, as operárias e as empregadas ou mesmo as mulheres domésticas, essas sim, mas já não as mulheres ditas eruditas ou cultas ou instruídas nas escolas (universidades) do Sistema e que não passam de homens manqués... Elas  acabam por ser bem piores do que os homens quanto as outras mulheres, as mais desfavorecidas: elas ignoram as mulheres ignorantes e pobres e desprezadas pela sociedade...
Afinal elas acham-se superiores e privilegiadas enquanto fieis do Pai e do dono, mesmo que digam que não, estão dentro das suas leis. E são-no enquanto se mantiverem do lado dos seus pares e do Sistema   Patriarcal. No fundo elas obedecem aos seus cânones. São suas fiéis servidoras enquanto ministras deputadas professoras ou juizas, executivas ou acompanhantes de luxo sofisticadas. Todas vendem a sua força de trabalho...e às vezes não só...Sim, sou sarcástica porque detesto ver mulheres inteligentes a serem coniventes com o Sistema e os homens que defendem e que são quem exploram e matam as suas  mulheres e as mantem prisioneiras das suas ideologias e crenças e elas não fazem nada. Dizem-me sempre que não todos. Claro que não todos. Sim, eles também sofrem e são vitimas do sistema mas aproveitam bem enquanto podem das suas vantagens - é só pô-los a prova...
Não, sou contra as mulheres nem contra os homens, SOU LUCIDA, sou antropologicamente lucida, e vejo apenas de forma crua e desassombrada  esta história muito mal contada - a emancipação e os direitos das mulheres, que continuam no mundo inteiro por se tornarem uma realidade. 

rlp


MULHERES LIVRES...



O CULTO FALOCRÁTICO DAS MULHERES para o qual a imagem remete...
Eu quando vejo uma mulher afirmar-se de dedo em riste... fico triste (para rimar) ou quando dizem que uma certa mulher tem "tomates" acho mesmo degradante pois as mulheres machistas e feministas - que é o que elas são -  esquecem os ovários como sendo a sua Sede de poder e criação plena... Elas negam o Útero e as suas entranhas porque são livres como os homens...

Mas o que me traz a este tema hoje é ter lido um pequeno texto evocativo do dia da mulher dirigindo-se a "mulheres livres" e que no fim apresento e que me indignou tanta prosápia. É um fulano (astrólogo?) que se afirma contra as mulheres que seguem os movimentos da Deusa e do feminino sagrado. Nos comentários ao texto as mulheres se congratulam com o dito e fazem-lhe grandes elogios. Elas sentem-se retratadas e identificadas com as suas palavras. 
Contudo para mim o que ressalta do seu texto é sem dúvidas o facto de que no fundo os homens continuam a querer ser os mestres das mulheres, mesmo dizendo o contrário...eles não suportam perder terreno! Mas sem se aperceberem sequer els tem sempre que denigrir as mulheres, sempre! No entanto há uma grande maioria de mulheres que aceita isso e até porque gostam e precisam do olhar de aprovação do homem para se sentirem qualquer coisa, neste caso "mulheres livres"?
E se ele o diz... então é verdade, e dizem todas que sim e este fulano que lerão no fim da minha critica... que até diz umas verdades pelo meio do seu textozinho, tinha afinal que dizer mal das mulheres...e no caso  as nossas "irmãs" as "outras" as fracas... as do rebanho das mulheres, as do "feminino sagrado" etc.!
Para os homens e isso é notório, de acordo com os seus interesses, há sempre as "boas"(zinhas) que agora são as livres e emponderadas de nascença e as outras que são as dependentes e necessitam de curandeiras ...
Imagine-se o horror que eles sentem de ver mulheres precisarem de outras mulheres!!! Sim, porque depender do homem está tudo bem...eles são os mestres que dizem que não o são. Convém. Há muitos do género. São os chicos espertos que andam por ai a vender o seu produto superior .. mas como todos, para reinar no pedaço tem de dividir as mulheres entre si e dizer mal das outras...neste caso já não são as más, mas as santas... as curandeiras e as espiritualizadas... que se fazem pagar.
Ainda assim, fico surpreendida como ele sabe tanto de mulheres livres - aquelas que vão facilmente na conversa dele e não pedem nada em troca? E prontos, ele falou e assim elas tem o aval do mestre... do paizinho, do tio...
Ora bem, pressinto que o que ele está a fazer é arrebatar o rebanho só para ele... e como todos fazem, dividem as mulheres em duas e viram-nas umas contra as outras...(mas a isso as mulheres estão habituadas e sentem-se em casa!). Vão ver, o iluminado ensina-lhes tudo sem levar dinheirinho e sem terem de se curvar... Além disso, como é notório, ele diz e sabe mais de mulheres emponderadas do que as próprias mulheres...
Aqui temos mais um benemérito sem causas...e amigo das mulheres. E ainda por cima trabalha graça...

(Ah claro, ele vai dizer que sou das tais...das "dependentes"... ressabiadas e que gosta de seguidoras ... Mas eu estou-me a caga...r, tal como ele me aconselha, para as suas certezas. )
Sou livre sim: não preciso para nada que estes rapazolas me venham dizer quem eu sou ou se sou livre ou não!
rlp

DEIXO-VOS O TEXTO DO DITO :

Miguel Gandara
Ontem às 12:02 ·
 
FELIZ DIA DA MULHER

Em especial para aquelas que não precisam de grupos de empoderamento feminino, para aquelas que já são empoderadas, aliás sempre foram, já o eram quando nasceram, sem prisões, sem conceitos, sem gurus, sem co-dependências, sem discursos de vitimização nem merdinhas de "espiritualidadezinhas" de submissão....... mas prepara-te irão aparecer milhares de "irmãs" que te dizem que NÃO, que tens de seguir rebanhos para seres mais forte, tens de te curvar perante "abelhas mãe" em regimes patriarcais disfarçados de "Consciência de Nova Era" onde te irão incutir medo pelo que sofreste na vida e que precisas de ajuda, forma subtil de criar dependência, afinal vais ter de lhes dar muito dinheirinho para lhes ajudar a curar as feridas delas..... isso é Era de Peixes: Seguir Salvadores! Já acabou, foram os últimos 2000 anos... move on....

CAGA PARA ISSO TUDO, ÉS LIVRE MULHER!!!!
(as dependentes irão gritar e espernear porque mulheres livres são um perigo pois não as alimentam)


segunda-feira, março 08, 2021

PORQUE HOJE SE ASSINALA O DIA INTERNACIONAL DA MULHER




E como é o santo dia da Mulher...
O tal que se celebra e no dia seguinte tudo continua igual...


Ana Santos - leitora de Lilith

Trecho escolhido pela Ana e o seu gato...
 


"Havia na Terra um culto antigo, no Templo da Deusa, que servia de base à verdadeira iniciação do homem (…) As sacerdotisas eram mulheres livres e cientes do seu papel. Elas eram sacerdotisas do amor, mulheres altamente iniciadas e consagradas aos mistérios do Amor e da Deusa. Hoje, é precisamente o contrário (…) Sendo essas mulheres iniciadas, elas conheciam o desejo da mulher, o mais profundo. E, foi esse saber e prazer que foi nela anulado, e é dela desconhecido uma vida inteira, para que pudesse submeter-se ao prazer e vontade do homem, sem ter em conta o seu. A grande maioria das mulheres ignoram o seu próprio desejo, mas em contrapartida vivem o desejo do homem, tornando-se assim meros objetos do desejo masculino, acabando elas mesmas por serem as suas defensoras, porque não só o defendem como o exaltam
(…) esse desejo que o homem inventou como sendo dela, e que mais não é do que o imaginário masculino, pervertendo esse sentir da mulher que nunca respeita. Prazer que só uma mulher consciente de si, quando o seu desejo mais profundo, e todos os seus sentidos são despertos, ela conhece e grita dentro de si pela sua liberdade. Aí, podemos ouvir o grito que é o desejo de Lilith, esse fogo que a queima, a paixão que a arrebata e que arde à sua revelia e nela conhece o seu despertar como Mulher. Essa Mulher seduz e é o seu desejo, mistério e revelação, que o verdadeiro homem almeja, mesmo dizendo que não, porque ignorante da verdadeira mulher ele continua imaturo e preso à imagem da casta mãe-esposa e da Outra, a pecadora que ele usa, abusa e mata.
Ela nunca foi dividida nem nunca seria dividida, entre a Santa e a Pecadora, divisão que acontece posteriormente já com Eva, e depois a partir da Ascensão da Virgem imaculada, e da redenção da pecadora Maria de Magdala, porque ela está para além da dicotomia Bem e Mal."

Excerto do Livro de Rosa Leonor Pedro 
Lilith A Mulher Primordial

sexta-feira, março 05, 2021

MULHERES QUE LEEM LILITH



MAIS UMA LEITORA DE LILITH - A Mulher Primordial .


Eis o trecho que a Ana Isabel de Oliveira escolheu ...

"...Este livro só tem começos. É um livro inacabado, de páginas soltas (...) Podes começar a ler até rir ou chorar, contestar, odiar ou até ter ganas de gritar ... Até te lembrares quem és ... Ele vai abordar, inventar, reinventar, recriar ou sonhar Lilith.
Lilith, a Mulher que sempre foi e será (...) Por isso, fixa-te AGORA no Seu Nome e não O esqueças ... Ela é o futuro que já começamos a viver ..."


QUEM LÊ ESTE BLOG?

 


O FIM DOS BLOGUES...?

Há dias vi de raspão um debate na televisão promovido por  uma Fundação dedicada à cultura com alguns bloguistas mais antigos sobre o FIM DOS BLOGUES e eu lembrei-me que, de facto, este Blog é um dos mais antigos activos em Portugal, mas como eu não pertenço a nenhum clube nem estou ligada ao Sistema, ou às pessoas que se inserem nele de uma maneira ou outra, fui desde cedo marginalizada uma vez que escrevo para as mulheres e falo de Deusas o que não entra dentro do que se considera politica cultura ou religião...

Nunca em Portugal fui achada para nada e a minha voz não sendo cómica, nunca fiz "carreira" na politica ou na televisão, não tenho amigos no sector, nem eu sou uma escritora de romances e ficções do "regime", digo do patriarcado, e por isso fui sempre banida dos palcos e da ribalta. Eu sei que é assim e não me importa nada isso. Sempre me mantive fiel a mim mesma. O que conta  para mim são as dezenas ou centenas de mulheres que passaram por aqui e tiraram algum partido do que escrevi e anotei - citações e  trechos de livros que li e traduzi - e que sei lhes valeu de algum modo nas suas vidas; tudo o que sempre escrevi com empenho e desejo de chegar as mulheres e contribuir para a nossa consciência comum, como mulheres, conforme me dizia uma leitora há uns anos atrás, me deu muita satisfação.

"O que você escreve me toca além da mente, de forma que a cada palavra que leio, sinto minha alma dando uma gargalhada gostosa dentro de mim, desabrochando do casulo em que a coloquei no esforço de me 'adequar', e me sinto mais mulher, mais livre, mais eu mesma. Sei que já disse isso, mas não custa repetir: obrigada." (2014)

Confesso que agora não sei quem me lê aqui e já ninguém me escreve... Fica tudo reduzido aos bonequinhos e frases feitas do facebook... assim como as noticias que circulam repetidas vezes e mesmo as mais antigas e inúteis ou estupidas e que nada tem a ver com a realidade das pessoas, para além dos nossos dias da "Pandemia " claro e dos mortos vivos...

Penso que sim, que o Facebook e o Instagram ou o Twiter, acabaram com o pouco de conteúdo que existia na Internet. Agora as pessoas não leem nada, não pensam por si nem  aprofundam nada...Apenas se promovem através da sua imagens sofisticadas ou provocantes - princialmente as mulheres - ao sabor das modas ou então querem vender um produto qualquer, e todas acham agora que são artistas e tornam-se conhecidas através de fotos sem mais; outras acham que podem vender algo util para o amigo-leitor-seguidor virtual ...

Eu claro continua a "empata fadas" a estragar esta fantasia de carnaval que nunca mais acaba e por isso mesmo prevejo também O FIM DOS BLOGUES. 

Sim, tenho poucas esperanças nisto e nenhumas no facebook e se não fosse a promoção do meu ultimo livro eu deixaria de pertencer e assistir a este tamanho logro. Desde a censura, aos anúncios e promoções comerciais, já não resta nada de genuíno, de arte e cultura, nem sequer de amizades ou de interesse humano, pessoas capazes e conscientes. O Facebook e o Instagram é uma montra de esterilidades e egos de pessoas a deambular como zombies na tela brilhante nesta noite escura da alma que todos atravessamos...


rlp 

quinta-feira, março 04, 2021

The Great Reset




Huxley, nós e a pandemia


O Admirável Mundo Novo (1932), de Aldous Huxley,
descreve uma sociedade futura (Estado Mundial) onde, em nome da eficiência e da eficácia, a governação substituiria os dinamismos sociais e as emoções humanas por ciência e tecnologia. São abolidos pais, mães e família e a procriação natural dá lugar à procriação artificial, que programa as crianças, desde o nascimento, para o desempenho de um papel pré-determinado na sociedade. Os embriões são objecto de tratamentos hormonais estratificados, para gerarem líderes ou simples trabalhadores braçais, com capacidades intelectuais intencionalmente reduzidas. Huxley antecipou a manipulação subliminar dos comportamentos humanos (como é actualmente feita por complexos algoritmos de inteligência artificial) e mostrou, premonitoriamente, aonde nos pode conduzir o endeusamento da tecnologia. Do mesmo passo, e já no campo do debate das ideias, sublinhou que a distopia apresentada no livro se concretizaria pela concentração do controlo e da riqueza. Referindo-se ao aparecimento da televisão, atribuiu-lhe capacidade para influenciar a vertente racional do homem e difundir ideias únicas, submetendo todas as dimensões da vida a imposições autoritárias.
Caminhamos para isto, 90 anos depois? Não sei, mas é grande a perplexidade com que olho para uma sociedade maioritariamente resignada à amputação da sua liberdade e a um controlo silencioso que a impede de pensar e questionar criticamente. Tal como Huxley temia, vejo muita verdade afogada em mares de irrelevâncias, genericamente aceites. Esse novo normal anti-humano de que nos falam, e que muitos já aceitam como realidade, propõe, afinal, a aceitação de uma distopia permanente, assente na cultura do medo, servida pela informação superficial em detrimento do conhecimento profundo e pela abolição de fronteiras entre vida profissional e vida privada. A dignidade e a liberdade da pessoa, individualmente considerada, está a ser constantemente menorizada pela imposição de obrigações sociais (veja-se o passaporte covid em processo) que o novo Grande Irmão filantropicamente nos oferece. Agora para nos proteger da covid-19, no futuro, quem sabe, da vinculação aos outros, das emoções, da sarna ou dos piolhos.

The Great Reset, conceito abordado no seio do Fórum Económico Mundial a este propósito, é uma espécie de acordo social (sem o nosso acordo), via identificação electrónica, que reduzirá a nada qualquer protecção da nossa intimidade e engordará os lucros das organizações que vendem dados sobre todos os aspectos das nossas vidas. Uma elite autoproclamada, que nós conhecemos sem conhecer, terá acesso à nossa conta bancária (enquanto tivermos algo nosso), ao nosso historial médico e a toda a nossa vida (que quer pôr ao exclusivo serviço da vida dela), que passará a ter uma evolução indexada ao nosso comportamento social (à boa maneira chinesa). Numa palavra, trata-se de uma estratégia de vigilância e controlo universal, por recurso à inteligência artificial. O apressar deste caminho está a ser bem servido pelas consequências da covid-19, cuja gestão substituiu racionalidade por medo e a análise ponderada custo/benefício das medidas tomadas por submissão aos palpites dos novos astrólogos. Esta projectada eliminação de qualquer controlo democrático é proposta (imposta), naturalmente, em nome da pegada do carbono, da conservação da natureza e da incontornável quarta revolução industrial.
Na mesma linha, Google , Facebook e Amazon reúnem de há muito torrentes de dados, que submetem a poderosas ferramentas de inteligência artificial, para construir estratégias manipulatórias do comportamento de todos nós, com objectivos comerciais, políticos ou outros, as quais incluem a censura (tenho amigos mais jovens, que não conheceram a comissão de censura do meu tempo, que me mostram estratégias para driblar os censores dos tempos modernos: os gurus de Silicon Valley).
A pandemia, melhor dizendo, as medidas para a combater, estão destruindo as economias locais e ditarão uma cascata de resgates de empresas e países endividados. O preço da salvação, o mesmo de sempre, chama-se perda de soberania e de liberdade.

In "Público" de 3.3.21
Cortesia de Santana Castilho

segunda-feira, março 01, 2021

TODA A MINHA VIDA

 


O PROPÓSITO DE UMA VIDA (2018)

(que aos outros nada interessa)

Toda a minha vida tive como propósito individual encontrar em mim mesma uma resposta que me transcendesse fora do plano mental e buscando assim aquilo que chamamos o mundo espiritual,  na paz interior e por um amor maior e, no inicio da minha busca (pelo lado oriental),ao me deparar com espiritas e depois gurus eu também pensava que o mundo material era uma ilusão (Maya) e que tudo na vida era karma e os destinos de quem morre barbaramente, crianças e mulheres, era porque praticaram os mesmos horrores noutras vidas...e agora merecem esta espécie de "justiça divina". Mas com o passar dos anos percebi como tudo  isso era muito básico, demasiado elementar, e por essa razão acabei por me distanciar das filosofias espiritualistas, hindus e budistas...tal como da cristã inicialmente. Hoje sou pagã e como mulher olho  o que se passa na Terra desabridamente e sem medo de dizer o que vejo e  isso é importante para mim - e não posso deixar de ver em todas as religiões patriarcais o mesmo erro secular: todas dizem que "a vida na terra é ilusão e no céu é que é o paraíso"...

Foram muitos anos a olhar para dentro, tantos como os que olhei para fora à procura de mim mesma até que percebi que, principalmente como mulher, tinha perdida a minha ligação com a  terra  e compreendi que ela pode ser uma escola de amor e de evolução como pode de facto ser um lugar de horrores...e vi que quem criava  esses horrores não era senão o homem! 

Talvez seja assim desde sempre e para sempre, e eu devesse aceitar isso, mas quando o meu ser se eleva e a minha alma ESTÁ EM PAZ, porque a minha Consciência se ligou ao ser uno dentro de mim, eu não deixo de ver  fora a dualidade do mundo - os dois polos de tudo - o que não quer dizer que eu não veja os erros humanos e tudo o que se passa à minha volta no agora e aqui e não é esse estado interior de paz e amor  que me impede de olhar e denunciar as injustiças do mundo fora de mim... onde parece o ódio domina...

Eu sou um ser lucido, centrado em mim, não sou crente de nada, nem sigo ninguém - e para mim hoje a questão de fundo é que enquanto cada pessoa estiver a ver o mundo apenas dentro  dessa dualidade (bem mal) e  se focar apenas no positivo ou no negativo e andar a fugir de si e do seu outro lado indo para o céu e o eterno sem querer ver como a terra está a ser destruída...e as mulheres ofendidas e as mães desprezadas e continua a pensar-se muito certa, muito elevada...eu penso ...e então onde fica a Compaixão e onde fica a Consciência Humana dessas pessoas?

Na verdade NINQUÉM SABE NADA - andamos todos e todas ao sabor das invenções e crenças e historinhas e ficções humanas, sejam mitos e  religiões e filosofias as mais diversas, ninguém se entende...pretos e brancos ricos e pobres... sem ver que o rei vai nu...

PORTANTO O QUE CONTA PARA MIM É O MEU CORAÇÃO - ele é a unica coisa certa que tenho e enquanto ele bater...e me disser o que ele sente...é ele o meu Farol para entender e responder a minha humanidade a quente...e isso faz-me sentir viva por sentir o sofrimento dos outros como coisa minha também...

rlp

(escrito em 2018 - revisto)

Por que razão, a evolução do coração não ocorre?


ONDE O MATERIALISMO CEGO NOS TROUXE:
 A SERES ARTIFICIAIS - BONECAS DE SILICONE...

"O apogeu máximo do masculino está ocorrendo actualmente, onde o espiritual está ao serviço da matéria..."

"Independente deste ‘’espírito de tempo, deste momento ‘’ há algo que nunca muda, a vivência humana interna nos seus sentimentos coronários, a sede e Sede das emoções. Emoções que nunca mudaram a história interior da Humanidade, como tem acontecido com a evolução do intelecto.
Desde Gutenberg até às novas tecnologias muito mudou.
Agora, reparem, as emoções mudaram?? Aquilo que vibra internamente? A dor, a paixão continuam inalteráveis, mas a máquina Gutenberg está falida, é inútil como instrumento, porque é um atraso de vida!! É apenas uma peça de antiquário que um dia foi um marco importantíssimo na difusão da palavra escrita!!! Por aí vai esse mundo de confusão emocional do ser humano que nunca cresceu verdadeiramente nessa área e não apresenta nada de novo!! As lágrimas são iguais, elas não são virtuais; uma ferida em alguma parte do corpo provoca a mesma dor que provocava há mil anos em outra pessoa. A única diferença entre aquela pessoa milenar e a actual, é o factor antibiótico – anestesiante!!
Por esta pequena e simplista análise que faço, deduzo que se a emoção não evoluiu nada, o feminino em nada evoluiu também. O filho da traição, que é esse sentimento intolerável nas nossas moléculas internas e que nem o intelecto/racional, até a evolução da própria inteligência consegue resolver o paradigma de libertar do interior humano.
O apogeu máximo do masculino está ocorrendo actualmente, onde o espiritual está ao serviço da matéria – se é que me faço entender!!?? Se não? Então, direi, o espiritual serve apenas para a iluminação de conseguir manter o ‘’statu quo’’ ou aumentá-lo – poder, dinheiro e sexo, onde apenas a adrenalina provocada por estas doses fatais valem, porque aqui não há coração e, há uma outra coisa que considero atávica e não tem nome concreto! –
Quem detém muito poder, seja ele qual for, não merece a confiança absoluta.
Por que razão, a evolução do coração não ocorre? O que se oculta tão tremendamente por detrás deste pano há milhares e milhares de anos que o homem/mulher não ousa atravessar?? Ao nível do inconsciente colectivo e arquétipos não está a força esclarecedora, antes paira o medo do futuro, a falência das sociedades industriais e o seu doente consumismo. Direi, não há capital de inteligência emocional em massa para libertar-nos!!
A questão actual que a maioria fala de inteligência emocional, é mais uma pirâmide de fazer dinheiro. Inventa-se uma fórmula e lá está milhares de seguidores/as, até que a noticia é infalível, «não há solução. Afinal o remédio é um engodo/simulacro! Lamentamos, arranjem-se por vocês mesmos/as!! Damos por encerrado qualquer assistência aos/às mais exigentes!!»
«Por agora fico por aqui, não é fácil escrever tudo isto, porque mexe com as ‘’tripas internas’’ e eu não sou uma pessoa fácil de aceitar as coisas…»
«««
ps- O que me leva a escrever estas coisas, são saudades extremamente fortes de uma região qualquer, e que tenho um Pavor tremendo!! Quase encarno fobos e deimos por inteiro, desperdiçando assim um oceano de energia. Julgo que há uma necessidade tremenda na Consciência Subliminar que o meu próprio intelecto não abarca e a própria emoção não consegue transcender!
Um abraço.
Maruska - cerâmica j.